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DO QUE SE TRATA
Objetiva nascimento de UM BEBÊ SAUDÁVEL com RISCO MÍNIMO PARA A MÃE.
COMPONENTES CENTRAIS
QUANDO INICIAR
Garante MAIOR NÚMERO DE AÇÕES PREVENTIVAS = identificação precoce de gravidez de risco e desenvolvimento de plano
individualizado de acompanhamento.
DIAGNÓSTICO DE GESTAÇÃO
SINTOMAS PRESUNTIVOS
Náuseas
Vômitos
Tonturas
Salivação excessiva
Mudança no apetite
↑ Frequência urinária
Sonolência
MODIFICAÇÕES ANATÔMICAS: hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de
Montgomery, saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar e cianose
vaginal e cervical.
Em GESTAÇÕES TARDIAS:
Amolecimento da cérvice
↑ Volume uterino
↑ Revascularização das paredes vaginais
Na presença de um conjunto de sintomas presuntivos que levem a pensar em gestação, solicitar exame confirmatório mesmo sem
amenorreia.
Base da maioria dos testes de gravidez. Início da secreção após implantação e detectável 8 dias após.
VALORES
8-9 dias (pode variar de 6 a 12): 10 mLU/mL dobra a cada 24h
UBS possui teste rápido sérico para gestação, normalmente positivo após 7 dias de atraso menstrual.
DIAGNÓSTICO DE CERTEZA
•Detectado por sonar a partir da •A partir da 18-20 semana •Saco gestacional com 4-5 semanas
10a semana •Vesícula vitelina
•Atividade cardíaca (6 semanas)
ANAMNESE
Avaliar uso de medicamentos e, se necessário, substituí-los ou
GESTAÇÃO ATUAL
suspendê-los.
Contexto familiar e social – determinante de bom
desenvolvimento da gestação e relação futura da Avaliar doenças do parceiro.
mulher e família com o bebê
Momento atual do ciclo de vida familiar HISTÓRIA SOCIAL
Presença de companheiro(a) Tabaco, álcool, drogas ilícitas
Gestação planejada? Ocupação – dificuldades e riscos ocupacionais
Gestação espontânea ou reprodução assistida? Renda familiar
Fazia uso de contraceptivo? Suporte psicossocial (rede de apoio)
Como a notícia está sendo recebida? Dieta, sedentarismo
IDADE GESTACIONAL
DUM incerta
DATA DA ÚLTIMA MENST RUAÇÃO (DUM)
Ciclos menstruais irregulares
1º dia de fluxo. Discrepância entre altura uterina e IG
REGRA DE NAEGELE: Somar 7 dias e subtrair 3 meses da Padrão analisado: COMPRIMENTO CABEÇA-NÁDEGAS. Há
DUM = 280 dias após DUM = Data provável do parto (DPP). Há erro de IG de:
calculadoras disponíveis para isso (whitebook, telessaúdeRS).
± 3 dias entre 7-10 semanas
Equivocada se ciclos irregulares, ovulação tardia e memória ± 5 dias entre 10-14 semanas
imprecisa.
Aumentando progressivamente.
USG PARA DATAÇÃO DA IG Se diferença da IG com DUM e USG for > 5 dias, usar o USG
como referência. Se < 5 dias de diferença, usar DUM como
Até a 14ª semana. QUANDO SOLICITAR:
referência
EXAME FISICO
Alerta aos sinais de violência doméstica e proporcionar espaço para que a gestante se sinta segura em falar sobre
MEDIDA DA PRESSÃO ARTERIAL Apesar de não ser exata e estar sujeita a variações de acordo
com observador, deve ser realizada em TODA CONSULTA A
Todas as consultas
PARTIR DA 20ª SEMANA.
Desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff) = PA
diastólica
Normal: < 140x90.
ESTADO NUTRICIONAL
ASPECTOS IMPORTANTES
Orientar IMPORTÂNCIA DO PRÉ-NATAL e Usar REPELENTES (Proteção contra zika vírus)
combinar número de consultas o Seguros: à base de DEET, icaridina ou picaridina
Estimular PARTICIPAÇÃO DO PAI do bebê o Reaplicar de acordo com tempo de duração
o Usar vestuário que reduza área de exposição ao
Orientar sobre MUDANÇAS FÍSICAS E
mosquito + repelente onde não cobrir
PSICOLÓGICAS que ocorrem na gestação Discutir TRABALHO DE PARTO e possibilidade de ter
Esclarecer DÚVIDAS SOBRE ATIVIDADE SEXUAL um ACOMPANHANTE durante a internação e parto.
durante a gestação Estimular visita prévia à maternidade.
