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Como é o quadro clínico típico de cólica renal?

forte dor paroxística (aquela que vem em crises, no seu momento de maior intensidade)
em flanco, aguda, com ou sem irradiação para a região inguinal ipsilateral secundária à
obstrução ureteral parcial ou total.
 Hematúria,.
 Sintomas miccionais irritativos, como disúria, urgência e polaciúria.
 Dor em cólica está frequentemente associada a náuseas e vômitos,
 A dor pode irradiar-se da região lombar para flanco ou também para testículos/grande
lábio homolateral. Presença de febre e piúria (> 5 eucócitos por campo em sedimento
urinário) sugere pielonefrite sobreposta, com predisposição à bacteremia e sepse urinária.

Qual a fisiopatologia da cólica renal?


 A obstrução > aumento de pressão intraluminal > contração da musculatura ureteral
>estiramento e distensão da parede do ureter, pelve e cápsula rena> aumento das
contrações peristálticas(espasmos) > aumento da produção de prostaglandinas > dor.

Quais exames de laboratório devem ser realizados na urgência para investigação de cólica
renal?
 Hemograma completo, urina EAS (tipo 1), ureia, creatinina, potássio sanguíneos e
gasometria venosa.
 A presença de hematúria passagem do cálculo pelas vias urinárias.
 A leucocitúria – às vezes com nitrito positivo e bactérias – sugere infecção urinária.

Qual o primeiro exame de imagem a ser solicitado na urgência para suspeita de cólica renal?
Ultrassonografia do trato urinário

Qual o melhor exame de imagem para o diagnóstico de litíase urinária? Quando o melhor
exame deve ser solicitado inicialmente na investigação?
A tomografia computadorizada sem contraste (NCCT) helicoidal
planejamento de intervenção cirúrgica, além de quando não houver contraindicações em
relação à radiação.

Como deve ser o tratamento medicamentoso para o paciente com cólica renal
 A intervenção inicial é para alívio da dor, com o uso de AINES (melhor, primeira linha,
contraindicado em úlcera péptica, déficit de função renal, asma severa, entre outros) e
opioides para analgesia. Alguns autores sugerem o uso de diclofenaco sódico, 100 a 150
mg/dia de 3 a 10 dias, por via parental ou oral, reduz o risco a inflamação ureteral e facilita
a eliminação da cálculos menores. Também pode ser usado cetorolaco em dose de 30 mg
endovenoso, ibuprofeno, tenoxicam e indometacina, tanto na fase aguda como medida
profilática. Além de antiespasmódicos como hioscina (pouco benefício), dipirona associado
ao antiespasmódico (escopolamina + dipirona; usado nas emergências) e drogas
alfabloqueadoras como a tansulosina (eficaz na redução da intensidade e número de
recorrências da cólica com cálculos de ureter inferior).

Quais os critérios para indicar o tratamento expulsivo medicamentoso? Qual a droga de


escolha e como ela age?
 Indica-se para cálculos ureterais inferiores a 1 cm (10 mm) em ureter distal, cujos
sintomas conseguem ser bem controlados e que não apresentam complicações associadas
que indiquem intervenção cirúrgica. A droga mais empregada é a tansulosina 0,4 mg/dia. É
uma droga alfabloqueadora, que age diretamente no relaxamento da musculatura lisa do
ureter pelo bloqueio de receptores alfa-1 e 2-adrenérgicos, com isso ela consegue diminuir
o espasmo do trato urinário, facilitando a movimentação do cálculo de modo a aumentar a
chance de eliminação espontânea. Age principalmente em ureter distal onde a
concentração de receptores alfa-adrenérgicos é maior.
Qual a indicação de desobstrução da via urinária sem remoção da litíase urinária? Quais as
maneiras de realizar essa desobstrução?

 A desobstrução da via urinária está fortemente indicada nos casos:


 cálculos obstrutivos associados a infecção do trato urinário superior (rim e ureter),
 insuficiência renal aguda
 dor séria.

