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LIBIDO FEMININA
Conheça seu corpo e potencialize seu prazer

QUEBRANDO OS TABUS
Muitas mulheres ainda sentem vergonha ao falar de sexo, criando uma trava
em suas relações e, a nível mais profundo, em si mesmas. Isso faz com que
tenham medo de conhecer o próprio corpo, o que pode representar uma queda
na autoestima e dificuldades em ter prazer. Uma ótima forma de “desbloquear”
essa situação é a masturbação feminina.

Quando uma mulher não sabe se tocar ou do que gosta, pode acabar levando
alguns reflexos disso para a relação sexual e até para o relacionamento como
um todo. Não é vergonhoso se tocar e depois instruir o outro a tocar você da
maneira certa. Isso é natural e fundamental na sexualidade humana.

A falta de consciência corporal é extramemente comum, mas deve ser


quebrada. Aqui estão 12 dicas para dar início à sua nova jornada em busca do
autoconhecimento.

1) Procure um local calmo e crie um ambiente sensual, com recursos que estimulem
todos os seus sentidos. Pode ser no banho, no quarto ou em algum qualquer lugar em
que você ficar o mais relaxada possível. Fantasie assim um lugar gostoso, que lhe
pareça perfeito para esse momento.

2) Inicie com uma posição simples, geralmente com as pernas ligeiramente afastadas e
os pés apoiados na cama, na banheira ou no chão. Caso suas fantasias lhe estimulem
em alguma outra posição, então fique assim. É interessante neste momento aproveitar
para utilizar um espelho posicionado entre suas pernas, para ver sua vagina e perder
o "medo" dela, aproveitando para se admirar e derrubar todos os tabus de que seu
órgão sexual é uma coisa errada e feia. Ele é, na realidade, um símbolo de sua
feminilidade e beleza.

3) Lubrifique as duas mãos ou o objeto que for usar para a masturbação. Assim, quando
você estimular o clitóris em movimentos repetitivos, não irá gerar atrito, fazendo o
estímulo ficar na intensidade e força que lhe darão mais prazer. Se optar por se
masturbar com as duas mãos, utilize-as alternadamente, pois assim seu corpo irá
experimentar estímulos ligeiramente diferentes, mas que podem fazer diferença para
chegar ao orgasmo.

4) Toque levemente as partes erógenas de seu corpo, sinta um toque leve percorrer as
regiões que mais lhe excitam. Experimente as texturas diferentes de seu corpo em
suas mãos, como a pele do rosto, lábios, pernas ou língua, por exemplo. Procure ter o
mínimo de pudor possível neste momento para poder descobrir o que cada parte de
seu corpo lhe faz sentir. Esses estímulos poderão ser feitos várias vezes durante a
masturbação, aumentando o prazer e facilitando o orgasmo.

5) Inicie o toque leve de suas mãos nos lugares mais próximos de sua vagina, mas ainda
sem tocá-la. Repita esse toque algumas vezes, alisando com a ponta dos dedos o
redor da vagina e se aproximando cada vez mais dela. Quando estiver pronta, sinta
com a ponta do dedo indicador a textura e as sensações de cada parte de sua vagina.
Algumas mulheres gostam de dar nome para sua vagina, como uma forma de criar
intimidade com ela. Se você se sentir à vontade para fazer isso, experimente.

6) Com as mãos ligeiramente lubrificadas, sinta com a ponta dos dedos o clitóris,
descubra se ele é muito sensível e o quanto você deve evitar ou se aproximar dele.
Faça movimentos circulares ao redor dele, primeiro com uma mão e depois com a
outra. Experimente passar a mão direita no lado esquerdo do clitóris, e a mão
esquerda no lado direito dele. Isso tende a gerar uma sensação mais prazerosa.
Procure perceber como o seu corpo sente este toque, descubra assim como é a sua
sensibilidade e tente estimulando o redor do clitóris com o toque. Com o aumentar da
excitação a sensibilidade diminui, e você poderá sentir vontade de aumentar a pressão
ou tocar o clitóris diretamente.

7) Com uma das mãos, utilize o dedos médio e o indicador para afastar os lábios
vaginais e revelar o clitóris. Vá alisando delicadamente ao redor dele, perceba neste
momento qual pressão lhe dá mais prazer e que tipo de movimento - se circular,
vertical ou horizontal - mais lhe agrada. Repita esse movimento da forma que mais lhe
dá prazer, buscando conhecer a velocidade e o ritmo da masturbação que mais lhe
agrada. Perceba também a sensação que seu corpo tem quando você para um pouco
o movimento.

8) Experimente instrumentos como vibradores. A vibração desse objeto estimula muito


toda a região da vulva e do clitóris, e faz com que a mulher atinja o orgasmo com mais
facilidade. Comece usando o vibrador apenas por fora da vagina, fazendo os mesmos
movimentos que realizou com suas mãos. Passe também o objeto pelas partes de seu
corpo que causam excitação. Depois disso, coloque o vibrador em cima do clitóris e
faça movimentos rítmicos, variando a pressão do objeto.

9) Se você nunca teve uma relação sexual, não introduza o aparelho em sua vagina para
não romper o hímen ou causar nenhum tipo de desconforto. Caso contrário, é muito
indicado que procure introduzir o vibrador na vagina, buscando encontrar dentro dela
as ramificações internas do clitóris, que quando estimuladas também geram muito
prazer, incluindo o seu ponto G - que nada mais é que uma junção das terminações
nervosas do clitóris na parte interior da vagina. Mas evite penetrar o instrumento muito
profundamente, pois existem regiões mais sensíveis que podem causar um leve

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desconforto e atrapalhar o orgasmo. É importante experimentar a sensação que o
objeto causa em toda a região interna da vagina.

