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Clínica Médica

Prof.Gabriela Constantino
Doenças do Sistema Urinário

 Doenças Renais
 Nefrite
 A nefrite é uma infecção dos néfrons, resultado de diversos fatores, por exemplo, a
superdosagem de medicamentos e a presença no organismo de algumas substâncias tóxicas,
como o mercúrio, o que pode lesar ou destruir os néfrons, causando dores, redução da
produção da urina, aparência turva da urina e o aumento da pressão.
 Hipertensão Arterial e Problemas Renais
 Quando os rins não funcionam de modo eficiente, os sais e a água em excesso se acumulam
no sangue, provocando aumento da pressão arterial. O processo de filtragem renal nas
pessoas hipertensas é deficiente, o que pode resultar no desenvolvimento de doenças renais.
 Infecções Bacterianas
 Em especial a bactéria Escherichia coli, que pode penetrar no sistema urinário por meio da
uretra causando infecção bacteriana.
Infecção urinária

 Infecção urinária é qualquer infecção por micro-organismos que acometa o trato


urinário. Dependendo da estrutura acometida, a infecção tem nomes
diferentes: uretrite (uretra), cistite (bexiga) ou pielonefrite (rins). Embora vários
micro-organismos possam causar o problema, geralmente a responsável é a
bactéria Escherichia coli, presente naturalmente no intestino e importante para a
digestão, mas patogênica para o aparelho urinário.
 CAUSAS DE INFECÇÃO URINÁRIA
 Homens, mulheres e crianças estão sujeitos à infecção, mas ela é mais prevalente
em mulheres porque suas características anatômicas as tornam mais vulneráveis.
A uretra da mulher, além de muito mais curta do que a do homem, está mais
próxima do ânus, o que favorece a passagem de micro-organismos para a região.
 SINTOMAS DE INFECÇÃO URINÁRIA
 Necessidade urgente de urinar com frequência;
 Escassa eliminação de urina em cada micção;
 Ardor ao urinar;
 Dores na bexiga, nas costas e no baixo ventre;
 Febre;
 Sangue na urina nos casos mais graves.
 DIAGNÓSTICO DE INFECÇÃO URINÁRIA
 Levantamento da história clínica do paciente e de seus sintomas;
 Exame de urina tipo I;
 Urocultura com antibiograma (para identificar o agente infeccioso e orientar o
tratamento).
 TRATAMENTO DE INFECÇÃO URINÁRIA
 Às vezes, o próprio organismo dá conta de eliminar as bactérias. Em certos casos, o
tratamento requer o uso de antibióticos que serão escolhidos de acordo com o tipo de
bactéria encontrada no exame laboratorial de urina.

 INFECÇÃO URINÁRIA DE REPETIÇÃO

 Especialmente nas mulheres, as recidivas podem ser frequentes e mais graves, mas se o
tratamento for seguido à risca, a probabilidade de cura é grande. Lembre-se de tomar os
medicamentos respeitando o tempo recomendado pelo médico mesmo que os sintomas
tenham desaparecido já nas primeiras doses.
 Ainda assim, algumas mulheres podem ter infecção urinária com muita frequência.
 RECOMENDAÇÕES PARA EVITAR INFECÇÃO URINÁRIA

 Beba muita água. O líquido ajuda a expelir as bactérias da uretra e da bexiga;


 Urine com frequência. Reter a urina na bexiga por longos períodos é uma contraindicação importante.
 Urinar depois das relações sexuais favorece a eliminação das bactérias que se encontram no trato urinário;
 Redobre os cuidados com a higiene pessoal. Mantenha limpas a região da vulva e do ânus. Depois de
evacuar, passe o papel higiênico de frente para trás;
 Sempre que possível, lave-se com água e sabão. Ainda assim, não exagere, pois a lavagem em excesso
pode prejudicar o equilíbrio da flora genital, importante para a proteção do nosso organismo;
 Evite roupas íntimas muito justas ou que retenham calor e umidade, porque facilitam a proliferação das
bactérias;
 Suspenda o consumo de tabaco, álcool, temperos fortes e cafeína. Essas substâncias irritam o trato
urinário;
 Troque os absorventes higiênicos com frequência para evitar o proliferação bacteriana.
Nefrite

 A nefrite é um conjunto de doenças que causam inflamação dos glomérulos


renais, que são estruturas dos rins responsáveis por eliminar as toxinas e outros
componentes do organismo, como água e sais minerais. Nesses casos o rim tem
menor capacidade para filtrar o sangue.
 Os principais tipos de nefrite que estão relacionados com a parte renal afetada ou
com a causa que a provoca, são:
 Glomerulonefrite, em que a inflamação afeta principalmente a primeira parte do
aparelho de filtragem, o glomérulo, podendo ser aguda ou crônica;
 Nefrite intersticial ou nefrite tubulointersticial, em que a inflamação ocorre nos
túbulos dos rins e nos espaços entre os túbulos e o glomérulo;
 Nefrite lúpica, em que a parte afetada também é o glomérulo e é causada pelo
Lúpus Eritematoso Sistêmico, que é uma doença do sistema imunológico.
 A nefrite pode ser aguda, quando surge rapidamente devido a uma infecção grave,
como por exemplo infecção na garganta por Streptococcus, hepatite ou HIV ou
crônica quando se desenvolve lentamente devido a lesões mais graves dos rins.
 Principais sintomas
 Diminuição da quantidade de urina;
 Urina avermelhada;
 Excesso de suor, especialmente na cara, mãos e pés;
 Inchaço dos olhos ou das pernas;
 Aumento da pressão arterial;
 Presença de sangue na urina.
 Além destes sintomas, na nefrite crônica pode surgir perda de apetite, náuseas,
vômitos, fadiga, insônia, coceira e câimbras.
 Possíveis causas:
 Existem várias causas que podem levar ao aparecimento de uma nefrite, como:
 Uso excessivo de medicamentos como alguns analgésicos, antibióticos, anti-
inflamatórios não esteroides, diuréticos, anticonvulsivantes, inibidores da
calcineurina como ciclosporina e tacrolimo;
 Infecções por bactérias, vírus e outros;
 Doenças autoimunes, como por exemplo Lúpus eritematoso sistêmico, Síndrome de
Sjögren, Doença sistêmica associada a IgG4;
 Exposição prolongada a toxinas como lítio, chumbo, cádmio ou ácido aristolóquico;
 Além disso, pessoas com vários tipos de nefropatias, câncer, diabetes,
glomerulopatias, HIV, doença falciforme têm um maior risco de sofrer de nefrite.
 Tratamento
 O tratamento depende do tipo de nefrite e, por isso, se tratar de uma
nefrite aguda o tratamento pode ser feito com repouso absoluto, controle da
pressão arterial e redução do consumo de sal. Se a nefrite aguda foi
provocada por uma infecção, o nefrologista pode prescrever um antibiótico.
 Já nos casos de nefrite crônica, além do controle de pressão arterial, o
tratamento normalmente é feito com a prescrição de medicamentos anti-
inflamatórios como a cortisona, imunossupressores e diuréticos e uma dieta
com restrição de sal, proteínas e potássio.
 Prevenir a nefrite:
 Para evitar o surgimento de nefrite, deve-se evitar fumar, reduzir o stress e não
tomar remédios sem orientação médica pois muitos deles podem provocar danos
no rim.
 Pessoas que tenham doenças, especialmente do sistema imune, devem fazer o
tratamento adequado e consultar regularmente o médico, de forma a monitorar a
pressão arterial, e fazer exames regulares ao rim. O médico também pode
recomendar alterações na dieta como por exemplo a ingestão de menor
quantidade de proteína, sal e potássio.
Pielonefrite