A desobstrução sem remoção pode ser realizada, primariamente a ureteroscopia, nos


seguintes casos:
- Febre (ITU)
- Dor forte refratária à medicação intravenosa
- Vômitos recidivantes
- Presença de cálculo em rim único (incluindo monorrenofuncional)
- Cálculo ureteral bilateral
- Alteração da função renal (aguda)
- Rim transplantado
- Obstrução ou dificuldade miccional (cálculos uretrais ou vesicais)

 A desobstrução pode ser realizada através de:


- Nefrostomia, sendo utilizado um tubo de drenagem inserido no rim através do dorso;
- Stent ureteral, sendo utilizado um tubo flexível conectando o rim a bexiga;
- Cateter duplo j, sendo posicionado internamente no ureter.

Como se faz a investigação metabólica da litíase urinária?


 Exame de urina (sedimento urinário) e Urocultura (suspeita de ITU).
 Dosagens séricas de cálcio (preferencialmente ionizado), PTH intacto, ácido
úrico, fósforo e creatinina.
 Dosagens séricas de cálcio, sódio, ácido úrico, oxalato, citrato e creatinina em 2
amostras de urina de 24h coletadas em dias não consecutivos e preferencialmente
em dias úteis.
 pH urinário (2ª micção matutina) após jejum de 12 h (medido em pHmetro) e
gasometria venosa.
 Pesquisa qualitativa de cistina urinária (quantitativa se necessário). Especialmente
em pacientes jovens com recorrência muito elevada.
 Densitometria óssea (especialmente em casos de hipercalciúria devido à
possibilidade de osteopenia associada).

PERGUNTAS SOBRE DST


Quais as duas bactérias responsáveis pala maioria das uretrites? como costuma ser a secreção uretral na
uretrite por cada uma das bactérias?
Neisseria gonorrhoeae & Chlamydia trachomatis
 Gonorréia: O sintoma mais precoce da uretrite é uma sensação de prurido na fossa navicular que vai se
estendendo para toda a uretra. Após um a três dias o doente já se queixa de ardência miccional (disúria),
seguida por corrimento, inicialmente mucóide que, com o tempo, vai se tornando, às vezes, mais abundante
e purulento
 Clamídia: Presença de corrimentos mucoides, discretos e ralos, podendo estar associado à
estragúria(Estrangúria é a eliminação lenta e dolorosa de urina em consequência de espasmo uretral ou
vesical) leve e intermitente.

QUAL A PRIMEIRA LINHA DE TRATAMENTO DAS URETRITES?


Clamídia: azi 1g vo du; Doxi: 127 vo Gonorréia: cipro 500 vo,du; cef 250 im du
2opç:eritro 547; tetra 547 vo 2opção: cefalexina 400 vo du
Segunda linha pra tratar uretrites: quilononas

DESCREVA A EVOLUÇÃO DE UMA LESÃO HERPÉTICA GENITAL


 As lesões são: vesículas agrupadas com conteúdo citrino, que se rompem dando origem a ulcerações,

17) HERPES GENITAL E HERPES ZOSTER SÃO A MESMA COISA?  Não. O herpes genital é causado pelo
herpes simplex virus (HSV) - tipo 2, no qual pode-se observar a presença de vermelhidão, ardor e pequenas
bolhas com líquido claro na região da vulva, pênis ou ânus, ou ainda em regiões como nádegas e virilha.
 Já o HERPES ZOSTER é causado pelo herpesvírus tipo 3 (vírus varicela-zóster), sendo mais conhecido como
vírus da varicela (catapora). A catapora é a fase invasiva aguda do vírus e o herpes-zóster (herpes) a
reativação da fase latente em um gânglio da raiz dorsal posterior. Ademais, caracteriza-se por dor lancinante,
disestesia, ou outra dor que se desenvolve no dermátomo afetado, seguida por rash cutâneo, normalmente
com formação de vesículas em uma base eritematosa.

QUAL A DST QUE FAZ DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL COM HERPES?


 O principal diagnóstico a ser considerado é a sífilis precoce, que cursa com úlceras e adenomegalias, mas
essas são indolores.
No cancro mole há presença de úlceras grandes e dolorosas associadas, comumente, com supuração dos
linfonodos.
No linfogranuloma venéreo a ulceração é rara, ocorrendo principalmente adenomegalia. Donovanose.