10) Alterne todos esses estímulos. Afinal, depois de um tempo repetindo o mesmo
movimento, a região pode perder um pouquinho da sensibilidade, dificultando o
orgasmo. Por isso é importante mudar o estímulo, trocando a mão que estiver tocando
seu órgão sexual, mudando o ritmo ou a pressão, estimulando regiões diferentes do
seu corpo e de forma sempre alternada, até sentir que a excitação está muito grande.
Nessa hora, procure estimular apenas a região do clitóris, que lhe proporcionará a
maior excitação.

11) Quando perceber que está quase no momento do orgasmo, evite mudar o tipo de
movimento que está fazendo, mas tente estimular o máximo possível lugares em seu
corpo que percebeu que geram prazer. Por exemplo: enquanto esfrega a ponta dos
dedos em seu clitóris, vá com a outra mão diretamente em seu ponto G, que já foi
encontrado anteriormente enquanto sentia as partes do seu corpo. Isso aumenta ainda
mais a excitação, impedindo que no momento final aconteça alguma interrupção do
prazer e comprometa a masturbação. Faça isso até chegar ao orgasmo, e se permita
sentir esse prazer até o seu final.

12) É muito importante para as mulheres que querem levar este "treino" ao ato sexual,
que utilizem tanto os instrumentos quanto as próprias mãos na masturbação. Pois
apesar dos instrumentos facilitarem muito para se chegar ao orgasmo, é com as suas
mãos que você terá a percepção mais exata de cada parte de seu corpo. Isso ajudará
a pessoa parceira a saber como lhe dar prazer, já que agora você se conhecerá
melhor. Mostre a quem se relaciona todos os segredos que descobriu sobre seu corpo
durante a masturbação e faça do ato sexual um momento de muito prazer para
ambos.

RESPIRAÇÃO AJUDA A ATINGIR O ORGASMO


Com a correria do dia a dia, às vezes podemos nos sentir cansados demais
para o sexo. Além disso, mesmo que haja vontade e desejo, é comum não se
chegar ao orgasmo. Se você tem ou já teve dificuldade de chegar ao clímax,
alguns exercícios de respiração podem lhe ajudar a energizar o corpo e
potencializar seu prazer durante o sexo.
Essa técnica conhecida como “Respiração do Lama” é uma variação da Yoga
tradicional, que incorpora princípios tântricos. O método foi desenvolvido
primeiramente pelo professor tântrico Joshua Smith, e readaptado de acordo
com as variações culturais de outros povos. A ideia é que você entre em
sintonia com seu corpo, restabelecendo a energia de conexão com o seu
prazer.
O exercício pode ser realizado um pouco antes daquela ocasião especial, ou
quando tiver vontade, durante cerca de 10 minutos.

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PREPARAÇÃO PARA O EXERCÍCIO
Antes de iniciar o exercício respiratório, procure ler e entender todas as
orientações, para que você possa colocar a técnica em prática, sem precisar
parar para tirar dúvidas. Assim você aumentará sua concentração e não
dispersará energia, tendo um maior resultado.
Neste momento, a música também pode ser uma grande aliada. Sendo assim,
escolha uma canção que lhe inspire paixão e sexo. Pode ser alguma que já
tenha marcado sua história. Melhor ainda se a música começar num ritmo mais
lento e aos poucos for aumentando as batidas. Assim você poderá acompanhar
a melodia com sua respiração, combinando com o padrão do exercício.
Durante o exercício, procure visualizar mentalmente o seu corpo em atividade
energética. Imagine um fogo vital aos poucos tomando conta de você e lhe
enchendo de energia sexual e muito amor. Sinta-se exalando beleza e em
conexão ao seu interior, ao seu corpo e a tudo que lhe rodeia.
Além disso, experimente movimentar bastante o quadril e até mesmo a
musculatura pélvica durante o exercício. Isso aumenta a circulação sanguínea
local, facilitando ainda mais o orgasmo.

PRIMEIRA ETAPA
Fique em pé, mantenha os pés ligeiramente afastados e olhe para baixo,
firmando um ponto fixo no chão, para não perder o equilíbrio. Expire
completamente pela boca, inspire pelo nariz e volte a expirar todo o ar
novamente. Repita esse processo algumas vezes e a cada respiração vá
entrando em maior conexão com o seu corpo e a sua respiração. Nesta
primeira etapa você será levado a um estado de quietude transcendente, ou
seja, você ficará mais atento à respiração e com o corpo em maior fluxo
energético.

SEGUNDA ETAPA
Ainda em pé na mesma posição - com os pés ligeiramente afastados, olhando
para o chão - agora comece a inspirar durante um tempo maior que a
expiração. Isso aumentará os seus batimentos cardíacos, levando um fluxo
maior de sangue para o corpo. Depois feche os olhos e inspire pelo nariz,
enquanto levanta a cabeça e os braços na direção do céu. Lembre-se que
agora a sua inspiração deve ser mais longa que a expiração. Sendo assim, vá
aumentando o ritmo e acelerando a inspiração a cada nova respiração feita.

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Deixe que o seu corpo vá assumindo novas posturas a cada inspiração, como
se estivesse dançando. Comece apenas elevando os braços aos céus e aos
poucos vá tornando esse movimento mais livre, movimentando os braços da
forma que sentir vontade, até que esteja movimentando todo o corpo.
Ao expirar pela boca, retorne o corpo à posição inicial, voltando a cabeça para o
chão e deixando os braços paralelos ao corpo. Repita essa série de inspiração
e expiração com os movimentos dos braços e corpo durante uns 10 minutos ou
como sentir vontade.

Algumas mulheres nunca sentiram o orgasmo, contextualizando um distúrbio


chamado anorgasmia, que pode ocorrer por problemas psicológicos e
alterações da musculatura vaginal. Se esse for o seu caso, você pode e deve
praticar o exercício, mas talvez só isso não seja o suficiente. Além da
respiração, um acompanhamento com um fisioterapeuta ginecológico e um
psicólogo é essencial.
No momento da relação, tente ainda entrar em conexão com seu corpo e
perceber seus sinais. Se conecte à sua respiração e à de seu parceiro a cada
toque. Se entregue ao sexo e a você mesma: assim, ficará mais fácil se manter
consciente e permitir que o seu corpo dance e sinta muito mais prazer.

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DESCUBRA OS SEGREDOS
DO POMPOARISMO
Passo a passo de exercícios aumenta libido e ajuda a chegar ao orgasmo
 

A maioria das mulheres já ouviu falar em pompoarismo, mas de uma maneira


deturpada. Diferente de fazer “malabarismos” com a vagina, a técnica consiste
em contrair a musculatura vaginal em diferentes movimentos, buscando
aumentar a sensibilidade da região e, assim, proporcionando mais prazer
durante o sexo. Quando a mulher domina as práticas do pompoarismo,
consegue fazer com que o homem chegue ao orgasmo junto com ela.

Para descobrir os segredos do pompoarismo, é preciso, primeiro, que a mulher


tenha boa consciência corporal de sua vagina. É preciso que se conheça, se
olhe no espelho, perceba por meio do toque como acontece a contração e o
relaxamento da musculatura vaginal e as diferentes sensações que isso
proporciona.

TÉCNICA TRABALHA O FORTALECIMENTO VAGINAL


Antes de trabalhar o pompoarismo, é preciso aprender a relaxar os músculos
vaginais, aliando massagens, exercícios respiratórios ou de alongamento na
região íntima, glúteo, coxas, abdome e costas. O objetivo é ajudar a liberar as
fáscias, peles que revestem os músculos vaginais e que, quando estão sob
tensão, dificultam o movimento desta região. Mais uma vez, a consciência
corporal é extremamente importante para garantir o sucesso de sua
performance.

Vale reforçar que é aconselhável ter orientação profissional para dominar a


técnica, principalmente no caso de mulheres que sentem dores durante o ato
sexual ou qualquer desconforto. Quando acompanhado por um profissional, o
pompoarismo pode inclusive ser benéfico para diversas disfunções, como
retenção de urina, candidíase e infecção urinária frequente.

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EXERCÍCIO DE RELAXAMENTO DA MUSCULATURA VAGINAL
Existe uma interessante analogia para a prática do relaxamento: basta imaginar
que no canal vaginal existe um elevador. Por meio de contrações na região,
sinta que o elevador sobe e depois desce com o relaxamento. Procure subir o
elevador alguns andares até o máximo que conseguir contrair. Depois, vá
relaxando, como se estivesse descendo o elevador bem devagar, até conseguir
soltar completamente a musculatura.

INSTRUMENTO USADO NO POMPOARISMO AJUDA A CHEGAR AO


ORGASMO
Para praticar o pompoarismo não é preciso necessariamente usar instrumentos
para ser exercitado. Mas, tendo em vista que a mulher da atualidade não possui
tanta disponibilidade de tempo para praticar a técnica, é recomendável que faça
uso dos instrumentos para facilitar os exercícios e obter resultados mais
rápidos.

Por meio de cones vaginais, também chamados de "pesinhos", a mulher


consegue exercitar os músculos da região, tornando as contrações vaginais
mais fortes e aumentando o tempo de sustentação dessas contrações. Esse
exercício pode ser simulado durante a relação sexual, para manter a
musculatura vaginal contraída, dando mais prazer para o homem e também
aumentando a sensibilidade da mulher.

Essa prática pode ser excelente para aumentar a libido feminina e facilitar o
orgasmo, já que muitas vezes a libido se encontra diminuída pelo simples fato
da mulher ter uma musculatura frouxa, que não lhe permite boa sensibilidade
durante a relação. Isso, por sua vez, acaba diminuindo cada vez mais o desejo
e a procura pelo sexo.

COMO O CONE VAGINAL DEVE SER ESCOLHIDO?


Os cones vaginais possuem diversos pesos diferentes, que normalmente
variam entre 20g e 70g. Normalmente esse instrumento é vendido em um
conjunto de quatro peças, que costumam ser identificadas pelas cores:

• Rosa: 20g
• Amarelo: 32g
• Branco: 45g
• Verde: 57g

Mas antes de confiar nessa regra, vale confirmar com o vendedor ou conferir as
informações que estão presentes no rótulo do produto. Para saber qual peso se
adapta à força da sua musculatura vaginal, é preciso experimentar um por um.

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Basta introduzir o cone vaginal até o fundo da vagina, realizando uma forte
contração e mantendo a musculatura contraída para segurar o cone. Quando
conseguir fazer isso sem muita dificuldade e nem de forma fácil demais, você
terá identificado o cone mais indicado para sua musculatura no momento. Se
você preferir comprar a unidade do cone, opte por um peso entre 45g e 57g.
Geralmente os cones de 20g e 32g são muito leves e sugeridos somente para
mulheres que não tem praticamente nenhuma força nessa região.

Conforme for praticando a técnica, o pesinho será segurado mais facilmente por
meio da contração vaginal. Nesse momento, é hora de aumentar o peso do
cone, pois é sinal que sua musculatura já esta ganhando força. A boa notícia é
que isso costuma acontecer mais rápido do que se imagina. Na maioria dos
casos, caso treine todos os dias, a mulher consegue aumentar o peso depois
de uma semana de uso. Quando o pompoarismo é realizado corretamente, o
músculo vaginal ganha força rapidamente, aumentando a eficácia da técnica.

Para as mulheres que ainda não tiveram relação sexual, a inserção de qualquer
um destes instrumentos poderá romper o hímen, portanto não é indicado. Mas
ainda é de extrema valia treinar essa musculatura, através de exercícios sem
instrumentos, melhorando assim a saúde vaginal e trazendo uma melhor
qualidade de vida ao iniciar a vida sexual.

COLAR TAILANDÊS TREINA A COORDENAÇÃO MOTORA


Para exercitar a coordenação motora da vagina, existe um outro instrumento
usado, chamado colar tailandês, que consiste em uma linha de silicone ligada a
duas ou mais bolas pequenas do mesmo material. O colar tailandês ajudará a
treinar a contração e o relaxamento vaginal de forma mais habilidosa,
permitindo com isso o ganho da coordenação motora dessa musculatura.

Opte pelos materiais feitos com silicone, pois facilitam a execução dos
movimentos e são mais higiênicos. Vale reforçar que o colar não deve ser
confundido com o ben-wa - instrumento que possui mais de duas bolas
grandes, com sinos no interior de cada uma.

Com a ajuda das mãos, contraia e relaxe a musculatura da vagina até


conseguir "sugar" as bolinhas. Quando ganhar mais habilidade, tente realizar
essa sucção sem a ajuda das mãos. Quem não possui o cordão para fazer o
exercício, pode treinar a coordenação motora contraindo e relaxando a
musculatura vaginal no mesmo ritmo de uma música, por exemplo. Durante a
relação sexual, a mulher poderá simular os mesmos movimentos de contração
e relaxamento em diferentes ritmos.

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USO DOS INTRUMENTOS PEDE PRECAUÇÃO
Higienize os produtos com água e sabão antes e após o uso. Além disso,
consulte seu médico ginecologista antes de iniciar as práticas.

Vale reforçar que mulheres com prolapso genital e infecção urinária não devem
realizar a prática. Nesses casos, a pessoa nunca deve interromper o jato de
urina para avaliar a força da sua musculatura vaginal, pois isso pode causar
danos aos rins.

ORIGEM E CURIOSIDADES DO POMPOARISMO

• Diferente do que muitos imaginam, a técnica não é originada do tantra, mas sim de
um antigo povo celta, há milhares de anos, antes mesmo do cristianismo. Somente
o nome pompoarismo é de origem tântrica, assim como o aperfeiçoamento da
técnica, com o intuito de aumentar as habilidades da musculatura vaginal e
proporcionar mais prazer na relação sexual.
• A técnica de contrair a musculatura vaginal de forma habilidosa veio das
sacerdotisas do templo da Grande Mãe na Irlanda, também chamadas de "bruxas".
Essas mulheres tinham em mente que o ventre e a vagina eram órgãos sagrados
no corpo, portais da vida, da geração e do nascimento. Por isso realizavam a
técnica de contrair essa musculatura, junto ao toque dos tambores, durante os
rituais de amor e fertilidade.
• Para que as mulheres pudessem contrair essa musculatura com tanta presteza,
acompanhando as batidas do tambor, era necessário grande treino antes dos
rituais. E isso proporcionava a elas uma habilidade maior no parto, que eram
menos doloridos e mais rápidos. Em suas relações sexuais, conquistavam seus
homens com a grande habilidade que tinham em sua musculatura vaginal, dando
mais prazer ao parceiro, além de sensações inusitadas.
• Além das habilidades com a musculatura vaginal, essas mulheres também
possuíam grande autoconhecimento, que fazia delas pessoas mais autoconfiantes
e sedutoras. Com o passar do tempo, a técnica foi se perdendo, mas foi
redescoberta pelos povos hindus e introduzida e adaptada posteriormente no
tantra.

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EXISTE PONTO G?
Zona de prazer da mulher é localizada no interior do clitóris
 

Você certamente já ouviu falar em "ponto G", mas o que será que isso
realmente significa? Na verdade, esse pode ser considerado o ponto forte do
amor, pois após encontrá-lo a mulher tem mais possibilidade de sentir prazer e
facilmente alcançar o orgasmo. Mas vale reforçar que o prazer deve ser sentido
pelo casal durante o ato sexual. Afinal, o sexo, quando vivenciado de forma
saudável e estimulante para ambos, pode ser o termômetro da relação e até
favorecer a boa relação amorosa em todos os aspectos, trazendo alegrias
inclusive para outros setores da vida, como social e profissional.

O "ponto G" não é uma estrutura à parte da vagina da mulher, mais sim a
porção interna do próprio clitóris. Por isso, esta zona erógena pode ser tão
polêmica e contar com diversas opiniões diferentes do ponto de vista médico
sobre sua existência. Além disso, o fato de não possuir um nome científico, o
"ponto G" dificulta a aceitação de muitos médicos, pois não se trata de um
ponto, mas sim de todo um sistema que envolve estruturas, órgãos, nervos,
músculos, vascularização, comportamentos e resposta à excitação sexual.
Embora isso seja complexo do ponto de vista científico, na prática é muito mais
simples do que parece.té mesmo na hora de lavar e passar as roupas da casa
você precisa se organizar, senão acaba deixando a roupa acumular e fica muito
mais difícil.

ENCONTRANDO O PONTO G
No entanto, justamente pelo "ponto G" se tratar do próprio clitóris, cada mulher
terá uma resposta e sensações diferentes a ele. Quem já sente prazer ao toque
clitoriano, por exemplo, tem mais tendências a ter um orgasmo por meio desse
local. Mas não basta estimular esse ponto, o grande segredo para as mulheres
que ainda não o encontraram está no envolvimento que ocorre na procura pela
zona erógena. O corpo precisa sofrer todas as alterações da excitação para que
o "ponto G" fique mais fácil de ser localizado. A mulher deve estar envolvida,
relaxada e entregue à relação, para que as paredes do canal vaginal inchem,
diminuindo o calibre da região, e o pênis ou os dedos do parceiro possam
alcançar o "ponto G".

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O clitóris da mulher corresponde ao pênis do homem. Quando o embrião está
se desenvolvendo no ventre materno, ele sempre possui um clitóris,
independente de qual será o sexo da criança. Se os gametas forem femininos,
então o clitóris permanece e se desenvolve melhor, mas se forem masculinos o
clitóris se desenvolve e transforma-se em um pênis. Portanto, a mulher tem o
mesmo prazer no clitóris que o homem tem na cabeça do pênis. E se o pênis
fica erétil, o clitóris também fica e isso possibilita maior sensibilidade ao toque.

Isso significa que quanto mais o desejo da mulher for favorecido na relação
sexual, deixando-a excitada, mais fácil será encontrar o "ponto G", pois ele
ficará mais vascularizado, inchado e proeminente.

Vale dizer que dificilmente a própria mulher consegue encontrar o seu "ponto
G", já que ele fica localizado na parede frontal da vagina, perpendicular ao
próprio clitóris.

Para a pessoa parceira encontrar o "ponto G" da mulher, é preciso que ela
esteja deitada de costas e o outro introduza o dedo indicador ou médio no canal
vaginal com a palma da mão voltada para cima. Depois vale fazer um
movimento sutil e lento com as pontas dos dedos, até que a mulher sinalize que
o "ponto G" foi tocado. Após isso, ela pode guiar a pessoa parceira para tocá-la
mais leve ou mais forte.

É indicado que os casais se aprofundem em conhecer os pontos de prazer da


mulher, mudando as posições no ato sexual, como, por exemplo, deixando-a
deitada de barriga para cima e elevando suas pernas, assim como outras
posições para facilitar ainda mais o acesso a esse ponto. Dessa forma, ela terá
mais chances de ter múltiplos orgasmos, sem esquecer que para isso a mulher
precisa estar bem psicologicamente com a sua sexualidade.

ESTIMULAR PONTO G FACILITA ORGASMO


O orgasmo aumenta a frequência cardíaca e respiratória, além do fluxo de
sangue por todo o corpo. Os poros se dilatam e levam a uma maior sudorese,
assim como a pupila dos olhos, que capta mais luz. Mais de 30 partes do
cérebro são ativadas ao mesmo tempo e uma pequena região no centro do
cérebro, quase na altura média entre as orelhas, chamada de hipotálamo, é
ativada, liberando ocitocina na corrente sanguínea. Essa é a mesma substância
liberada pela mulher no trabalho de parto, que no orgasmo leva às contrações,
como espasmos na vagina. O curioso é que as contrações vaginais de uma
mulher com musculatura mais forte e saudável, quando atinge o clímax, podem
apertar a glande do homem, que o levará a ter orgasmo junto com ela.
Para as mulheres com anorgasmia, ou seja, com dificuldade de atingir o
orgasmo, estimular o "ponto G" pode ser uma ótima possibilidade de

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experimentar o prazer. Apesar de essa zona erógena estar localizada na região
interna do clitóris, a sensação orgástica desse ponto é bem diferente da
clitoriana e cada mulher também experimenta orgasmos diferentes uma das
outras.
Não esqueça que o segredo para encontrar o "ponto G" é estar envolvido com a
relação sexual e a busca por essa zona pode ser encarada como uma
brincadeira que aprimorará a vida do casal.

CURIOSIDADE
Um estudo realizado pela educadora e pesquisadora sexual, Dra. Beverly
Whipple, e publicado na Revista Científica "Scandinavian Journal of Sexology",
sugere que o "ponto G" realmente existe e pode ser o segredo para que a
mulher chegue ao orgasmo. Este estudo foi realizado com mais de 800
mulheres com alto potencial de chegar ao clímax. O casal era deixado sozinho,
em uma cabine semelhante ao aconchego de um quarto, e era orientado a
iniciar uma relação sexual. A mulher simplesmente se entregava ao momento,
enquanto o homem ficava com um ponto acústico para receber orientações dos
especialistas sobre a penetração de seu dedo no canal vaginal. Com isso, era
possível medir com precisão o local de maior prazer em todas as mulheres que
se submeteram a pesquisa, constatando que o "ponto G" existe, de fato.

