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nesta obra.

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Introdução
Para muitos um mito da cultura popular. Para muitos uma
espécie de tesouro, um Eldorado do prazer sexual feminino,
que merece ser descoberto. Para muitos outros, uma
realidade cotidiana.

Curiosamente, toda esta dúvida e incerteza, se dá em relação


a algo que nossos antepassados e mesmo antigas
civilizações já conheciam, mas que foi “esquecido”, na
medida em que o prazer sexual foi reprimido, até mesmo
negado e desacreditado para as mulheres. E que somente
muito recentemente voltou a ser “descoberto”, comentado e
desejado.

Desde que entrou a imaginação popular há mais de 30 anos


atrás, o ponto G continua despertando curiosidade e mesmo
acalorados debates sobre sua existência. Por um lado, traz a
promessa de um prazer sexual intenso, de poderosos e
mesmo infindáveis orgasmos. Por outro, a ciência ainda é
capaz de dar respostas definitivas sobre sua existência e
funcionamento.

Uma dúvida que é alimentada por muitas pessoas que


procuraram, sem êxito, este “ponto mágico”.

E entre estes dois extremos, a realidade de inúmeras


mulheres que, sozinhas ou em companhia, vêm
experimentando uma forma de prazer diferente, associada a
um pequeno ponto localizado atrás do osso púbico, a apenas
alguns centímetros da entrada da vagina.

De orgasmos mais intensos e duradouros, passando pelos


orgasmos múltiplos e até mesmo da ejaculação feminina,

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aprenda a partir de agora a encontrar e estimular o ponto G,
este célebre desconhecido.

Passo # 1
Auto-Estima
Quando se fala de ponto G e orgasmo múltiplo, ou de
qualquer outra prática sexual, a maioria das pessoas se
preocupa logo com a técnica. Onde tocar? Como? Porém,
apesar todo potencial das zonas erógenas de nosso corpo,
nosso órgão sexual mais sensível é a mente. Para descobrir
estas novas possibilidades de prazer é preciso dominar o
aspecto psicológico. E isto significa não somente conhecer-
se a si próprio, mas gostar e estar feliz com o seu “eu”.

A primeira coisa a preparar é sua auto-confiança, uma dos


mais poderosos afrodisíacos conhecidos. Pode ser um lugar
comum, mas para que gostem de você é necessário primeiro
gostar de si mesmo.

De pesquisas realizadas em todo o mundo sabe-se que as


mulheres são mais afetadas por este problema, sentindo
vergonha do próprio corpo. A sexualidade reprimida, a
influência da mídia e os padrões de beleza atuais levam a
esta situação de frustração. Porém, o desprendimento
necessário para chegar a um orgasmo múltiplo exige que
elas se abram completamente as seus parceiro e se sintam
“sexy” e sedutoras. Estimule que ela se sinta melhor consigo
mesma, elogiando sua beleza, dando presentes e pequenos
mimos. O objetivo é que ela se sinta melhor consigo mesma,
além de despertar todos os sentidos relacionados à
sexualidade. Mas não somente nossa imagem do corpo é
afetado pela imagem negativa que temos do sexo: a próxima

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vítima é nosso lado emocional e psicológico. Estimule que
sua parceira examine sua própria atitude em relação ao
prazer. Quais são seus desejos reais? Quais são suas
inseguranças? O que o orgasmo representa para ela? Por quê
você quer encontrar o ponto G ? As respostas podem ser
contraditórias, pois em nossa cultura o prazer feminino foi
historicamente reprimido.

Reconhecer estes sentimentos é fundamental para que você


alcance este tipo de prazer com consciência, e assim, com
segurança e satisfação pessoal.

Passo # 2
O Prazer Feminino
A história do prazer feminino é a própria história da
civilização. Em seu início, as mulheres eram vistas como
seres divinos, capazes de um ato mágico, o da procriação.
Mas à medida em que os homens descobriram que também
participavam da geração de nova vida, as mulheres foram
perdendo importância na sociedade. Nas civilizações grega
e romana as mulheres perderam poder e participação na vida
sexual, porém ainda possuíam a possibilidade de prazer
sexual.