COMO TRATAR O HERPES GENITAL?


Valaciclovir 1!27 vo

DESCREVA A LESÃO DO CANCRO MOLE


 São lesões ulcerativas dolorosas, geralmente múltiplas, com borda irregular, apresentando contornos
eritemato-edematosos.

QUAL O TRATAMENTO DE PRIMEIRA LINHA PARA CANCRO MOLE


 1ª opção: Azitromicina 1 g VO DU; Ciprofloxacina 523, VO (contra-indicado para gestantes, nutrizes e
menores de 18 anos) ou Eritromicina (estearato) 547, VO

DESCREVA A LESÃO PRIMÁRIA DA SÍFILIS


 O cancro duro é uma lesão erosada ou ulcerada, geralmente única, indolor, com bordos endurecidos,
fundo liso, brilhante e secreção serosa escassa. A lesão aparece entre 10 e 90 dias (média de 21) após o
contato sexual infectante. É acompanhada de adenopatia regional não supurativa, móvel, indolor e
múltipla.

NA SÍFILIS PRIMÁRIA, TEM QUE TRATAR PARCEIRA? TEM QUE PEDIR OS EXAMES OBRIGATÓRIOS DE DST? 
Aconselhar e oferecer sorologias anti-HIV, VDRL, hepatite B (vacinar também) e C se disponíveis.

QUAL O TRATAMENTO DE PRIMEIRA LINHA PARA SÍFILIS PRIMÁRIA? NA IMPOSSIBILIDADE DA MEDICAÇÃO


DE PRIMEIRA LINHA, QUAL POSSO UTILIZAR?
 A primeira opção de tratamento para sífilis primária consiste em: Penicilina G benzatina 2,4 milhões UI,
IM, dose única (1,2 milhão UI, IM, em cada glúteo).
Na impossibilidade de tratamento com medicação de primeira linha, o tratamento alternativo:
 Doxiciclina, 1215 VO, (exceto gestantes)
 Ceftriaxona 1!1, 8 a 10 dias IV ou IM, por para gestantes e não gestantes.

NA IDENTIFICAÇÃO DE VDRL POSITIVO E FTABS POSITIVO, SEM HISTÓRICO DE TRATAMENTO E SEM LESÃO
PRIMÁRIA IDENTIFICÁVEL, COMO DEVO TRATAR O PACIENTE
 Sífilis latente – Sem sinais e sintomas clínicos, porém com reatividade nos testes sorológicos de detecção
de anticorpos, Diante de um diagnóstico confirmado em que não é possível inferir a duração da infecção
(sífilis de duração ignorada) trata-se como sífilis latente tardia: Penicilina G benzatina, 2,4 milhões UI, IM,
(1,2 milhão UI em cada glúteo), semanal, por 3 semanas. Dose total de 7,2 milhões UI .  (Deve-se testar e
tratar a perceria sexual. As parcerias sexuais de pessoas com TR positivo deverão: 1) realizar TNP; 2) ser
tratadas com esquema de sífilis latente tardia, na ausência de sintomatologia ou história clínica de úlcera
genital.)

QUESTÕES SOBRE ITU


BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA
A) COMO SE FAZ O DIAGNÓSTICO DE BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA?
 cultura de urina jato médio pelo menos 100.000 (105 UFC/ ml) em duas amostras consecutivas;
urina coletada por cateterismo uretral pelo menos 100 UFC/ml.

QUAIS OS DOIS GRUPOS EM QUE SE DEVE TRATAR A BACTERIÚRIA ASSINTOMÁTICA?


 Grávidas e Pacientes submetidos a procedimentos geniturinários traumáticos

CISTITE SIMPLES
NA CISTITE SIMPLES O TRATAMENTO É EMPÍRICO OU GUIADO POR UROCULTURA COM ANTIBIOGRAMA?
 O tratamento da cistite deve ser empírico e está indicado em mulheres com disúria e polaciúria, na
ausência de leucorreia e irritação vaginal, devido à elevada probabilidade de infecção urinária.

