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AUX – Cirurgias Gastrintestinais

O sistema digestório é responsável por obter dos alimentos que foram


ingeridos os nutrientes necessários às diferentes funções do organismo. Após
se transformar em bolo alimentar o alimento é empurrado pela língua para o
fundo da faringe, sendo encaminhado para o esôfago, impulsionado pelas
ondas peristálticas, levando entre 5 e 10 segundos para percorrer o trajeto.
No estômago, o alimento é misturado com o suco gástrico
transformando-se numa massa acidificada e semilíquida, o quimo. Passando
pelo piloro, o quimo vai sendo liberado no intestino delgado, onde ocorre a
parte mais importante da digestão.
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6m de comprimento
por 4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de
25cm), jejuno (cerca de 5m) e íleo (cerca de 1,5cm) onde atuam o suco
pancreático e a bile transformando-se em quilo.
O intestino grosso é o local de absorção de água condensando o
conteúdo fecal provocando a distensão das paredes do reto a assim
estimulando as terminações nervosas do reto permitindo a expulsão de fezes.
A gastrostomia é um procedimento cirúrgico que estabelece o acesso à
luz do estômago através da parede abdominal, a jejunostomia estabelece o
acesso à luz do jejuno proximal e a colostomia ao intestino grosso.
Para os três estomas a profilaxia da infecção de parede abdominal,
sobretudo ao redor da sonda, é feita mediante antibioticoterapia profilática
intravenosa. São procedimentos indicados para descompressão gástrica, onde
serão temporários, ou como complemento de operações abdominais de grande
porte para as quais se prenuncia o "íleo adinâmico" prolongado.
Para alimentação podem ser temporárias ou definitivas. Serão
temporárias quando o acesso ao trato digestivo estiver temporariamente
prejudicado para recuperação e manutenção do estado nutricional; e definitivas
como terapêutica paliativa em pacientes portadores de neoplasias malignas,
doenças neurológicas ou que afetem a motilidade do sistema digestório.
Após a realização da gastrostomia temporária, a sonda fica aberta, em
drenagem espontânea até o restabelecimento do peristaltismo, quando pode
ser clampada e utilizada para reposição hídrica e nutricional; em comparação
com a via endovenosa, é o método de escolha, principalmente, nos pacientes
idosos.
A gastrostomia temporária deve ser mantida por pelo menos 3 a 4 dias
para garantir uma vedação peritoneal adequada. Além disso, a sonda não deve
ser retirada até que a função alimentar tenha sido restabelecida.
A gastrostomia permanente realizada em virtude de obstrução esofágica
pode receber líquidos como água e leite dentro de 24 horas, enquanto continua
a alimentação endovenosa. Os líquidos de valor calórico e vitamínico elevados
são acrescentados gradualmente. Após uma ou mais semanas a sonda pode
ser removida para limpeza, mas deve ser imediatamente substituída em virtude
da tendência a um rápido fechamento do trajeto.
A colostomia faz com que uma parte do intestino fique exposta no
abdômen e se comunique com o estoma que, por sua vez, dá passagem para a
bolsa coletora, pode ser ascendente, transversa ou descendente.
Os cuidados de Enfermagem ao paciente com estes estomas devem
priorizar a atenção a administração correta da dieta e avaliar o estado
nutricional e aceitação alimentar.
O alimento deve ser administrado no momento correto e em pequenas
porções aumentando-se conforme aceitação. O paciente não deve carregar
peso ou realizar esforço que aumente a pressão intrabdominal, evitar usar
cintos ou vestimentas que comprimem o estoma e a sonda, além disso, deve
haver cuidado com a higiene do estoma e sonda, evitando lesões e
extravasamento de conteúdo gástrico (ácido) ou fecal.
Ademais cuidados de higiene com a bolsa coletora e alimentação
adequada prescrita pela nutricionista, que evite gazes e ou odores fortes.

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