Porém, isto praticamente desapareceu com o surgimento da


civilização ocidental, baseada principalmente nos princípios
da religião cristã e judaica. Toda a concepção do sexo
passou a ser orientada em direção à procriação e o prazer
sexual feminino foi reprimido. Tamanha foi a influência,
que durante o Renascimento um anatomista italiano e outro
holandês “descobriram” o que gregos e muitas outras
civilizações já conheciam e já haviam descrito: o clitóris e a
possibilidade do orgasmo feminino.
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Foi durante a revolução sexual dos anos 1960 e 1970 que as
mulheres, de forma paralela à ocupação de seu lugar na
sociedade, começaram a (re)descobrir as possibilidades de
seu prazer sexual. Junto com a exaltação do clitóris, da
masturbação, do cunnilingus (sexo oral), começaram a
circular, informações sobre um novo tipo de orgasmo, o
vaginal. A concepção anterior era de que a vagina não
possuía resposta sexual, isto é, era perfeitamente inútil para
o prazer sexual.

Mas em 1950, um médico alemão chamado Ernst


Gräfenberg já havia publicado um livro no qual descrevia o
papel da uretra para o prazer feminino e identificava uma
região de maior sensibilidade dentro da vagina. Como
acontece em todas áreas da ciência, muitas das ideias
inovadoras levam certo tempo, até que a cultura geral seja
capaz de entendê-las e serem aceitas, dentro de uma
concepção de mundo. E foi somente na década de 1980 que
sexólogos americanos batizaram esta área com o nome de
“ponto G”, em homenagem ao Dr. Gräfenberg, levando-o
também ao conhecimento geral.

E apesar de todas evidências e relatos, ainda existe muito


debate sobre a estrutura anatômica do ponto G e sobre seu
papel na fisiologia do prazer sexual. E mais ainda sobre a
natureza (ou mesmo a existência da ejaculação feminina).
Infelizmente, são poucos os incentivos para a pesquisa em
uma área duplamente discriminada pela ideologia
conservadora que ainda marca nossa sociedade: as mulheres
e a sexualidade.

Frente ao ceticismo de muitos setores da ciência, e dos


intermináveis debates sobre a possibilidade de provar
cientificamente da existência do ponto G, hoje já se sabe
que:
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► Existe uma região chamada esponja uretral, ao redor da
uretra da mulher que se incha e aumenta de tamanho durante
a excitação sexual.

► Na esponja uretral também se encontram as chamadas


glândulas de Skene o glândulas para-uretrais, que produzem
um líquido muito similar ao produzido pela próstata
masculina. Por este motivo, tem sido chamada de “próstata
feminina”.

► A esponja uretral está vinculada através de terminações


nervosas com o clitóris e com a própria uretra. Todas estas
partes do corpo são sensíveis ao prazer e estimular tem
efeitos sobre o outro, levando ao aumento da excitação
sexual.

► Assim, o que se conhece como ponto G não seria um


ponto específico, com mais terminações nervosas, mas um
tecido esponjoso, contendo glândulas e vasos, capaz de
produzir um líquido pouco viscoso.

Segundo a lógica desta associação do ponto G com a


esponja uretral, todas mulheres possuem o ponto G, basta
localizá-lo. Finalmente, também se mostra uma relação
entre esta “próstata feminina” e um fenômeno que mostra
que as mulheres são superiores no sexo: o orgasmo
múltiplo.

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Passo # 3
O Músculo PC
Existem duas chaves para abrir o “cofre dos tesouros” que é
o orgasmo múltiplo feminino. A primeira delas é a
localização da próstata feminina, ou ponto G, que logo
deverá ser estimulada adequadamente. E a segunda é o
músculo pubococcígeo, ou mais simplesmente, músculo PC,
associado com o orgasmo e com o desempenho sexual. Para
localizá-lo, basta “prender” o xixi quando estiver urinando.

É a contração do músculo PC (concentre-se para tomar


consciênciadela) que está “fechando” sua bexiga.

Nas mulheres, o músculo PC leva a orgasmos mais intensos


e de maior duração. E junto ao ponto G é essencial para o
orgasmo múltiplo feminino. Mas para que seu potencial seja
aproveitado totalmente, ele deve ser treinado e fortalecido.