 
 

 
 

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SEXO ANAL É UMA
PRÁTICA SEGURA?
Desmistifique essa modalidade sexual e entenda se é possível realizá-la
sem riscos
 

Nos cursos de pompoarismo que ministro ou nos meus atendimentos clínicos, o


sexo anal é um assunto bem discutido. Já tive casos, por exemplo, de mulheres
que queriam fazer fisioterapia uroginecológica para dilatar o ânus, com o intuito
de conseguir ter relação sexual nessa região. Mas é importante desmistificar
algumas questões envolvendo o assunto, para entender se é possível praticar o
sexo anal de forma segura e prazerosa.
O canal vaginal é um órgão sexual, cuja estrutura é projetada para ter atrito,
receber e ser flexível aos diferentes tamanhos e formatos de pênis. Além disso,
possui 16 camadas celulares de tecido para proteger essa região. Já o ânus é
uma estrutura do aparelho digestivo (formado por boca, esôfago, intestino
delgado, intestino grosso, reto e esfíncter), que possui uma única camada
tecidual de proteção, pois sua formação não capacita a entrada de nada,
somente a saída das fezes.
O ânus tem um comprimento curto, que varia de 3 a 5 cm. Sua camada de
proteção é brilhante e chamada de muco seroso, que possui esse aspecto por
proteger a região contra o ácido corrosivo de digestão do estômago. Além
disso, capacita o maior atrito dos alimentos para que eles demorem mais a
passar pelo ânus e ainda é um tecido rico em absorção, que dá tempo para o
organismo absorver as vitaminas das comidas.
E justamente por ser uma região rica em assimilação, facilita a absorção rápida
de bactérias, levadas de fora para dentro, por meio de práticas como o sexo
anal, por exemplo. Esses micro-organismos são levados pela corrente
sanguínea para todo corpo, inclusive o coração. Isso pode gerar uma doença
chamada endocardite bacteriana, que nada mais é que um foco de bactéria
dentro do coração.
Além dessa complicação clínica, a prática frequente do sexo anal também pode
levar ao câncer retal, pois como o ânus não é uma área de grande flexibilidade,

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o atrito excessivo do pênis nesta região pode gerar inúmeras feridas, que levam
a células cancerígenas.
Portanto, é importante tomar algumas medidas para praticar o sexo anal com
segurança.

MEDIDAS PREVENTIVAS PARA O SEXO ANAL


As medidas preventivas não necessariamente evitam as duas complicações
citadas acima, mas fazem com que seja mais difícil contrai-las, portanto, tornam
a prática do sexo anal mais segura. No caso das mulheres, oriento que
pratiquem com mais frequência o sexo vaginal, para dar tempo de cicatrizar a
região do ânus após uma relação, evitando lesões celulares seguidas.
Para evitar a contaminação de bactérias, o uso da camisinha é indispensável
para qualquer relação, não importa se é com um parceiro estável, pois nesse
caso a prevenção não é só das Doenças Sexualmente Transmissíveis, mas
também das bactérias que são levadas ao ânus. Antes de colocar a camisinha,
também é preciso lavar as mãos, pois toda higiene é fundamental para evitar a
contaminação da região por bactérias. A região anal também pode ser limpa
antes da relação com um lenço umedecido.

• Lavagem no ânus antes do sexo não é recomendada:


Muita gente realiza uma lavagem no ânus antes da relação sexual, por meio de uma
espécie de "chuveirinho". No entanto, essa prática não é recomendável, pois o ânus
possui uma mucosa de proteção e um PH próprio, que pode ser alterado com o uso da
água neste local. Além disso, a água nessa região pode causar microlesões no tecido
anal. Para quem não dispensa a prática, é preciso ter consciência de que pode haver um
resquício fecal nessa região. Por isto, evite manter relações caso esteja com o intestino
preso ou alguma vontade de evacuar.
Algumas pessoas ainda utilizam medicamentos com o intuito de fazer a lavagem intestinal
antes do ato, mas isso com frequência também pode lesar as paredes do intestino.
Portanto, essa prática deve ser evitada ou a pessoa deve buscar aconselhamento médico
para ingerir de forma segura esses remédios.

• Lubrificantes à base de água são os mais seguros:


Como a região anal é pouco flexível, é possível usar lubrificantes no ato sexual para
ajudar a penetração, desde que os produtos sejam à base de água, sem espermicida.
Outra possibilidade bastante eficaz e barata é utilizar gel aquoso de carbopol, que pode
ser usado com preservativos, e é encontrado em farmácias de manipulação. O uso de
sabonete, shampoo, condicionador, vaselina, gel, óleo ou similares para dilatar o ânus é
definitivamente contraindicado. Além de facilitarem o rompimento da camisinha, as
substâncias com álcool causam maior ardor na relação e podem irritar a mucosa anal.