QUAL OS DOIS ANTIBIÓTICOS PODEM SER PRESCRITOS EMPIRICAMENTE NA CISTITE NÃO COMPLICADA
POR TEREM RESISTÊNCIA BACTERIANA MENOR QUE 10%? COM POSOLOGIA
 Fosfomicina Trometamol 3g, via oral, dose única.
Nitrofurantoína  100mg  6/6h  7 dias
QUAL A ALTERNATIVA A ESSES DOIS ANTIBIÓTICOS POR TER RESISTÊNCIA BACTERIANA MENOR QUE 20%?
GRUPO DE ANTIBIÓTICO E POSOLOGIA.
 Os dois antibióticos que podem ser utilizados como alternativa nesse caso, não devem ser empregados de
forma empírica, pois possuem elevadas taxas de resistência bacteriana.
 Sulfametoxazol-trimetoprima a 160/800mg por 3 dias.  Trimetoprima a 200 por 5 dias.
 Ciprofloxacino  500mg  12h\12h  3 dias.
 Levofloxacino  500mg  dose única diária  3 dias.
Norfloxacino  400mg  12h\12h  3 dias
QUAIS SINTOMÁTICOS DEVEM SER PRESCRITOS PARA ALIVIAR AS QUEIXAS?
 Analgésicos urinários, como a fenazopiridina: 232
QUAL A DEFINIÇÃO DE CISTITE RECORRENTE?
 dois ou mais episódios de ITU em seis meses ou três ou mais episódios ao ano após a cura da primeira
infecção.

ALGUM EXAME É OBRIGATÓRIO REALIZAR NA INVESTIGAÇÃO INICIAL DA ITU RECORRENTE


 Exames de imagens são mais utilizados na ITU complicada, não sendo de fato obrigatório para avaliação
inicial das ITUs recorrentes. UROCULTURA E ANTIBIOGRAMA E NÃO SE ESPERA RESULTADO PRA COMEÇAR
TRATAMENTO

COMO FAZER A IMUNOPROFILAXIA


 A imunoprofilxia é baseada na administração oral do extrato, ou lisado bacteriano, de Escherichia coli
UROVAXON 6 mg, sendo a dose recomendada 1 comprimido/mês durante três meses TOMA 3 PARA 3
TOMA3

PIELO
COMO DIFERENCIAR PIELONEFRITE DE CISTITE
apresentação clássica é o desenvolvimento súbito de calafrios, febre e dor lombar unilateral, geralmente
acompanhados de disúria, urgência urinária e aumento da frequência. Giordano positivo.
diagnóstico, usa-se urocultura com mais de 10.000 UFC e sintomatologia compatível, Deve-se suspeitar de
pielonefrite aguda quando há desconforto intenso, queda do estado geral e, particularmente, se
apresentar concomitantemente febre e taquicardia, sinal de Giordano +.
 A pielonefrite difere da cistite, tendo em vista que esta última é uma infecção de trato urinário inferior,
tendo como sintomas clássicos a disúria e a polaciúria, além de urgência urinária e hematúria e, às vezes,
dor suprapúbica. Se feita urocultura, pode-se considerar caso de cistite resultado de 100 UFC/mL e se os
sintomas forem compatíveis.

TRATAMENTO?

PORSTATITE
O QUE É PROSCRITO REALIZAR NO EXAME FÍSICO NA PROSTATITE BACTERIANA AGUDA
 (febre, taquicardia, hipotensão).Dor perineal importante, toque retal extremamente doloroso e com
próstata amolecida e febre Massagem prostática deve ser evitada.

QUAL O TRATAMENTO DA PROSTATITE BACTERIANA AGUDA? DROGA E POSOLOGIA


 4 semanas de duração.  Fluoroquinolonas VO: - Ciprofloxacina 524S Levofloxacina 514S rimetoprim-
sulfametoxazol 1 cp. de dupla concentração a cada 12 horas: são adequados para pacientes ambulatoriais. 
Ciprofloxacina 400 mg a cada 12 horas EV:

HPB
SINTOMAS DE ARMAZENAMENTO OU VESICAIS?
Polaciúria / Noctúria / Urgência e Incontinência Miccional.

