Resumo sobre técnicas de: - Nefrotomia: é uma cirurgia de abertura e fechamento do rim. Fazer tricotomia da região e em seguida a assepsia do local, usar clorexidina alcoólica e passar gaze até limpar, em seguida pode ser usado iodo ou álcool, a fim de evitar que a cavidade seja contaminada com sujidades. Após realizar a abordagem ao rim, prosseguimos com a oclusão dos vasos renais através de um clamp vascular ou com fita umbilical e um tubo de borracha, por no máximo 24 minutos. Não deve ocluir o ureter, e devemos procurar manusear o parênquima renal com delicadeza, evitando a sua compressão contra o cálculo. É promovido uma incisão longitudinal de pólo a pólo no rim, aprofundando até a pelve renal. Após chegar na pelve encontraremos as litíases que devemos remover cuidadosamente. Depois de remover os cálculos, a pelve deve ser lavada com solução salina para a remoção de possíveis micro-cálculos. A técnica de síntese renal é iniciada pela aproximação do parênquima renal por meio de pontos de reparo horizontais e a cápsula renal é suturada por pontos contínuos simples ou isolados simples. Deve ser feita somente a aproximação dos tecidos, pois com a liberação do fluxo sanguíneo o rim fica inchado atingindo seu tamanho original, sendo assim se as suturas estiverem apertadas, levará a ruptura do parênquima e cápsula renal. Devolve-se o rim a sua posição anatômica e realiza-se a nefropexia (correção de anormalidades no posicionamento dos rins). A cavidade abdominal é fechada de forma usual. É indicado em casos de nefrolitíases e hematúria. Logo que acaba o procedimento cirúrgico, devemos fazer a limpeza dos pontos com gaze e álcool e um curativo e se possível usar roupinha cirúrgica para evitar que o animal tenha contato com uma superfície contaminada e colar elizabetano a fim de evitar lambeduras ou retirada de pontos, podendo gerar infecções ou até mesmo abrir a incisão. Tem como risco pós cirúrgico a insuficiência renal, extravasamento urinário, obstrução por estenose e hemorragia. - Nefrectomia: consiste em uma cirurgia para remoção total de um rim. Fazer tricotomia da região e logo em seguida a assepsia do local, usar clorexidina alcoólica e passar gaze até que saia limpo, em seguida pode ser usado iodo ou álcool, a fim de evitar contaminação. Podemos chegar aos rins com uma abordagem retro-peritonial de flanco ou na linha média ventral. A abordagem abdominal ventral é favorável pois ambos os rins podem ser examinados. A incisão inicia na parte cranial do abdome e se estende caudalmente, normalmente do apêndice xifóide até a cicatriz umbilical. O rim esquerdo é exposto usando o mesentério do cólon descendente como uma rede, na tentativa de posicionar as alças intestinais à direita. E o rim direito é exposto da mesma maneira, através da elevação da porção descendente do duodeno e pelo posicionamento das outras alças do intestino para a esquerda do mesoduodeno. O rim é livre dos seus ligamentos sub-lombares através de dissecação romba, uma pequena hemorragia pode ocorrer dos vasos capsulares hipertrofiados e pode ser controlada por meio de cauterização ou pinçamento. A artéria renal é isolada e ligada por uma ligadura dupla, em cães a veia ovariana esquerda deve ser identificada, porque a mesma não drena para a veia cava posterior, mas sim para a veia renal que deve ser preservada. A veia renal deve ser ligada da mesma forma que a artéria renal. O ureter é dissecado e duplamente ligado o mais próximo possível da bexiga, evitando a retenção de urina no ureter remanescente. A cavidade abdominal é lavada e suturada de forma rotineira. Logo que acaba o procedimento cirúrgico, devemos fazer a limpeza dos pontos e um curativo, e, se possível usar roupinha cirúrgica para evitar que o animal encoste em alguma superfície suja e colar elizabetano para não deixar que ele(a) lamba ou retire os pontos, podendo gerar infecções ou a abertura da incisão. Em casos de neoplasias ou processos infecciosos, devemos ligar primeiro a veia renal, evitando metástases durante o procedimento. É indicado em casos de trauma e hematoma renal, hidronefrose, cisto renal, neoplasia, abscesso renal, parasita renal, ectopia uretral. Tem como risco a insuficiência renal, obstrução, extravasamento urinário e hemorragia.
