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GASTRECTOMIA
É a ressecção (retirada) parcial ou total do estômago.
Qual a função do estômago na digestão?
O estômago é um dos principais órgãos responsáveis pela digestão
dos alimentos consumidos pelo ser humano, mas não o único. É por
meio dele e de seus movimentos peristálticos, coordenados, que
ocorre a mistura e quebra dos alimentos, principalmente das
proteínas, em pequenos fragmentos que irão facilitar a digestão, com
a ação do ácido clorídrico e das enzimas digestivas, como a pepsina.
Tem também a função de reservatório e de transformar o bolo
alimentar em conteúdo mais líquido que facilitará o restante do
processo, além de liberar aos poucos o alimento para o intestino e
ajudar a absorção de algumas vitaminas.
INDICAÇÕES:
Neoplasia gástrica;
Úlceras perfuradas ;
Úlceras pépticas (rara indicação atualmente)
Algumas complicações hemorrágicas agudas;
Obesidade mórbida
Pré-operatório:
Instalação de SNG e lavagem gástrica quando prescrita;
Todos os cuidados pré-operatório
Pós-operatório:
Manter SNG aberta (ou de acordo com prescrição);
Auscultar o abdome quanto ao retorno dos movimentos peristálticos
(informar ao médico);
Durante a dieta manter o paciente em semi-fowler;
Pode ocorrer esteatorréia resultado do rápido esvaziamento gástrico
CIRURGIAS DO TRATO DIGESTÓRIO
JEJUNOSTOMIA
É a comunicação cirúrgica do jejuno com o plano cutâneo da parede
abdominal.
INDICAÇÕES:
Estenose e tumores esofagianos (com estômago inoperável);
Gastrectomia total e descompressão digestória;
Neoplasia gástrica inextirpável;
Pancreatite aguda e traumática;
Traumatismos do aparelho digestório.
FINALIDADE:
PÓS-OPERATÓRIO:
Manter a sonda aberta e anotar volume e aspecto da drenagem,
fechar após retorno do peristaltismo;
Manter os frascos de alimento à altura do jejuno;
As dietas devem ser administradas lenta e continuamente à
temperatura ambiente e agitada antes da administração;
Atentar para diarreia e distensão abdominal;
Pesar o paciente no mesmo horário.
ILEOSTOMIA
É a exteriorização cirúrgica do íleo (intestino delgado) na parede
abdominal formando um novo trajeto e local para a saída das fezes (que é
chamado de estoma).
Pode ser provisória ou definitiva.
INDICAÇÕES:
Neoplasias;
Colite isquêmica;
Obstruções intestinais;
Perfurações do cólon (retocolite ulcerativa e outros);
Traumas (arma de fogo ou branca) e impalação;
Fístulas e atresias anorretais.
COMPLICAÇÕES:
Prolapso, isquemia e necrose, distúrbios hidroeletrolíticos, infecção,
dermatite peri-estomal e alterações psicológicas que levam a problemas
PRÉ-OPERATÓRIO:
Orientar para aceitação da modificação anatômica e adaptação à
nova forma de eliminação intestinal;
Orientar o autocuidado e como manusear o dispositivo de
ileostomia;
Prestar apoio emocional;
Cuidados gerais do pré-operatório;
Preparo intestinal conforma prescrição .
PÓS-OPERATÓRIO:
Cuidados gerais do pós- operatório;
Cuidados com a bolsa coletora, observar e anotar aspecto das
eliminações;
Após retorno do peristaltismo, oferecer dieta fracionada, líquida e
sem resíduo, para evitar excitação do peristaltismo (deve-se evitar
alimentos muito quentes e muito frios);
COLOSTOMIA
É um procedimento cirúrgico que consiste em fazer-se uma abertura
na parede abdominal (estoma), temporária ou permanente, e ligar
nela uma terminação do intestino, pela qual as fezes e gases passam a
ser eliminados. A este estoma acopla-se uma bolsa adesiva, coletora
dos produtos intestinais.
INDICAÇÕES:
A colostomia geralmente tem de ser feita quando há obstruções
transitórias ou permanentes do cólon terminal ;
neoplasias;
corpos estranhos introduzidos reto;
amputação do reto ou para desviar o fluxo fecal durante alguma
terapêutica;
lesões extensas ao redor do ânus ou como paliativo nos casos
de neoplasia obstrutiva inoperável.
A colostomia é identificada através da porção do intestino grosso que
é exteriorizada, sendo que a consistência da evacuação varia de
acordo com a região em que o intestino sofreu interrupção. São
basicamente quatro tipos de colostomia:
• Colostomia ascendente: o estoma é feito na alça ascendente do
intestino grosso, no lado direito do abdômen. Neste caso, as fezes
apresentam consistência semi-líquida.
• Colostomia transversa: o estoma é feito no intestino grosso
transverso e as fezes apresentam consistência pastosa.
