Você está na página 1de 102

Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Gravidez e pré-natal
ATRASO MENSTRUAL
Para ser considerado atraso menstrual, deve haver pelo
menos 15 dias de atraso e deve ser observado

 Sinal de Halban: aumento da lanugem (pelos finos e


macios) nos limites do couro cabeludo, por causa da
intensificação da nutrição dos folículos pilosos
 Tubérculos de Montgomery: glândulas sebáceas
hipertrofiadas nas aréolas
 Rede Haller: aumento da vascularização venosa na
mama
 Sinal de Hunter: hiperpigmentação da aréola 1ª e
aparecimento da aréola 2ª com limites imprecisos

Obs: a obesidade provoca produção excessiva de estrogênio,


que é necessário para a ovulação, mas em grande
quantidade inibe a liberação do ovulo. Da mesma forma, SINAIS DE PROBABILIDADE
anorexia e magreza extrema produz menos estrogênio,
atrasando a menstruação também São mais específicos, mas não é certeza ainda e o mais
importante é o atraso menstrual, os outros são evidentes a
DIAGNÓSTICO DA GRAVIDEZ partir da 8ª semana
Pode se clínico, hormonal ou ultrassônico  Atraso maior que 14 dias
DIAGNÓSTICO CLÍNICO  No toque  amolecimento uterino (parece o lábio) a
partir de 6 semanas
Deve ser suspeitada sempre que uma mulher em idade  Muco cervical  torna-se viscoso, mais espesso e não
reprodutiva apresentar atraso menstrual, maior que uma se cristaliza
semana, e mais ainda se seus ciclos são regulares e não há  Sinal de Hegar (8sem): amolecimento do istmo uterino
uso de contracepção (passagem de 1cm que conecta o colo do útero com o
corpo)
SINAIS DE PRESUNÇÃO
Presumir baseado em indícios e aparências

 Náuseas e vômitos
 Atraso menstrual de até 14 dias
 Polaciúria (pouco xixi várias vezes)
o No 2º e 3º mês de gestação, o útero que está
maior, comprime a bexiga  micção frequente
com urina reduzida  Sinal de Goodel (8 sem): amolecimento do colo
 Aumento da sensibilidade das mamas  Sinal de Piskacek: quando palpa o útero, nota-se
 Cloasma/máscara gravídico: manchas pelo aumento assimetria
de melanina (testa, nariz, bochecha e lábio superior)  Sinal de Nobile-Budin: percebe-se o útero globoso,
 Linha nigra: pigmentação da linha alba (linha fibrosa e sensação de preenchimento do fundo de saco pelo útero
tendinosa na linha média do abdômen) gravídico

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Gravidez e pré-natal
 Testes caseiros  obviamente, os menos confiáveis
ULTRASSONOGRAFIA
É possível ver o saco gestacional por meio da US
transvaginal, entre 4,5 a 5 semanas de gestação.
A atividade cardíaca pode ser detectada em 5,5 a 6
semanas

SINAIS DE CERTEZA
São os sinais confirmativos da gravidez

 Ausculta dos batimentos cardiofetais


 USG Inicialmente, as medições biométricas (tamanho do saco
gestacional, comprimento cabeça-nádega, comprimento do
 Diagnóstico laboratorial
fêmur) são utilizadas para estimar a idade gestacional
 Sinal de puzzos (14 sem): é o rechaço fetal uterino,
(duração da gravidez) e a data de parto
quando o médico consegue perceber alguns movimentos
de partes fetais, quando ele dá um discreto impulso no
útero

PRÉ-NATAL SEGUNDO PROTOCOLO DO MINISTÉRIO


DA SAÚDE
 Na palpação abdominal (18 a 20): percepção de partes
e movimentos fetais IMPORTÂNCIA
DIAGNÓSTICO HORMONAL Importante porque permite a prevenção ou a detecção
precoce de patologias da mãe ou do bebê, permitindo o
Melhor parâmetro de gravidez incipiente (quando ta no desenvolvimento e nascimento de uma criança saudável,
comecinho) e baseia-se na produção de HCG (gonadotrofina reduzindo ao máximo os riscos para a mãe
coriônica humana) pelo ovo, quando 1 semana após a
fertilização o trofoblasto que está implantado no endométrio CONSULTAS
começa a produzir
Após a confirmação da gravidez, dá-se inicio ao
Valores acima de 25mUI/ml sugerem gravidez acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no
SisPreNatal e ela deverá receber orientações referentes ao
Para identificar o HCG, temos 3 testes: imunológico,
seu acompanhamento:
radioimunológico (RIA) e enzima-imunoensaio (ELISA)
Também temos os testes de gravidez que identificam o  Sequência de consultas
HCG:  Cartão da gestante
 Calendário de vacinas e suas orientações
 Sangue (soro)  método mais sensível para detectar o  Solicitações de exames de rotina
HGC no inicio  Orientações sobre participação nas atividades
 Urina  como a concentração de HCG na urina é menor educativas (reuniões e visitas domiciliares)
do que no soro, eles podem não ser positivos mesmo
quando há HCG sérico positivo
 Teste de farmácia

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Gravidez e pré-natal
 Abordagem sobre a importância do aleitamento
 Tipos de parto
 Tirar as dúvidas

COMPONENTES DA ANAMNESE

 História pessoal, social e econômica


Gestantes de alto risco necessitam de retornos ainda mais  Passado de doenças crônicas e cirurgias
frequentes, de acordo com sua doença de base  Gestações anteriores
 Vacinações
CLASSIFICAÇÃO DO RISCO  Dados psiquiátricos e/ou psicol.[ogicos
 Vícios
 Passados obstétricos
 Regularidade dos ciclos, uso de anticoncepcional,
paridade
 IST
 Sintomas relacionados a gravidez  náuseas, vômitos,
dor abdominal, constipação, cefaleia etc
 Pergunta sobre a DUM (para calcular IG e DPP)
Outro ponto para ficar atento é em relação à terminologia
para descrever a paridade de uma paciente

 Sufixo GESTA (G)  é o numero de gestações


(independente do desfecho)
o Nuligesta = nunca engravidou
o Primigesta e secundigesta = 1ª e 2ª gestação
 Sufixo PARA (P)  quantos partos com fetos de mais de
20 semanas e +500g
o Primípara = pariu pela primeira vez ou vai parir
o Secundípara = pariu ou vai parir pela segunda vez
Para fins técnicos, as gestações que não passam de 20
semanas são consideradas como abortamento
Caso haja critérios de indicação de pré-natal de alto risco, o independente da causa da perda
acompanhamento será realizado por obstetra em rede
especializada CÁLCULO DA IDADE GESTACIONAL (IG)

 Quando a DUM é conhecida e certa


Somar o numero de dias entre a DUM e a data da consulta,
no final dividir por 7
O resultado vai dar em semanas
ATENDIMENTO À GESTANTE PELO PROTOCOLO MS
 Quando a DUM é desconhecida, mas sabe o
PRIMEIRA CONSULTA período do mês

 A avaliação feral do estado materno-fetal Inicio do mês  considera dia 5


 Orientações sobre as mudanças no organismo da mãe Meio do mês  considera dia 15
 Orientações sobre alimentação balanceada, atividade
física e saúde bucal Fim do mês  considera dia 25
 Estima-se a idade gestacional e data provável do
Depois, soma o numero de dias entre a DUM e a data da
parto (DPP)
consulta e divide por 7

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Gravidez e pré-natal
 Quando a DUM e o período são desconhecidos
São determinados por aproximação, basicamente pela
medida da altura do fundo do útero e pelo toque vaginal

É importante avaliar o peso em todas as consultas e calcular


o IMC na primeira, para saber o quanto de peso a gestante
pode ganhar, uma vez que o ganho de peso materno na
gravidez influencia o peso ao nascer
CÁLCULO DA DPP
Também é necessário que se saiba a DUM, e o calculo é feito
por meio da regra de Naegele, correspondendo a 40
semanas

Observação: quando o número de dias encontrado for maior


do que os dias do mês, passe os dias excedentes para o
mês seguinte (sempre conferir se o mês termina com 30 ou
31 dias) e adiciona 1 no final do cálculo do mês
A altura de fundo uterino (AFU) auxilia no rastreamento das
alterações do crescimento fetal, do volume do LA e de
gestação múltipla quando a US não é de fácil acesso e deve
EXAME FÍSICO ser medida após a 12ª semana

O exame físico completo deve ser feito na 1ª consulta, nas A medida é realizada com a fita métrica entre a sínfise
outras, é obrigatório aferir o peso (na primeira consulta já púbica e o fundo uterino
calcula o IMC e quanto a gravida pode ganhar de peso
considerado normal), media a altura uterina, PA, edemas,
auscultar os BCF e avaliar o mamilo
O exame das mamas é obrigatório porque procura
alterações patológicas e já observa se tem algum fator que
vai dificultar na amamentação

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Gravidez e pré-natal

O exame obstétrico também confere as manobras de


Leopold

Vírus HB  rastrear no 1º e 3º trimestre (se for negativo e a


gestante não for vacinada, tem que vaciná-la)
Vírus HIV  rastrear no 1º e 3º trimestre
Toxoplasmose  rastrear no 1º trimestre e se o IgG não for
reagente (não estiver imune) tem que realizar no 3º de novo
Sífilis  rastrear no 1º e 3º trimestre, se positivo =
tratamento imediato porque o risco feta é alto

SOLICITAÇÃO DE EXAMES – FEBRASGO

SOLICITAÇÃO DE EXAMES – SEGUNDO O MS  Acrescenta na 1ª consulta sorologia ELISA para hepatite


C
OBSERVAÇÕES  Sorologia para rubéola, citomegalovírus, bactéria da
clamídia e TSH
 A sorologia para rubéola não é oferecida pelo MS mas é
recomendado, embora a gestante não pode se vacinar  Pede US morfológica de 2º trimestre
 Só garante a US no primeiro trimestre  Pede US obstétrica do 3º trimestre

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Gravidez e pré-natal
SUPLEMENTAÇÃO DA GESTANTE VACINAS OBRIGATÓRIAS

 Influenza
Recomendada para todas, nas campanhas anuais, a fim de
diminuir o risco de SARS e é disponibilizada na rede pública
de saúde
Contraindicações
- historia de alergia severa com a proteína do ovo e derivados
- alergia a componentes da vacina
- as que apresentaram reações anafiláticas graves a doses
anteriores

 Hepatite B
Recomendada para as que não são vacinadas ou a
vacinação não é comprovada, iniciando o mais
precocemente possível

 Vacina dupla do tipo adulto – DT (difteria e tétano)


Como profilaxia do tétano neonatal e tétano acidental
FERRO (gestante) e é recomendada para as grávidas com esquema
Evita a anemia ferropriva e as necessidades aumentam vacinal incompleto
porque Iniciar o esquema o mais precoce possível, não importando
 Aumenta o consumo de ferro pela placenta e pelo feto qual a idade gestacional pertence
 Uso na produção de hemoglobina e mioglobina  para
o aumento da massa de eritrócitos e musculatura uterina
 Depleção por perdas no parto e aleitamento

ÁCIDO FÓLICO
É uma vitamina muito importante para evitar defeitos no
fechamento do tubo neural (espinha bífida, anencefalia,
meningocele, encefalocele etc)

CÁLCIO
É preciso estimular a ingestão pois sua necessidade aumenta
durante a gravidez, SE:

 Deficiência SITUAÇÕES ESPECIAIS


 Gemelaridade
 Febre amarela
 Doenças intestinais disabsortivas etc
Somente em casos de área endêmica (se a gestante reside
IMUNIZAÇÕES DA GESTANTE ou vai se deslocar para área com recomendação), na
São as vacinas recomendadas pelo Programa Nacional de avaliação do risco-beneficio, opta-se por vacinar
Imunizações (PNI) do MS que visa a proteção da gestante e
 Raiva
do feto
Recomendado vacinar em casos que há exposição ao vírus

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Gravidez e pré-natal
CONTRAINDICADAS PRÁTICAS EDUCATIVAS
São importantes porque possibilitam o compartilhamento de
vivencias e capacitam as mulheres para tomarem decisões
de forma mais consciente, estimulando a autonomia
feminina

 Trocar vivencias entre mulheres e os profissionais da


saúde
 Promover discussões em grupo
PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS
 Rodas de conversa
 Exercício aeróbico regular melhora a capacidade física e  Abordar a importância do pré-natal para a grávida e para
a boa imagem corporal sua família
 Todas devem ser avaliadas  Preparar a gestante e seu companheiro
 Recomenda-se atividade moderada por 30 minutos  Fornecer orientações de exercícios físicos básicos
diariamente  Informar sobre os sinais de alerta
 Atividades físicas recreativas são seguras e liberadas o Sangramento vaginal, dor abdominal, transtornos
 Devem ser evitados exercícios que coloquem-nas em visuais, febres, dificuldade respiratória etc
risco de quedas ou traumatismo abdominal (esportes de
contato ou de alto impacto) REFERENCIAS
Caderno 32 de atenção básica ao pré-natal de baixo risco
ATIVIDADE SEXUAL NA GRAVIDEZ
Obstetrícia fundamental – Rezende 13ª edição
A manutenção das relações sexuais na graviedez não estão
associadas e nenhum efeito adverso, como mortalidade Tratado de obstetrícia – Febrasgo 2019
perinatal, prematuridade etc
Manual de assitencia pré-natal – Febrasgo 2014
A restrição deve ser feita apenas a critério médico, por
causa de patologias como placenta prévia ou alto risco de
prematuridade

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DURANTE A GRAVIDEZ


A gravidez é um período de transição e intabilidade
emocional, com mudanças metabólicas, hormonais,
emocionais e psíquicas
O novo sentimento de ser mãe, preocupações com o futuro
pessoal e do filho, peso da responsabilidade, sentimento de
amor incondicional, temores do parto e queicas físicas são
aspectos vistos nas gestantes
Por isso, é importante que a equipe considere a historia de
vida dela, os seus sentimentos, a sua família e o parceiro, o
ambiente em que vive, fatores socioeconômicos, se possui
rede de apoio social, emocional etc, para que possa melhor
orientá-la
É importante também que fique claro, desde a 1ª consulta,
que a grávida possui o direito ao acompanhante no pré-parto,
parto e pós parto, além da maternidade de referência

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

FETO – ESTRUTURAS ÓSSEAS importantes porque permitem que os ossos do bebê aproximem
um dos outros quando passar pelo canal ósseo da bacia
No polo cefálico é importante observar os ossos, suturas e
fontanelas  Bregmática
Ponto de encontro das suturas interfrontal, sagital e
OSSOS
coronária
- 2 ossos frontais
É a maior e fica localizada na frente do polo cefálico, por isso
- 2 ossos parietais também é chamada de fontanela anterior