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• Homens possuem a zona erógena no ânus e podem ter mais prazer:
Este é o momento ideal para acabar com o preconceito que cerca o estímulo anal
masculino. Afinal, o ânus do homem é uma região erógena, graças ao acesso à próstata,
que se dá por ele. A próstata, por sua vez, é uma região extremamente vascularizada e
inervada, que quando estimulada proporciona grande prazer. Portanto, anatomicamente
falando, é muito mais natural o homem sentir prazer anal do que a mulher, que em
contrapartida não possui nenhum sistema nervoso que causaria maior prazer, a não ser o
fator psicológico de fetiche. Sendo assim, todos os homens que quiserem se permitir a
essa prática, sem tensão, é bem provável que sintam um prazer muito grande e bem
diferente de todos os outros já sentidos.

• Fisioterapia uroginecológica ameniza dor durante sexo anal:


A fisioterapia uroginecológica pode auxiliar aquelas pessoas que desejam ter relação
anal, mas possuem um esfíncter muito contraído e sentem dor no ato. Na realidade, é
natural o esfíncter se contrair durante o sexo, pois a função dele é conter as fezes, mas
quando a contração ocorre em excesso pode se tratar de uma tensão muscular que
precisa ser trabalhada. Nesse caso, o fisioterapeuta utilizará técnicas manuais e com
eletrodos para dilatar essa região.
Como já citei anteriormente, o sexo anal não é muito recomendado, mas trata-se de uma
prática sexual e cada indivíduo deve ter a liberdade de praticá-lo da forma que se sentir
mais à vontade, afinal, também não é saudável reprimir os desejos sexuais. Sendo assim,
quem decidir realizar essa prática, pode experimentar trabalhar a musculatura da região
para não sentir dor durante o sexo, por meio da massagem perineal ensinada aqui.
Outra possibilidade de fortalecer a região anal para evitar dor no sexo é utilizar um
instrumento encontrado em sexyshop, parecido com um colar tailandês de pompoarismo,
e gel lubrificante para aumentar a elasticidade dessa região. No entanto, se for possível,
procure um fisioterapeuta ginecológico para esse intuito, que será muito mais seguro e
eficaz do que tentar sozinho, pois assim como qualquer técnica médica existem algumas
contraindicações, como, por exemplo, uma pessoa que já possui um histórico de
hemorroida. Nesse caso, as técnicas citadas neste artigo precisam ser acompanhadas
por um profissional.

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SENTIR DOR NO SEXO
EXIGE TRATAMENTO
Disfunção sexual atinge mulheres e tem origem física ou psicológica
 

Estima-se que 17% das mulheres brasileiras que sentem dor durante a relação
sexual, pelo menos é o que diz a pesquisa feita por Adriana Moreno, autora do
livro "Fisioterapia Uroginecológica" (Ed. Manole). A boa notícia é que esta
disfunção sexual tem cura, apesar de ainda ser pouco divulgada. O problema
pode ter causas físicas ou psicológicas. No âmbito físico, a dor no sexo pode
ser decorrente da gestação, parto, cirurgias pélvicas ou envelhecimento natural.
Todos esses fatores podem causar uma alteração dos tecidos da pelve, tais
como ligamentos e principalmente a Musculatura do Assoalho Pélvico (MAP),
aquela que é contraída quando "seguramos o xixi".

Quando esses músculos estão fracos, podem gerar uma contração inadequada,
que é sentida pela mulher durante o ato sexual e interpretada como um
estímulo doloroso, ao invés de ser percebida como somente um estímulo tátil.
Neste caso, exercícios de percepção e de fortalecimento na região costumam
resolver o problema. Além disso, a melhora do tônus da MAP ainda oferece
mais segurança e satisfação no desempenho sexual.

DOR NO SEXO TAMBÉM PODE TER ORIGEM PSICOLÓGICA


No entanto, muitos casos de disfunção sexual têm origem psicológica,
causados por uma iniciação sexual traumática ou no mínimo ruim, abusos ou
até mesmo uma situação afetiva conjugal. Por este motivo, para um bom
tratamento é indispensável a atuação de três profissionais: o médico
ginecologista, o psicólogo e, principalmente, o fisioterapeuta ginecológico - que
cuidará da disfunção que já está instalada na musculatura perineal.
Todo tratamento deverá ser realizado com profissionais habilitados.
Infelizmente no caso da dispareunia não há muito o que fazer por conta própria,
pois é necessário uma avaliação minuciosa e muito bate-papo para descobrir a

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causa da disfunção. Antes da mulher começar a fortalecer essa musculatura é
necessário que ela aprenda a relaxar essa região, em primeiro lugar. O
tratamento pode auxiliar a paciente a ter mais segurança e autoestima,
proporcionando-lhe recursos internos para procurar, aceitar ou mesmo recusar
uma relação sexual.

TRATAMENTOS FAZ USO DE DIVERSAS TÉCNICAS


O tratamento acompanhado por um fisioterapeuta ginecológico para a
dispareunia costuma fazer uso de diferentes técnicas:
• Relaxamento
• Alongamento da MAP
• Massagem abdominal e perineal
• Movimentos da pelve, pernas e todo corpo
• Aprendizado de contração e relaxamento dos músculos perineais
• Eletroterapia - trata-se da eletroestimulação da MAP na própria vagina ou, em
alguns casos, no nervo pudendo (localizado na região da perna). Essa
eletroestimulação é realizada com um aparelho fisioterapêutico
• Exercícios com cones vaginais (pesinhos)
• Treino de sensibilidade e percepção

Os exercícios sexuais também são orientados, baseados na exploração


psicoterapêutica dos conflitos psíquicos que a pessoa vive, bem como na
dinâmica e na interação conjugal. Todos estes são exemplos das possíveis
formas de tratamento encontradas no tratamento dessa disfunção sexual.