Historicamente, o papel do músculo PC foi identificado com


problemas mais gerais da saúde feminina. Durante a década
de 1950, um médico americano chamado Arnold Kegel
criou um treinamento para evitar o caimento da bexiga.

Este problema, que afeta principalmente mulheres que


realizam o parto normal, causa a incontinência urinária e
afeta a vida sexual.

A rotina proposta por Kegel era de três sessões de vinte


minutos ao dia, com 100 contrações a cada sessão. No total,
trezentas contrações de aproximadamente seis segundos
cada, relaxando pelo mesmo tempo entre uma contração e
outra.

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No início tempos menores podem ser utilizados e,
progressivamente, ir aumentando até chegar a ciclos de
contração/relaxamento de dez segundos.

Também é importante concentrar-se no músculo PC,


evitando contrair desnecessariamente o abdômen, e os
músculos das coxas e nádegas. E como vantagem, você
pode praticá-los a qualquer hora do dia ou da noite, sem que
ninguém perceba, ou seja, finalmente algo para fazer
durante aqueles intermináveis congestionamentos!

Passo # 4
criando o clima
Descobrir o ponto G e o orgasmo múltiplo, como toda
novidade, exige um ambiente positivo para que você e sua
parceira possam se sentir mais relaxados e aberto a novas
sensações. De sua aparência pessoal ao quarto onde vocês
iniciarão suas práticas de experimentação e descoberta,
todos os detalhes são fundamentais para fazer desta
experiência algo inesquecível.

O mais conhecido manual sexual do mundo, o Kama Sutra,


nos ensina a equilibrar nossa vida espiritual e física. Para
isso é preciso despertar todos os sentidos: a audição, o tato,
o olfato o paladar e a visão.

Começando pela visão, utilize uma iluminação indireta e


suave, que crie um clima romântico. Velas, lâmpadas de
baixa intensidade, tecidos difusores ajudam a gerar a
sensação de intimidade.

Em relação aos sons utilize música suave. Embora todos


tenhamos nossos próprios gostos, descobrir o ponto G
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requer muita calma e paciência e neste sentido a música é
algo ótimo para ajudar a mente a relaxar. E além da música,
sons como água corrente também são sensuais.

Estimule também o paladar. Procure receitas afrodisíacas,


que mais do que possuir efeitos garantidos de excitação
sexual, funcionam por excitar os sentidos.

E o toque aveludado do vinho ou as cócegas das borbulhas


do champagne estimularão um dos mais poderosos órgãos
sexuais, a boca.

Incensos, velas aromatizadas ou mesmo perfumes


completam o cenário.

Logicamente você não precisa utilizar todos estes elementos


ao mesmo tempo, somente criar um clima especial, de
intimidade e proximidade. E mais importante, garanta que
este ambiente seja tranquilo e que não haja possibilidade de
interrupções ou visitas indesejáveis, para que vocês possam
se concentrar e relaxar.

Passo # 5
Descobrindo o Ponto G
Desde sua descoberta, passando pelo recente movimento de
liberação da sexualidade feminina, o ponto G tornou-se uma
espécie de “Santo Graal”, um tesouro fabuloso, escondido.
Porém, a razão pela qual muitos casais se frustram ao não
encontrar o ponto G é que ele na verdade não é um ponto,
mas uma área.

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Na sexologia atual o ponto G passou a ser chamado de
“próstata feminina” e é composto por um conjunto de vasos
e glândulas na parte superior da vagina.

Estas glândulas podem estar concentradas mais próximas à


entrada da vagina, mais ao fundo, ou então espalhadas.
Assim, para encontrar o célebre ponto G:

► No início, sua parceira deve buscá-lo sozinha, em um


exercício de autoconhecimento. Por mais íntimo que vocês
sejam, sua presença sempre trará algo de tensão, ansiedade
ou autoconsciência. Ela deve, idealmente, procurar um local
íntimo e reservado, para que possa explorar sua própria
sexualidade sem a preocupação de estar sendo julgada ou
pressionada. Logo, quando ela se sentir mais confortável,
vocês poderão descobrir juntos esta nova forma de prazer.