- 1 osso occipital  Occipital


Ponto de encontro entre a sutura sagital e lambdoide, é menor
mais triangular e é conhecida como fontanela posterior porque
fica mais na parte de trás da cabeça

DIÂMETROS DO POLO CEFÁLICO


SUTURAS - occipito-mentoniano  é o maior (13,5cm) e está entre o
As suturas separam os ossos, sendo formadas por tecido occipital e o mento (queixo)
membranoso - occipito-frontal  entre o occipital e o frontal (11cm)
- sutura interfrontal  separa os 2 frontais - suboccipito-bregmático  começa na região inferior do
- sutura sagital  entre os ossos parietais occipital e vai até a fontanela bregmática  menor diâmetro e
o que fica na hora do mecanismo do parto (9,5cm)
- sutura coronária  entre os frontais e parietais
- sutura lambdoide  entre os parietais e o occipital

Importantes porque em consequência do estreitamento do canal


ósseo na hora do parto, o feto precisa fazer o movimento de
flexão (se encolher) pra que ele consiga passar
Assim, o diâmetro occipito-frontal que estava em contato com a
bacia é substituído pelo diâmetro subccipito-bregmático  o
FONTANELAS mento aproxima do tórax e a parte da cabeça que vai sair pra
fora se encaixa na bacia para sair
É de muita importância a identificação delas na condução do
parto (quando existe dilatação cervical), que ficam no poli CIRCUNFERÊNCIA CRANIANA
cefálico do feto, elas consistem em depressões (ausência de
tecido ósseo) que se formam no encontro de suturas. São A maior circunferência do polo cefálico precisa ser identificada
porque é ela que pode dificultar ou impedir a decida do polo
cefálico na bacia óssea materna

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

A distância dela até o vértice em linha reta é aprox. 3,5 a 4 cm,


e com isso, torna-se possível determinar a altura da grande
circunferência na bacia óssea materna

 Grande bacia
Ou pelve falsa, limitada lateralmente pelas fossas ilíacas
ANATOMIA DA BACIA (OU PELVE) internas e posteriormente pela coluna vertebral, não apresenta
grande relevância para a obstetrícia
A Bacia constitui o canal ósseo e é formado por 4 ossos
 Pequena bacia (escavação pélvica)
 2 ilíacos
o Parte ilio Limitasse superiormente pelo estreito superior e inferiormente
o Parte púbis pelo estreito inferior (mais adiante no resumo), e essa sim
o Parte isquio possui importância para a obstetrícia pois vai ser onde a cabeça
 1 sacro do bebê vai se posicionar e também fornece uma série de sinais
 1 coccix que ajudam a saber se o parto vai ser difícil ou não

ESTREITOS DA BACIA

Na pequena bacia, existem 3 estreitos de importância obstétrica

ESTREIRO SUPERIOR
É a entrada da pequena bacia e fornece 3 conjugatas e 3
diâmetros importante (antero-posterior, transverso e obliquo)
Localização  vai do promontório até a borda da sínfise púbica
(anteriormente: pube, lateralmente: linha inanominada,
Entre os ossos, existem articulações que são importantes pois posteriormente: asa do sacro)
permitem uma maior flexibilidade da pelve no momento do parto
transvaginal

 Sínfise púbica (entre as púbis)


 Sacroilíaca (entre o sacro e ilio)
 Sacrococcígea (entre o sacro e cóccix)

O diâmetro antero-posterior representa a distancia entre o


promontório e a sínfise púbica e se divide em:

 Conjugata anatômica
Vai da borda superior da sínfise púbica até o promontório e
mede 11 cm , não tem tanta importância porque ela é a maior
conjugata
A articulação lombossacral é o promontório, formado entre o
sacro e a 5ª vertebra lombar, um ponto de referência anatômica  Conjugata obstétrica
importante para a obstetrícia É o espaço real que o feto atravessa. Sendo a distancia que
A pelve ainda se divide em grande bacia e pequena bacia vai da região media da sínfise púbica (superfície interna) até
o promontório e mede aprox. 10,5 cm

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

É a que realmente interessa na condução do parto (porque é o ESTREITO INFERIOR


menor estreito e o mais preocupante), mas a medida dela é dada
de maneira indireta, porque é impossível medir com o dedo no É a saída da bacia e é delimitado:
exame obstétrico, pra isso precisamos da 3ª conjugata Anteriormente: borda inferior do osso púbico
 Conjugata diagonalis Lateralmente: pelos músculos sacroiliacos
É a que se consegue medir no exame obstétrico e vai da Posteriormente: pelo musculo ileococcigeo
borda inferior da sínfise púbica até o promontório e mede
aprox. 12 cm  Conjugata exitus
Lembrar de exit porque é ‘’sair’’, pois é por onde o feto irá sair e
essa é a única conjugata que consegue aumentar de tamanho
na hora do parto
Delimitação  borda inferior do púbis até o cóccix, medindo
aprox. 9,5 cm
Mas, pelo movimento de retropulsao do cóccix (durante o
desprendimento fetal) ele pode chegat atpe 11cm
 Calculo da conjugata obstétrica

Valor encontrado na diagonalis – 1,5 cm

Ou seja, uma conjugata diagonalis superior a 12cm equivale a


uma obstétrica igual ou maior 10,5  ideal e normal para o parto

ESTREITO MÉDIO
Delimitado pela borda inferior do osso púbico e pelas espinhas
isquiásticas AVALIAÇÃO DA BACIA ÓSSEA
 Diâmetro biespinha isquiática O que se faz na prática é a avaliação clinica que procura
determinar as dimensões da bacia, recorrendo à pelvimetria
Corresponde ao plano zero de De Lee, sendo o menor
interna
diâmetro da pelve, medindo aprox. 10,5cm
ESTREITO SUPERIOR – CONJUGATA OBSTÉTRICA
Ela é a mais importante porque é o menor diâmetro do estreito
superior, mas para calcular ela precisa da conjugata diagonalis,
porque é a única que dá pra medir
Acompanhando a concavidade do sacro, procurasse alcançar
o promontório
Quando elas forem alcançadas bilateralmente (com os dois
dedos ao mesmo tempo) durante o exame  prognostico ruim
(indica estreitamento do canal de parto)  risco de parada
da descida
Quando faz o toque e as espinhas se encontram ‘’apagadas’’ 
critério bom
Quando faz o toque e a espinha está saliente (pontuda)  nos casos de promontório inatingível  conclui-se que o
atrapalha o parto diâmetro antero-posterior é amplo

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

porem, para considerar a bacia como normal e espaçosa, o que


importa é a medida da conjugata diagonalis

ESTREITO MÉDIO – ESPINHAS CIÁTICAS


Essa é a mais difícil de fazer, mas consiste em identificar com
os dedos a localização das espinhas ciáticas na cavidade
vaginal e a distância entre elas

Nas bacias normais, elas possuem pouca saliência (ponta) e é


muito difícil de tocar as duas ao mesmo tempo, se conseguir 
prognostico ruim

ESTREITO INFERIOR – CONJUGATA EXITUS


O que chama atenção é a abertura do arco púbico, com os
dedos exploradores, mede-se a conjugata exitus, observando as
peculiaridades do sacro e sua inclinação, comprimento e
curvatura
Quando normal  o arco púbico é bem aberto e não dificulta o
toque
Nos anormais  é fechado e a sínfise púbica bem baixa

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

ESTÁTICA FETAL  Situação longitudinal


o Direita (costas pro lado direito da mãe)
É no 3º trimestre que a estática fetal é importante, porque se o Esquerda
houver alguma anormalidade, dá pra corrigir com manobras, a  Situação transversal
chamada versão externa o Anterior (dorso voltado para a região superior do
abdome da mãe)
o Inferior (dorso voltado para o pubi)

A VCE é uma manobra que consiste em deixar em APRESENTAÇÃO


apresentação cefálica (de cabeça pra baixo) um bebê que
estava em apresentação pélvica (sentado) ou transversa  Cefálica – cabeça junto ou próximo ao estreito superior da
(atravessado) na gravidez próxima ao termo (nono mês), bacia
aumentando as chances de um parto normal de um  Pélvica – se é as nadégas que estão próximas do estreito
bebê cefálico. superior
 Córmica – o ombro do feto que está próximo
Depois de internar a parturiente, deve ser feito o diagnóstico
correto da estática fetal para que se decida qual a via
recomendada para o parto
O diagnóstico da estática fetal baseia-se em

 Anamnsese
 Avaliação do abdome materno – manobras de leopold
 Exame pélvico VARIEDADE DE APRESENTAÇÃO
 Se necessário – US do abdome
Faz-se o diagnóstico clínico da variedade de apresentação
SITUAÇÃO realizando-se o exame pélvico e durante o toque que identifica
Pode ser 3  longitudinal, transversal e obliqua os pontos de referencia no polo cefálico fetal
Importante porque o parto transpélvico espontâneo só
ocorre na apresentação de vértice

O parto transpélvico só é possível quando o feto se encontra na


posição longitudinal, se tiver nas outras, tem que corrigir por
meio de manobras (versão externa) ou o parto vai ser pela via
 Vértice  polo cefálico penetra na bacia fletido, no exame
transabdominal (cesárea)
dá pra sentir uma saliência óssea = vértice, entre a
POSIÇÃO fontanela bregmática e occipital
 Bregma  deflexão de 1º grão e a referência é a fontanela
Guarda os pontos de referências do feto – dorso e coluna – com bregmática
o lado direito e esquerdo do abdome materno (saber se as  Naso  deflexão de 2º grau e a referência é o nariz
costas do bb está para o lado direito ou esquerdo da mãe)

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

 Mento  deflexão total (3º grau) e o ponto de referência é  Sinclitismo


o mento (queixo)
Quando o polo cefálico penetra no estreito superior da bacia e
VARIEDADE DE POSIÇÃO inicia sua descida retinha, com a sutura sagital (parte a cabeça
no meio) no mesmo sentido transverso da pelve (direita pra
Referência do feto  os nomes adotam a fontanela occipital esquerda), ou seja, a sutura está a mesma distância da pelve e
como ponto de partida (é a menorzinha) do sacro
Referência da mãe  pube (anterior), sacro (posterior) e o lado  Assinclitismo posterior – de Litzman
direito e esquerdo da bacia
Em razação das dimensões diferentes do sacro e da sínfise, a
 Occipito-púbica (OP)  occipital voltado para o púbis sutura sagital vai se aproximar da sínfise púbica, quem vai
 Occipito-sacra (OS)  occipital voltada para o sacro apontar primeiro é o parietal posterior  por isso assinclitismo
 Occipito-direito-transversa (ODT)  occipital voltado para posterior
o lado direito da bacia da mãe
 Assinclitismo anterior – de Naegele
 Occipito-esquerda-transversa (EDT)  occipital voltado
para o lado esquerdo da bacia A sutura sagital se aproxima do sacro, quem aponta primeiro vai
 Occipito-esquerda-anterior (OEA)  occipital voltado para ser o parietal anterior
a esquerda da bacia mais anteriormente
 Occipito-direita-anterior (ODA)  occipital voltado para a
direita da bacia mais anteriormente
 Occipito-direita-posterior (ODP)  occipital voltado para a
direita da bacia mais posteriormente
 Occipito-esquerdo-posterior (OEP)  occipital voltado para
a esquerda da bacia mais posteriormente

Imaginar em posição ginecológica para saber o que é direito e


esquerda
A identificação dessas variedades é principalmente no período
expulsivo por causa da condução do parto, permitindo
identificar problemas no mecanismo do parto e na correção
desses problemas

ATITUDE

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

MECANISMO DO PARTO  Rotação interna

O feto precisa fazer uma série de movimentos para conseguir Depois que passa do estreito médio, o feto gira sua cabeça
passar do estreito superior, médio e sair pelo estreito inferior de forma q ele fique de frente para o sacro da mãe

Citam-se os tempos de mecanismo do parto (lembrando que O bebê na rotação procura ficar na posição occipício-pubis
todos acontecem ao mesmo tempo): (OP)

 Insinuação (aproxima) DEFLEXÃO


 Encaixamento Depois de fazer a descida completa e a rotação interna, o polo
 Flexão (encolhe) cefálico faz deflexão (estende o pescoço) que é necessário para
 Descida a saída do mento fetal
 Rotação interna
 Rotação externa (já está fora da mae)
 Desprendimento (tira os ombros e o resto do corpo pra fora)

o polo cefálico se desprende do estreito superior auxiliado pela


retropulsao do cóccix, levando o aumento do diâmetro do
estreito inferior de 9,5 cm para 11 cm

ROTAÇÃO EXTERNA
Quando a cabeça se exterioriza, ela faz o movimento de se
INSINUAÇÃO – ENCAIXAMENTO – FLEXÃO colocar novamente (restituição) do mesmo lado da coluna
vertebral, fazendo com que o occipício volte-se para o lado
 Insinuação
materno que ocupava no interior do canal de parto
A insinuação acontece em 80% das nulíparas (nunca fez parto)
Geralmente acontece espontaneamente, mas também pode ser
e acontece quando o polo cefálico se aproxima do estreito
realizado por quem estiver realizando o parto
superior da bacia

 Encaixamento
Quando o polo cefálico encaixa no estreito superior e o
vértice já atinge o estreito médio

 Flexão
O diâmetro muda para o suboccipital-bregmático e o mento do
feto fica próximo do tórax, o bebê encolhe

DESCIDA – ROTAÇÃO INTERNA


Ao mesmo tempo, ocorre a rotação interna dos ombros
Indispensáveis para o parto normal, e ocorrem simultaneamente
DESPRENDIMENTO
 Descida
É o tempo final, após a saída do polo cefálico, surge o ombro
Nas nulíparas, a descida começa antes de entrar em trabalho
anterior e depois o posterior, para depois vim o abdômen e
de parto e pode atingir o estreito médio
membros inferiores

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

As contrações uterinas e o esforço da parturiente são


responsáveis pelo desprendimento, ou o obstetra pode ajudar
também Sob o ponto de vista prático, o mais importante na determinação
De Lee é poder concluir se o vértice do polo cefálico está
PROPORÇÃO FETO-PÉLVICA acima ou abaixo do estreito médio (plano 0)
DIAGNÓSTICO Para isso, no exame pélvico basta examinar se a cabeça está
móvel (acima do plano 0) ou fixa (abaixo do plano 0) e é essa
Fundamental para a condução do parto, principalmente na comprovação que permite decidir a via de parto
nulípara porque as dimensões de sua bacia ainda não foram
testadas, então precisa saber a altura do polo fetal nos vários Cada cm acima do plano 0  1cm acima = -1 e por aí vai
estreitos da bacia para chegar a conclusão se existe ou não a
Cada cm abaixo do plano 0  1 cm abaixo = +1 e por aí vai
proporção
Essa determinação segue o chamado plano de Lee, em que o
estreito médio é o plano zero e vai de -3 pra cima e +3 pra baixo
Na prática, as medidas são determinadas utilizando-se dedos
empregados no exame pélvico
Para cima  até o estreito superior, os planos negativos variam
de 1 a 5 cm (os negativos significam que a grande
circunferência ainda não ultrapassou o estreito médio da
bacia)  configura desproporção