SINTOMAS DE ESVAZIAMENTO OU OBSTRUTIVO


Hesitação (dificuldade de iniciar), jato fraco, intermitência do jato, esforço abdominal, esvaziamento incompleto e
gotejamento terminal

EXANES NA HPB
PSA total, urina EAS, exame físico (toque retal e exame neurológico) e I-PSS (Escore Internacional de Sintomas
Prostáticos), dosagem de ureia e creatinina plasmática, US de trato urinário inferior e próstata via abdominal.

QUAL O VALOR NORMAL DO PSA E QUAIS OS SEUS MÉTODOS DE REFINAMENTO E PARA QUE SERVEM?
 valores inferiores a 2,5 ng/ml em indivíduos abaixo de 65 anos de idade.
 Objetivo: melhorar a sensibilidade e especificidade para diagnosticar câncer de próstata.

11) QUAIS OS 3 MECANISMOS FISIOPATOLÓGICOS DA HPB?


 Na HPB os sintomas decorrentes resultam de 3 componentes básicos:
 Componente Mecânico: aumento volumétrico da próstata causa diminuição do calibre e
aumento da resistência uretral, com consequente dificuldade de esvaziamento vesical;
 Componente Dinâmico: representado pela ativ. alfa adrenérgica aumentada nessa região,
devido a presença de altos níveis desses receptores na capsula, estroma prostático e no colo
vesical 🡪 aumento da resistência uretral;
 Componente Vesical: devido às alterações secundárias à obstrução causada pela HPB na
musc.detrusora, temos bexiga hiperativa como resposta ao esforço continuo na tentativa de
esvaziamento ou hipoativa, resultando em falência da musculatura em fases + avançadas da
doença.

12) QUAIS AS 4 CLASSES DE MEDICAMENTOS E COMO ATUAM NA FISIOPATOLOGIA? DE CADA CLASSE QUAIS SÃO AS
PRINCIPAIS DROGAS, POSOLOGIA, EFEITOS COLATERAIS?
 ALFA-BLOQUEADORES: atua bloqueando os receptores alfa-1 adrenérgicos no
músculo liso prostático, na uretra e no colo vesical.
Efeitos colaterais: podem causar hipotensão e ejaculação retrógrada.
a. α-1 de longa ação: Doxazosina –4 mg/dia
b. α-1A seletivo: Tansulosina – 0,4 a mg/dia
Alfuzosina 10 mg/dia

 INIBIDORES DA 5-AR: inibem a enzima 5-α-redutase (5-AR), impedindo a


conversão da testosterona na di-hidrotestoterona (DHT).
Efeitos colaterais: podem causar disfunção erétil, diminuição da libido, ejaculação
tardia e ginecomastia
Finasterida (inibe apenas a tipo 2) – 5 mg/dia
Dutasterida (inibe ambos os subtipos) – 0,5 mg/dia

 ANTICOLINÉRGICOS E B3 AGONISTAS: têm a propriedade de inibir a ação


da acetilcolina e, consequentemente, reduzir a contratilidade do músculo detrusor.
Efeitos colaterais: boca seca, constipação, dificuldades de micção, nasofaringite,
tontura, confusão mental e agitação.
Solifenacina – 5 mg/dia
Mirabegrona – 50 mg/dia
TOLTERODINA- 4mg
 Inibidores da PDE5: Os prováveis mecanismos de ação são decorrentes dos efeitos
sobre o relaxamento do músculo liso, na proliferação de células endoteliais, na
melhora do fluxo sanguíneo e na atividade sobre os nervos eferentes prostáticos.
Tadalafila – 5 mg/dia ASSOC AO TRTAMENTO

13) QUAIS AS INDICAÇÕES ABSOLUTAS DE CIRURGIA?


 A cirurgia da próstata é geralmente necessária para pacientes com sintomas urinários moderados
ou intensos, que apresentam indicações absolutas para esse procedimento: retenção urinária
recorrente ou refratária, incontinência por transbordamento, infecções recorrentes do
trato urinário, cálculos ou divertículos na bexiga, hematúria macroscópica devido à HPB,
ou dilatação do trato urinário superior devido à HPB, com ou sem insuficiência renal.