Orientar sobre uma adequada ALIMENTAÇÃO E
HÁBITOS DE VIDA saudáveis SINAIS DE ALERTA NA GESTAÇÃO
Identificar ESTADO VACINAL e orientar imunizações
Orientar HÁBITOS SAUDÁVEIS À SAÚDE BUCAL Sangramento
(escovação + fio dental) e importância de consulta Perda de líquido vaginal
com a equipe de saúde bucal ou dentista ↓ Movimentação fetal
MEDICAÇÕES
ÁCIDO FÓLICO FERRO
HEMOGRAMA
Hemoglobina Conduta
> 11: Ausência de Suplementação de ferro a partir da 20ª semana: 1 drágea de sulfato ferroso/dia (200mg) = 40mg de ferro
anemia elementar, 1h antes do almoço. Manter até 3º mês pós-parto.
8-11: Anemia leve- Solicitar EPF e tratar parasitoses, se presentes (não recomendado tratar no 1º trimestre).
moderada
Tratamento com 120-240 mg de ferro elementar ao dia. Abordagem habitual: 5 comprimidos de 50
mg/dia (2+2+1), 1h antes das refeições.
Repetir dosagem de Hb + ferritina em 30 dias.
Níveis subindo = manter tratamento até atingir > 11 e iniciar suplementação com 1 drágea ao
dia. Repetir dosagem no 3º trimestre.
Níveis mantidos ou diminuindo = PNAR.
< 8: Anemia grave Referenciamento a centro obstétrico para avaliação. Seguimento com PNAR.
PRINCIPAIS FORMAS DE EXPOSIÇÃO MATERNA AO SANGUE FETAL (TAMBÉM RECOMENDAM ADM DE IG ANTI-D):
sangramento vaginal de 2º ou 3º trimestre, deslocamento prematuro de placenta; abortamento espontâneo; morte fetal
intraútero; gestação ectópica; mola hidatiforme; amniocentese; biópsia de vilosidades coriônicas; cordocentese; abortamento
induzido; transfusão sanguínea intrauterina; versão externa; manipulação obstétrica e trauma abdominal.
PESQUISA DE HEMOGLOBINOPATIAS
Gestante sem essas características podem ser avaliadas apenas com o hemograma (anemia microcítica com ferritina normal =
pedir eletroforese) – mas, na prática, eletroforese é solicitada para todas (nem todas conhecerão corretamente os fatores
ancestrais e antecedentes familiares).
Se alterado = PNAR.
Indicado para mulheres com hipertensão na gestação: Avaliar encaminhamento ao PNAR em caso de:
PESQUISA DE DM
Rastrear em:
Medir TSH no primeiro trimestre, se > 2,5 = solicitar T4L. Em caso de hipotireidismo subclínico (↑ TSH e T4 normal), solicitar anti-
TPO.
RUBÉOLA
Ideal é rastrear mulheres no período reprodutivo e vacinar as mais suscetíveis antes da gestação, pois não há tratamento que
previna a transmissão vertical.
TOXOPLASMOSE
INICIAR ESPIRAMICINA. > 30 SEMANAS: MENSAL ECOGRAFIAS NORMAIS: MANTER ESPIRAMICINA ATÉ O
INICIAR ESQUEMA TRÍPLICE. PARTO.
IG < 30 SEMANAS: INICIAR TRATAMENTO COM MENSAL. ECOGRAFIAS NORMAIS: MANTER ESPIRAMICINA ATÉ O
ESPIRAMICINA. PARTO.
CERTEZA DE INFECÇÃO
+ +
DURANTE A GESTAÇÃO > 30 SEMANAS: INICIAR ESQUEMA TRÍPLICE. ALTERADA: MUDAR PARA ESQUEMA TRÍPLICE (APÓS A
FAZER TESTE DE AVIDEZ. 18ª SEMANA) E INVESTIGAÇÃO COMPLETA DO RN.
Se infecção materna, INVESTIGAR INFECÇÃO FETAL PELO PCR NO LÍQUIDO AMNIÓTICO A PARTIR DA 18ª SEMANA de
gestação.
TRATAMENTO
Espiramicina 1 g (3.000.000 UI) de 8-8 horas, VO. Impede/retarda transmissão vertical.
Se suspeita de acometimento fetal ou diagnóstico com IG > 30 semanas, fazer esquema tríplice (atua sobre o feto):
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
Lavar as mãos ao manipular alimentos
Lavar bem frutas, legumes e verduras antes de se alimentar
Não ingerir carnes cruas, mal cozidas ou mal passadas, incluindo embutidos
Evitar contato com solo e terra de jardim. Se for indispensável, usar luvas e lavar bem as mãos após as atividades.
Evite contato com fezes de gato no lixo ou no solo.
Após manusear carne crua, lave bem as mãos, assim como também toda a superfície que entrou em contato com o
alimento e todos os utensílios utilizados.
Não consuma leite e seus derivados crus, não pasteurizados, sejam de vaca ou de cabra.
PEQUISA DE HEPATITE B
HEPATITE C
Rastreio de Anti-HCV não é rotina pois há baixo índice de agravo em gestantes e não há profilaxia/intervenção que previnam
transmissão vertical.
CLAMÍDIA
Rastreamento entre 35-37 SEMANAS com SWAB VAGINAL-RETAL. Se urocultura posiiva para GBS, não precisa fazer, já é
recomendado tratamento antibiótico intraparto.