 Obs: nas nulíparas a termo (80% delas) acontece isso e


sugere desproporção porque o polo cefálico se insinua e se
encaixa antes ou logo no início do trabalho de parto
Para baixo  os planos positivos variam de 1 a 5 cm também

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

NORMAS PARA A ASSISTÊNCIA AO PARTO - dilatação até 4 cm está na fase latente, se for maior que 4cm,
está na fase ativa (segundo MS)
A equipe obstétrica deve ser capacitada para analisar
criteriosamente todos os fatores que possam interferir na Para isso, deve-se fazer uma anamnese e exame físico bem
evolução do parto, com a finalidade de obter um recém-nascido sucedidos
normal e o bem da parturiente
ANAMNESE
RN normal: se registra no índice de Apgar ≥ 7 no quinto minuto
 em relação às contrações
+ PH do sangue da arteria umbilical acima de 7,2 + não
o como são as cólicas, quando começaram, qual sua
apresentar bossa serossanguinea (edema no couro cabeludo
duração e o intervalo entre elas (as que passaram
por causa do parto, pode ou não ser acompanhado de
bem informadas pelo pré-natal sabem dizer)
equimose) ou outro tipo de tocotraumatismo
 em relação a perda de água
o que horas foi a perda e qual o aspecto do líquido
isso porque o líquido pode ter vindo da bolsa, ou pode ser urina
ou resíduo vaginal

 perda do tampão mucoso


o é uma eliminação de secreção mucosa, o tampão
que ficava entre os orifícios externo e interno do
Parturiente: espera-se não apresentar alterações anatômicas
canal cervical
ou funcional dos órgãos que participam: útero, canal cervical,
genitais externos e internos
Devem ser feitas as análises cuidadosas dos tópicos do quadro
para facilitar a assistência e reduzir os riscos de complicações

EXAME FÍSICO

 comprovar a existência das contrações


palpando-se o útero, com a palma da mao na região do corpo
uterino, procura-se sentir o endurecimento e relaxamento do
órgão, no período de 10 minutos
DIAGNÓSTICO DE TRABALHO DE PARTO  exame pélvico
É importante fazer o diagnostico correto para evitar a hipótese procura-se observar se as contrações já provocaram
de falso trabalho de parto (interna por tempo prolongado, alto modificações no canal cervical: apagamento e dilatação do
gastos para a família), indução para o falso trabalho de parto e colo do útero
deixar de internar quando realmente existe trabalho de parto
(pode resultar no nascimento fora do local adequado: casa,
transporte e na rua)
São três características iniciais do trabalho de parto:

- cólicas abdominais  contrações características = 2/10’/25’’


(2 a cada 10 min pelo menos por 25 segundos)
- perda de líquidos pelas genitais  rotura das membranas
amnióticas Apagamento  afinamento do colo do útero (também chamado
de cérvix)
- eliminação do tampão mucoso  é o sinal de parto, quando
o tampão mucoso se desprende Dilatação  abertura do colo do útero

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

Em multíparas  ao mesmo tempo que colo vai se apagando,  Observação da cor do liquido amniótico
a dilatação ocorre
LA meconical (esverdeado): sugere sofrimento fetal
Em primíparas  primeiro apaga o colo (afina) e depois dilata
HIPÓTESES DE DESPROPORÇÃO FETO-PÉLVICA
EXAMES COMPLEMENTARES
É mais importante na nulípara, pois sua bacia nunca foi
Quando pela via clinica não se chega ao diagnostico, pode-se testada, e afastar essas dúvidas é ideal para se evitar um parto
utilizar a cardiotocografia, que permite o registro gráfico das prolongado e cesarianas tardiamente realizadas com extração
contrações e de suas características fetal difícil
Manter a gestante em observação por 2 horas e depois repetir Questiona-se se existe proporção feto-pélvica quando:
o exame físico, se não comprovarem mudanças, a gestante
pode voltar pra sua residência e ser orientada de informações  O volume fetal é grande: medida da altura uterina acima de
claras e precisas sobre o inicio do trabalho de parto 34cm e peso fetal superior a 3.500g
 Pelvimetria interna duvidosa: conjugata diagonalis menor
QUAL A IDADE GESTACIONAL? que 12cm
 Se o polo cefálico fetal ainda está móvel
 Pré-termo (entre 20 e 37 semanas)
Isso é comprovado no exame pélvico quando o vértice está
Há dois procedimentos: próximo do plano 0, ou seja, ainda não chegou no estreito
1. Tentar inibir o parto, se for possível médio e a cabela ainda está móvel
2. Conduzir o parto, mas adotando medidas adequadas para Também pode ser comprovado pela 3ª manobra de Leopold
a assistência ao parto pré-termo (avaliação da apresentação fetal), onde procura-se mobilizar o
 Pós-termo (maior igual a 42 semanas) polo cefálico e se presente, reforça a ideia de desproporção
Também exige condução especializada porque os riscos de Conduta: quando isso acontece, é realizado a prova de
sofrimento ou morte fetal são altos trabalho de parto
QUAL A ESTÁTICA FETAL? PROVA DE TRABALHO DE PARTO
No primeiro exame já faz o diagnóstico da situação da posição,  Condições
apresentação fetal e da variedade de apresentação
Para nulíparas, com gravidez a termo, com fetos com volume
parto transpélvico só acontece quando o feto se encontra na acima da média e polo cefálico ainda móvel
situação longitudinal (se tiver na transversal ou oblíqua, faz-
se a versão externa ou cesárea), se tiver na posição cefálica o  Objetivo
parto espontâneo acontece na variedade de apresentação de Comprovar se, com contrações adequadas e sem obstáculos
vértice para sua descida, o polo cefálico penetra na bacia e atinge o
plano 0 de Lee, dentro de um prazo determinado
QUAIS AS CONDIÇÕES MATERNAS?
As contrações para o padrão desejado devem ser 3 a 4/ 10’ / 30
Prestar atenção nos registros do cartão de pré-natal que podem a 40’’  através da adm de ocitocina ou da amniotomia (ou as
doenças prévias ou intercorrências gestacionais, porque elas duas)
podem influenciar não apenas na condução do parto mas na
escolha da via para o nascimento do feto  Benefícios

QUAIS AS CONDIÇÕES FETAIS? Evita partos prolongados, RN deprimidos, tentativas de fórceps,


episiotomia e processos judiciais por erro médico
Avaliação se faz por meio do
AMNIOTOMIA
 Registro da frequência cardíaca
É uma rotina de intervenção para diminuir a duração do
Normal: 110-160 bpm, mantendo 140 trabalho de parto, é basicamente a realização da rotura das
membranas amnióticas
Sinais de sofrimento fetal: bradi/taquicardia e arritmias

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

É preciso descolar previamente as membranas amnióticas e  Fase latente do parto


mobilizar a apresentação fetal para que se ecoe bastante liquido
Quando a mulher apresenta contrações dolorosas e dilatação
Isso estimula as contrações uterinas e afasta o único obstáculo ≤ 3 (dados do MS)
para a descida do polo fetal: bolsa das águas
O melhor a se fazer é encorajar e aconselhar a mulher que
Na maioria, em 60 minutos ela atinge o objetivo, se não ela volte para casa e oferecer alivio da dor (porque ela ainda
conseguir, segue com a adm de ocitocina não entrou em trabalho de parto, não precisa ficar sentindo dor
sem necessidade)
ADMINISTRAÇÃO DE OCITOCINA
Orientar sobre a fase ativa do parto (contrações dolorosas, 2 em
É uma administração intravenosa em doses crescentes, a cada cada 10 minutos, escoamento de liquido) e demais sinais de
40 min, até que as contrações atinjam o padrão desejado alarme, como sangramento
Quando conseguir, realiza-se a amniotomia para afastar o  Fase ativa do parto
obstáculo da bolsa das águas que atrasa a descida do feto
Quando a mulher apresenta contrações dolorosas e dilatação ≥
Se o polo cefálico ainda permanecer móvel (até 4 horas depois 4 cm  interna
do procedimento)  extrair o feto pela via abdominal
 Duração das fases do primeiro período
QUAIS AS CONDIÇÕES HOSPITALARES?
Nas nulíparas  em média de 8 horas e no máximo 18 horas
 Qualidade da equipe
Nas multíparas  em média 5 horas e no máximo 12 horas
 Bloco obstétrico bem equipado
 Unidade neonatal capacitada para receber RN normais e NORMAS PARA CONDUÇÃO DO PERÍODO DE DILATAÇÃO
com problemas
 Equipe de suporte experientes  Alimentação
Segundo o MS, a parturiente pode ingerir líquidos, de
QUAIS AS CONDIÇÕES DO OBSTETRA?
preferência soluções isotônicas ao invés de só água
 Competente e experiente em boas condições físicas e Porque, uma vez que todas são candidatas a anestesia, quando
emocionais for anestesiar o risco de complicações é menor quando o
 Isso evita complicações no parto, para o RN e processos estomago está vazio, por isso recomenda-se não ingerir
por erro medico alimentos durante o trabalho de parto

COMO CONDUZIR O TRABALHO DE PARTO?  Posição da parturiente

Depois da parturiente ser internada, a equipe obstétrica deve ser Pode adotar a conduta que mais lhe convier, desde que não
capaz de ajudar na evolução normal do parto e corrigir as exista razões medicas que a impossibilite disso (uso de
distócias que surgirem medicamentos pela via intravenosa, parturientes com anestesia
epidural continua etc)
A condução do parto vai variar de acordo com os períodos
clínicos, que são 4:
1. Dilatação
2. Expulsão
3. Dequitação
4. Observação

PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO: DILATAÇÃO (1)

É a fase que ocorre a dilatação progressiva do colo, e vai


desde o inicio do trabalho do parto até a dilatação máxima de
10cm.

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

Se escolher a posição horizontal, deve ser estimulado o


decúbito lateral esquerdo para prevenir hipotensão materna,
que aumenta o risco de hipóxia fetal

 Intervenções que não devem ser realizadas de forma


rotineira no TP (trabalho de parto)
- enema (ou lavagem intestinal, com o objetivo de evitar a
eliminação de fezes no período expulsivo)
- tricotomia pubiana (depilação dos pelos pubianos que é feita
na sala de parto e facilita a antissepsia dos genitais e realização
de epissiotomia)
- amniotomia precoce, associada ou não com ocitocina

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

PARTOGRAMA DILAÇÃO CERVICAL E A ALTURA DA APRESENTAÇÃO

Criado pela OMS para ajudar a ver a evolução do parto e a


análise pode trazer bastante informações, inclusive de algumas
distócias durante o TP.
No partograma são registrados a dilatação cervical, altura da
apresentação (e o tipo), as contrações uterinas, a
frequência cardíaca do feto e outros dados
O eixo X representa as horas, o eixo Y representa os cm, do
lado direito está a dilatação e do lado esquerdo está a descida
da apresentação (considerando o plano 0 De Lee)

 Linha de alerta
Na hora imediatamente após que se marcar a primeira dilatação,
traçar a linha de alerta, passando por todos os quadrantes na
diagonal, que serve para identificar as pacientes com parto
de risco
Não há necessidade de intervenção quando a dilatação cruza
ou atinge a linha de alerta, só deve ficar em maior atenção

 Linha de ação
Contra 3 quadrantes e no vértice do 4º quadrante, traçar a linha
de ação, ou seja, em um intervalo de 4h depois da linha de
alerta
Somente quando a curva de dilatação atinge a linha de ação que
a intervenção é necessária, mas não necessariamente precisa
ser cirúrgica, para melhorar a evolução do parto e corrigir
possíveis distócias

 Dilatação
É anotada na forma de um triângulo preenchido (lembrar dos
Só deve ser iniciado quando a paciente se encontra na fase
dedos formando um V quando avalia a dilatação)
ativa do TP  contrações efetivas (pelo menos 2/10’/30’’ e
dilatação cervical de pelo menos 4cm) É indispensável para que ocorra o desprendimento transpelvico
do feto e depende primariamente das contrações uterinas
IDENTIFICAÇÃO
O MS recomenda a medição pelo exame pélvico em cada 4
horas de TP, para isso utilizam-se os 2 dedos empregados no
toque

Esses últimos em vermelho não estão no modelo de partograma


da OMS, mas seriam importantes de vim

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

 Altura da apresentação
É registrada como um circulo vazio ou representando as
suturas do crânio, de forma que a sutura lambdoide (em forma
de Y) nos ajuda a nomear os tipos de apresentação

MONITORAMENTO E REGISTRO DAS CONTRAÇÕES


UTERINAS
Na mesma frequência que se avalia a dilatação, avalia a altura Durante a gestação, o útero apresenta atividade contrátil de
do polo fetal e as condições das membranas amnióticas  baixa itensidade e duração, mas a gestante não percebe porque
de 4 em 4 horas no toque vaginal isso é inibido pela progesterona
Para registro, segue os planos de De Lee No final da gravidez, pré-parto, elas aumentam de intensidade e
duração, alterando o canal cervical  gera o apagamento do
colo nas nulíparas  2/10’/25-30’’

 Triplo gradiente descendente


No TP, as contrações são chamadas de triplo gradiente
descendente, apresentam características próprias e sua
intensidade e duração aumentam de forma progressiva

MONITORAMENTO E REGISTROS DAS CONDIÇÕES FETAIS Elas se propagam de baixo, do corpo para o segmento inferior
do útero e para o canal cervical  aumentam para 4/10’/40’’
É feita a ausculta cardíaca fetal com o estetoscópio de Pinard
ou o sonar-doppler

Colore-se o numero de quadrados correspondentes ao numero


de contrações, de acordo como indica no partograma
Frequência: antes, durante e após uma contração, em 15 a 30
Segundo o MS, devem ser monitoradas de 1 em 1 hora
minutos no 1º estágio do trabalho de parto
Normal: em torno de 140 PARTOGRAMA DE UM PARTO EUTÓCICO

Bradicardia: abaixo de 110 pbm


Taquicardia: acima de 160 bpm

 Bolsa
Verifica-se se a bota esta rota (BR) ou integra (I)