Cada pessoa terá uma resposta diferente ao tratamento. Geralmente, quando a


paciente está disposta a melhorar e mergulhar fundo na sua história -
encontrando a causa e curando os bloqueios - o tratamento costuma ser bem
rápido e pode ser concluído em um mês. No entanto, há casos menos comuns
que o tratamento se estende por até dois anos. Mas em geral a dispareunia é
um caso solucionável, cuja cura salva relacionamentos e ajuda as pessoas a
recuperarem a autoestima. Afinal, uma vida sexual saudável também reflete na
qualidade de vida.

BLOQUEIOS QUE DIMINUEM O APETITE SEXUAL


Casa para organizar, estudos, trabalho excessivo, cuidados com o marido,
filhos - ou qualquer outra atividade urgente que faz parte da demanda de uma
mulher moderna - podem gerar queda na libido feminina. Isso acontece porque
o cérebro tem importante papel no processo de excitação. Ou seja, todas as

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sensações, estímulos e desejos passam por ele, que depois manda sinais para
outras partes do corpo.

Por este motivo, os problemas e o excesso de pensamentos acabam por se


tornar um grande vilão da libido de mulheres, especialmente daquelas que não
se desligam dessas questões para dar abertura aos prazeres da vida, assim
como o sexo.

Estimular a concentração para tentar se desligar dos pensamentos excessivos


é um ótimo começo para combater este mal. Na hora da relação sexual,
procure relaxar e se concentrar em cada gesto, voz, cheiro e movimento que
seu parceiro produz. Somente deixe fluir pensamentos proporcionados por esta
sensação. Deixe-se envolver, se solte, procure neste momento sentir amor por
você mesma.

AS POSSÍVEIS CAUSAS DESSE MAL


Os fatores psicológicos que desencadeiam a diminuição da libido podem ser
derivados de problemas simples, como o início do casamento - época na qual
algumas mulheres sentem muita responsabilidade ou medo - ou ainda as
cobranças do parceiro, traições ou a vivência de um parto mal sucedido, por
exemplo. Outra possibilidade é que a diminuição da libido seja causada por um
fator mais forte, derivado de um trauma em algum momento da vida, como
presenciar uma cena mais forte ou viver uma relação sexual com um parceiro
mais agressivo.

Cada mulher poderá ter um motivo diferente que a incomodará. Esse causador
poderá ser consciente ou inconsciente, podendo até mesmo causar
modificações físicas na vagina, que vai desde uma tensão muscular até mesmo
uma anorgasmia ou vaginismo - disfunções sexuais de causas psicológicas.
Anorgasmia é o nome dado para a disfunção que causa a incapacidade de ter
orgasmo. Já o vaginismo se trata de contração involuntária dos músculos da
vagina, impossibilitando a penetração e causando dor na tentativa.

Ainda existem as vulvovaginites, como a candidíase, por exemplo, que podem


ser responsáveis pela dor durante o ato sexual. Geralmente são causadas pela
proliferação de fungos ou bactérias na flora vaginal, que deixam a vagina muito
sensível, podendo gerar dor durante a penetração, ou ainda causar a
diminuição da lubrificação e a consequente diminuição do prazer.

Doenças Sexualmente Transmissíveis e qualquer interferência no trato urinário


também podem gerar desconforto e ardência durante e após a relação sexual.
Segundo o Instituto Paulistano de Sexualidade, só na região da Grande São

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Paulo cerca de 360 mil mulheres não conseguem fazer sexo, por algum motivo
psicológico ou disfunção física.

SEXO NÃO COMBINA COM DOR


A sensação de dor durante o sexo é um indício de que há algo errado com sua
saúde física e/ou mental. O sexo traz uma descarga de energia, que promove
sensação de prazer, bem-estar e em um relacionamento é peça fundamental
para uma união feliz. Portanto, é necessário descobrir a causa e cuidar deste
desconforto.

As dores durante o sexo são chamadas de dispareunia, e podem ser causadas


por uma variedade de fatores, tais como candidíase, tumores vaginais,
inflamação por bactérias e fatores psicológicos. Muitas mulheres, com medo do
diagnóstico ou vergonha do parceiro, deixam de procurar ajuda e prolongam o
sofrimento.

TRATAMENTO COSTUMA SER RÁPIDO E EFICAZ


O Instituto Paulistano de Sexualidade afirma que a diminuição da libido, assim
como a dor durante a relação sexual, é um problema muito comum entre as
mulheres, mas não é necessário temê-lo. O tratamento pode ser feito por meio
de medicamentos, no caso de infecções, inflamações e fatores que afetam o
corpo de uma forma geral.

Outra possibilidade é fazer um acompanhamento com um fisioterapeuta


ginecológico para tratar as tensões musculares e dores, através de aparelhos
específicos e com manobras de relaxamento muscular, feitas diretamente na
musculatura vaginal. Dependendo de cada caso, o resultado costuma ser muito
rápido, variando cerca de um mês a seis meses, e a libido retorna
gradativamente.

Sendo assim, a diminuição da libido é uma disfunção e a pessoa deve procurar


um médico para o diagnóstico, assim como um psicólogo e um fisioterapeuta
ginecológico. A perda da sensibilidade na hora de fazer sexo, quando não é
devidamente cuidada, poderá gerar baixa autoestima e até levar a pessoa à
depressão.

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