Você está na página 1de 6

Feito por: Rafael Delgado

UNIDADE 17 – MED IMAGENS TWO


INTRODUÇÃO

A radiologia da obstrução urinária

Muitas vezes, a indicação do tratamento se baseia em dados clínicos (dor intratável, sepse ou obstrução bilateral com aumento da
creatinina, uremia ou hipercalemia). A causa de hidronefroses são multiplas

ACHADOS RADIOLÓGICOS – TEMA DE EXAME


• Ecografia: normalmente, é o exame inicial. É uma técnica morfológica, não funcional, que mostra a dilatação do sistema
coletor.
• Urografia intravenosa: fornece informações funcionais e morfológicas sobre o local da obstrução. Seu papel atualmente é
muito limitado.
• Pielografia retrógrada: normalmente é usada como um passo preliminar para a realização de técnicas intervencionistas.
• Tomografia computadorizada (TC) e Ressonância Magnética Urográfica (URO-RM) sem contraste: atualmente a técnica de
escolha no caso de cólica renal complicada. A URO-RM sem contraste não emite radiação e é sensível para identificar
ureteronefrose.
• Uro TC e URO-RM com contraste: são exames otimizados para avaliar o sistema urinário, com cortes finos e contraste
intravenoso, sempre realizando uma fase excretora.

PATOLOGÍA LITIASICA URINARIA

São muito comuns e afetam 12% da população. É mais frequente em homens entre 30 e 60 anos. Recorrem com frequência.

COLICO RENOURETRAL
Clínica: produz um quadro clínico de dor intensa de início agudo, espasmódica, que aumenta até atingir o pico de intensidade e depois
diminui. Mais raramente, a dor é constante. Em cálculos distais, a dor irradia para a parte inferior do abdômen e genitais.

MANEJO RADIOLÓGICO

• Radiografia simples: é o primeiro passo, podendo ser suficiente se o cálculo for visível. No entanto, cerca de 90% das litíases
são radioopacas.
• Ultrassonografia: possui alta sensibilidade para litíase renal, mas é menos eficaz para litíase ureteral. Pode detectar
tardiamente a obstrução, uma vez que obstruções precoces ou pacientes desidratados podem não apresentar hidronefrose. É
muito mais comum em pacientes pediátricos e grávidas. Hiperecogênico: 1ª opção e muito eficaz. "Hiperecogênico" significa
que uma estrutura ou objeto é mais brilhante em uma imagem de ultrassom devido à reflexão intensa das ondas sonoras.
Feito por: Rafael Delgado
• Urografia intravenosa: fornece informações morfológicas e funcionais. Alguns cálculos podem passar despercebidos. Não é
utilizada em pacientes com função renal comprometida ou alergias.

Tomografia computadorizada (TC) sem contraste: suas vantagens incluem ser uma técnica rápida, com alta sensibilidade (94-100%) e
especificidade (92-100%). Permite um diagnóstico de exclusão seguro e a detecção de causas extra-urinárias da dor, além de mostrar
todos os cálculos. A interpretação, com base na localização e no tamanho do cálculo, permite estimar a probabilidade de expulsão.
Assim, aproximadamente 80% dos cálculos menores que 4 mm passam espontaneamente, 50% dos cálculos entre 4 e 6 mm são
expelidos, enquanto apenas cerca de 20% dos cálculos maiores que 8 mm são expelidos. Além de visualizar diretamente o cálculo,
devem ser procurados sinais de obstrução aguda, como trabeculação perirrenal assimétrica, aumento do tamanho do rim, menor
atenuação do parênquima, ausência de pirâmides densas no rim obstruído, hidronefrose e hidroureter.
Feito por: Rafael Delgado
Feito por: Rafael Delgado
INFECCOES URINARIAS

PIELONEFRITE AGUDA E CRÔNICA

É uma infecção bacteriana supurativa dos cálices renais e do tecido intersticial dos túbulos renais, que se espalha centrifugamente ao
longo dos raios medulares do rim. É mais comum em mulheres. A via de infecção quase sempre é ascendente, sendo o microrganismo
mais comum a Escherichia coli, responsável por 80% dos casos.

Clínica:

• Dor na região do flanco e lombar.


• Febre, calafrios, náuseas e vômitos.
• Sintomas urinários baixos (dificuldade ao urinar, sensação de esvaziamento incompleto da bexiga e aumento da frequência
urinária).

Análise clínica:

A apresentação inclui aumento do número de leucócitos (leucocitose), aumento de neutrófilos (neutrofilia), elevação de marcadores de
fase aguda e, se for grave, aumento da creatinina.

Análise de urina:

Os achados incluem presença de esterase leucocitária, piúria (presença de leucócitos na urina), bacteriúria (presença de bactérias na
urina) e hematuria (presença de sangue na urina).

Cultura de urina é estéril se o rim infectado estiver obstruído.

Manejo diagnóstico:

Em um caso típico não complicado, como uma mulher jovem, não grávida e sem outras doenças, não são necessários exames radiológicos.

Nos casos complicados, o diagnóstico pode envolver as seguintes situações:

1. A infecção é causada por um microorganismo não comum.


2. Existem sinais de obstrução.
3. A febre persiste após 72 horas de tratamento.
4. Há uma recorrência rápida da infecção após o término do tratamento.
5. Presença de diabetes.

ESTUDIOS SOLICITADOS

• Ecografia: realizada para descartar hidronefrose, pielonefrose ou doença de refluxo.


• Tomografia computadorizada (TC): é indicada se houver suspeita de complicações ou quando há dúvidas no diagnóstico.

ACHADOS RADIOLOGICOS NESTE CASO

Ecografia: tem baixa sensibilidade e frequentemente é normal em casos de pielonefrite aguda não complicada. Pode apresentar os
seguintes achados:

• Edema generalizado, com aumento do tamanho renal (mais de 15 cm ou uma diferença de mais de 1,5 cm em relação ao rim
contralateral).
• Áreas com ecogenicidade diminuída ou aumentada, com padrão estriado.
• Diminuição na vascularização das áreas afetadas no Doppler color.
• O sistema pielocalicial pode estar dilatado, às vezes com edema submucoso hiperecogênico.
Feito por: Rafael Delgado
Tomografía

Sem contraste: as áreas afetadas podem ter atenuação normal, menor (indicando edema) ou maior (indicando hemorragia). A fascia de
Gerota e os tabiques perirrenais podem estar espessados.

Com contraste: as áreas afetadas geralmente apresentam baixa captação corticomedular bem delimitada, com estriações em forma de
cunha que se irradiam do sistema coletor até a cápsula renal, o que indica obstrução tubular devido ao exsudato inflamatório. Pode haver
um nefrograma persistente ou retardado, e em casos graves, uma anulação funcional. Geralmente, há espessamento do urotélio pélvico.

Tomografía com CONTRASTE

HIPERDENSIDADE DO LADO ESQ. COM AUMENTO EM AMBOS OS RINS


Feito por: Rafael Delgado

CORTE CORONAL (OBSTR. DA URETRA LADO ESQ.)

Você também pode gostar