 Liquido amniótico
Verifica-se se o LA é claro (CL) o que é normal, ou esverdeado,
significando presença de mecônio, sugerindo sofrimento fetal

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

DIAGNÓSTICO DAS DISTÓCIAS PELO PARTOGRAMA

Quando o parto evolui de maneira anormal, é chamado de


distócia

FASE ATIVA PROLONGADA  Desproporção cefalo-pélvica absoluta


Essa distócia geralmente decorre de contrações uterinas Quando o polo cefálico é maior que a bacia, ou quando a bacia
hipoativas ou incoordenadas  demora dilatar é pequena e não permite a passagem do feto, assim, a
resolução é uma cesárea

 Desproporção cefalo-pélvica relativa


Existe defeito na apresentação: deflexao ou posiçao transversa
ou posteriores, nessas condições, a deambulação, a rotura
artificial da bolsa das águas ou a analgesia peridural podem
favorecer a evolução normal do parto (a punçao é feita nas
costas para achar o espaço peridural, perdendo a sensibilidade
dos MMII e do abdomen)

PARTO PRECIPITADO
O parto acaba muito rápido, o que não é bom porque pode
ocorrer sofrimento feal e lacerações no trajeto, pois naodeu
 Contrações hipoativas tempo para acomodar os tecidos pélvicos
São aquelas que apresentam intensidade e duração abaixo do
considerado normal na evolução de parto, ou seja, inferior a
3/10’/30’’
Comprova-se ela por anamnese, palpação do útero e exame
pélvico

 Contrações incoordenadas
Não determinam a dilatação cervical, são dolorosas, mas
improdutivas e seu diagnostico clinico é difícil, geralmente é por
exclusão

PARADA SECUNDÁRIA DA DILATAÇÃO


 Taquissistolia e hipersistolia
É quando a dilatação cervical não evolui, consequentemente o
feto não consegue descer para realizar a expulsão, geralmente Podem ser um dos motivos desse tipo de parto, quando a
decorre de 2 motivos: desproporção cefalo-pelvica absoluta ou intensidade e a duração das contrações ultrapassam o
relativa considerado normal
Quando palpa-se o útero, percebe hipertonia: quase não existe
a fase de relaxamento

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

 Administração excessiva de ocitocina


Tambem pode ocorrer e nesse caso, deve-se suspender a
infusão de ocitocina até o retorno padrao das contrações

PARTO EXPULSIVO PROLONGADO


Embora tenha dilatação normal, o descida do feto acontece de
maneira muito lenta

Pode estar relacionada tambem com uma contração uterina


deficiente e sua correção pode ser feita adm ocitocina, fazendo
a rotura da bolsa ou pelo uso do forceps (desde que preenchido
os requisitos)

PARADA SECUNDÁRIA DA DESCIDA


Quando há dilatação, o feto estava descendo mas chega uma
hora que ele não progride

Pode ser decorrente de uma desproporção feto-pélvicas


(relativa ou absoluta), entao deve-se reavaliar as relações

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

PERÍODOS CLÍNICOS DO PARTO: EXPULSIVO (2) EPISIOTOMIA

Começa com a dilatação completa do colo – 10 cm- e termina Apenas em extrema necessidade usa-se a técnica da
com a expulsao completa do feto, sendo o periodo mais episiotomia, nas diretrizes do parto normal, o MS fala:
importante, estressante e de alto risco para o feto ‘’ se uma episiotomia for realizada, recomenda-se a médio-
O MS considera como fase ativa do periodo expulsivo quando: lateral originando na fúrcula vaginal e direcionada para o lado
tiver a dilatação total do colom cabeça do bb visível, contrações direito, com um ângulo entre 45 a 60 graus ‘’ e também que
de expulsao ou esforço materno ativo deve-se assegurar uma analgesia efetiva antes da realização da
episiotomia
A duração do período expulsivo está diretamente relacionado
com os seguintes fatores:
- padrão das contrações uterinas
- participação da parturiente
- resistência dos órgãos genitais (se os mm. Gennitais forem
muito resistentes, recorre-se à episiotomia)
- participação da equipe obstétrica
 Médio lateral – direita ou esquerda
 Tempo para as nulíparas
Vai em direção obliqua  foge do ânus
O parto deve ocorrer no prazo de no máximo 3 horas após o
inicio da fase ativa

 Tempo para as multíparas


O parto deve ocorrer em no maximo 2 horas após o início da
fase ativa

 Recomendações do MS
Deve-se apoiar a realização de puxos espontâneos no período
de expulsão em mulheres sem analgesias, evitando puxos  Perineotomia (ou mediana)
dirigidos Tem menor lesão tecidual, não lesa músculos, sangra menos,
Caso o espontâneo seja ineficaz, deve-se oferecer outras mas se ela prolonga, pode chegar ao esfíncter do anos e
estratégias: suporte, mudanças de posição, encorajamento e causar problemas graves
esvaziamento de bexiga
FÓRCIPE
A manobra de Krisller não deve ser realizada no 2º período do
MS: realizar quando não houver segurança ao bem estar fetal
trabalho de parto  pressão sobre o útero da mulher
ou prolongamento do 2º período
Função: serve para apreender, tracionar e rodar

Apena considerar o uso de parto instrumental (vácuo-extrator ou


fórceps) quando não houver segurança ao bem estar fetal ou
prolongamento do 2º período
Não realizar a episiotomia de rotina durante o parto vaginal
espontâneo

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Mecanismos e assistência do parto normal

CONDIÇÕES DE APLICABILIDADE DO FÓRCEPS – ABCDEF Se houver alguma ocorrência, as lacerações devem ser
suturadas, prevenindo o sangramento e favorecendo a
regeneração total do tecido

QUARTO PERÍODO: OBSERVAÇÃO


insinuado: quando tiver OP +2 ou OP +3
Terminando o parto, deve-se manter a parturiente na primeira
TERCEIRO PERÍODO: DEQUITAÇÃO
hora pós-parto em observação, pois é preocupante de acontecer
Começa após o desprendimento total do feto e termina com a sangramento genital, a involução imediata do útero e o
saída completa da placenta, comprovou-se que 2 a 3 estado geral da mãe
contrações são necessárias para que ela se descole do  Recomendações do MS
endométrio
- manter a mulher em observação rigorosa pela avaliação da
Isso porque após a expulsão fetal, ainda há contrações condição física geral: coloração da pele e mucosas, respiração,
]uterinas, com a mesma intensidade e duração, e normalmente sensação de bem-estar
em até 10 minutos acontece o descolamento
- observar perda sanguínea

REFERÊNCIAS

Diretriz Nacional de Assistência ao Parto Normal


Rezende Obstetrícia, 13ª edição
Noções práticas de Obstetrícia 14ª edição – Mario Dias
MS: o tempo máximo para a placenta sair naturalmente é de 30
minutos, e apenas deve-se considerar o terceiro período
prolongado após decorridos 30 minutos de manejo ativo ou
60 minutos de manejo fisiológico

 Recomendações do MS: placenta retida


- usar ocitocina IV adicional de rotina para desprendimento da
placenta apenas se houver hemorragia
- não realizar a remoção manual ou cirúrgica da placenta sem
analgesia adequada

 Revisão do canal de parto


Após a dequitação, é indispensável realizar a revisão do canal
de parto, buscando lacerações no colo ou nas paredes vaginais,
até retenção de fragmentos de membrana ou de cotilédones
placentários, pois esses problemas podem ser responsáveis
pelas hemorragias no pós-parto

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Tipos de parto e Puerpério


TIPOS DE PARTO – EPIDEMIOLOGIA  Liberação de prolactina

No brasil, a assistência ao parto registra números elevados de No momento do parto também há a liberação de prolactina,
cesarianas e o uso excessivo de intervenções no parto vaginal, muito importante para a lactação
como a episiotomia, restrição da parturiente ao leito durante o  Contato com a microbiota vaginal
TP, uso de ocitocina etc
O RN tem contato com os lactobacilos, consequentemente,
Em relação a cesárea, a prática no Brasil é muito comum, tanto possui um melhor desenvolvimento do sistema imunológico,
que ele é o país conhecido como líder mundial desse reduzindo o risco de doenças alérgicas, como doença celíaca
procedimento, associando isso a boa assistência obstétrica e
tecnológica e questões socioeconômicas (por particular é 80% DESVANTAGENS – LACERAÇÃO
dos procedimentos, pelo sus é próximo a 30%)
A descida do bb leva a vagina e o períneo a se esticarem e
PARTO NORMAL – EPIDEMIOLOGIA passagem dele durante o trajeto pode deixar lacerações, pois o
tecido se esticou muito a ponto de se separar e rasgar
Em uma pesquisa realizada para saber o perfil epidemiológico
dos partos brasileiros pelo SUS, de 2000 a 2018, registrou  Lacerações do 1 ao 4º grau, desde cortes superficiais nos
51,3% de partos vaginais e 48,7% de cesarianas pequenos lábios que não exigem suturas até as profundas
e graves que causam ruptura muscular e do esfíncter anal
Nessa mesma pesquisa concluiu-se que a incidência de partos
cesarianos no brasil parece estar mais associada a condições Elas normalmente não evoluem para complicações pós parto,
socioeconômicas e ao direito de escolha, aliada aos avanços mas em alguns casos, as lesões de 3º e 4 grau podem gerar
tecnológicos na área médica incontinência urinária e fecal, alargamento vaginal, perda de
sensibilidade etc
PARTO NORMAL
APLICAÇÕES PARA O PARTO NORMAL
É o parto em que o feto nasce naturalmente pelo canal vaginal,
sendo conduzido, monitorado e registrado pelo médico,  Feto insinuado (encaixado)  apresentação cefálica na
principalmente no partograma situação longitudinal
 Dilatação completa  10 cm
Pode ser feito com ou sem anestesia e o médico se torna o  Bolsa rota  ruptura da membrana amniótica
agente ativo no período expulsivo, auxiliando na extração fetal
PARTO VAGINAL OPERATÓRIO
VANTAGENS
O desejável é acontecer o parto normal espontâneo, mas pode
 Permite contato mais rápido da mãe com o RN
haver distócias durante o período expulsivo e cursar com o parto
 A recuperação da mãe é mais rápida e tem um menor risco
vaginal operatório para facilitar a extração e reduzir os riscos
de hemorragia
tanto para mãe quanto para o RN. Essa extração se faz
 Redução das doenças respiratórias no RN
principalmente com o fórceps e o vácuo extrator
A oportunidade do RN em sugar o peito nos primeiros momentos
de vida, reduz as chances de doenças respiratórias, pois a força FÓRCIPE
exigida no nascimento faz com que o bebê elimine o liquido
Função: ajudar na passagem do polo cefálico pela bacia óssea,
presente nos pulmões
pode tanto realizar o mecanismo integralmente quanto
 Liberação de cortisol parcialmente

O estresse do TP libera cortisol, muito importante para Classificação: conforme a altura do polo cefálico de acordo
sensibilizar o endométrio e fazer com que a ocitocina endógena com os planos de De Lee, o uso do fórcipe é classificado em 3
seja produzida tipos: alto, médio e baixo

A ocitocina endógena vai promover as contrações, prevenir Modelo: são dois ramos, compostos por um cabo, uma haste e
quadros de atonia uterina (perda da capacidade de contrair o uma colher, feito anatomicamente para o polo cefálico na
útero depois do parto, aumentando o risco de hemorragia) e apresentação pélvica
promover a maturação pulmonar fetal

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Tipos de parto e Puerpério


INDICAÇÕES FETAIS

 Sofrimento fetal
O feto pode sofrer durante a gestação (sofrimento crônico)
quando no parto (agudo), em ambos, quanto mais rápido for o
período expulsivo, melhor para o feto

 Parada de progressão do polo cefálico no período


FÓRCIPE ALTO expulsivo
Quando o polo cefálico está acima do plano médio, ainda As vezes, por não ter uma proporção entre as contrações, a
móvel (-1, -2 ou -3), o instrumento terá que realizar o mecanismo cabeça para de rodar e descer, assim, o fórcipe completa a
integral: toda a descida, a rotação interna e a deflexão. Muito rotação e a descida (fórcipe médio)
arriscado e contraindicado
 Fórcipe profilático
FÓRCIPE MÉDIO
É a indicação mais frequente, pois tem o objetivo de promover
O polo cefálico passou do estreito médio, mas não conseguiu o mais rapidamente a deflexão do polo cefálico (fórcipe baixo)
inferior (plano +1 ou +2), assim, o fórcipe faz: completa a
descida até o estreito inferior (+3), completa a rotação INDICAÇÕES MATERNAS
interna e a deflexão
 Hipoatividade uterina
Na variedade de posições obliquas  OEA, ODA,OEP, ODP   Doenças sistêmicas maternas
rodar 45 graus
O período expulsivo exige muito esforço, se a parturiente tiver
Posições transversas  OET e ODT  rodar 90 graus cardiopatias, distúrbios mentais e eclampsia, por exemplo, o seu
esforço é contraindicado
FÓRCIPE BAIXO
 Hemorragia do intraparto
O polo já desceu, está no plano +3 de De Lee e já conseguiu
fazer toda a rotação interna: ficando nas variedades de posição Quadros hemorrágicos da gravidez podem se manifestar ou
OP ou OS agravar no período expulsivo, por isso, quanto mais rápido ele
for, menos sangramento vai ter
Cabe ao instrumento realizar apenas a deflexão, objetivando
reduzir a duração do período expulsivo, beneficiando mãe e filho TÉCNICA

CONDIÇÕES PARA A APLICAÇÃO PEGA CORRETA DO POLO CEFÁLICO


 Feto vivo A única região que pode para não causar tocotraumatismo é no
Porque pode prejudicar a parturiente, não faz sentido coloca-la diâmetro parieto-malar-mentoniano, ou seja, na pega
em risco se o feto está morto biparietal (nos ossos parietais), assim, as colheres se adaptam
aos ossos e não traumatizam
 Proporção feto-pélvica
Só usa quando se tem certeza da proporção entre o volume fetal
e a bacia da mãe (polo cefálico abaixo do estreito médio - +1,
+2 ou +3)

 Dilatação completa do colo  10 cm


 Bolsa das águas rotas
Porque ela dificulta o diagnostico da variedade de posição,
pode-se ser feita uma amniotomia

 Indicação correta
 Domínio da técnica de aplicação

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Tipos de parto e Puerpério


ANALGESIA
É obrigatório, para relaxar os músculos e conseguir colocar o
fórceps, mas na ausência de anestesia, o obstetra pode fazer a
anestesia locorregional (bloqueio do nervo pudendo)