Orientações divergem, MS não recomenda devido a falta de evidência da antibioticoprofilaxia intraparto, porém, existem
diretrizes que recomendam.
TRATAMENTO
Deve ser INICIADO APÓS 1 TESTE REAGENTE, treponemico ou não treponemico, sem aguardar resultado de 2º teste (exceto
se tratamento e seguimento prévio para sífilis bem documentados).
Parceria com teste negativo = tratar como sífilis recente (pode ser janela imunológica)
Parceria com teste positivo = tratar conforme estadiamento clínico e sorológico da gestante.
o Se duração da gestante desconhecida, tratar casal como sífilis latente tardia.
Fármaco de escolha: PENICILINA G BENZATINA IM (aplicar em ambiente hospitalar devido risco de reação de Jarisch-
Herxheimer).
Tratamento adequado precisa ser feito com penicilina, finalizado pelo menos 30 dias antes do parto, envolver parceiro e ser
documentado.
ACOMPANHAMENTO
Se EXAME POSITIVO, realizar TESTE ADICIONAL NÃO TREPONÊMICO quantitativo (ex.: VDRL), resultado (titulação) é
essencial para monitorar resposta ao tratamento e reinfecação.
VDRL mensal até o parto, considerando resposta adequada ao tratamento o declínio dos títulos
Reinfecção: títulos não caem em 2 titulações, ou se aumentar ≥ 4 vezes
Seguimento fetal: USG seriada
APÓS A GESTAÇÃO:
GESTANTES SOROPOSITIVAS
Mesmo com títulos baixos de VDRL (< 1:8):
VDRL com títulos baixos + teste rápido positivo ou indisponível: tratar (exceto tratamento prévio bem documentado).
Solicitar exame mensalmente até o parto pois há risco de reinfecção.
Elevação em títulos não treponemicos (ex.: 1:16 > 1:64) = reinfecção ou falha terapêutica = novo tratamento para o casal.
Teste rápido para HIV na primeira consulta e sorologia no 2º e 3º trimestre. Rastrear parceiros.
A partir de 25 anos em todas as mulheres que iniciaram atividade sexual, repetido a cada 3 anos após 2 exames anuais com
resultado normal.
Situações mais fortes podem ser tratadas com antieméticos por via oral.
SINTOMAS DISPÉPTICOS
Fracionar refeições
Cabeceira elevada
Evitar posição supina após refeições
Evitar ingestão de alimentos agravantes
CONSTIPAÇÃO E HEMORROIDAS
CANDIDÍASE VAGINAL
DORES LOMBARES
Orientações posturais
Calçados adequados
Calor local
Massagens
Analgésicos adequados ao período gestacional, pelo menor tempo possível
SÍNDROMES HEMORRÁGIC AS
1ª METADE, pensar em: ameaça de abortamento, abortamento, gravidez molar, gestação ectópica, descolamento cório-
amniótico.
Vide exames.
Trabalho de parto prematuro (< 37 semanas), ruptura de membranas ou pós-datismo (> 41 semanas).
VACINAÇÃO
Evitar no 1º trimestre (exceto influenza). Contraindicadas as de vírus atenuado:
Triplice viral
Varicela
Febre amarela (avaliar risco, mas contraindicada para lactante)
ANTITETÂNICA (DT)
Prevenção de tétano acidental e tétano neonatal
dTpa também protege contra coqueluche – transferência de anticorpos maternos para neonato
20-36 semanas (quanto mais cedo, maior a concentração de anticorpos transferidos)
Status vacinal
ANTI-HBV
Prevenção de transmissão vertical
Após 1º trimestre
0, 1 e 6 meses
Se vacinação incompleta, aplicar doses remanescentes
INFLUENZA
Mesmo no 1º trimestre
Dose única
Nos períodos de campanha
HEPATITE A
Inativada, sem risco para mãe e feto
Preferir administrar fora da gestação
Administrar se risco aumentado (ocupacional, viagem à local com saneamento básico/manipulação de alimentos
inadequada, falta de água potável)
MENINGOCOCO
Conjugada quadrivalente
Principalmente se caso de surto
FEBRE AMARELA
PROFILAXIA
PRÉ-ECLÂMPSIA – VER CAPÍTULO ESPECÍF ICO (HIPERTENSÃO GESTACIONAL)
AAS (100 mg/dia) entre 12-37 semanas. Avaliar suplementação de cálcio.
INDICAÇÕES
HAS crônica
Doença hipertensiva em gestação prévia
DM 1 ou 2
DRC
Doenças autoimunes: LES e SAF
≥ 2 Fatores de risco:
- Interparto > 10 anos
- > 40 anos
- HF de pré-eclâmpsia
- Gestação múltipla
- IMC > 35
PARTO PREMATURO
HP de parto prematuro
o Progesterona 200 microgramas via vaginal a partir de 16 semanas
o Cerclagem
Incompetência istmocervical (< 3 partos prematuros ou abortos de 2º trimestre)
12-16 semanas
Retirar com 37 semanas