► Encontrar o ponto G não é uma aventura de explorar


cavernas.

Nada de profundidade, pelo contrário, a maior parte das


mulheres possui sua “próstata” localizada a poucos
centímetros da abertura da vagina. Introduzindo um dedo
cerca de dois centímetros e meio, ao longo da parte superior
da vagina, sua parceira (e logovocê também) encontrará
uma espécie de tecido esponjoso. Se ela notar bem,
encontrará uma área um pouco mais “enrugada”. É esta a
posição que ela deve pressionar e estimular.

► Quando você for explorar esta região mágica, faça o


gesto de “venha cá” com o dedo indicador. A curvatura do
dedo resultante é a curvatura necessária para acompanhar a
curva do osso pubiano.

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O ponto G se encontra ali, cerca de dois centímetros e meio
a partir da entrada da vagina, na parte superior (abaixo da
púbis), tendo o tamanho aproximado de uma moeda.

► Unhas compridas não são uma boa ideia! E nem bordas


afiadas, que podem machucar a sensível membrana vaginal.

Portanto corte com cuidado as unhas de seus dedos, vitando


deixar ângulos pontiagudos.

► Ao estar intimamente ligada com a uretra (o canal que


vai da bexiga à abertura da vagina, conduzindo a urina), o
ponto G ao ser estimulado pode levar a uma sensação de
necessidade urinar.

É recomendável que sua parceira esvazie bem a bexiga, indo


ao banheiro sempre que for realizar esta prática.

► Além da sensação de bexiga cheia, o estímulo do ponto


G pode gerar sensação de desconforto ou mesmo dor. Com
o tempo, provavelmente esta reação será de menor
intensidade, mas é importante que vocês a conheçam e
discutam abertamente entre os dois, antes de explorar mais o
ponto G.

E uma vez identificado o ponto G, é hora de testar o seu


potencial de prazer sexual.

A forma mais prática e eficiente para alcançar este objetivo


é a masturbação.

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Passo # 6
Masturbação
Ao contrário do clitóris, a “próstata feminina” responde ao
prazer através da pressão. Por isso são necessários
movimentos muito mais fortes do que ela geralmente
aplicaria ao masturbar-se de forma “tradicional”. Por este
motivo é interessante que ela se acostume e conheça estas
novas sensações, para descobrir seus limites e gosto pessoal.

A forma de alcançar este conhecimento é a masturbação,


praticada em um momento que proporcione privacidade e
calma para que ela relaxe completamente.

► Para estimular o ponto G, sua parceira deverá fazer o


gesto de “venha cá” invertido, isto é, com a palma da mão
voltada para cima. Uma vez localizada a próstata feminina,
ela poderá experimentar com a força, pressão e velocidade
dos movimentos. O ideal é que ela comece devagar, como
se estivesse masturbando o clitóris.

► Como o ponto G não é um realmente um “ponto” mas


uma área onde as glândulas estão distribuídas, aumentar a
área de estímulo aumentará o prazer. Com um pouco mais
de ousadia e confiança, sua parceira poderá utilizar dois, ou
mesmo três dedos, para masturbar seu ponto G.

► Sua parceira não deve esquecer do clitóris, pois é


improvável que alcance o orgasmo somente com o estímulo
do ponto G. Ainda que existam acirradas controvérsias
sobre a existência ou não do “orgasmo vaginal”, o clitóris é
essencial na resposta de prazer, funcionando junto ao ponto
G na resposta do prazer sexual feminino.

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Além dos dedos, a masturbação também pode ser realizada
com brinquedos sexuais projetados com o objetivo de
estimular o ponto G.

Mais curtos e curvos, são também vibradores,


proporcionando o estímulo localizado e poderoso que esta
região tão misteriosa do corpo feminino exige para o prazer.

Passo # 7
Comunicação e Confiança
Descobrir a dois um aspecto tão especial do prazer feminino
como o orgasmo múltiplo e o ponto G exige dois princípios
básicos: comunicação e confiança. As sensações e mesmo o
processo de buscar por esta capacidade de prazer tão
especial e tão “esquecida” são novidades no plano físico e
psicológico. Se você não for capaz de fazer com que sua
parceira comunique seus sentimentos e sensações, será
difícil que ela consiga “chegar lá”. E se ela não confiar
plenamente em você, não estará relaxada e confiante o
suficiente para experimentar este novo sentimento.