1. COMO SE TRATA A INCONTINÊNCIA URINÁRIA FEMININA?


.
 1ª opção: Beta 3 agonista – Mirabegrona (mirbetric) 50mg/dia, alto preço e sem efeitos colaterais.
 2ª opção: Anticolinérgicos – Darifenacina (fenazic) 7,5mg/dia; Solifenacina (bezicari) 5mg/dia;
toterodina; Oxibutinina (retemic) 5mg de 12/12h ou 10mg/dia, essa geralmente não é utilizada devido
aos efeitos colaterais, como constipação, xerostomia e piora a vigência de glaucoma de ângulo
fechado.

5 – COMO É O TRATAMENTO COMPORTAMENTAL E MEDICAMENTOSO DA BEXIGA HIPERATIVA?


 O tratamento conservador é a 1ª linha de conduta da bexiga hiperativa, de modo a associar o
tratamento farmacológico + reabilitação pélvica + terapia comportamental.
2. Terapia Medicamentosa: diante do estimulo colinérgico intenso atuando sobre a bexiga e
causando a contração exagerada da musculatura detrusora, faz-se necessária a utilização de
anticolinérgicos sobre os receptores muscarínicos (M2 e M3 na bexiga).
 ANTICOLINÉRGICOS OU ANTIMUSCARÍNICOS:
1. OXIBUTININA: primeira medicação a ser usada em grande escala, tornou-se referência para
comparação com outros medicamentos. Age nos receptores M1, M3 e M4 e também tem
propriedades anestésicas e antiespasmódicas. Sua dose deve ser titulada e aumentada
progressivamente. Apresentação de liberação lenta reduz picos plasmáticos e diminui efeitos
adversos.
Posologia: 5 mg, 12 em 12 horas.
Efeitos colaterais: xerostomia e pode provocar alterações cognitivas por causa da passagem pela barreira
hematoencefálica, o que restringe sua utilização em idosos.
OBS: Pode-se utilizar o beta-3-agonista (agonista do SNSimpático, relaxando a musculatura que não para
de contrair)
2. TOLTERODINA: ação mais intensa no detrusor do que nas glândulas salivares. Ainda assim,
boca seca é seu efeito adverso mais comum. Existe na forma de liberação imediata ou lenta e os
resultados na BH são comparáveis à oxibutinina.
Posologia: (1-2mg, 2x/dia ou 4mg, 1x/dia)
Efeitos colaterais: boca seca, constipação, dificuldades de micção, nasofaringite, tontura, confusão
mental e agitação
3. DARIFENACINA: medicação de uso recente em nosso meio, que atua nos receptores M3.
Penetra pouco a barreira hematoencefálica, aspecto útil especialmente em idosos.
Posologia: 7,5-15mg, 1x/dia
Efeitos colaterais: boca seca, constipação, dificuldades de micção, nasofaringite, tontura, confusão
mental e agitação
4. SALIFENACINA: antimuscarínico com ação nos receptores M2 e M3, que mostrou boa
eficácia em estudos clínicos e deverá estar disponível no Brasil em breve.
Posologia: 5mg, 1x/dia
Efeitos colaterais: boca seca, constipação, dificuldades de micção, nasofaringite, tontura, confusão
mental e agitação
5. TROSPIUM: amina quartenária que não atravessa a barreira hematoencefálica. Afinidade para
receptores M1 e M3. Não está disponível em nosso meio.
6. FESOTERODINA: alguns estudos mostraram efeito superior à tolterodina. Não disponível no
Brasil.
7. TOXINA BOTULÍNICA DO TIPO A: medicação recentemente aprovada para uso
intravesical, é considerada a segunda linha de conduta no tratamento de BH e deve ser indicada
na falha do tratamento de primeira linha. São aplicadas de 100 a 300 unidades por meio de
cistoscopia e de injeções em 30 pontos, evitando-se o trígono. A resposta costuma ser
satisfatória, porém os efeitos são reversíveis em torno de seis meses. Reaplicação pode ser feita
com segurança.
Posologia: 100 a 300 unidades.

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