EPISIOTOMIA
Sempre, antes de colocar as colheres do fórcipe, faz-se a
episiotomia, para ampliar o canal de parto e facilitar a introdução
adequada da mão-guia e das colheres

CATETERISMO VESICAL O que é diferente nessas variedades é a rotação interna


realizada pelo fórcipe
A bexiga da parturiente tem que estar vazia antes, por isso, faz-
se o cateterismo vesical OEA  rotação de 45 graus da esquerda pra direita em direção
a sínfise púbica
APLICAÇÃO DAS COLHERES DO FÓRCIPE
ODP  rotação de 45 graus da direita pra esquerda ou de 135
Vai depender da variedade de posição, onde o obstetra graus até ficar OP, mas não se recomenda essa
consegue identificar pelo exame pélvico

APLICAÇÃO NAS VARIEDADES DIRETAS – OP E OS


A única função nas variedades diretas é promover a deflexão
do polo cefálico, para isso, na OP elevam-se as colheres e
desprende-se o mento. Na variedade OS, abaixam-se as
colheres no sentido sacro

APLICAÇÃO NAS VARIEDADES TRANSVERSAIS


Nas variedades OET e ODT, o objetivo do fórceps também é
completar a rotação interna, descida e deflexão do polo cefálico
OET  a colher posterior é a esquerda e a anterior a direita, a
rotação será de 90 graus
ODT  a 1ª colher a ser introduzida é a da direita (posterior) e
a rotação também é de 90 graus
A primeira colher é a da esquerda, depois é a da direita, e ambas
as colheres devem ficar perpendiculares aos genitais PROGNÓSTICO
Quando realizada da maneira correta por um profissional, é útil
e ajuda o feto e a parturiente, se incorretamente utilizado, é um
verdadeiro desastre e pode aumentar os traumatismos nos
genitais da parturiente
Uma das preocupações no prognostico das crianças é com seu
desenvolvimento intelectual, mas ainda não tem nenhum estudo
bem-controlado que mostrou efeitos nos testes de QI

VÁCUO-EXTRAÇÃO

As indicações dele são semelhantes às do fórcipe, mas aqui a


APLICAÇÃO NAS VARIEDADES OBLÍQUAS
extração do polo cefálico é feito com o auxilio do vácuo extrator
Nas variedades OEA ou ODP, a primeira colher a se introduzir
é a posterior (mais próxima do sacro) e a segunda, a anterior

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Tipos de parto e Puerpério


É composto por uma bomba e uma ventosa (metal ou plástico), NORMATIVA – CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
que encaixa na região da sutura sagital a aprox. 3c da fontanela
occipital O CFM, na resolução número 2.284/2020 dispõe que é ético o
médico atender à vontade de gestante de realizar o parto
No momento da contração uterina, segurando a haste da cesariano, garantidas a autonomia do médico e da paciente e
ventosa, traciona-se o feto a segurança materno-fetal

 É direito da gestante, nas situações eletivas, optar pela


realização da cesariana, garantida por sua autonomia
o Desde que tenha recebido todas as informações de
forma detalhada sobre o parto normal e cesariano,
com seus riscos e benefícios
 A decisão deve ser registrada em termo de
consentimento livre e esclarecido
Muito pouco empregado no Brasil  para garantir a segurança do feto, a cesariana a pedido,
nas condições de risco habitual, somente poderá ser
PARTO CESARIANA realizada a partir de 39 semanas completas, devendo
haver o registro em prontuário
É um parto que ocorre por dupla incisão:
INDICAÇÕES – CESARIANA DE EMERGÊNCIA
1. Laparotomia  incisão abdominal
2. Histerectomia  incisão uterina  Sofrimento fetal
 Prolapso de cordão umbilical
EPIDEMIOLOGIA  Desproporção céfalo-pélvica
Segundo estimativas globais, o índice de cesarianas (IC) no  Eclampsia etc
Brasil é de 53,8%, um dos países com o maior número de
cesarianas do mundo INDICAÇÕES OBSTÉTRICAS DO PARTO CESÁREA

Pelo SUS, a proporção de cesarianas, predominando o Indicações absolutas (macete em ordem alfabética
atendimento pelo sistema de plantão, é de 36%, ao passo que começando com C)
no setor privado chega a ser 88%  Cicatriz uterina prévia corporal (não consegue realizar o
parto normal)
 Desproporção cefalo-pélvica
 Esmagamento do cordão (prolapso)
 Feto transverso
 Gestante morreu (quando a gestante morre mas o feto
ainda está vivo, tem que tirar pela cesariana)
 Herpes genital ativo
 Inserção baixa placenta total (placenta prévia total)
Indicações relativas (caderno 32 do MS)

 Cesárea previa
Muitos fatores estão contribuindo para o aumento de IC, entre  Macrossomia fetal
eles:  Gravidez gemelar
 Feto não reativo em trabalho de parto
 Nivel de instrução mais elevado
 Descolamento prematuro da placenta
 Aperfeiçoamento das técnicas anestésicas
 Redução dos riscos e de complicações no PO
 Percepção de segurança do procedimento pelas pacientes
e dos profissionais de saúde
 Mudanças nos sistemas de saúde
 Maior demanda dos pacientes

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Tipos de parto e Puerpério

VANTAGENS
TÉCNICA
 Maior segurança para o RN e menos trauma no assoalho
pélvico da gestante A cesariana é se dá pelo corte de 7 camadas até chegar ao
 Não passa pela dor do parto útero, para a abertura, utiliza-se incisões transversas (menor
 Possibilidade de escolher a data do nascimento dor no pós, melhor cicatrização e melhores resultados
 Tem duração previsível cosméticos), e a técnica mais utilizada mundialmente é a de
 Ajuda a reduzir o estresse materno durante o parto por Pfannenstiel
passar a ideia de um ambiente plenamente controlado, Nela, uma incisão na pele transversalmente é feita, de modo
onde tudo ocorre de forma previamente estipulada. suprapúbica (e a 2cm acima do púbis), levemente aciforme, com
 Impede a recorrência de nascimento pós-termo concavidade superior e extensão de 10 a 12 cm
 Rediz risco alongo prazo de prolapso uterino e
incontinência urinária na mãe

DESVANTAGENS

 Para a mãe  pós é mais complicado, sente dor e


dificuldade para andar, maior risco de ter febre, reação a
anestésico, infecção e hemorragia
 O RN é introduzido em contato com as bactéria cutâneas,
principalmente Staphylococcus que pode se apresentar
como maléfica em alguns casos  gera uma colonização
intestinal do bebê alterada
 De certa forma, há um atraso na amamentação, pois há a Os 7 cortes são:
privação do bebê do contato pele a pele, importante para o
aleitamento 1. Pele
2. Gordura
PRINCIPAIS FATORES PARA AUMENTO DE CESÁREAS 3. Aponeurose
4. Músculo reto abdominal
 Fetos em apresentação pélvica 5. Peritônio parietal
 Maior ocorrência de obesidade 6. Peritônio visceral
 Cesáreas eletivas por opção da mãe, em cumprimento com 7. Útero
a autonomia do paciente
 Cesáreas eletivas para preservação do assoalho pélvico EXTRAÇÃO FETAL
Na execução da cesariana, o acesso ao feto deverá ser rápido,
mas sua extração deve ser lenta, esta é feita pela manobra de

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Tipos de parto e Puerpério


Geppert (opção mais utilizada em caso de apresentação  Acreditar que o parto normal é fisiológico e na maioria das
cefálica) vezes não precisa de intervenção
 Saber que a mulher é capaz de conduzir o processo e que
ela é a protagonista do evento
 Conversar, informar a mulher sobre os procedimentos e
pedir sua autorização para realizá-los
 Promover um ambiente acolhedor
 Respeitar cada mulher na sua individualidade, levando em
consideração seus medos e suas necessidades
 Permitir o contato imediato do bebê com a mãe logo ao
nascer, e garantir que eles permaneçam assim durante o
DIFICULDADES, ACIDENTES E COMPLICAÇÕES período de internação
Por ser uma cirurgia, apresenta todos os riscos de qualquer PARTICULARIDADES DO PARTO HUMANIZADO
outra, sejam eles anestésicos ou até mesmo no pós-parto. Além
disso, possui uma recuperação mais demorada  Plano de parto

Entre os problemas encontrados, destacam-se: hemorragias, O plano de parto é um texto contendo as escolhas da mulher
infecção, extração fetal difícil, trombose e as complicações para o seu pré-parto, parto e pós-parto, podendo ser feita em
urinárias e intestinais forma de carta e deve conter suas preferencias de forma clara
para orientar os profissionais de saúde que acompanharão o
 Hemorragias processo
As hemorragias vindas da histerectomia são frequentes, mas O texto deve ser elaborado durante o pré-natal
raramente causam ameaça, por isso, o cirurgião deve identificar
principalmente lesões dos grandes pedículos vasculares (pois
eles estão entre as principais causas), coibi-lo com pinças para
suturar depois, tomando muito cuidado com os ureteres
(proximidade)

 Infecção
Acontece de 4 a 7 dias pós cesariana, e o uso de antibiótico
profilático e uma boa técnica cirúrgica reduzem  Ambiente
significantemente sua incidência
O ambiente deve ser especial, seja no hospital ou no domicílio,
 Extração fetal difícil junto com musica suave, redução da luz e conta com
massagens na região lombar da parturiente, pois beneficia
Em alguns casos, a extração pode ser complicada, precisando
conforto
de diferentes estratégias
 Acompanhante
PARTO HUMANIZADO
A mulher tem direito de estar com um acompanhante de sua
Não se trata necessariamente de um tipo de parto, mas sim à escolha durante todo o período do TP, nascimento e pós-parto
assistência prestada à mulher e ao bebê durante o pré-natal, imediato
parto e pós-parto, buscando também reduzir intervenções
clinicas desnecessárias ou de risco para a mãe e o RN A pessoa é escolhida para dar suporte emocional e estar ao seu
lado durante todos os momentos do parto
A humanização do parto é um direito garantido pela
constituição, que estabelece a dignidade da pessoa humana  Doulas
como fundamento, além de ser um direito garantido A doula é uma profissional que acompanha e dá suporte para
internacionalmente pela OMS mulher em TP, ajudando a cuidar do seu bem-estar físico e
Humanizar é emocional

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Tipos de parto e Puerpério


Acompanha a família desde o pré-parto, orientando e ajudando componente imunes (IgA) sais minerais e aminoácidos. A IgA
nas escolhas, colaborando com o diálogo entre a mulher e os confere proteção ao RN contra os patógenos entéricos
profissionais de saúde também
 Leite maduro
Também ajuda a encontrar posições mais confortáveis para o
TP e propõe medidas naturais que podem aliviar as dores Depois de 4 a 6 semanas, o colostro se converte em leite
maduro, que tem proteína, gordura, carboidrato, sais, vitaminas
PUERÉPRIO e hormônios

Classifica-se o puerpério em 3 fases: Proteínas  caseínas (80%) e proteínas do soro: 16% de


albumina e 4% de globulinas
Puerpério imediato: 10 dias após o parto
ENDOCRINOLOGIA DA LACTAÇÃO
Puerpério tardio: entre 11º e 40º dias
Durante a gestação, estrogênio e progesterona estão altos, que
Puerpério remoto: do 41º dia até o 60º dia após o parto acabam inibindo a prolactina, a alfa-lactalbumina e a lactose
sintetase
MAMAS E LACTAÇÃO
Com o parto, há a redução súbita de progesterona e estrogênio
 a inibição para as enzimas e a prolactina é retirada  há o
aumento da síntese do leite
A prolactina é essencial na formação do leite, por isso, mulheres
com necrose hipofisária grave (adenohipófise) – síndrome de
Sheehan – não amamentam
Posteriormente, a profusão e a duração da lactação são
ANATOMIA DAS MAMAS E LACTAÇÃO controladas pela estimulação repetitiva da amamentação e
pelo esvaziamento do leite presente na mama
O leite humano é o alimento ideal para os RN e fornece
nutrientes específicos para a faixa etária, além de fatores  Ocitocina
imunes e substancias antibacterianas. A neurohipófise anterior secreta ocitocina, os principais
 Anatomia das mamas estímulos são  choro do bebê e sucção  secreta ocitocina
 contração das células mioepiteliais dos alvéolos e dos
Cada glândula mamária é composta de 15 a 25 lobos, pequenos ductos lactíferos  ejeção do leite
separados uns dos outros por gordura.
O estresse e o medo materno podem inibir a liberação de
1 lobo  são formados de vários lóbulos  são formados por ocitocina e consequentemente a ejeção do leite
vários alvéolos  cada um tem um pequeno ducto  os ductos
juntos formam 1 ducto calibroso  1 ducto em cada lobo CUIDADOS COM AS MAMAS

O epitélio secretor alveolar sintetiza os vários componentes do A adaptação inadequada do RN à mama pode causar fissuras
leite dolorosas, por isso, é importante que as orientações em relação
à amamentação sejam passadas durante o pré-natal, de
preferencia com aulas práticas
A pega adequada do RN ao peito é a pega labial que abocanha
toda a aréola, e não somente o mamilo
As fissuras mamilares tornam a amamentação dolorosa e
podem afetar negativamente a produção do leite, além de
funcionarem como portas de entrada para as bactérias

 Colostro
Depois do parto, até 2 semanas, as mamas começam a secretar
o colostro, um líquido de cor amarelo-limão-escuro que tem

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Tipos de parto e Puerpério


ÚTERO, VÁGINA E PERÍNEO Nas primeiras 24 horas pós-parto, o ideal é que se utilizam
dietas líquidas, como sopas, com poucos resíduos, com o
 Útero objetivo de evitar a distensão abdominal por gases
Depois do parto, o calibre dos vasos sanguíneos que estabam A hidratação, venosa primeiramente e oral posteriormente,
hipertrofiados por causa do aumento do fluxo uterino retornam também é importante para o bom funcionamento do intestino e
para suas dimensões normais fundamental para a amamentação
Com 3 dias de puerpério, o endométrio começa a se regenerar. MODIFICAÇÕES URINÁRIAS
Inicialmente, instala-se uma endometrite, que é um processo
inflamatório regenerativo, sem componente infeccioso, e por A hipertrofiação glomerular induzida pela gestação normalmente
volta do 16º dia, na maioria das pacientes, o endométrio estará continua no primeiro dia depois do parto, mas em 2 semanas
completamente restituído retornas aos níveis normais