 A pielonefrite é uma infecção do trato urinário, geralmente causada por bactérias


vindas da bexiga, que atinge os rins provocando inflamação. Essas bactérias
estão presentes normalmente no intestino, mas devido a alguma condição podem
proliferar e atingir os rins.
 A pielonefrite pode ser classificada como:
 Pielonefrite aguda, quando a infecção surge de forma repentina e intensa,
desaparecendo ao fim de algumas semanas ou dias;
 Pielonefrite crônica, que é caracterizada por infecções bacterianas recorrentes
e que não foram bem curadas, provocando inflamação prolongada no rim e lesões
graves que podem levar a insuficiência renal.
 Principais sintomas
 Os sintomas mais característicos da pielonefrite são a dor na região lombar, pélvica, abdominal e
costas. Outros sintomas são:
 Dor e ardência ao urinar;
 Vontade constante de urinar;
 Urina com mau cheiro;
 Mal-estar;
 Febre;
 Calafrios:
 Náuseas;
 Sudorese;
 Vômitos;
 Urina turva.
 Tratamento
 O tratamento da pielonefrite geralmente é feito com antibióticos de acordo com o
perfil de sensibilidade do microrganismo e deve começar o quanto antes para
prevenir lesões nos rins e evitar que as bactérias se espalhem pela corrente
sanguínea causando septicemia. Para aliviar a dor podem ser usados analgésicos e
anti-inflamatórios.
 Quando a pielonefrite é causada por obstrução ou malformação do rim, pode ser
necessária a cirurgia para corrigir o problema.
 A pielonefrite aguda, quando não tratada, pode favorecer a ocorrência de septicemia,
abscesso renal, falência renal, hipertensão e pielonefrite crônica. Em caso de
pielonefrite crônica, lesões graves no rim e insuficiência renal, além do uso de
antibióticos, pode ser necessário fazer diálise todas as semanas para filtrar o
sangue.
 Diagnóstico
 O diagnóstico de pielonefrite é feito pelo urologista através da avaliação dos sintomas
do paciente, exame físico como palpação da região lombar e exame de urina para
identificar a presença de sangue, leucócitos e bactérias na urina. Os exames de ultra-
som, raio-x e tomografia computadorizada ou ressonância magnética podem ser
realizados para confirmar o diagnóstico, dependendo de cada caso.
 A urocultura e o antibiograma também podem ser solicitados pelo médico com o
objetivo de identificar qual o agente causador da pielonefrite e estabelecer a melhor
linha de tratamento.
 A pielonefrite pode ser confundida com a uretrite e a cistite, uma vez que todas são
infecções do trato urinário. No entanto, a pielonefrite corresponde a infecção que
atinge os rins, enquanto que na cistite as bactérias atingem a bexiga e na uretrite, a
uretra.
 Doenças nas Vias Urinárias
 Cálculos Renais
 Popularmente conhecido como "pedra nos rins", os cálculos renais podem se alojar nos
rins, nos ureteres ou na bexiga. São formados na medida em que ocorre alta
concentração de cálcio ou de outros tipos de sal contidos nos líquidos do organismo (no
caso a urina).
 Cistite
 A Cistite é uma infecção ou inflamação na bexiga urinária. O doente sente ardor na uretra
no ato de urinar e por não conseguir reter a urina, libera em pouca quantidade.
 Uretite
 A Uretite é uma infecção na uretra desenvolvida por bactérias que ocorre normalmente
junto com a cistite.
Cálculos Renais

 Cálculos renais ou pedras nos rins são formações endurecidas nos rins ou nas
vias urinárias, resultantes do acúmulo de cristais existentes na urina. Sua
presença pode passar despercebida, sem sintomas, mas pode também provocar
dor muito forte que começa nas costas e se irradia para o abdômen em direção da
região inguinal. É uma dor que se manifesta em cólicas, isto é, com um pico de
dor intensa seguido de certo alívio. Em geral, essas crises podem ser
acompanhadas por náuseas e vômitos e requerem atendimento médico-hospitalar.
 CAUSAS
 Volume insuficiente de urina, ou urina supersaturada de sais;
 Grande quantidade de cálcio, fosfatos, oxalatos, cistina, ou falta de citrato;
 Distúrbios metabólicos do ácido úrico ou da glândula paratireoide;
 Alterações anatômicas;
 Obstrução das vias urinárias.
 DIAGNÓSTICO
 Além das evidências clínicas (dor intensa e sinais de sangue na urina), o cálculo
renal pode ser diagnosticado por raios X de abdômen, ultrassom ou pela urografia
excretora, um exame mais específico das vias urinárias.
 SINTOMAS
 O sintoma típico de pedra nos rins pela urina é a cólica renal uma dor lombar
aguda, unilateral, de forte intensidade, que se irradia para a frente do abdômen.
Em alguns poucos casos, os pacientes são assintomáticos ou sentem pouca dor
durante a passagem do cálculo pelos ureteres.
 No entanto, existem outros sintomas que podem estar associados ao
cálculo renal, como:
 Vômitos e febre;
 Sangue na urina;
 Suspensão ou diminuição do fluxo urinário;
 Necessidade mais frequente de urinar;
 Infecções urinárias.
 TRATAMENTO
 Ao contrário do que se recomendava no passado, durante as crises deve ser evitada a
ingestão exagerada de líquidos. Líquido em excesso pode aumentar a pressão da urina
no rim e, consequentemente, aumentar as dores. Os tratamentos podem ser de vários
tipos:
 Medicamentos podem ser indicados apenas pelo médico levando em conta a causa da
formação dos cálculos. Durante as crises, é indicado o uso de analgésicos e anti-
inflamatórios potentes para aliviar a dor, que é extremamente forte, quase insuportável;
 Litotripsia, ou seja, bombardeamento das pedras por ondas de choque visando à
fragmentação do cálculo o que torna sua eliminação pela urina mais fácil;
 Cirurgia percutânea ou endoscópica: por meio do endoscópio e através de pequenos
orifícios, o cálculo pode ser retirado dos rins após sua fragmentação;
 Ureteroscopia: por via endoscópica, permite retirar os cálculos localizados no ureter.
Glomerulonefrite

 Glomerulonefrite é uma inflamação do glomérulo, unidade funcional


do rim formada por um emaranhado de capilares, onde ocorrem a filtragem do
sangue e a formação da urina.
 As glomerulonefrites podem ser primárias ou secundárias, agudas ou crônicas. As
primárias se instalam diretamente no glomérulo e, em geral, são causadas por
alteração imunológica resultante de infecções por vírus ou bactérias. Conforme os
sinais clínicos que apresentem, elas recebem denominações específicas. A mais
comum é a nefropatia por IgA, ou doença de Berger, que se caracteriza por
presença de sangue na urina, pressão alta e, em alguns casos, edema nas
pernas.
 As secundárias não se originam primariamente no glomérulo, mas estão
associadas a doenças, como hipertensão arterial, diabetes, lúpus eritematoso,
hepatites B e C, infecção pelo HIV, ou, ainda, por alguns medicamentos. As
causas mais frequentes, porém, são diabetes mellitus e hipertensão arterial
sistêmica.
 As características e a evolução da doença variam muito. Por exemplo, a
nefropatia por IgA pode entrar em remissão espontânea e exige apenas que o
paciente seja mantido em observação. No entanto, há casos graves em que a
evolução da doença renal é rápida, agressiva, e os portadores da enfermidade
devem ser encaminhados para diálise ou transplante de rins.
 SINTOMAS
 As glomerulonefrites primárias podem ser assintomáticas, o que retarda o
diagnóstico e o início do tratamento. Quando aparecem, os sintomas variam muito
de um paciente para o outro. Entre eles merecem destaque: pressão alta
(hipertensão arterial), edema nos olhos e/ou nas pernas, aumento de peso por
causa da retenção de líquidos, perda de sangue (hematúria) e de proteína
(proteinúria) pela urina, cansaço, indisposição, fraqueza e anemia.
 Nas glomerulonefrites secundárias, urina espumosa (em consequência da
proteinúria) e edema são os sintomas mais comuns.
 DIAGNÓSTICO
 A avaliação clínica e os exames laboratoriais de urina e de sangue, incluindo a
dosagem de ureia e creatinina, são importantes para o diagnóstico de uma
possível glomerulonefrite. O diagnóstico de certeza, porém, depende do resultado
da biópsia renal que só deve ser realizada quando indispensável para a condução
do tratamento.
 TRATAMENTO
 O tratamento das glomerulonefrites é proposto de acordo com as características,
gravidade e causas da doença e pode exigir ou dispensar o uso de
medicamentos. Se não houver necessidade de prescrevê-los, a recomendação é
diminuir a ingestão de proteínas, de sal e de líquidos e controlar rigorosamente a
pressão arterial.
 Entretanto, os medicamentos são fundamentais no tratamento das enfermidades
de base, especialmente para o controle de diabetes e hipertensão.
 RECOMENDAÇÕES
 Controle periodicamente os níveis da pressão arterial e as taxas de açúcar no
sangue. Hipertensão e diabetes são causas importantes das glomerulonefrites
secundárias;
 Siga rigorosamente o tratamento das doenças de base que podem ser a causa
das glomerulonefrites;
 Evite a ingesta exagerada de sal e o consumo de bebidas alcoólicas;
 Dê a merecida atenção às infecções de garganta por estreptococos, um
microorganismo que pode causar lesões nos rins.
Cistite

 Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga. Em geral, é causada pela


bactéria Escherichia coli, presente naturalmente no intestino e importante para a
digestão, mas outros micro-organismos também podem provocar cistite.
 Homens, mulheres e crianças estão sujeitos à doença. No entanto, ela é mais
prevalente nas mulheres porque as características anatômicas femininas
favorecem sua incidência. A uretra da mulher, além de muito mais curta do que a
do homem, está mais próxima do ânus, o que favorece a passagem dos micro-
organismos.
 SINTOMAS DA CISTITE
 Necessidade urgente de urinar com frequência;
 Escassa eliminação de urina em cada micção;
 Ardor ao urinar;
 Dores na bexiga, nas costas e no baixo ventre;
 Febre;
 Sangue na urina nos casos mais graves.
 DIAGNÓSTICO DE CISTITE
 Levantamento da história clínica do paciente e de seus sintomas;
 Exame de urina tipo I;
 Urocultura com antibiograma (para identificar o agente infeccioso e orientar o
tratamento).
 TRATAMENTO DA CISTITE
 Às vezes, o próprio organismo dá conta de eliminar as bactérias. Caso haja
persistência de sintomas, o tratamento das cistites infecciosas requer o uso de
antibióticos ou quimioterápicos que serão escolhidos de acordo com o tipo de
bactéria encontrada no exame laboratorial de urina.
 Especialmente nas mulheres, as recidivas podem ser frequentes e mais graves,
mas, se o tratamento for seguido à risca, a probabilidade de cura é grande.
Por isso, é preciso tomar os medicamentos respeitando o tempo
recomendado pelo médico mesmo que os sintomas tenham desaparecido com as
primeiras doses.
Uretrite

 Uretrite é o nome genérico usado para designar inflamação ou infecção na uretra canal
que sai da bexiga e chega ao meato urinário, o ponto de contato com o meio exterior.
 As infecções que acometem a uretra têm extrema importância em saúde pública, porque
muitas delas são provocadas por germes transmissíveis durante o ato sexual causando
epidemias de doenças venéreas, ou seja, de infecções sexualmente transmissíveis (IST).
 As uretrites têm diversas causas. Talvez a conhecida há mais tempo seja a uretrite
gonocócica, descrita por Hipócrates 400 anos antes de Cristo e provocada pela
bactéria Nesseria gonorrheae, que pode desenvolver-se também em órgãos como
a faringe e o canal do ânus. Outro agente responsável por uretrites é
a Chlamydia trachomatis, bactéria intracelular de grande poder infectante.
 Os sintomas da gonorreiasão agressivos o que facilita o diagnóstico precoce e antecipa o
início do tratamento. Já a infecção pela clamídia pode ser silenciosa. Isso aumenta a
possibilidade de transmissão e explica a prevalência crescente da doença.
 Causas
 A uretrite pode ter causa tanto bacteriana quanto viral, química e traumática.
 Entre as bactérias que mais costumam causar uretrite estão: Nesseria gonorrheae, que pode
desenvolver-se também na faringe e no canal do ânus, e Chlamydia trachomatis, que
desenvolve-se dentro das células.
 Outras bactérias que comumente provocam infecções no trato urinário também causam uretrite,
como a Escherichia coli.
 Uretrite também pode ser provocado por alguns vírus, especialmente em decorrência de alguma
doença sexualmente transmissível (DST). Gonorreia e clamídia estão entre as principais
doenças venéreas capazes de provocar a inflamação. Além deles, os vírus causadores
de HPV e herpes simples também parecem estar envolvidos nas possíveis causas da uretrite.
 Mas este problema também pode ser causado por causas químicas, como por exemplo com o
uso de espermicidas, e por motivos traumáticos, como uma cirurgia ou presença de um corpo
estranho na uretra.
 Fatores de risco
 A grande maioria das uretrites são causadas por infecções decorrente da
exposição sexual desprotegida.
 Além disso, pessoas do sexo feminino e do sexo masculino estão sob risco
parecido de contrair a doença. A mulher especialmente se estiver em fase
reprodutiva e o homem, se tiver entre 20 e 35 anos.
 Uma pessoa que for exposta a muitos parceiros sexuais está sob maior risco de
contrair uretrite. Além disso, ter um histórico de doenças sexualmente
transmissíveis aumenta o risco de se desenvolver o problema.
 Sintomas de Uretrite
 Nos homens
 Sangue na urina
 Sangue no sêmen
 Ardência e dor ao urinar (disúria)
 Secreção no pênis
 Febre (rara)
 Micção frequente e urgente
 Coceira, sensibilidade ou inchaço do pênis ou área da virilha
 Dor na relação sexual ou durante a ejaculação
 Nas mulheres
 Dor abdominal
 Queimação ao urinar
 Febre e calafrios
 Micção frequente e urgente
 Dor pélvica
 Secreção vaginal
 Diagnóstico de Uretrite
 Na consulta com um médico, para realizar um diagnóstico exato, ele poderá fazer
um exame físico e, em seguida, lhe fazer uma série de questionamentos a
respeito de seu histórico clínico.
 Quando há dor ao urinar, isso costuma ser sinal de infecção. No entanto, alguns
testes podem ser feitos para confirmar o diagnóstico por uretrite. Por exemplo:
 Exames de urina para detectar gonorreia, clamídia ou outras DSTs
 Análise de uma amostra de secreção retirada da uretra
 Exames de sangue geralmente não são necessários para o diagnóstico de
uretrite, mas sim caso o médico considere necessário realiza-los para eliminar
possíveis outras causas envolvidas ou não com os sintomas.
INSUFICIÊNCIA RENAL