• Colostomia descendente: o estoma é realizado na alça
descendente, no lado esquerdo do abdômen e as fezes apresentam
consistência semi-sólida.
• Colostomia sigmoide: o estoma é realizado no cólon sigmoide e,
neste caso, as fezes são firmes e sólidas.
PRÉ-OPERATÓRIO:
PÓS-OPERATÓRIO:
Dieta líquida ao retorno do peristaltismo;
No 1º DPO encorajar o paciente para deambulação e autocuidado;
Orientar os cuidados com a pele (lavar ao redor do estoma com água e
sabão) e adaptação correta da bolsa de colostomia;
Observar funcionamento da colostomia, registrando aspecto das
eliminações;
Orientações para alta (para o paciente e familiares,) quanto aos
cuidados com irrigação do estoma.
Quais são os cuidados que o paciente colostomizado deve
observar?
• Evitar carregar peso em excesso, que crie maior pressão intra-
abdominal.
• Evitar exercícios ou atividades que exijam grande esforço.
• Evitar o uso de cintas que possam comprimir o estoma.
• Evitar alimentos ou bebidas que produzam muitos gases.
• Mastigar bem os alimentos.
• Manter a pele em volta do estoma sempre limpa e depilada.
• Não usar, sobre a pele que circunda o estoma, substâncias
agressivas, como álcool. A limpeza da pele ao redor
da colostomia deve ser feita com água e sabão neutro.
• Não esfregar com força e não usar esponjas ásperas.
• Cuidar para que insetos, em especial as moscas, não pousem
na colostomia ou na pele ao redor.
OBSERVAÇÕES:
Medir o estoma para determinar o tamanho correto da bolsa;
A abertura da bolsa deve ser cerca de 0,3 cm maior que o estoma;
Existe variedade de bolsas e a maioria são descartáveis e
resistentes a odores;
Cobrir o estoma durante a limpeza;
A irrigação tem a finalidade de esvaziar o cólon de gazes, muco e
fezes, para que o paciente possa participar de suas atividades
sociais e profissionais sem temores com a drenagem fecal;
Aconselhar à higiene corporal antes de colocar o dispositivo limpo;
Lavagens frequentes na área (sabão neutro) remove resíduos
enzimáticos do transbordamento fecal;
Encorajar o paciente para retorno de atividade sexual habitual.
COMPLICAÇÕES DA COLOSTOMIA:
Prolapso do estoma;
Retração do estoma;
Irritação da pele peri-estoma;
Infecções;
Necrose do coto.
COLECTOMIA
É a ressecção total ou parcial do cólon (intestino grosso).
O reto pode ou não ser preservado, quando o reto é retirado o termo
passa a ser proctocolectomia.
INDICAÇÕES:
Neoplasias, traumas (arma de fogo e branca), colite ulcerosa,
isquemia mesentérica, megacólon.
PRÉ-OPERATÓRIO:
Cuidados gerais do pré-operatório;
Enemas diários sob prescrição,
Estimular ingestão hídrica;
Anotar volume e aspecto das evacuações.
PÓS-OPERATÓRIO:
Manter SNG aberta;
Anotar volume e aspecto da drenagem;
Cuidados gerais, observações;
Higiene e conforto.
COMPLICAÇÕES:
Infecções, deiscência da linha de anastomose.
FISTULECTOMIA
É a excisão do trajeto da fístula.
PRÉ-OPERATÓRIO:
Cuidados gerais
PÓS-OPERATÓRIO:
Manter paciente em decúbito lateral, dieta laxativa (pastosa ou
semi-pastosa conforme prescrição), curativo local com observações.
HEMORROIDECTOMIA
É a ressecção das dilatações varicosas anorretais.
Hemorroida é a dilatação varicosa das veias anorretais devido à
pressão venosa persistentemente elevada no plexo hemorroidário.
PRÉ-OPERATÓRIO:
Cuidados gerais e preparo da área.
PÓS-OPERATÓRIO:
Cuidados gerais;
Manter paciente em decúbito lateral;
Observar ocorrência de sangramento;
Retirar tampão (CPM);
Dieta laxativa, pastosa ou semi-pastosa;
Observar função intestinal, anotando aspecto das evacuações.
GASTROSTOMIA
A Gastrostomia é uma intervenção cirúrgica que proporciona uma
ligação direta entre o exterior e o estômago, desfazendo o trajeto
natural da digestão, boca, laringe e então estômago. O objetivo da
Gastrostomia é justamente impedir que os alimentos fluam pela via
normal em função de patologia ou disfunção anatômica, ou mesmo
para que seja minimizado o risco de infecção após procedimentos
cirúrgicos.
INDICAÇÕES:
Pacientes com grave disfagia;
Pacientes inconscientes, comatosos e debilitados;
Refluxo gastresofágico intenso com complicações;
Risco de pneumonia por aspiração.
OBJETIVO:
Usado para nutrição prolongada e administração de alimentos e
líquidos.
TIPOS DE GASTROSTOMIA: