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e cateterismo vesical
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Orifícios Uretrais
Músculo Detrusor
Enchimento =
Relaxamento
Esvaziamento =
Contração
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Urotélio
Orifícios Uretrais
Trígono
Músculo Detrusor
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• Qualquer modificação da excreção normal é capaz de causar problemas em outros
sistemas do organismo, além de causar frustração e constrangimento a uma pessoa
que apresente alteração na excreção.
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Os distúrbios de eliminação urinária mais frequentes decorrem da incapacidade
funcional da bexiga, da obstrução da saída da urina ou da incapacidade de controle
voluntário da micção.
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Características da Urina
Eliminação urinária
Características gerais
Volume urinário
24 horas: 1500-2000ml
Volume urinário
Volume médio a cada micção: 150 a 200 ml
Cor Volume desejável horário > 30ml/hora
Aspecto 30ml/kg/24h
95%- água
Substâncias inorgânicas (em 24 horas)
•Na(40-220mEq)
•Ca (50-150mEq)
•Cloretos(110-250mEq)
•Fosfatos (0,9-1.3g)
Avaliação da Função Urinária
• Diurese - volume urinário em determinado período de tempo
• Micção - volume urinário eliminado em um determinado horário
• Poliúria - volume urinário de 24 horas aumentado
• Oligúria - volume urinário de 24 horas diminuído
• Anúria – ausência de formação de urina(volume <100ml/24horas)
• Nictúria – aumento do volume urinário no período noturno
• Polaciúria ou polaquiúria- aumento da freqüência de micções sem aumento de volume urinário
• Disúria - dor à micção
Função renal
Ultrassonografia e raio X
Biópsia renal
Urodinâmica
ALTERAÇÕES DO SISTEMA VÉSICO-URINÁRIO
Incontinência urinária e Retenção
urinária
• Menopausa
• Cirurgia Genitourinária
• Imobilidade
Físicas
Sociais
Emocionais
IMPACTO
Limitações
NEGATIVO
Sexuais Ocupacionais QUALIDADE DE
VIDA
Incontinência: Consequências
DAI
Dermatite
Associada à
Incontinência
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Mudança comportamental:
Exercícios para
fortalecimento do assoalho
pélvico - Kegel 21
Absorventes e roupas íntimas Dispositivo Urinário Externo
especialmente concebidos
para a incontinência podem
proteger a pele e permitir que
as pessoas se sintam secas,
cômodas e socialmente ativas.
Estas peças são discretas.
Uripen - masculino
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RETENÇÃO URINÁRIA
• A retenção urinária é um problema caracterizado pela incapacidade da bexiga de se
esvaziar completamente.
• No entanto, entre 150 e 200ml já existe sinais nervosos que indicam o desejo
consciente de urinar.
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Manifestações Clínicas
• O principal sinal é a ausência de diurese pelo espaço de várias horas, assim como a
distensão da bexiga, denominada de distensão vesical.
• Pode-se apenas ter a sensação de peso ou dor intensa, sempre que a distensão da bexiga
ultrapassar a capacidade normal deste órgão.
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Etiologia
As principais causas de retenção urinária são:
Aumento da próstata,
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Etiologia
Período pós-operatório – cirurgia que afete a região perineal, espasmo reflexo dos esfíncteres.
Anestesia geral reduz a inervação do músculo vesical e suprime a urgência para urinar
Hipertrofia da próstata, patologia ureteral (infecção, tumor, cálculos); trauma (lesões pélvicas),
TRM, doenças neurológicas.
Medicamentos que provocam a retenção urinária por inibir a contratilidade vesical – agentes
anticolinérgicos, antidepressivos tricíclicos
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Retenção Urinária: Intervenções de Enfermagem
Todas as medidas possíveis para estimular a
diurese espontânea:
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CATETERISMO VESICAL
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O que é cateterismo vesical ?
• É um procedimento amplamente praticado e que
consiste na introdução de um cateter lubrificado
na bexiga , através do meato uretral com a
finalidade entre outras, de drenar a urina da
bexiga quando a micção espontânea está
comprometida por problemas obstrutivos,
neurológicos ou cirúrgicos, podendo permanecer
na bexiga - CVD ou ser realizado em períodos
diários pré-estabelecidos e com remoção após a
drenagem da urina - CVI.
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Tipos e Indicações para cateterismo vesical
Cateterismo Intermitente/de Alívio
nelaton
Hidrofílico (lubrificado)
Demais materiais para o procedimento de CVI
• Pacote de cateterismo urinário;
• Luvas de procedimento estéril e não estéril;
• Antisséptico, PVPI tópico a 1% ou clorexidina aquosa 2%
• Cateter uretral
• Tubo de lidocaína geléia a 2% lacrado;
• Seringa de 10 ml (para o procedimento masculino);
• Agulha;
• Compressa de gaze esterilizada;
• Material para higiene íntima – se o paciente dor acamado
• Biombo se necessário.
Cateterismo Vesical em paciente do Sexo Masculino/Feminino
Uretra feminina: 5 a 7,5 cm
Uretra masculina: 15 a 20 cm
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Cateterismo Vesical de Demora – CVD: Indicações
Correção cirúrgica da bexiga, uretra e estruturas adjacentes e outras cirurgias de grande porte
Balão
Critérios para escolha do cateter adequado
• O calibre do cateter deve ser determinado
pelo tamanho do canal uretral do cliente.
Quando é utilizado o sistema francês, quanto
maior o número do calibre, maior é o catéter.
• crianças de 8 a 10 Fr;
• Mulheres de 14 a 18 Fr
• Homens 16 a 18 Fr
UROCOLETOR
• Década de 60
CVD propõe o sistema de drenagem de urina fechado pelos altos índices de
infecção do trato urinário.
Demais materiais para o procedimento de CVD
• Pacote de cateterismo urinário;
• Luvas de procedimento estéril e não estéril;
• Antisséptico, PVPI tópico a 1% ou clorexidina aquosa 2%
• Cateter foley
• Tubo de lidocaína geléia a 2% lacrado;
• Sistema coletor fechado;
• Seringa de bico - 10 ml (2 para o procedimento masculino e 1 para o feminino);
• Duas agulhas de aspiração;
• Uma ampola de água destilada;
• Fita adesiva porosa ou dispositivo específico de fixação do catéter;
• Compressa de gaze esterilizada;
• 02 bolas de algodão com álcool 70%.
• Material para higiene íntima – se o paciente dor acamado
• Biombo se necessário.
CATÉTER OWEN - FOLEY COM 3 VIAS
Realizar controle da
diurese enquanto o
paciente estiver
com Irrigação
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ATENÇÃO!
• O volume de 10 ml de AD é apropriado para insuflar o balão no CVD
Este pequeno volume permite uma drenagem ótima da bexiga e não interfere com o
esvaziamento da bexiga
• Apenas água destilada estéril deve ser utilizado para insuflar o balão ; o soro fisiológico
pode cristalizar, provocando assim uma deflação incompleta do balão no momento de sua
remoção.
ATENÇÃO!
• Uma troca no tamanho do cateter pode ser necessária para controlar o extravasamento.
Catéter foley nº 16
Balão: 10ml de AD
12/03/2020 às 14 h
Paula C Nogueira
Coren: 94087
www.profcarlagomes.com.br 46
REGISTRO DE ENFERMAGEM
• Anotar todo o procedimento e se houve ou não intercorrências.
• Exemplo 1:
12/03/2020; 10 horas: Realizado higiene íntima com água e sabão e após foi realizado
cateterismo vesical de demora com cateter foley nº 14, preenchido balão com 10 ml de água
destilada, fixado o cateter na face ântero-lateral da coxa com micropore. Drenou 200ml de
diurese amarelo claro sem sedimentos. Fixado a bolsa coletora no leito e mantido em
drenagem espontânea. Procedimento foi realizado sem intercorrências. Paula C Nogueira
Coren 94087
REGISTRO DE ENFERMAGEM
• Exemplo 2:
Alergia ao látex
Uretrite
Infecção urinária
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Complicações - Riscos de potenciais infecções:
permanência do cateter na bexiga,
trauma na uretra,
necrose do meato uretral por pressão do meato pelo uso de cateter de calibre mais
grosso – lesão por pressão em mucosa,
fixação do catéter,
Anvisa, 2017 54
• O crescimento bacteriano inicia-se após a instalação do CVD, numa proporção de 5-10% ao dia,
e estará presente em todos os pacientes ao final de quatro semanas.