 A insuficiência renal é uma doença sistêmica e é caracterizada pelo fato de


o rim deixar de conseguir retirar do organismo os resíduos metabólicos ou realizar
suas funções reguladoras.
 Causas da insuficiência renal
 A insuficiência renal pode ser causada por inúmeros fatores, entre esses,
muitas doenças que acabam por desencadear a insuficiência renal se não forem
controladas, como a hipertensão arterial e diabetes mellitus.
 O uso prolongado de alguns medicamentos, como anti-inflamatórios e
analgésicos, também podem contribuir para o desenvolvimento da insuficiência
renal. Além disso, podemos destacar também a obstrução das vias urinárias,
causada por exemplo, por um cálculo renal.
 Diagnóstico da insuficiência renal
 O diagnóstico da insuficiência renal é realizado a partir da observação de alguns
sintomas e realização de exames laboratoriais. São sintomas de insuficiência
renal a nictúria (vontade de urinar durante a noite), oligúria (pouca produção de
urina) e o oposto, que é a poliúria (produção elevada de urina), prurido, náusea,
vômito, perda de apetite, atrofia testicular, amenorréia (ausência de menstruação),
déficit cognitivo, confusão mental, entre outros sintomas, até mesmo o coma.
 Embora os sintomas citados anteriormente possam ser indicativos de insuficiência
renal, é necessária a realização de exames laboratoriais para a conclusão do
diagnóstico, como o de dosagem de creatinina sérica, além de exames de
imagem.
 Insuficiência renal aguda
 A insuficiência renal aguda é caracterizada pela diminuição rápida das funções
renais, o que pode ocorrer em horas ou dias. Está relacionada, principalmente, à
diminuição da filtração glomerular e do volume urinário. A taxa de filtração
glomerular mede a capacidade do rim em filtrar e eliminar as substâncias tóxicas.
 É importante destacar que a insuficiência renal aguda é uma patologia reversível.
A insuficiência renal aguda é uma das principais complicações em pacientes
internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo que a sua incidência
pode chegar a 40%, com uma taxa de mortalidade de cerca de 70%.
 As causas da insuficiência renal aguda podem ser classificadas como pré-
renal, intrarrenal e pós-renal:
 Pré-renal: as causas da insuficiência renal são classificadas como pré-renais
quando se originam antes dos rins, como hemorragias, sepse, entre outras.
 Intrarrenal: as causas da insuficiência renal são classificadas como intrarrenais
quando se originam de lesões no parênquima renal ou nos glomérulos. Essas
lesões podem ser decorrentes, por exemplo, de processos infecciosos.
 Pós-renal: as causas da insuficiência renal são classificadas como pós-renais
quando se originam após os rins, por exemplo, uma obstrução no trato urinário.
 Sintomas da insuficiência renal aguda, podemos citar febre, dor lombar,
dificuldade para urinar, além de outras manifestações que podem ocorrer, por
exemplo, no sistema digestório, como náuseas e vômitos; no sistema imunológico,
como a imunodepressão; e no sistema nervoso, como convulsões e coma.
 O diagnóstico é realizado por meio da análise clínica dos sinais e sintomas, além
da realização de exames laboratoriais, como exames de sangue e urina, exames
de imagem, como ultrassonografias com doppler, e biópsia renal, quando for
necessária.
 Insuficiência renal crônica
 A insuficiência renal crônica é caracterizada, diferentemente da insuficiência renal
aguda, pela perda progressiva da função renal, sendo, geralmente, irreversível. A
insuficiência renal crônica pode ser causada por diversos fatores,
como diabetes mellitus, hipertensão, doença renal policística, uso de alguns
medicamentos e agentes tóxicos, como drogas, entre outros fatores.
 A insuficiência renal crônica em sua fase inicial é assintomática, podendo levar
muito tempo a ser diagnosticada. Em sua fase mais avançada, o doente pode
apresentar alterações sistêmicas, afetando, assim, todo o organismo. Dessa
forma, sintomas como alterações ósseas, cardíacas, entre outros, poderão
ocorrer.
 A insuficiência renal crônica pode ser dividida em seis fases, como pode-se observar a
seguir:
 Fase de função renal normal sem lesão renal – estão incluídos indivíduos que estão no
chamado grupo de risco, ou seja, apresentam os fatores de risco citados no tópico anterior, como
indivíduos hipertensos e diabéticos, no entanto, ainda não apresentam lesões renais.
 Fase de lesão com função renal normal – essa fase é caracterizada pelo início das lesões,
mas sem alteração na filtração glomerular. A taxa de filtração glomerular encontra-se acima de
90 ml/min/1,73m2.
 Fase de insuficiência renal funcional ou leve – essa fase da insuficiência renal crônica é
caracterizada pelo início da perda da função renal e só pode ser detectada com exames
específicos. A taxa de filtração glomerular encontra-se entre 60 e 89 ml/min/1,73m2.
 Fase de insuficiência renal laboratorial ou moderada – essa fase é caracterizada por
alterações nos níveis de ureia e creatinina, entretanto, o paciente apresenta-se bem. A taxa de
filtração glomerular encontra-se entre 30 e 59 ml/min/1,73m2.
 Fase de insuficiência renal clínica ou severa – essa fase é caracterizada pelo
aparecimento de sintomas de uremia, ou seja, do aumento de ureia no sangue.
Entre esses sintomas podemos citar a hipertensão arterial, fraqueza, mal-estar,
anemia, náuseas e vômitos, entre outros. A taxa de filtração glomerular encontra-
se entre 15 e 29 ml/min/1,73m2.
 Fase terminal de insuficiência renal crônica – essa fase caracteriza-se pelo
grande comprometimento renal, em que os rins já não conseguem realizar suas
funções e o organismo encontra-se bastante afetado. Nessa fase, os tratamentos
recomendados são os dialíticos ou o transplante renal. A taxa de filtração
glomerular encontra-se inferior a 15 ml/min/1,73m2.
 Tratamento da insuficiência renal
 O tratamento da insuficiência renal é realizado segundo o tipo e causas da
insuficiência renal. Ele pode ser realizado através da administração
de medicamentos, pode-se incluir também o tratamento dialítico (hemodiálise,
diálise peritoneal e hemofiltração), principalmente se o paciente apresentar algum
risco de morte e a terapia renal de substituição.
 É importante destacar que o transplante renal é recomendado para pacientes com
insuficiência renal irreversível e tem apresentado excelentes resultados,
melhorando a sobrevida dos pacientes.
Hemodiálise

 A hemodiálise é um procedimento de filtragem do sangue para retirar toxinas e


excesso de água no organismo. Chamada de "rim artificial", a técnica é indicada
quando há perda significativa ou total das funções renais, como em casos de
insuficiência renal.
 Atualmente, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) estima que há
aproximadamente 122 mil pacientes renais crônicos no Brasil que necessitam de
hemodiálise.
 Benefícios da hemodiálise
 A hemodiálise tem como objetivo substituir as funções primordiais dos rins. Portanto,
ao iniciar o tratamento, o paciente perceberá melhoras expressivas dos sintomas
relacionados a doenças renais, como:
 Apetite normalizado
 Maior disposição
 Menos fadiga
 Dieta mais equilibrada
 Menos risco de morte súbita
 Tipos de hemodiálise
 Hemodiálise convencional: é aquela em que o paciente realiza sessões de cerca
de 4 horas, três vezes por semana.
 Hemodiálise diária: é realizada de 5 a 7 vezes por semana, com sessões de 2
horas de duração.
 Hemodiálise contínua: indicada para ocorrências graves, com pacientes
internados em UTI (Unidade de Terapia Intensiva) devido à falência dos rins ou
doença renal aguda. Consiste em 24 horas por dia de tratamento ininterrupto,
enquanto durar o quadro agravado.
 Onde fazer
 A hemodiálise é um tratamento fornecido pelo SUS (Sistema Único de Saúde)
sem qualquer custo para o paciente.
Incontinência urinária

 Existem muitas causas para a incontinência urinária, desde gravidez até bexigas
hiperativas; o problema é mais prevalente em mulheres.
 Incontinência urinária é a perda involuntária da urina pela uretra. Distúrbio mais
frequente no sexo feminino, pode manifestar-se tanto na quinta ou sexta década
de vida quanto em mulheres mais jovens.
 Atribui-se essa prevalência ao fato de a mulher apresentar, além da uretra, duas
falhas naturais no assoalho pélvico: o hiato vaginal e o hiato retal. Isso faz com
que as estruturas musculares que dão sustentação aos órgãos pélvicos e
produzem a contração da uretra para evitar a perda urinária e o músculo que
forma um pequeno anel em volta uretra sejam mais frágeis nas mulheres.
 CAUSAS
 A eliminação da urina é controlada pelo sistema nervoso autônomo, mas pode ser comprometida
nas seguintes situações:
 Comprometimento da musculatura dos esfíncteres ou do assoalho pélvico;
 Gravidez e parto;
 Tumores malignos e benignos;
 Doenças que comprimem a bexiga;
 Obesidade;
 Tosse crônica dos fumantes;
 Quadros pulmonares obstrutivos que geram pressão abdominal;
 Bexigas hiperativas que contraem independentemente da vontade do portador;
 Procedimentos cirúrgicos ou irradiação que lesem os nervos do esfíncter masculino.
 TIPOS E SINTOMAS DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA

 Incontinência urinária de esforço: O sintoma inicial é a perda de urina quando a


pessoa tosse, ri, faz exercício, movimenta-se;
 Incontinência urinaria de urgência: Mais grave do que a de esforço, caracteriza-
se pela vontade súbita de urinar que ocorre em meio as atividades diárias e a
pessoa perde urina antes de chegar ao banheiro;
 Incontinência mista: Associa os dois tipos de incontinência acima citados e o
sintoma mais importante é a impossibilidade de controlar a perda de urina pela
uretra.
 DIAGNÓSTICO
 São dados importantes para o diagnóstico o levantamento da história dos
pacientes e a elaboração de um diário miccional onde eles devem registrar as
características e frequência da perda urinária.
 Outro recurso para firmar o diagnóstico é o exame urodinâmico, que é pouco
invasivo e registra a ocorrência de contrações vesicais e a perda urinaria sob
esforço.
 TRATAMENTO
 O tratamento da incontinência urinária por esforço é basicamente cirúrgico, mas
exercícios ajudam a reforçar a musculatura do assoalho pélvico. Atualmente, a
cirurgia de Sling, em que se coloca um suporte para restabelecer e reforçar os
ligamentos que sustentam a uretra e promover seu fechamento durante o esforço,
é a técnica mais utilizada e a que produz melhores resultados.
 Para a incontinência urinária de urgência, o tratamento é farmacológico e
fisioterápico. O farmacológico pressupõe o uso ininterrupto de várias drogas que
contêm substâncias anticolinérgicas para evitar a contração vesical. Esses
remédios provocam efeitos colaterais, como boca seca, obstipação e rubor facial.
 RECOMENDAÇÕES

 Procure um médico para diagnóstico e identificação da causa e do tipo de perda urinária


que você apresenta;
 Não pense que incontinência urinária é um mal inevitável na vida das mulheres depois dos
50, 60 anos. Se o distúrbio for tratado como deve, a qualidade de vida melhorará muito;
 Considere os fatores que levam à incontinência urinária do idoso uso de diuréticos,
ingestão hídrica, situações de demência e delírio, problemas de locomoção – e tente
contorná-los. Às vezes, a perda de urina nessa faixa de idade é mais um problema social
do que físico;
 Evitar a obesidade e o sedentarismo, controlar o ganho de peso durante a gestação,
praticar exercícios fisioterápicos para fortalecer o assoalho pélvico, são medidas que
podem ser úteis na prevenção da incontinência urinária.
Sistema endócrino

 O sistema endócrino é um sistema complexo e constituído pelas glândulas


endócrinas do nosso corpo. Glândulas endócrinas são as estruturas que
sintetizam substâncias e lançam-nas na corrente sanguínea. Essas substâncias
são denominadas de hormônios e são responsáveis por controlar uma série de
atividades do corpo humano, tais como o metabolismo, secreção de leite,
crescimento e quantidade de cálcio no sangue. É importante salientar, no entanto,
que células endócrinas podem ser encontradas em órgãos que compõem outros
sistemas, como é o caso das células produtoras de hormônios encontradas no
estômago.
 Glândulas endócrinas
 As glândulas são estruturas responsáveis pela secreção de substâncias. Podemos
classificar as glândulas em endócrinas, exócrinas e mistas. As glândulas
endócrinas lançam suas secreções, denominadas de hormônios, no sangue, por
onde são transportadas até atingirem seu local de ação. São essas as glândulas
que analisamos ao estudar o sistema endócrino. As glândulas exócrinas, por sua
vez, apresentam ductos que garantem que sua secreção seja lançada em
cavidades ou nas superfícies corporais. Por fim, temos as glândulas mistas, que
apresentam porções endócrinas e exócrinas.
 Hormônios:
 Os hormônios são moléculas sinalizadoras que atuam em locais específicos do
corpo. Eles circulam pelo organismo, por meio da circulação sanguínea, e ligam-
se a receptores específicos. Assim sendo, mesmo que um hormônio circule por
todo o corpo, só terá sua ação realizada quando alcançar a célula que apresenta
receptores para aquele dado hormônio.
 Alguns hormônios atuam em várias células presentes no organismo, como a
tiroxina, produzida pela tireoide, que garante o aumento da velocidade de reações
químicas em quase todas as células do corpo. Outros hormônios, no entanto,
atuam em tecidos-alvo, sendo esse o caso do hormônio adrenocorticotrófico,
produzido pela hipófise, que estimula o córtex da suprarrenal.
 Os hormônios são essenciais para o funcionamento do corpo humano, atuando
em praticamente todas as atividades do nosso organismo. Reprodução,
crescimento e mesmo o metabolismo são algumas das atividades que apresentam
regulação hormonal.
Principais glândulas que formam o sistema endócrino:
Glândula endócrina Hormônios e algumas de suas funções
Glândula pineal Melatonina: atua na regulação dos ritmos biológicos.

Hormônios de inibição e liberação: O hipotálamo


produz vários hormônios que estimulam a hipófise a
secretar outros hormônios.
Ocitocina*: estimula a contração do útero e a ejeção do
Hipotálamo leite pelas glândulas mamárias.
Vasopressina ou hormônio antidiurético (ADH)*: atua
na reabsorção de água pelos rins.
*Hormônios produzidos pelo hipotálamo e liberados pela
neuro-hipófise.
Hormônio folículo-estimulante (FSH): age nas gônadas
femininas e masculinas, promovendo o crescimento de
folículos ovarianos e maturação de espermatozoides.
Hormônio luteinizante (LH): age nas gônadas femininas
e masculinas, atuando no estímulo da ovulação e síntese
de testosterona.
Hipófise
Hormônio estimulador da tireoide (TSH): estimula a
glândula tireoide a secretar seus hormônios.
Hormônio adrenocorticotrófico (ACTH): estimula o
córtex da suprarrenal.
Prolactina: estimula a secreção de leite.
Hormônio do crescimento (GH): estimula o crescimento.
Tiroxina (T4) e tri-iodotironina (T3):atuam
em processos metabólicos.
Tireoide
Calcitonina: reduz os níveis de cálcio no
sangue.
Paratormônio: aumenta os níveis de cálcio
Paratireoides
no sangue.
Epinefrina e norepinefrina: produzidos na
medula da suprarrenal, possuem os
mesmos efeitos que a estimulação
simpática, promovendo, por exemplo,
vasoconstrição e aumentando nível de
glicose no sangue.
Suprarrenais
Glicocorticoides: produzido no córtex da
suprarrenal, possui papel no metabolismo
da glicose.
Mineralocorticoides: produzido no córtex
da suprarrenal, atua na reabsorção de sódio
e excreção de potássio nos rins.
Insulina: atua reduzindo os níveis de
glicose no sangue, promovendo a
Pâncreas entrada de glicose nas células.
Glucagon: atua aumentando os níveis
de glicose no sangue.
Estrogênio: participa do ciclo
menstrual e desenvolvimento das
características sexuais femininas.
Ovários
Progesterona: promove o crescimento
do endométrio durante o ciclo
menstrual.