Na sexualidade de forma geral, e muito mais em uma


cultura que reprime o prazer feminino, comunicar
sentimentos e desejos sexuais é uma habilidade complexa.

Como consequência, esta falta de treinamento no assunto,


frequentemente leva a desentendimentos e emoções
negativas. E até mesmo nossos desejos mais íntimos,
sentimentos e vulnerabilidades podem ser armas que
fornecemos voluntariamente a outras pessoas e que logo
serão utilizadas contra nós. E este outro pode muito bem ser
nossa parceira. Para melhorar sua comunicação, lembre-se:

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► Utilize a comunicação não-verbal. Não comunicamos
somente com palavras, mas também através do volume e
tom de nossa voz, além dos gestos, postura corporal e
expressões faciais.

Estas três formas de comunicação são percebidas ao mesmo


tempo e influenciam como as outras percebem o que
estamos tentando comunicar.

► Não acuse. Fazer sua parceira se sentir culpado ou


envergonhada pode incendiar o conflito e levar a uma troca
de acusações que somente aumentarão o silêncio e o
distanciamento entre vocês dois.

► Não faça ameaças ou ultimatos. Com isso, o máximo


que você conseguirá é má vontade dela em fazer o que você
deseja e, a longo prazo irá minar a saúde da relação.

► Ouça sua parceira. Mais do que escutar no sentido


físico,
mas realmente prestar atenção em suas palavras e
sentimentos.

Evite interromper e realizar julgamentos prematuros.

► Negocie termos e palavras. O vocabulário que


utilizamos
para discutir o sexo pode variar bastante de pessoa a pessoa,
e consequentemente, levar desentendimentos. Chegue a
termos aceitáveis com sua parceira.

► Utilize o humor para aliviar as tensões. Mas tome o


cuidado para que realmente pareça humor e não uma forma
de julgar e ridicularizar sua parceira.

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► Evite discutir a relação. Se sua parceira estiver cansada
ou preocupada. Da mesma forma evite conversas mais
sensíveis durante tarde da noite, quando a possibilidade de
um conflito é maior.

Lembre-se que o centro de toda atenção é ela. São as


sensações físicas e psicológicas de sua parceira que estarão
sendo colocadas ao limite. Sem que ela comunique
abertamente todos seus sentimentos, será mais difícil que
ela possa lhe dar este prazer tão intenso e especial.

Passo # 8
Ponto G a Dois
No início, para que você também conheça a mecânica do
orgasmo múltiplo feminino e do ponto G, é interessante que
você a masturbe. A alta sensibilidade dos dedo irá servir não
somente como instrumento de prazer, mas como uma
poderosa ferramenta de descoberta e de percepção.

► Não trate o ponto G como se fosse um “botão mágico”.


Crie um clima de intimidade e excitação, utilizando todas
carícias e preliminares possíveis. E quando colocar o dedo
dentro da vagina de sua parceira, não vá direto ao ponto,
transformando este momento em algo mecânico e
previsível, mas comece tocando o ponto G de leve e
alternando com outros movimentos.

► Não se esqueça de aplicar pressão! Esteja atento para os


sinais e expressões de sua parceira e, fundamentalmente,
mantenha a comunicação livre e aberta. Reconheça que no
início o estímulo do ponto G pode levar a sensações de
“confusão”, como a necessidade de urinar ou mesmo a dor.

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► Utilize todas suas “armas”. Combine o estímulo do ponto
G com o sexo oral e você terá uma receita garantida para ser
admirado por sua parceira. Seja criativo e mantenha ela
excitada durante todo o tempo.

► Lembre-se do conceito de pressão. Encoste sua boca


contra o clitóris dela, fazendo pressão com suas gengivas.
Enquanto isso, com a outra mão, pressione levemente o
púbis para baixo. Assim, você estará estimulando a próstata
feminina como um todo.