Logo após o parto, o útero se contrai, tendo o fundo medido na Além disso, a dilatação das pelves e dos ureteres retornam ao
altura da cicatriz umbilical, 2 semanas depois ele está seu estado pré-gestacional durante as primeiras 2 e 8 semanas
intrapélvico e na 6ª semana atinge o tamanho normal. Nesse  essa dilatação + urina residual + bacteriírua da bexiga
processo, ele vai diminuindo de tamanho e deixando o espaço traumatizada (por causa da compressão pelo polo cefálico e
para as alças intestinais, que haviam sido deslocadas, passagem de sonda)  pode ocasionar as infecções
diminuindo, assim, o volume abdominal urinárias, um problema preocupante no puerpério
Inicialmente a diurese se encontra reduzida, por causa do
retorno progressivo da função urinária, do débito cardíaco e da
desidratação (devido ao esforço, ao jejum e às perdas
sanguíneas)

MODIFICAÇÕES CIRCULATÓRIAS

 Hipervolemia induzida pela gravidez


 Vagina Durante a gestação, há o aumento do volume sanguíneo para
nutrir o feto e já pensando na perda sanguínea durante o parto,
A vagina e seu trato de saída diminuem gradativamente de
o corpo já faz toda essa preparação, assim, o sangue circulante
tamanho, mas é muito difícil de retornar ao tamanho que era
vai de 4 para 6 litros
antes nas nulíparas
O volume voltará a normalidade aproximadamente 3 semanas
O hímen previamente rompido, é lacerado em vários pontos
após o parto
durante a passagem do polo cefálico, sua cicatrização dará
origem às chamadas carúnculas mirtiformes 1/3 da perda  durante o parto
 Região perineal 2/3 da perda  decorrente do processo de amamentação
Depois do parto, se encontrará bastante edemaciada, por causa Com a perda de sangue, a medula óssea é estimulada e
da pressão abdominal durante o período expulsivo, inclusive normalmente se observará reticulocitose (aumento do número
pode ter hemorroidas que incomodam no pós parto de reticulócitos – glóbulos vermelhos imaturos). E esse mesmo
estímulo vai ser responsável pela leucocitose e trombocitose
Porém, não requerem tratamento nesse período, porque irão
observada no puerpério
regredir normalmente até o final do puerpério
 Hemodinâmica se altera
MODIFICAÇÕES DIGESTIVAS
↑ do débito cardíaco – 24 a 48 horas pós-parto
A alimentação após o parto vaginal deve ser reestabelecida, se
ela tiver recebido uma analgesia com peridural, o ideal é ↑ frequência cardíaca
aguardar 2 horas ↑ resistência vascular sistêmica
Se tiver feito cesárea, aguardar de 4 a 6 horas ↑ pressão arterial

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes 77

Tipos de parto e Puerpério


 Sistema de coagulação
Na gestação, esse sistema já é fisiologicamente estimulado e
devido ao parto e ao sangramento decorrente, ele é ativado de
forma intensa

 Edema de MMII
Até o 12ª dia é observado, entre os fatores que contribuem para
o surgimento e permanência do edema:
- Necessidade do organismo reter líquido para a amamentação
- Compressão dos vasos abdominais pelo útero em regressão
(exacerbado pelo uso de cintas)
- Relativa imobilização no pós-operatório

REFERÊNCIAS

Partos no sistema único de saúde (SUS) brasileiro: prevalência


e perfil dos parturientes – Nara Moraes Guimaraes et al – 2021
Resolução CFM nº 2.284/2020
Obstetrícia de Williams 24ª edição
Rotinas em Obstetrícia 7ª edição
Noções práticas de obstetrícia 14ª edição
Tratado de Obstetrícia Febrasgo – 2001

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal
FISIOLOGIA PERINATAL – ADAPTAÇÃO DO SISTEMA O surfactante reduz a tensão da superfície alveolar, o que
RESPIRATÓRIO AO NASCER diminui a pressão necessária para manter o alvéolo inflado,
facilitando sua expansão e mantendo sua estabilidade
A respiração não pode acontecer durante o período fetal, porque
não existe ar na cavidade amniótica e os pulmões estão
preenchidos de líquidos
Embora a respiração não aconteça, pode-se notar tentativas de
fazer os movimentos respiratórios, no final do 3º trimestre,
provocados por estímulos táteis
Durante os 3 a 4 meses de gravidez, há inibição da respiração,
evitando que os pulmões se encham de liquido e resíduos do
mecônio excretaod pelo TGI do feto no LA

DESENVOLVIMENTO PULMONAR

INÍCIO DA RESPIRAÇÃO EXTRAUTERINA


O bb perde a placenta e consequentemente seu aporte
metabólico, e isso é um dos principais ajustes que ocorrem para
que ele consiga respirar sozinho
Quando ele nasce, as paredes dos alvéolos estão colapsadas
 Período embrionário devido a tensão superficial do liquido viscoso em seu interior,
mas esse liquido presente nos pulmões é retirado no
O intestino anterior se diferencia em um broto pulmonar aos 26 nascimento, facilitando o inicio das trocas gasosas
dias, ele se ramifica gerando os futuros brônquios
 Através da boca e do nariz por pressão no tórax fetal durante
 Estágio pseudoglandular o parto vaginal
Temos os brônquios e os bronquíolos nesse período, a  Pelos capilares, artérias e veias pulmonares
ramificação esta completa
As primeiras inspirações do RN são muito potentes, capazes
 Estagio canalicular de criar até 60mmhg de pressão negativa no espaço
intrapleural, sendo que normalmente com 25mmhg de pressão
Ocorre a transformação do pulmão que ainda não é viável em inspiratória já é suficiente para opor à tensão superficial nos
pulmões potencialmente viáveis alvéolos e abri-los pela primeira vez
Ocorre o surgimento dos ácinos, diferenciação do epitélio com A partir da segunda respiração, fica bem mais fácil, com
barreira hematoaérea e o começo da síntese de surfactante demanda menor de pressões negativas e positivas
pelos pneumócitos tipo II
Retardo em respiração – risco de hipóxia devido anestesia
 Estágio sacular
Se a mae tiver sido deprimida por anestésico geral durante a
Vai de 24 semanas até o final do período fetal, e começa a expulsão do trabalho de parto, o que parcialmente anestesia
produção de surfactante pelos PII + aumento do volume também o feto, o surgimento da respiração pode demorar
pulmonar, viabilizando a vida extrauterina alguns minutos, por isso é importante usar o mínimo de
anestesia possível

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal
Além disso, TP prolongado causa depressão do centro O forame oval tem a principal função de permitir que o sangue
respiratório  bbs custam a respirar, e podem até não advindo da veia umbilical chegue preferencialmente ao átrio
respirar esquerdo do feto
Outros fatores que podem retardar o inicio da respiração: TRAJETO DO SANGUE NÃO OXIGENADO
- Compressão do cordão umbilical Sangue da região da cabeça  VCS  AD  VD  como
- Separação prematura da placenta não tem pulmão, não precisa ir pro tronco pulmonar  o ducto
arterioso desvia o sangue  aorta ascendente  artérias
- Contração excessiva do útero, que pode cortar o fluxo de umbilicais  placenta
sangue pra placenta
MUDANÇAS NO NASCIMENTO
ADAPTAÇÃO DO SISTEMA CIRCULATÓRIO  Mudança de resistência
CIRCULAÇÃO FETAL INTRAUTERINA Com o clampeamento do cordão  placenta é retirada da
circulação  a baixa resistência que tinha antes acaba 
Como os pulmões não servem para oxigenar o sangue, o
aumenta a resistência e a PA sistema neonatal
sistema circulatório do feto vai ter alguns componentes que
diferenciam do adulto, mas essenciais para sua sobrevivência Com o inicio da respiração  pulmão participa da circulação
 a alta resistência que tinha antes acaba  menor resistência
 Forame oval
vascular pulmonar e a pressão da arteria pulmonar
 Ducto arterioso
 Ducto venoso  Fechamento do forame oval
A placenta tem menor resistência vascular, o que resulta em A baixa PA direta e a alta PA esquerda agora faz com que o
uma baixa pressão sistêmica, em contraste aos pulmões, que sangue flua da esquerda pra direita, com isso a válvula do
estão cheios de liquido e por isso possuem uma alta resistência forame oval se fecha
vascular
 Fechamento do ducto arterioso
Depois de algumas horas do nascimento, a parede muscular
do ducto aterioro se contrai, de 1 a 8 dias para interromper o
fluxo sanguíneo
Isso acontece porque o aumento da PO2 + queda da
prostaglandina (onde a principal fonte anteriormente era a
placenta)  promove a contração  fecha o canal

TRAJETO DO SANGUE OXIGENADO


Placenta  veia umbilical  uma parte pequena vai pro
fígado  a maioria segue pelo ducto venoso  AD  devido
a um efeito de correnteza, é desviado pelo forame oval  AE
 aorta  suprimento do SNC  Fechamento do ducto venoso
Imediatamente após o nascimento, o fluxo de sangue pela veia
umbilical cessa e de 1 a 3 horas, a parede muscular do ducto
venoso também se contrai, fechando essa via de fluxo

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal
Consequentemente, a pressão venosa portal aumenta, sendo Se a resposta for não para todas as perguntas  iniciar
suficiente para forçar o fluxo sanguíneo da veia porta pelos imediatamente os cuidados de reanimação neonatal
sinusoides hepáticos
ASSISTÊNCIA AO RN COM BOA VITALIDADE AO NASCER
 O que essas estruturas originam no adulto
ESTÍMULO PELE A PELE
Se o bb apresentar boa vitalidade ao nascer, prossegue-se com
a estimulação por meio do contato pele a pele com a mãe,
porque:

 Evita hipotermia
 Favorece relação mae-filho
 Estimula a contração uterina (previne hemorragia e a
placenta ai sozinha)
 Estimula o aleitamento materno precoce
o Assegura que o RN receba o colostro, rico em IgA
Obs: não é recomendado a aspiração oro/nasofaringea no RN
saudável, assim como realizar a passagem sistemática de
sonda nasogastrica (receber alimento) ou retal para descartar
atresias (quando existe um bloqueio intestinal)

BOLETIM DE APGAR
Uma excelente forma de documentação das condições do RN
com intervalos definidos após nascer

Forame oval  forame oval fechado Não deve ser usado para determinar a necessidade de
reanimação, pois quando necessárias essas devem ser
Ducto arterioso  ligamento arterioso iniciadas imediatamente
Ducto venoso  ligamento venoso Durante o nascimento, também deve-se mensurar a vitalidade
Veia umbilical  ligamento redondo do fígado do RN por meio do boletim de Apgar, aplicado no 1º e 5º
minuto de vida, e se for necessário, repetir a cada 5 min,
avaliando:

 Respiração (choro)
 FC
 Cor da pele
 Tônus muscular
 Resposta flexora
AVALIAÇÃO DA BOA VITALIDADE AO NASCER

Logo após o desprendimento, avaliar o RN levando em


consideração:

 Ausência de mecônio
 Gestação a termo
 Choro
 Respiração
 Ter tônus muscular em flexão
 Cor rosada ou apenas acrocianose Apgar ≥ 7 nos primeiros minutos  assegura uma adaptação
Resposta positiva  cuidados de rotina junto com a mae neonatal adequada, com estabelecimento e manutenção da
respiração e a estabilização da temperatura

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal
Apgar < 7  reavaliar a cada 5 min até o 20º minuto depois de minutos, que é o momento que leva até ele parar de pulsar,
nascer após sua extração completa da cavidade uterina

Sendo que, nesse período, o RN pode ser posicionado sobre o


tórax ou abdome materno
ASSEGURAR BOA TEMPERATURA
 Quando fazer o clampeamento imediato  em até 1
Após isso, realiza-se a verificação da temperatura axilar minuto
Nos casos de descolamento de placenta, placenta prévia,
ruptura ou nó de cordão
Ou se o RN a partir de 34 semanas não inicia a respiração ou
não mostra um tônus muscular em flexão

Logo, para garantir a faixa de temperatura normal do RN, a sala


de parto deve estar entre 23 a 26°c, também secar o segmento
cefálico com compressas aquecidas e deixar ele com a mãe pele
a pele
Isso porque o frio prolongado retarda a recuperação da acidose
e aumenta o consumo de oxigênio, além de causar hipoglicemia
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
REALIZAR EXAME FÍSICO SUMÁRIO  Estatura
Deve ser um exame objetio e rápido, no intuito de evitar a perda Deve ser usada uma régua antropométrica ou graduada, a
de calor, buscando identificar: cabeça na extremidade fixa e as perninhas esticadas
 Malformações cogenitas Estatura média do RN: 50 cm
 Traumetismo obstétrico (hematomas, fratura de clavícula
etc)
 Desconforto respiratório
 Sopro cardíaco
 Massa abdominal (como hepatoesplenomegania)
 Fenda palatina etc
Buscando descartar:  Perímetro cefálico
 Artéria umbilical única Com a fita métrica, passando pela região mais proeminente do
 Onfalocele occipital até as bordas sobraorbitárias (glabela)
 Defeitos de fechamento do tubo neural
PC médio = 34 a 36 cm
 Defeito dos membros etc

CLAMPEAMENTO DO CORDÃO UMBILICAL COM IG IGUAL


OU SUPERIOR A 34 SEMANAS
A OMS recomenda que o RN a partir de 34 semanas com
respiração adequada e tônus muscular em flexão ao
nascimento, clampear o cordão umbilical entre 1 a 3

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal
 Perímetro torácico O ultimo passo, é vestir o recém-nascido para mantê-lo
aquecido
Com a fita métrica, passa pela linha intermamilar (entre os
peitinhos) MÉTODO DE CREDÉ – (PROFILAXIA OCULAR)
PT médio = geralmente 2 cm menor que o PC (32 a 34) A profilaxia ocular também é importante, já que evita infecções
oculares e podem ser transmitidas durante a passagem do RN
pelo canal de parto
Aplica-se colírio oftalmológico de antibiótico nos dois olhos, na
primeira hora após o nascimento, abrindo as pálpebras com os
dedos e pingando no ângulo interno da pálpebra inferior, o mais
utilizado é o nitrato de prata 1% ou tetraciclina 1%

 Perímetro abdominal VACINAS

Com a fita métrica, logo acima do coto umbilical Todos os RN devem receber

PA normal = em média, 2 cm menor que o PT (30 a 32)  Vacina contra hepatite B


o Independente do peso ao nascer
IDENTIFICAÇÃO o Nas primeiras 12 horas de vida
o 2ª dose = aos 2 meses
É importante identificar o RN, pela pulseirinha e impressão do
o 3ª dose = aos 6 meses
pé direito na declaração de nascido vivo e prontuário hospitalar,
junto com a digital da sua mãe Obs: em mais HBsAg + deve-se administrar a vacin