• O potencial risco para ITU associado ao cateter intermitente é inferior, sendo de 3,1% e quando
na ausência de cateter vesical de demora 1,4%.
Anvisa, 2017 55
Cateterismo vesical intermitente limpo
https://www.youtube.com/watch?v=7NE7qJzR-vM
Irrigação vesical
https://www.youtube.com/watch?v=4TNW4fMU38I
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Assistência de Enfermagem - SAE
Exemplo
• Retenção urinária relacionada a inibição do arco-reflexo e
evidenciada por distensão vesical e eliminação urinária ausente
(Nanda, 2018-2020)
Intervenções de enfermagem
Recomendações
• Técnica estéril para introdução do cateter;
• Manter sistema de drenagem fechado, o cateter não deve ser
desconectado;
• A bolsa coletora não deve ser levantada acima do nível da bexiga do
paciente;
• A bolsa de coletora não deve tocar o chão;
• A bolsa coletora deve ser esvaziada no mínimo a cada 8 horas ou não
deixar que encha;
• Sempre que manusear o cateter as mãos devem ser higienizadas;
• Realizar higiene do meato urinário rotineiramente com água e sabão
– 3 vezes/dia;
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• O cateter deve ser fixado apropriadamente, para evitar movimentação, assim minimizando
traumatismo;
• Escolher o tamanho correto do cateter, de acordo com as características do paciente e
indicação;
• A cateterização prolongada leva à bacteriuria assintomática em mais de 90% dos pacientes,
não sendo recomendado o seu tratamento, já que é pouco efetivo e há probabilidade de
selecionar germes resistentes;
• O tempo de permanência do cateter deve ser monitorado de acordo com as condições
clínicas do paciente;
• O cateter não deve ser mantido no paciente sem indicação clínica criteriosa;
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• Para retirar o CVD: luvas de procedimento, EPIs, seringa de 20ml de bico.
1. Desprezar a diurese da bolsa coletora.
2. Aspirar com a seringa toda a água destilada do balão do cateter.
3. Retirar o cateter com auxílio da gaze.
4. Desprezar todo o sistema do CVD (cateter + bolsa coletora, seringa... ) no lixo infectante.
5. Lavar as mãos com água e sabão.
6. Realizar o registro de enfermagem.
7. Observar se o paciente apresentará micção espontânea após retirada do CVD.
8. Se necessário orientar quanto ao CVI – autocateterismo vesical intermitente técnica limpa
para pacientes com lesão medular – Reabilitação!
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Referências
Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Capítulo 2 – Medidas de Prevenção de Infecção do Trato
Urinário. In: Medidas de Prevenção de Infecção Relacionada à Assistência à Saúde. Série
Segurança do Paciente e Qualidade em Serviços de Saúde. Anvisa 2017. Disponível em:
http://portal.anvisa.gov.br/documents/33852/271855/Medidas+de+Preven%C3%A7%C3%A3o+d
e+Infec%C3%A7%C3%A3o+Relacionada+%C3%A0+Assist%C3%AAncia+%C3%A0+Sa%C3%BAde/6
b16dab3-6d0c-4399-9d84-141d2e81c809
HACHUL, M., et al. Como Diagnosticar e Tratar Infecção do Trato Urinário. Revista Brasileira de
Medicina, v. 70, n.12, p.106-110, 2013.
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Referências
Mazzo A, et al. Cateterismo urinário: facilidades e dificuldades relacionadas à sua padronização.
Texto contexto – enferm. [online]. 2011; 20 (2): 333-339. Disponível em:
http://dx.doi.org/10.1590/S0104-07072011000200016
PALESE, A., et al. The effectiveness of the ultrasound bladder scanner in reducing urinary tract
infections: a meta-analysis. Journal of clinical Nursing, v. 19, p. 2970–2979, 2010.
SMELTZER, S. C.; BARE, B. G. Brunner / Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgica. 13ª Ed. Rio de
Janeiro, Guanabara-Koogan, 2017.
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