Conforme sua parceira desenvolver a sensibilidade de sua


“próstata feminina”, também com a penetração você poderá
estimular o ponto G. A melhor posição é com sua parceira
por cima de você. Neste ângulo, seu pênis estará tocando e
pressionando a parte superior da vagina, junto ao púbis,
exatamente onde você esteve praticando com os dedos.

Passo # 9
O Momento do Gozo
Para chegar ao orgasmo múltiplo através do ponto G é
necessário que sua parceira esteja completamente excitada,
com o maior número de estímulos possíveis.

Com o uso dos dedos, das mãos e da boca, chegará o


momento em sua parceira alcançará o clímax e
possivelmente seu primeiro orgasmo múltiplo.

► Fique atento ao momento em que ela estiver


alcançando
o platô, isto é, o ponto máximo de excitação sexual antes do
orgasmo. Através de seus gemidos, da respiração acelerada,
da contração dos músculos do corpo e especialmente da
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vagina, do enrubescimento do rosto e do pescoço ou
simplesmente por que ela lhe diga, você saberá se o
orgasmo está próximo.

► Neste momento, utilize um pouco mais de pressão e


aumente o ritmo dos dedos, para estimular ainda mais o
ponto G. Combinando este estímulo com as outras respostas
de prazer sexual, o resultado será um orgasmo mais intenso
e duradouro.

► Sobretudo, não pare! Nesta situação, sua parceira


também será capaz de ter vários orgasmos em sequência, o
chamado orgasmo múltiplo. Você pode diminuir um pouco
a intensidade do estímulo sobre o clitóris, pois este fica
hipersensível com o orgasmo, mas mantenha o ritmo e a
pressão sobre o ponto G, enquanto um orgasmo se suceder
ao outro, em uma onda contínua de prazer.

Quanto maior o fortalecimento do músculo PC e quanto


mais ela estiver acostumada com este tipo de orgasmo, mais
orgasmos ela poderá ter. Existe um relato de uma mulher
que chegou a ter quinze orgasmos contínuos, porém ao
chegar aos dez orgasmos sua parceira já estará
profundamente satisfeita e dormirá um sono profundo.

Passo # 10
Ejaculação Feminina
Outra reação comum, ao estimular o ponto G, é ativação das
glândulas responsáveis pela chamada ejaculação feminina.
Na atualidade, longe de ser uma lenda, a ciência tem
comprovado a capacidade das mulheres ejacularem um
líquido de consistência e cor parecidas a da urina. Este

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líquido se assemelha ao fluido da próstata nos homens e
pode mesmo ser “esguichado”.

► Conforme sua parceira se excita e você estimula o ponto


G, as glândulas de Skene começam a acumular este fluido
parecido ao que a próstata masculina produz. Toda a região
do ponto G se incha, aumentando de volume e você sentirá
como se estivesse pressionando uma bolsa de água.

► Ela não fez xixi! A confusão entre o fluido da ejaculação


feminina e o urina é a causa de que muitas mulheres se
envergonhem de seu próprio prazer sexual. Caso a
ejaculação ocorra não demonstre nenhum tipo de embaraço
por ela ter molhado a cama.

Pelo contrário, desfrute do prazer dela e diga o quanto ela é


especial. E para que ela se sinta mais confortável, utilize
toalhas (ou mesmo lençóis de plástico) na próxima vez.

► A ejaculação feminina ocorre quando os fluidos


acumulados nas glândulas de Skene são expulsos pela
uretra. Se você estiver comprimindo, e desta forma,
obstruindo os vasos que levam o líquido das glândula à
uretra, a ejaculação será dificultada.

Portanto, retirar os dedos ou mesmo a mão no momento em


que sua parceira goza pode favorecer a ejaculação feminina.

Não se sintam decepcionados se o orgasmo múltiplo ou se a


ejaculação feminina não acontecerem na primeira vez que
vocês tentarem. Como toda situação nova, o corpo de sua
parceira necessita de tempo para se acostumar a um tipo de
prazer desconhecido. E entre vocês dois, a prática e o
“timing” também serão aperfeiçoados com o tempo e com a
experiência. Bons motivos, portanto, para praticar sempre.

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FIM

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