Testosterona:promove o
desenvolvimento do sistema reprodutor
Testículos
masculino e das características
sexuais secundárias.
 Vale destacar que, além das glândulas endócrinas, temos alguns órgãos que
atuam de maneira secundária como órgãos endócrinos. Isso ocorre porque esses
órgãos apresentam a capacidade de produzir hormônios, mas essa não é sua
principal função. Células e tecidos endócrinos são observados, por exemplo, no
estômago, fígado, coração, timo, rins e intestino delgado.
Diabetes Mellitus

 Diabetes é uma doença causada pela produção insuficiente ou má absorção de


insulina, hormônio que regula a glicose no sangue e garante energia para o
organismo.
 A insulina é um hormônio que tem a função de quebrar as moléculas
de glicose(açúcar) transformando-a em energia para manutenção das células do
nosso organismo.
 O diabetes pode causar o aumento da glicemia e as altas taxas podem levar a
complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos. Em
casos mais graves, o diabetes pode levar à morte.
 De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes, existem atualmente, no Brasil,
mais de 13 milhões de pessoas vivendo com a doença, o que representa 6,9% da
população nacional.
 A melhor forma de prevenir é praticando atividades físicas regularmente,
mantendo uma alimentação saudável e evitando consumo de álcool, tabaco e
outras drogas.
 Comportamentos saudáveis evitam não apenas o diabetes, mas outras doenças
crônicas, como o câncer.
 A causa do tipo de diabetes ainda é desconhecida e a melhor forma de preveni-
la é com práticas de vida saudáveis (alimentação, atividades físicas e evitando
álcool, tabaco e outras drogas).
 Quais os tipos mais comuns de diabetes?
 O diabetes mellitus pode se apresentar de diversas formas e possui diversos tipos
diferentes. Independente do tipo de diabetes, com aparecimento de qualquer
sintoma é fundamental que o paciente procure com urgência o atendimento
médico especializado para dar início ao tratamento.
 Diabetes tipo 1:
 Sabe-se que, via de regra, é uma doença crônica não transmissível, hereditária, que
concentra entre 5% e 10% do total de diabéticos no Brasil. Cerca de 90% dos pacientes
diabéticos no Brasil têm esse tipo. Ele se manifesta mais frequentemente em adultos,
mas crianças também podem apresentar.
 O diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser
diagnosticado em adultos também. Pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram
a doença devem fazer exames regularmente para acompanhar a glicose no sangue.
 O tratamento exige o uso diário de insulina e/ou outros medicamentos para controlar a
glicose no sangue.
 A causa do diabetes tipo 1 ainda é desconhecida e a melhor forma de preveni-la é com
práticas de vida saudáveis (alimentação, atividades físicas e evitando álcool, tabaco e
outras drogas).
 Diabetes tipo 2:
 O diabetes tipo 2 ocorre quando o corpo não aproveita adequadamente a insulina
produzida. A causa do diabetes tipo 2 está diretamente relacionado
ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão.e hábitos
alimentares inadequados.
 Por isso, é essencial manter acompanhamento médico para tratar, também,
dessas outras doenças, que podem aparecer junto com o diabetes.
 Diabetes Latente Autoimune do Adulto (LADA): Atinge basicamente os adultos e
representa um agravamento do diabetes tipo 2.
 Caracteriza-se, basicamente, no desenvolvimento de um processo autoimune do
organismo, que começa a atacar as células do pâncreas.
 Pré-diabetes:
 Pré-diabetes é quando os níveis de glicose no sangue estão mais altos do que o
normal, mas ainda não estão elevados o suficiente para caracterizar um Diabetes
Tipo 1 ou Tipo 2. É um sinal de alerta do corpo, que normalmente aparece em
obesos, hipertensos e/ou pessoas com alterações nos lipídios.
 Esse alerta do corpo é importante por ser a única etapa do diabetes que ainda
pode ser revertida, prevenindo a evolução da doença e o aparecimento de
complicações, incluindo o infarto.
 No entanto, 50% dos pacientes que têm o diagnóstico de pré-diabetes, mesmo
com as devidas orientações médicas, desenvolvem a doença.
 A mudança de hábito alimentar e a prática de exercícios são os principais fatores
de sucesso para o controle.
 Diabetes gestacional:
 Ocorre temporariamente durante a gravidez. As taxas de açúcar no sangue ficam
acima do normal, mas ainda abaixo do valor para ser classificada como diabetes
tipo 2.
 Toda gestante deve fazer o exame de diabetes, regularmente, durante o pré-natal.
Mulheres com a doença têm maior risco de complicações durante a gravidez e o
parto.
 Esse tipo de diabetes afeta entre 2 e 4% de todas as gestantes e implica risco
aumentado do desenvolvimento posterior de diabetes para a mãe e o bebê.
 Sintomas do diabetes:
 Os principais sintomas do diabete são: fome e sede excessiva e vontade de urinar várias vezes ao
dia.
 Sintomas do diabetes tipo 1:
 Fome frequente;
 Sede constante;
 Vontade de urinar diversas vezes ao dia;
 Perda de peso;
 Fraqueza;
 Fadiga;
 Mudanças de humor;
 Náusea e vômito.
 Sintomas do diabetes tipo 2:
 Fome frequente;
 Sede constante;
 Formigamento nos pés e mãos;
 Vontade de urinar diversas vezes;
 Infecções frequentes na bexiga, rins, pele e infecções de pele;
 Feridas que demoram para cicatrizar;
 Visão embaçada.
 Como prevenir o diabetes?
 A melhor forma de prevenir o diabetes e diversas outras doenças é a prática de hábitos
saudáveis
 Comer diariamente verduras, legumes e, pelo menos, três porções de frutas.
 Reduzir o consumo de sal, açúcar e gorduras.
 Parar de fumar.
 Praticar exercícios físicos regularmente, (pelo menos 30 minutos todos os dias).
 Manter o peso controlado.
 O incentivo para uma alimentação saudável e balanceada e a prática de atividades físicas
é prioridade do Governo Federal. O Ministério da Saúde adotou internacionalmente metas
para frear o crescimento do excesso de peso e obesidade no país.
 Fatores de risco:
 Além dos fatores genéticos e a ausência de hábitos saudáveis, existem outros fatores de risco que pode contribuir para o
desenvolvimento do diabetes.
 Diagnóstico de pré-diabetes;
 Pressão alta;
 Colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue;
 Sobrepeso, principalmente se a gordura estiver concentrada em volta da cintura;
 Pais, irmãos ou parentes próximos com diabetes;
 Doenças renais crônicas;
 Mulher que deu à luz criança com mais de 4kg;
 Diabetes gestacional;
 Síndrome de ovários policísticos;
 Diagnóstico de distúrbios psiquiátricos - esquizofrenia, depressão, transtorno bipolar;
 Apneia do sono;
 Uso de medicamentos da classe dos glicocorticoides.
 Tratamento para o diabetes do tipo 1:
 Os pacientes que apresentam diabetes do Tipo 1 precisam de injeções diárias de
insulina para manterem a glicose no sangue em valores considerados normais.
 Para essa medição, é aconselhável ter em casa um aparelho, chamado
glicosímetro, que será capaz de medir a concentração exata de glicose no sangue
durante o dia-a-dia do paciente.
 Os melhores locais para a aplicação de insulina são barriga, coxa, braço, região
da cintura e glúteo.
 Tratamento para o diabetes do tipo 2
 Já para os pacientes que apresentam diabetes Tipo 2, o tratamento consiste em
identificar o grau de necessidade de cada pessoa e indicar, conforme cada caso,
os seguintes medicamentos/técnicas:
 Inibidores da alfaglicosidase: impedem a digestão e absorção de carboidratos no
intestino;
 Sulfonilureias: estimulam a produção pancreática de insulina pelas células;
 Glinidas: agem também estimulando a produção de insulina pelo pâncreas.
 O Diabetes Tipo 2 normalmente vem acompanhado de outros problemas de
saúde, como obesidade, sobrepeso, sedentarismo, triglicerídios
elevados e hipertensão.
 O que é Hipoglicemia?
 A hipoglicemia é literalmente nível muito baixo de glicose no sangue e é comum
em pessoas com diabetes. Para evitar a hipoglicemia, além das complicações do
diabetes, o segredo é manter os níveis de glicose dentro da meta estabelecida
pelo profissional da saúde para cada paciente. Essa meta varia de acordo com a
idade, condições gerais de saúde e outros fatores de risco, além de situações
como a gravidez.
 Durante o tratamento, é essencial manter hábitos saudáveis e estilo de vida ativo,
além de seguir as orientações medicamentosas recomendadas pelo profissional
de saúde para manter a meta de glicose, evitando a hipoglicemia e a
hiperglicemia.
 O que pode causar hipoglicemia em pacientes diabéticos
 Aumentar quantidade de exerícios físicos sem orientação ou sem ajuste
correspondente na alimentação/medicação;
 Pular refeições e os horários de refeições;
 Comer menos do que o necessário;
 Exagerar na medicação (essa conduta não traz controle melhor do diabetes, pelo
contrário);
 Ingestação de álcool.
 Em situações extremas, a hipoglicemia pode causar desmaios ou crises
convulsivas e necessitam de intervenção médicas imediata.
 O chamado ‘fenômeno do alvorecer’ Todas as pessoas passam por essa
condição, tenham ou não diabetes. É uma onda de hormônios que o corpo produz
entre 4h e 5h da manhã, todos os dias, que provocam uma reação do fígado, com
liberação de glicose e preparação do organismo para mais um dia de atividades.
O corpo produz menos insulina e mais glucagon (hormônio que aumenta a glicose
no sangue), mas as pessoas com diabetes não têm respostas normais de insulina
para regular essa onda e a glicemia de jejum pode subir consideravelmente.
 Para evitar essa condição, valem as dicas: jantar no início da noite, fazer uma
caminhada leve após o jantar, perguntar ao médico sobre medicamentos
específicos ou ajuste do tratamento do diabetes, seja insulina ou outros
medicamentos.
 Complicações do Diabetes
 O diabetes, quando não tratado corretamente, pode evoluir para formas mais
graves e apresentar diversas complicações tais como:
 Neuropatia Diabética-A neuropatia costuma vir acompanhada da diminuição da
energia, da mobilidade, da satisfação com a vida e do envolvimento com as
atividades sociais.
 Problemas arteriais e amputações
 Muitas pessoas com diabetes têm a doença arterial periférica, que reduz o fluxo
de sangue para os pés. Além disso, pode haver redução de sensibilidade devido
aos danos que a falta de controle da glicose causa aos nervos. Essas duas
condições fazem com que seja mais fácil sofrer com úlceras e infecções, que
podem levar à amputação.
 Doença renal
 Os rins são uma espécie de filtro, compostos por milhões de vasinhos sanguíneos
(capilares), que removem os resíduos do sangue. O diabetes pode trazer danos
aos rins, afetando sua capacidade de filtragem.
 Pé Diabético
 São feridas que podem ocorrer no pé das pessoas com diabetes e têm difícil
cicatrização devido aos níveis elevados de açúcar no sangue e/ou circulação
sanguínea deficiente. É uma das complicações mais comuns do diabetes mal
controlado.
 Glaucoma
 Pessoas com diabetes têm 40% mais chance de desenvolver glaucoma, que é a
pressão elevada nos olhos. Quando mais tempo convivendo com a doença, maior
o risco.
 Catarata
 Retinopatia
 Pele mais sensível
 Alteração de humor, ansiedade e depressão
 Problemas sexuais
Principais tipos de insulina