- Uretrostomia: abertura de uma fístula permanente nessa estrutura
Fazer tricotomia da região e a assepsia no local, usar clorexidina alcoólica e passar gaze até que saia limpo, em seguida pode ser usado iodo ou álcool, a fim de evitar que a cavidade aberta seja contaminada com sujidades. Pode ser feita na região pré-escrotal, escrotal, perineal ou pré-púbica, e pode depender do local da obstrução. Se tiver escolha e o paciente puder ser castrado, prefere-se a uretrostomia escrotal, já que nessa região a uretra é ampla e superficial com menos tecido cavernoso (gerando menos hemorragia). É feito uma incisão cutânea elíptica, contornando o escroto para a realização da uretrostomia escrotal. Devemos preservar pele suficiente para não ter tensão no momento de sutura. A incisão uretral deve conter seis a oito vezes seu diâmetro luminal. Suturar a mucosa uretral à pele com padrão de sutura interrompido simples, começando na face caudal da incisão. Nesse caso fica a preferência de usar fio não-absorvível, ou absorvível. É indicada no caso de uretrólitos obstrutivos que não podem ser removidos por uretrotomia ou retroidropropulsão, em animais que já passaram por cistotomia, uretrotomia, ou estenose uretral. Após o procedimento, deve ser feito a limpeza da região com gaze e álcool, e um curativo, se possível usar roupinha cirúrgica para evitar que o animal encoste em alguma superfície suja e colar elizabetano para não permitir que lambedura ou retirada de pontos, gerando infecções ou abertura da incisão. Deve ser levado em consideração os riscos que essa abordagem pode trazer, como: formação de contrições em gatos ou extravasamento da urina subcutaneo em uretrostomia perineal, e formação de tecidos de granulação subsequente, incontinência urinária e fecal pode acontecer se os nervos forem danificados durante a cirurgia, pielonefrite, insuficiência renal causada por doença renal em estágio final, disfunção neurológica, acidose metabólica, diarreia com irritação perineal. - Cistotomia: remoção de cálculos vesicais e uretrais. Fazer tricotomia da região e logo em seguida a assepsia do local, usar clorexidina alcoólica e passar gaze até que saia limpo, em seguida pode ser usado iodo ou álcool, a fim de evitar que a cavidade aberta seja contaminada. Feito com uma incisão abdominal na linha média caudal nas cadelas, e nos cães machos uma incisão paralela e adjacente ao prepúcio, bexiga deve ser elevada e isolada do restante da cavidade abdominal com compressas umedecidas. Suturas de fixação são colocadas em cada extremidade da incisão. Podemos colocar suturas de retenção lateralmente à incisão para auxiliar na abertura da bexiga e permitir que possamos analisá-la. É esvaziada a bexiga por cistocentese ou cateterização. A incisão pode ser na face dorsal (que reduz as chances de formação de cálculos e aderências na parede abdominal) ou ventral da bexiga (que facilita a visualização do trígono), deve ser distante dos ureteres e da uretra. São removidos os urocistólitos e lavado a bexiga com fluido morno. Examinar e corrigir defeitos na mucosa e introduzir um cateter uretral para certificar-se da ausência de demais cálculos. Caso ainda tenha é indicado a uroidropropulsão retrógrada, fazendo a sua remoção. Suturar a bexiga em um ou dois planos, cuidado para não atingir o lúmen vesical. Em bexigas normais, o fechamento com o padrão invaginante provê um bom selamento, e em bexigas com paredes espessadas, a sutura simples interrompida é indicada. Pode-se suturar uma porção do epíplon no local da incisão para ajudar na cicatrização e minimizar o risco de peritonite Atualmente, a cistotomia também pode ser feita por laparoscopia, o que é uma alternativa menos invasiva. Apesar da existência de diferentes técnicas de cistotomia laparoscópica, esse procedimento ainda não é usual no tratamento da litíase vesical. Logo que acaba o procedimento cirúrgico, devemos fazer a limpeza dos pontos com gaze e álcool e um curativo, e, evitar que o animal tenha contato com a região para que ele não lamba ou retire os pontos, podemos indicar roupa cirúrgica e colar elizabetano. É indicado em casos de: remoção de cálculos vesicais, neoplasias e a verificação da posição do orifício da uretra. Tem risco de extravasamento urinário e formação de estenose pós operatórios, perfuração intestinal por implantação percutânea imprópria, hematúria transitória, uroabdome, remoção prematura do cateter e quebra ou remoção incompleta do cateter. Referencias: https://www.bibliotecaagptea.org.br/zootecnia/sanidade/livros/PRINCIPIOS %20DE%20CIRURGIA%20VETERINARIA.pdf https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/121530/ tanaka_as_tcc_bot.pdf?sequence=1#:~:text=A%20cistotomia%20compreende %20a%20t%C3%A9cnica,procedimentos%20para%20remo %C3%A7%C3%A3o%20de%20c%C3%A1lculos. https://www.revistaveterinaria.com.br/uretrostomia-em-caes/ https://integrada.minhabiblioteca.com.br/reader/books/9788595157859/ epubcfi/6/88[%3Bvnd.vst.idref%3DB9788535292800000242]!/4/2/10/2[s0010]/ 2[s0015]/12[s0055]/6[s0060]/20[s0100]/4[p0850]/1:41[cis%2C%C3%A3o%20]