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⦁ Inguinocrurais:
- Inguinal direta;
- Inguinal indireta;
- Inguinal mista;
- Femoral ou crural.
HÉRNIAS INGUINAIS:
- Resulta da falha das estruturas músculoaponeuróticas profundas:
- Anormalidade do músculo transverso e fáscia transversal (hérnias diretas);
- Persistência do conduto peritoneovaginal (hérnias indiretas).
Definições:
- Primária: apareceu em um paciente pela primeira vez;
- Recidivante ou recorrente: paciente já foi submetido a uma cirurgia e a hérnia é recorrente;
- Redutível: quando é possível reduzir a hérnia manualmente;
- Irredutível ou encarcerada: quando tem abaulamento e não consegue retornar manualmente
para a cavidade abdominal;
- Estrangulada: comprometimento vascular, caracterizando urgência e necessidade de operar
em menos de 6 horas;
- Hérnia de Richter: hérnia em que ocorre o encarceramento de apenas uma parede do
intestino;
- Hérnia Deslizante: quando desliza algum órgão.
EPIDEMIOLOGIA
- Inguinocrurais: 75%;
- Incisionais e ventrais: 10%;
- Umbilicais: 3%;
- Mais comum do lado direito;
- Mais comum indireta;
- 5% da população mundial possui algum tipo de hérnia;
- 30% das pessoas na idade reprodutiva apresentam sintomas;
- Relação homem x mulher de 9/1 (mais comum em homens).
CAUSAS
Congênitas X Adquiridas;
- Congênitas: devido a defeitos das estruturas musculo-aponeuróticas (exemplo: processo
vaginal permeável, pode dar origem às hérnias inguinais indiretas), dos tecidos e anomalias
congênitas (exemplo: estrofia da bexiga urinária e anormalidade pélvica, podem dar origem a
formação de hérnias inguinais indiretas);
- Adquiridas: distúrbios do colágeno tipo 1 (maior força de tensão, presente na pele, face e
ossos) e tipo 3 (menor força tênsil, presente no músculo liso e vasos sanguíneos);
- Fatores pré-disponentes ou agravantes: idade, sexo, obesidade, enfermidades cardíacas
(insuficiência cardíaca congestiva - ICC, ascite), enfermidades pulmonares crônicas (DPOC,
tabagismo – causa distúrbios no colágeno), hipertrofia prostática, cistocele, hipertensão
portal, gestação;
- OBS: Tudo que aumenta a pressão intra-abdominal é um fator pré-disponente / agravante.
DIAGNÓSTICO
- Anamnese;
- Exame Físico;
- Exame de Imagem (Ultrassonografia, se necessário);
- “Abaulamento na parede, associado a aumento de volume e dor aos esforços”;
- Queixa de parestesia devido a irritação ou compressão de nervos inguinais pela hérnia;
- No homem, introduzir o dedo na bolsa escrotal até o anel inguinal superficial enquanto o
paciente realiza manobra de Valsalva para sentir a hérnia tocando a ponta do dedo.
OBS:
Hérnia direta sai medialmente aos vasos epigástricos inferiores;
Hérnia indireta sai lateralmente aos vasos epigástricos inferiores;
Hérnia mista: medialmente e lateralmente.
FISIOPATOLOGIA:
- Doenças sistêmicas do tecido conjuntivo (genét. ou adquiridos);
- Redução da síntese de colágenos e colágeno mal formado – associado a maior atividade
proteolítica sobre fáscias, tendões e músculos;
- Tabagismo causa alterações na síntese do colágeno.
TÉCNICAS:
- Bassini (Fixar o tendão conjunto no ligamento inguinal reforçando a parede posterior do
canal inguinal);
- Shouldice (Abrir a parede posterior em 4 planos – 1° da bainha do reto à cintura iliopúbica],
2° do arco do transverso ao ligamento inguinal, 3° do tendão conjunto ao ligamento inguinal,
4° do tendão conjunto à folha do oblíquo maior. Possui o menor índice de reincidivas e é
usada até hoje);
- Lichtenstein (Fixar uma tela de márlex sintético no ligamento inguinal formando uma
fibrose na parede posterior para conter a hérnia. É a mais utilizada hoje, também possui o
menor índice de reincidivas);
- Laparoscópica: Intraabdominal, Extra-peritonial (Vantagem: na hérnia inguinal bilateral a
cirurgia é feita por uma única incisão/ Desvantagem: na hérnia encarcerada ou muito grande,
para reduzi-la com a pinça não tem sensibilidade.