 1. Insulina Detemir, Deglutega ou Glargina


 Estas são insulinas de ação lenta ou prolongada, que têm duração de um dia
inteiro, e por isso a quantidade no sangue mantém-se constante, para imitar a
insulina basal e mínima ao longo do dia. Os principais tipos são o Detemir
(Levemir), Deglutega (Tresiba), que duram mais de 24 horas ou a Glargina
(Lantus), que chega a durar mais de 30 horas.
 Atualmente existem as insulinas ultralongas, que chegam a agir por 2 dias, o que
pode diminuir o número de picadas e melhora qualidade de vida do diabético.
 2. Insulina NPH, Lenta ou NPL
 Este tipo de insulina é considerada de ação intermediária e age durante cerca de
metade do dia, entre 12 a 24 horas, e os principais tipos são NPH (Novolin N,
Humulin N, Insulatard), Lenta (Humulin L, Novolin L) e NPL (Humalog Mix).
 Ela também pode imitar o efeito basal da insulina, sendo aplicadas de 1 a 3 vezes
por dia, dependendo da quantidade necessária para cada pessoa, e da
orientação pelo médico.
 3. Insulina Regular
 Também conhecida por insulina de ação rápida ou regular (Novorapid, Humulin R
ou Novolin R), é uma insulina que deve ser aplicada cerca de 30 minutos antes
das principais refeições, geralmente 3 vezes ao dia, e que ajuda a manter os
níveis de glicose estáveis após a ingestão de alimentos.
 4. Insulina Lispro, Aspart ou Glulisina
 É um tipo de insulina é a insulina de ação ultra-rápida, que tem o efeito mais
imediato, e deve ser aplicada imediatamente antes de comer ou, em alguns casos,
logo após comer, imitando a ação da insulina que é produzida quando comemos
para evitar que os níveis de açúcar no sangue fiquem altos.
 As principais são a Lispro (Humalog), Aspart (Novorapid Flexpen) ou Glulisina
(Apidra).
Características de cada tipo da insulina
Tipo de Início da Pico da Duração Cor da Quanto
insulina ação ação Insulina tomar
Ação Ultra- 5 a 15 min 30 min a 1 4 a 6 horas Transparent Logo
rápida hora e 30 e antes das
min refeições
Ação 30 a 60 min 2 a 3 horas 6 a 8 horas Transparent 30 min antes
Rápida e das
refeições
Ação 2 a 4 horas 5 a 8 horas 12 a 18 Leitosa e Geralmente
Intermédia horas turva 2 a 3 vezes
ao dia
Ação Lenta 2 a 4 horas sem pico 24 a 30 Transparent Geralmente
horas e 1 vez ao dia
 Como aplicar a insulina
 Para que qualquer tipo de tipo de insulina faça efeito é fundamental aplicá-la
corretamente e, para isso é necessário:
 Fazer uma pequena prega na pele, antes de aplicar a injeção, para que ela seja
absorvida na região subcutânea;
 Introduzir a agulha perpendicularmente à pele e aplicar a medicação;
 Variar os locais das injeções, entre braço, coxa e barriga e mesmo nesses locais é
importante rodar, para evitar hematomas e lipohipertrofia.
 Além disso, é importante conservar a insulina, mantendo-a no frigorifico enquanto
não for aberta e depois da embalagem estar aberta deve se manter protegida do
sol e do calor e não deve ser utilizada por mais de 1 mês.
Hipertireoidismo

 O hipertireoidismo é caracterizado por uma disparada na produção dos hormônios


da tireoide a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Esse aumento acelera o
metabolismo e causa diferentes sintomas, afetando até as batidas do coração e o
funcionamento do sistema nervoso. O tratamento depende de suas causas.
 A tireoide é uma glândula em formato de borboleta que fica na região do pescoço
e mede cerca de 5 centímetros. Seu funcionamento repercute em todo o
organismo e interfere no ritmo dos órgãos. A liberação dos hormônios ocorre a
partir de um comando da hipófise, estrutura localizada no cérebro.
 Embora seja produzido em menor quantidade, o hormônio T3 é que atua de fato
no metabolismo. Já o T4, fabricado em maior volume, é menos potente — e,
durante seu trajeto pelo corpo, acaba transformado em T3 para agir nas células.
 Com o aumento da quantidade de T3 e T4 na corrente sanguínea, o
hipertireoidismo provoca uma aceleração de todo o organismo. O coração, por
exemplo, fica agitado e bate mais rápido, o que favorece episódios de taquicardia.
 A sobrecarga hormonal também mexe com o cérebro e promove quadros
de ansiedade, insônia e nervosismo. A doença ainda pode desregular a digestão e
causar intolerância ao calor.
 Outra manifestação comum da doença é a exoftalmia, uma alteração nos
músculos da parte de trás dos olhos. Não se sabe ainda as causas do problema,
mas água e proteínas começam a se acumular no local. Esse volume extra
empurra o globo ocular para a frente o que dá uma impressão de que ele está
saltado.
 Um dos gatilhos mais comuns do hipertireoidismo é a doença de Graves, um
distúrbio autoimune em que o próprio sistema de defesa ataca a tireóide. Outro
motivo da encrenca é a falta de iodo na dieta. Felizmente, esse mineral passou a
ser obrigatório no sal de cozinha, o que reduziu o número de casos provocados
pela deficiência da substância.
 O bócio, um inchaço na altura da garganta, é uma das evidências da falha da
tireóide e pode propiciar o hipertireoidismo. O inchaço evidente na região do
pescoço é resultado de uma massa que comprime a traqueia e dificulta a
respiração.
 Sinais e sintomas
 Olhos saltados
 Taquicardia
 Perda de peso rápida
 Unhas frágeis e quebradiças
 Queda de cabelo
 Agitação
 Impaciência
 Depressão
 Fatores de risco
 Doença de Graves
 Nódulos na tireoide
 Uso irregular de medicamentos contra o hipotireoidismo
 Bócio
 A prevenção
 O fator alimentar mais importante para a formação dos hormônios T3 e T4 é a
ingestão adequada de iodo. Para resguardar a tireoide, são necessários 150
microgramas por dia.
 O mineral aparece em boa quantidade no sal de cozinha, em frutos do mar e em
peixes como a cavala, o salmão, a pescada e o bacalhau.
 Diagnóstico
 Além da avaliação clínica e do histórico do paciente, o médico pede exames de
sangue para medir as taxas de T3 e T4 na circulação. Se a tireóide estiver
acelerada, os hormônios estarão em quantidade elevada.
 Geralmente, esses aumentos não são detectados nos primeiros estágios da
doença. Para tirar a dúvida, é possível medir os níveis do TSH, hormônio
produzido pela hipófise que incentiva o trabalho da tireóide. No hipertireoidismo, o
TSH aparece abaixo do normal.
 Tratamento
 Após o diagnóstico, o endocrinologista leva em consideração as causas do
distúrbio, a idade e o estado geral de saúde do paciente para prescrever
medicamentos.
 Remédios de uso oral bloqueiam a liberação exagerada de hormônios pela
tireóide. O esquema de tratamento exige cuidados e um acompanhamento de
perto, já que as drogas podem provocar efeitos colaterais na pele e no estômago.
 Dependendo do estágio do hipertireoidismo, é possível recorrer à cirurgia para
retirar a tireóide ou realizar uma terapia com iodo radioativo, que destrói parte da
glândula.
Hipotireoidismo