 Vacina BCG para tuberculose


o Dose única
o Para os bbs com peso de nascimento igual ou superior a
2kg

ORIENTAÇÕES
Realizar tipagem sanguínea e fazer ou orientar os testes:

 Da orelhinha
 Do pezinho  com 48 horas de vida, tempo mínimo
ADMINISTRÇAÃO DE KANAKION
suficiente para ingesta de leite materno necessário para
Devida a pequena passagem de vitamina K pela placenta e à avaliar a existecia de certas alterações
ausência de flora intestinal para produzí-la, além de ter pouco  Da linguinha
no leite materno, é recomendada  Dos olhinhos
 Do coraçãozinho  depois de 24 horas de vida e antes de
Deve-se administrar de forma profilática, vitamina K
levar alta hospitalar
rotineiramente em todos os RN  importante para prevenir
sangramentos precoce (doença hemorrágica do RN) e Todos os RN devem ser estimulados a iniciar a
sangramentos posteriores amamentação na 1ª hora de vida, exceto:
Administra-se 1mg por via intramuscular  Bbs de mães portadoras de HIV ou HLTV
Nesses casos, indica-se uma fórmula infantil

CLASSIFICAÇÃO CLÍNICA DA IDADE GESTACIONAL

A determinação da IG do RN pode ser verificada através de


características somáticas e neurológicas, para isso, existem 3
tipos de métodos empregados

 Método de capurro somático

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal
 Método de capurro neurológico  Somática
 Método de ballard o Forma da orelha
o Tamanho da g mamaria
MÉTODO DE CAPURRO SOMÁTICO o Textura da pele
o Pregas plantares
Utiliza 5 parâmetros somáticos, cada um com uma certa
pontuação, devendo-se usar a formula abaixo para calcular a IG  Neurológica
o Sinal do cachecol
É aplicável para RN de 29 semanas ou mais. o Posição da cabeça ao levantar o RN

Soma dos 5 parâmetros + 204 / 7 = idade gestacional


Margem de erro = ± 1 semana

 Avalia forma da orelha


 Tamanho da glândula mamária
 Formação do mamilo
 Textura da pele
 Pregas plantares
Sinal do cachecol

 0 pontos quando o cotovelo alcançar a linha axilar anterior do


lado oposto
 6 pontos quando o cotovelo estiver entre a LAA do lado oposto
e a linha media
 12 pontos quando o cotovelo estiver no nivel da LM
 18 pontos quando o cotovelo está entre a LM e a LAA do
mesmo lado

Soma dos 6 parâmetros + 200 / 7 = idade gestacional


Margem de erro ± 2 semanas

MÉTODO DE BALLARD
Utiliza-se 6 parâmetros somáticos e 6 neurológicos, é simples,
consome pouco tempo na execução e uma vantagem que é
aplicável a todos os RN, inclusive os que estão em terapia
Por exemplo
intensiva
Porém, ela tem uma tendência de que a idade seja
superestimada em RN muito prematuros

MÉTODO CAPURRO NEUROLÓGICO


Ele avalia 4 caracteristicas somáticas e 2 neurológicas

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal
a janela quadrada é o ângulo de flexão do punho O pós-termo é um fator de risco para insuficiência placentária e
síndromes asfixiantes

CLASSIFICAÇÃO DO PESO AO NASCER

CLASSIFICAÇÃO RELACIONANDO PESO COM IG


Existe um gráfico que relaciona o peso com a IG, determinando
se ele é adequado para sua idade gestacional ou não. Para
preenchê-lo, são necessárias algumas informações:

CURVA DE FENTON

CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM-NASCIDO

Todos os RN devem ser classificados imediatamente após o


nascimento segundo seu peso e IG (idade gestacional)
São muito importantes pois indicam o grau de risco no momento
do nascimento, além disso, a morbidade e mortalidade neonatal
são inversamente proporcionais ao peso e a IG A classificação é assim, dependendo do ponto que marcar na
curva:
CLASSIFICAÇÃO DA IDADE GESTACIONAL
- pequeno para a idade gestacional (PIG)  quando o ponto
Pode ser determinada pela DUM, US e métodos clínicos como se localiza abaixo do percentil 10 para sua idade gestacional
o de Capurro
- adequado para a idade gestacional (AIG)  quando o ponto
- pré-termo  menos de 37 semanas, independente do peso se localiza entre as curvas do percentil 10 e percentil 90, para a
sua idade gestacional
- termo  quando o RN tem entre 37 e 42 semanas,
independente do peso - grande para sua idade gestacional (GIG)  quando se
localiza acima de p90, para sua idade gestacional
- pós-termo  quando o RN tem acima de 42 semanas

 Observações
A prematuridade é um fator de risco para imaturidade pulmonar,
infecções, distúrbios metabólicos e nutricionais, retinopatia,
atraso do desenvolvimento neuropisocomotor etc

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal
REANIMAÇÃO NEONATAL

Existem diversos fatores de risco que devem ser observados


através da anamnese com a mãe sobre o período gestacional,
pois assim permite uma melhor preparação da equipe obstétrica
RESUMO DAS CONDUTAS
1. Condutas iniciais
2. VPP
3. Uso de oxigênio
4. Massagem cardíaca com compressão torácica
5. Epinefrina
Está indicada quando os passos anteriores da reanimação
neonatal não forem efetivos

PASSOS INICIAIS DA REANIMAÇÃO


Se o RN tiver as seguintes condições, ele deve ser levado para
Em todo parto, deve haver a disponibilidade do material
a mesa de reanimação para iniciar os primeiros passos
necessário e a presença de uma equipe treinada em
reanimação neonatal. O material é destinado para manter a  Pré-termo
temperatura, aspiração de vias aéreas, ventilação e adm de  Não estiver respirando
medicações, tudo regulamentado pelo MS  Apresentar hipotônico (tônus flácido)

Todo esse procedimento deve durar 30s


Uma vez feitos os passos iniciais, avalia-se a FC (em 6
segundos e multiplica-se por 10) e a respiração. Depois,
verificar:

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal
VENTILAÇÃO COM PRESSÃO POSITIVA (VPP)
É indicada quando, após a execução dos passos iniciais em 30s,
o RN apresentar pelo menos umas das situações

 Apneia
 Respiração irregular
 FC menor que 100bpm
É o ponto crítico para o sucesso da reanimação, e deve ser
 Resultado
realizado em até 60 segundos (Golden minute) pois tem o
objetivo de inflar os pulmões do RN e levar à dilatação da
vasculatura pulmonar e à hematose apropriada
Vai começar primeiramente usando o oxigênio do ar ambiente
(técnica de ventila-solta-solta), e colocar um oxímetro em
MMSS direito e um monitor cardíaco para monitorar a FC

PRÓXIMO PASSO: MASSAGEM CARDÍACA


A asfixia pode desencadear vasoconstrição periférica,
hipoxemia tecidual, diminuição da contratilidade miocárdica,
bradicardia e evoluir para uma parada cardíaca e na maioria
dos pacientes, a ventilação adequada reverte esse quadro
USO DO OXIGÊNIO Porém, se depois de 30s com oxigênio suplementar e
A necessidade de oxigênio vai ser titulada conforme a saturação reavaliação da técnica correta, o RN persistir com FC <
de O2 esperada para cada minuto de vida 60bpm, dá-se inicio à massagem cardíaca

 Técnica
A ventilação e a massagem cardíaca são realizadas de forma
sincronizada na relação 3:1 – 3 movimentos de massagem
para 1 movimento de ventilação  por isso são necessário pelo
menos 2 pessoas aptas, com o objetivo de:
Se estiver ventilando o RN e ele não chegou a saturação - comprimir o coração contra a espinha dorsal
esperada por tempo de vida, é necessário adicionar oxigênio
- aumentar a pressão intratorácica
 Como é feito a adição de O2
- circular o sangue até os órgãos vitais do corpo
Se tiver o blender e o oximetro disponível, a adição é feita pelo
A compressão cardíaca é realizada no apêndice xifoide, por
incremento de 20% em 20% de O2. Sempre esperar 30s para
meio da técnica dos 2 polegares sobrepostos
reavaliar a saturação antes de incrementar outra dose de
oxigênio de novo A massagem deve continuar enquanto a FC estiver inferior a
60bpm
Se não tiver blender (máquina de oxigênio) e oximetro de pulso,
aumentar de 21% (ambiente) para 100%

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal

 Melhora do RN
Se a FC ficou acima de 60bpm  interrompe-se a massagem
FC > 100bpm + respirações espontâneas regualares 
administra o O2 inalatório através do cateter + vai retirando o O2
gradualmente

ADRENALINA

 RN não melhorou com massagem cardíaca + VPP


É considerado falha no procedimento  quando depois de
60s de VPP e oxigênio a 100% + massagem cardíaca, a FC do
RN mantem menor que 60bpm
FC abaixo de 60bpm  indicado o uso de adrenalina. ET 1 dose

REFERÊNCIAS

Tratado de pediatria SBP 2017


Fisiologia Guyton 13ª edição
Rotinas em Obstetrícia 2017
Manual AIDPI neonatal 5ª edição
Manual de habilidades profissionais: atenção à saúde do recém-
nascido da UEPA (universidade do estado do pará) 2018

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Assistência neonatal

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
EXAME CLÍNICO DO RECÉM-NASCIDO  RN com apresentação anormal

 Exame físico sumário Pélvica  extensão dos MMII sobre o tronco (genu
recurvatum)
Na sala de parto, já é realizado um exame físico sumário,
bem rápido (por causa que o bb não pode perder muito calor),
valorizando-se a nota de apgar e a detecção de malformação
e alteração cardiorrespiratória neonatal
Assim, permite-se diferenciar aqueles RN:
Normais e hígidos  podem ir para o alojamento conjunto com Apresentação de face  ocorre a hiperextensão da cabeça
a mãe
Os que precisam de atenção  são levados para a unidade de
RN de risco, o berçário, por necessitarem de uma observação
mais cuidadosa

 Exame físico completo  RN prematuro, com má formações ou com sofrimento


perinatal
Depois, após 6 horas ou 2-4 horas (mario lopez) de nascido,
deve-se realizar um exame físico completo, pode ser feito no Tendem a ser hipotônicos, com membros em extensão
alojamento conjunto ou no berçário, pelo mesmo pediatra que (largados), por exemplo, bbs com síndrome de down,
atende na sala de parto miastenia gravis

 Preparação ESTADO DE HIDRATAÇÃO


Deve-se retirar acessórios, lavar as mãos e antebraços até o Deve ser avaliado pela umidade da mucosa oral, temperatura e
cotovelo com água e sabão. As vezes, álcool gel 70% podem adequada diurese (se tiver oliguria, provavelmente o bb está
ser usados tbm desidratado)
O bb deve estar completamente despido, em temperatura Edema de pálpebra é fisiológico nessa faixa etária, mas, o
ambiente de 26 a 30ºc edema generalizado ganha valor na prematuridade, doença
hemolítica perinatal grave e nefrose congênita
O exame físico é flexível: aproveita os momentos que o bb
está tranquilo, buscando avaliar melhor alguns aspectos que Sífilis  ocorre edema localizado nas grandes articulações, e
poderiam ser comprometidos se ele estivesse chorando, pode ser doloroso
depois, a sequência céfalo-podálica pode ter sua ordem
alterada Traumatismos fisiológicos do parto sobre o couro cabeludo 
bossa serossanguinea e cefalematoma
ASPECTO GERAL

ATITE DO RN
É parcialmente reproduzida conforme a postura dentro do útero
materno

 RN a termo, sem anormalidades clínicos


PRESENÇA DE ALTERAÇÕES
Se apresentam, em decúbito dorsal, com os membros
semifletidos e com laterização da cabeça Importante avaliar a presença de sinais de desconforto
respiratório, como:

 Batimento das asas nasais


 Movimentos dos músculos intercostais
 Cianose central
 Choro fraco

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
CHORO
Choro fisiológico  deve ser rítmico, sonoro e de timbre
variável (pode ser fome, frio etc)
Choro de timbre alto e agudo  acontece quando há algum
dano cerebral
CIANOSE
Gemência ou ausência de choro  diagnostico de
sofrimento respiratório ou dano cerebral  Cianose periférica

Choro fraco (miado)  observado na síndrome de Cri du Comum nos recém-nascidos, melhora com o aquecimento
Chat/miado de gato, em que há a deleção parcial do braço do  Cianose central
cromossomo 5
É preocupante, pode estar associada com doenças
FÁCEIS cardiorrespiratórias

Pode ser típica ou atípica, sendo essa ultima muito importante ICTERÍCIA
para caracterizar alguma síndrome cromossômica  síndrome
de down, síndrome do miado de gato, síndrome de Edwards É a cor amarelada devido a impregnação da bilirrubina e tem
etc importância variável com a época do seu aparecimento, porque
a icterícia neonatal ocorre no sentido crânio-caudal

 Antes das 36h de vida - precoce


Potencialmente patológicas, sugerindo alguma patologia
neonatal  doença hemolítica perinatal, infecção congênita

 Depois das 36h – tardias

PELE E ANEXOS São consideradas fisiológicas e benignas

TEXTURA E UMIDADE
Bb pré termo  tem pele fina e gelatinosa
Bb a termo  pele lisa, brilhante, rósea, com turgor e
elasticidade preservados
Bb pós termo  pele seca e enrugada, muitas vezes com
descamação ACHADOS CLÍNICOS FISIOLÓGICOS
COR  Milium sebáceo
RN brancos e sadios  levemente rosados, os bbs de pais Pontinhos amarelos-esbranquiçados que aparecem com
negros tendem a ser levemente avermelhados frequência no nariz, queico, pálpebras e região frontal
Palidez  pode indicar anemia, hipóxia grave e Surgem como resultado da obstrução de glândulas sebáceas
vasoconstrição periférica por estrógeno materno, desaparecendo em poucas semanas
Acentuada eritrodermia acompanhada de acidose metabólica
moderada  ocorre no filho de mãe diabética
Obs: bebê alerquim: quando existe apenas um hemicorpo,
direito ou esquerdo, com eritrodermia (pele vermelha), sendo o
outro com cor normal. É um achado normalmente benigno

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
 Lanugem Obs: nas infecções congênitas podem haver hipertrofia
ganglionar
Pelos finos, no dorso ou no couro cabeludo, achado mais
comum em prematuros e desaparecem em poucos dias MUCOSAS

Deve-se observar a cor, umidade e se tem ou não presença de


lesões

CABEÇA E PESCOÇO

AVALIAÇÃO DO PERÍMETRO CEFÁLICO


Importante avaliar, tendo como parâmetro o normal para RN a
 Vernix caseoso
termo  34-36 cm
Material gorduroso e esbranquiçado que oferece proteção e
Sexo feminino  PC menor que 31,5  microcefalia
isolamento térmico, mais comum em bbs prematuros também
Sexo masculino  PC menor que 32  microcefalia