 Trata-se, em resumo, da queda na produção dos hormônios da tireóide a


triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). Ele é o distúrbio mais comum dessa glândula,
que fica na região do pescoço e lembra uma borboleta.
 Seu desempenho repercute em todo o organismo, interferindo nos batimentos
cardíacos, no ritmo do intestino, no humor e no ciclo menstrual das mulheres. A
liberação das substâncias tireóide é orquestrada a partir da hipófise, estrutura que
fica lá no cérebro.
 Embora produzido em menor quantidade, o T3 é o composto que atua pra valer no
ritmo do funcionamento de nossos órgãos. O T4, fabricado em maior volume, é
bem menos potente. Durante seu trajeto pelo corpo, ele acaba transformado em
T3 esse, sim, o agente das principais operações do organismo.
 No hipotireoidismo, ocorre uma diminuição da quantidade T3 e T4 que vai para a
corrente sanguínea. Uma das causas da pane é a tireoidite de Hashimoto, doença
autoimune em que o próprio sistema de defesa cria anticorpos para atacar as
células da tireoide.
 O hipotireoidismo costuma ser associado a um leve ganho de
peso (eminentemente por acúmulo de líquidos) e uma dificuldade para se livrar de
quilos extras. Mas essas são apenas as consequências mais visíveis da crise.
 No déficit de T3 e T4, o coração diminui o bombeamento de sangue e pode sofrer
com uma insuficiência cardíaca. Os rins não conseguem filtrar o líquido vermelho
direito. O intestino fica mais lento e a pele resseca. Os olhos, por sua vez, correm
um sério risco de glaucoma.
 Crianças não estão livres de uma tireoide em marcha lenta. A falta dos hormônios
prejudica o crescimento e pode levar à deficiência intelectual. Como nas primeiras
semanas de vida é difícil perceber qualquer sinal do problema, o famoso teste do
pezinho, feito em até 48 horas após o parto, é um grande aliado, pois consegue
detectar o mau funcionamento da glândula do pescoço. Aí é possível iniciar o
tratamento quanto antes para afastar o risco de danos neurológicos.
 A causa mais frequente da baixa produção hormonal em crianças e adolescentes
é a síndrome de Hashimoto. Ela pode aparecer em qualquer idade e, em geral, é
notada nos mais jovens com baixo crescimento, atraso na puberdade, coceira e
voz rouca.
 Sinais e sintomas do hipotireoidismo
 Sonolência
 Leve ganho de peso
 Cansaço
 Alterações no humor
 Perda de memória
 Pele seca
 Prisão de ventre
 Fatores de risco
 Mulheres com mais de 30 anos
 Idade superior a 60 anos
 Predisposição genética
 Menopausa
 Diabetes
 Gravidez
 Período pós-parto
 Poluição
 Excesso de iodo na alimentação
 Prevenção
 O fator mais importante para a formação dos hormônios T3 e T4 é a ingestão adequada de
iodo. Cerca de 150 microgramas do mineral é a quantidade perfeita para resguardar a
tireoide.
 O composto está presente no sal de cozinha, nos frutos do mar e em peixes como cavala,
salmão, pescada e bacalhau. Por outro lado, exagerar no uso do saleiro fato bastante
comum entre os brasileiros impacta a glândula e pode desencadear o hipotireoidismo. O
mesmo vale para quem acredita, levado por falsas promessas, toma lugol sem prescrição
médica.
 Para quem já sofre com os efeitos do descontrole hormonal, a recomendação na
alimentação é maneirar em vegetais como repolho, nabo e couve. Eles contêm uma
substância chamada tiocianato, que pode inibir o trabalho da tireoide. Há suspeitas
também sobre a soja: a isoflavona da leguminosa alteraria o ritmo da produção tireoidiana
e atrapalharia a absorção do iodo.
 Diagnóstico
 Mesmo na ausência dos sintomas do hipotireoidismo, é importante informar
ao médico se há casos da doença em parentes próximos. Também vale
relatar qualquer cirurgia ou radioterapia realizada na região do pescoço.
Todas essas informações são valiosas para flagrar uma possível falha no
fornecimento de T3 e T4 para o organismo.
 No exame clínico, o endocrinologista apalpa o pescoço para ver se há
alguma alteração na tireoide. Porém, para confirmar se a glândula está
trabalhando lentamente, é preciso fazer um exame de sangue. O teste
consegue medir as dosagens de T3 e T4. Se a dupla estiver lá embaixo, há
suspeita de hipotireoidismo. Acontece que as quedas hormonais não são
perceptíveis no início do quadro. O tira-dúvidas é a medição do TSH, o
hormônio da hipófise. Se ele estiver muito elevado, é sinal de problema.
 O uso do ultrassom pode ser indicado para continuar a investigação. Num quadro
de hipotireoidismo, a glândula tende a ficar atrofiada. Se o médico suspeitar de um
tumor, um exame chamado de cintilografia pode ser prescrito.
 Com exceção do teste do pezinho, que denuncia o hipotireoidismo congênito no
recém-nascido, o ultrassom do pescoço e os exames que calculam os hormônios
TSH, T3 e T4 não precisam ser feitos com frequência em sujeitos mais jovens, a
não ser quando existir algum sintoma ou histórico de doenças da tireoide na
família. Fora isso, o checkup deve ser solicitado somente para indivíduos acima
dos 40 anos, especialmente as mulheres, que costumam apresentar mais
doenças ali.
 Tratamento
 Quando a produção da tireoide está baixa, a saída é fazer a reposição com uma
versão sintética do hormônio T4. No organismo, ele é convertido em T3 para agir
nas células. Para reproduzir esse funcionamento ideal da tireoide, é preciso tomar
o remédio todos os dias e a dose vai depender do grau de desequilíbrio na
glândula. O ajuste fino não é fácil – até por isso não se pode usar o medicamento
sem a indicação do endocrinologista.
 O comprimido tem que ser tomado de manhã, em jejum, cerca de meia hora antes
do café. É que ele precisa de um pH mais ácido no estômago para ser absorvido.
Se algo é ingerido, a acidez se reduz e compromete o aproveitamento do fármaco.
 Em geral, o tratamento para o hipotireoidismo deve ser feito por toda a vida.

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