PALPAÇÃO DAS FONTANELAS


Nos bbs, palpam-se as fontanelas bregmática (anterior) e
lamboide (posterior) procurando avaliar

 Manchas ectásicas
Mais comum nas pálpebras, por causa da dilatação capilar
superficial, desaparecendo com o crescimento

 Tensão
 Tamanho
 Abaulamento ou depressão
 Pulsações
 Distância
o O afastamento de suturas associado a grandes
perímetros cefálicos exige a medida diária do PC,
 Mancha mongólica para se afastar hidrocefalia progressiva
Mancha azul-acizentada, normalmente no dorso e na região  Fontanela bregmática
lombossacra, encontrado em RN com tonalidade mais escura Representa cerca de 2 polpas digitais, se fecha em torno no
da pele. Não possuem significado patológico e desaparecem 18º mês de vida
com os anos
Abaulada  sugere aumento da pressão intracraniana, como
ocorre na meningite, hidrocefalia etc
Deprimida  indicativo de desidratação, associados a outros
sinais

PALPAÇÃO DOS GÂNGLIOS

Todas as cadeias ganglionares devem ser palpadas,


principalmente as cervicais, axilares e inguinais
Se tiver, descrever o número de gânglios palpáveis, seu
tamanho, consistência, mobilidade e sinais inflamatórios

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
 Fontanela lamdoide
Mede cerca de 1 polpa digital, fecha-se por volta do 1º ou 2º
mês de vida

SUFUSÕES HEMORRÁGICAS Esse exame é o teste do olhinho que pode ajudar na


Em RNs com apresentação cefálica, é comum a presença de identificação de eventuais ‘’massas’’ esbranquiçadas
sufusões hemorrágicas no couro cabeludo e de tamanho intraoculares
variáveis e características fisiológicas, dividindo-se em 2 OUVIDOS
grupos
Devem ser examinadas
 Cefalematoma
o Derrame sanguíneo subperiósteo  Quanto a forma
o Decorre do rompimento de um vaso do periósteo  Quando a implantação (orelhas baixa implantadas são
pela pressão dos ossos cranianos contra a bacia característico de síndrome de down e defeitos renais)
materna
o Consistência liquida
o Moderadamente dolorosa à palpação
o Não cruza a linha das suturas, se limita apenas ao
osso craniano que foi atingido
o Desaparece em semanas (mais demorado)

 Notar se há presença de papilomas pré-auriculares

 Bossa serossanguínea
o Aparecimento mais rápido
o É um edema de partes moles, de couro cabeludo,
extraperiósteo
o Edema de rompimento de capilares do subcutâneo
o Gera um sinal de cacifo positivo NARIZ
o Menos doloroso
Espirros são frequentes, notar se há batimento de asas nasais
o Seus limites são indefinidos e não respeitam as
(é um sinal de dificuldade respiratória) ou obstrução nasal
linhas de sutura óssea
(tampa uma narina e vê se sai ar da outra)
o Desaparece nos primeiros dias
BOCA
OLHOS
deve ser observada cuidadosamente, durante o choro ou ao
São mais facilmente examinados colocando o RN em posição tracionar o queixo do bb pra baixo, colocando-se um dedo na
semi-sentada, porque facilita a abertura das pálpebras boca dele (importante pra observar se há sucção também)
Normalmente, elas podem estar edemaciadas por causa do
colírio nitrato de prata

 Avaliar a distância entre os olhos


 Avaliar a simetria entre as pupilas
 Avaliar a reatividade pupilar

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
 Observar as mucosas Isso deve ser distinguido de mastite – oriunda de infecção
stafilocócica
Pode-se encontrar aftas de Bednar, decorrente da lesão
traumática da mucosa por aspiração ou limpeza agressiva logo  Aparelho respiratório
após o parto
Importante avaliar com o bb calmo, a respiração é
A presença de saliva espessa  indica hidratação predominantemente abdominal sendo comum ter variações
na frequência respiratória, podendo haver pausas de 5
Sialorreia (muita saliva)  pode ser sugestiva de atresia de
segundos em pré-termos
esôfago
Porém, se houver a parada respiratória por mais de 2os,
 Avaliar a forma do palato associado a cianose e bradicardia, têm-se indicativo de apneia
Se ele é em forma normal ou em ogiva e sua integridade – se
há fenda palatina, que pode ocorrer de forma isolada ou
associada com o lábio leporino

 Gengiva
deve-se verificar a presença de cistos de retenção gengival e Ausculta  nota-se murmúrios vesiculares e ruídos
dentes supranumerários – se a implantação dele for frouxa, adventícios, assim como roncos, comum ao nascimento
deve ser extraído porque pode ter o risco de aspiração
 Aparelho cardiorrespiratório
PESCOÇO Ausculta  deve-se avaliar os focos cardíacos, podendo
No RN, o pescoço é curto e grosso e com boa mobilidade encontrar sopros e arritmias que estão presentes ao
nascimento e são transitórios, principalmente nos primeiros 2
 Palpação na região mediana dias de vida
Palpar para detectar o crescimento anormal da tireoide (bócio)
ou se tem fistulas com cistos por persistência do ducto
tireoglosso

 Palpação na região lateral


Verificar a presença de estase jugular e palpar o musculo
esternocleidomastoideo para verificar se há contraturas A PA só pode ser feita com precisao usando o método de
(torcicolo congênito) doppler (ultrassom) e tem muito valor nas situações de cuidado
intensivo neonatal
Presença de pele redundante na nuca  característico de
síndrome de down
Presença de pele redundante na parte lateral  chamado
de pescoço alado, identifica síndrome de turner
Palpação  palpar a região precordial em busca do ICA, e de
frêmitos. Também é importante palpar os pulsos periféricos
(braquiais, radiais e femorais).
Em caso de femorais ausentes, isso pode ser indicativo de
TÓRAX coarctação da aorta (estreitamento)

O tórax do RN tem forma cilíndrica, com PT cerca de 2cm ABDOME


menor que PC, se tiver assimetria, é indicativo de patologia
 Inspeção – parede abdominal
 Observação dos mamilos
O abdome é semigloboso e normalmente deve ter 2-3cm
Os mamilos normalmente medem 1 cm mas eles podem estar menor que o PC.
hipertrofiados ao nascimento pela influencia do estrogênio
materno, as vezes podendo ocorrer galactorreia Abdome escavado  sugere hérnia diafragmática

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
A higiene da região umbilical é feita com álcool 70 para
proteger contra infecção, pelo menos 1 vez ao dia

 Avaliação do mecônio
A eliminação do mecônio normalmente ocorre nas primeiras
24-36horas de vida  verde escuro
Abdome globoso  sugere ascite, obstrução de alças
intestinais etc
Pode-se ainda detectar defeitos da parede abdominal, como
onfalocele e gastrosquise
Onfalocele  herniação da linha média, recoberta por saco
peritoneal, com o cordão umbilical inserido no centro dessa
Depois, começa a eliminação de fezes de transição 
massa
esverdeado e liquefeito
Gastrosquise  o defeito está à direita do umbigo, alças
 Percussão
intestinais podem se exteriorizar através da abertura, e não
tem saco peritoneal recobrindo Som timpânico, menos na região do fígado

 Palpação
Realizar tanto a superficial quanto a profunda no RN
adormecido. No RN normal, não há presença de massas
abdominais, apenas o fígado pode ser palpado 1-2cm abaixo
do RCD, mas o baço não deve ser palpado (se for, sugere
infecção congênita)

 Inspeção – coto umbilical


Inicialmente – gelatinoco e vai secando progressivamente
Mumificação – iniciada entre o 3-4º dia de vida, e desprende-
se até o 15º dia
Avaliar – se tem 2 arterias e 1 veia, que é o normal. Se tiver
artéria única pode estar associado com anomalias renais e
problemas genéticos, principalmente trissomia do 18
 Ausculta
Presença de ruídos hidroaéreos,
Aumentados  sugerem obstrução
Ausentes  sugerem doença grave

GENITÁLIA MASCULINA
Presença de secreções? – se tiver secreções + eritema da
 Pênis
pele ao redor da implantação umbilical, pode ser indicativo de
onfalite  risco Mede normalmente de 2-3 cm, a glande normalmente não está
exposta e o orifício do prepúcio é estreito, então a fimose é
habitual em todo RN, não exigindo nesse momento manobras
de descolamento e cirurgias

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
Importante observar se há alterações como epispádia (orifício Estrogênio cruzando a placenta podem levar a sangramentos
uretral na face dorsal) e hipospádia (orifício uretral na face do endométrio da RN, como uma ‘’menarca neonatal’’
ventral)
 Imperfuração do hímen
Pode levar a uma condição chamada hidrocolpos, que se
manifesta pelo hímen abaulado, em forma de bolsa, sendo
necessária intervenção cirúrgica no período neonatal

 Bolsa escrotal
É rugosa no RN a termo e durante a palpação verifica-se a
presença dos testículos (se não estiveram lá  sugere
criptorquidia), sua sensibilidade (não deve ser hipersensível),
sua consistência (firme) e o tamanho (1cm)  Anomalias
Anomalias anorretais podem levar à eliminação de mecônio
pela vagina/uretra feminina

ÂNUS

O exame inicial é obrigatório para a detecção de anomalias


anorretais e fistulas
Não se recomenda, de rotina, o toque ou introdução de sonda
O aumento testicular indica hidrocele  o efeito do retal para verificação de sua permeabilidade (no mario lopez
estrogênio materno leva ao edema de bolsa escrotal, que fala até que deve ser observada a permeabilidade através de
persiste por meses, sem a necessidade de qualquer punção ou um termômetro retal que auxilia também na obtenção da 1ª
tratamento temperatura corporal)
Deve-se atentar para: genitália ambígua, torção testicular COLUNA OU DORSO
(quando tá duro, doloroso e arroxeado, grave se não tratar com
urgência) e assimetrias testiculares Com o RN em decúbito ventral, deve-se correr os dedos ao
longo da coluna para evidenciar defeitos vertebrais, bem como
GENITÁLIA FEMININA a presença de escoliose
O tamanho dos grandes lábios depende do deposito de godura Ainda é possível visualizar importantes alterações de
e da IG e o sulco entre os lábios pequenos e grandes é fechamento de tubo neural, como espinha bífida, mielocele
recoberto pelo vernix ou mielomeningocele

OSTEOARTICULAR
Principalmente em RNs a termo, sob a ação do estrogênio
 Mão
materno, ocorre a hipertrofia do hímen e deve-se observar a
perfuração himenal, por onde é comum a saída de liquido Analisar as pregas palmares (se for única  indicativo de
mucoide e leitoso síndrome de down)

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
Pode-se encontrar também polidactilia (dedos extras),  Pés
sindactilia (dedos unidos), aracnodactilia (dedos longos e
finos, parecendo perna de aranha) e clinodactilia (quando um Atentar para pés tortos, que podem ter tanto origem posicional
dedo apresenta uma curvatura) (devido a posição adotada intrauterina) ou congênito

 Membros
SISTEMA NERVOSO
Observar se tem simetria na movimentação (descartar
possíveis fraturas de parto) É a busca pelos reflexos primitivos, que são respostas
motoras involuntárias presentes nos bebes desde o
 Ossos nascimento, até mais ou menos 6 meses
Pesquisar por agenesia (falta de desenvolvimento) Avalia a postura, resposta ao manuseio e o choro e deve ser
feito simultaneamente ao EF geral, 12 horas de vida (pra não
- fratura de clavícula
ser influenciado pelo estresse pós-parto)
Nesses casos, sente-se uma crepitação no local e também irá
observar dor no RN, costuma ter evolução benigna com tipoia

- articulação coxo-femural
Atentar para a displasia do quadril (há certa instabilidade da
articulação ao nascimento), se houver, importante tratar no
período neonatal. A avaliação é feita por meio da manobra de
Barlow e Ortonali

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
ORIENTAÇÕES

 AMAMENTAÇAO

importância, desvantagem da introdução de outros tipos de


alimentos,

duração (2 anos ou mais, sendo exclusiva nos primeiros 6


meses),

prevenção de problemas como fissuras e manutenção de


hábitos saudáveis pela mãe.

É fundamental que os profissionais de saúde observem as


mamadas e auxiliem as mães e os bebês a praticarem a
amamentação com técnica adequada.

 USO DE MAMADEIRA

água, chás e principalmente outros leites devem ser evitados


(evidências de desmame precoce e aumento da
morbimortalidade infantil.
ALOJAMENTO CONJUNTO A mamadeira > fonte de contaminação + influencia
negativamente na amamentação
Após a finalização dos procedimentos de sala de parto, a mãe,
juntamente com o RN, deve ir para um local dentro da
 USO DE CHUPETA
maternidade que permita que fiquem juntos por 24h/dia até a
alta hospitalar (e não para o berçário).
desaconselhada - desmame precoce.
Para isso, foi implantado o sistema de alojamento conjunto nas
maior ocorrência de candidíase oral, de otite média e de
maternidades, cuja presença nos hospitais integrantes do SUS
alterações do
se tornou obrigatória em 1993.
palato.
População-alvo:
 COMPORTAMENTO NORMAL DO RN
Mães em boas condições e RN com boa vitalidade, capacidade
fundamental para a tranquilidade de todos os membros da
de sucção e controle
família.
térmico.
O comportamento dos RNs é muito variável e depende de vários
O único impedimento, é a mãe ou o RN apresentarem alguma
fatores, como IG, personalidade e sensibilidade do bebê,
intercorrência clínica que necessite de intervenções não
experiências intrauterinas e do parto,
realizáveis no AC.
Faz parte do comportamento normal dos RNs mamar com
Funções da equipe:
frequência, sem horários preestabelecidos.
● Encorajar o aleitamento materno sob livre demanda;
choro: nem sempre significa fome, leite fraco ou insuficiente (as
● Não dar outro alimento se não o leite materno (se não
maes ficam preocupadas)
recomendado);
● Não fornecer bicos artificiais (podem prejudicar a
 POSIÇÃO DO BB PRA DORMIR
amamentação);
● Orientar que as mãe não amamentem outro RN para evitar
para dormir, a posição supina (barriga pra cima) - única
contaminação;
recomendada pelo Ministério da Saúde do Brasil
● Realizar visitas diárias para esclarecer e orientar as mães.

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
 ACOMPANHAMENTO DA CRIANÇA
● Vantagens: reduz o número de infecções hospitalares, menor
Toda criança deveria sair da maternidade com a primeira tempo de internação, diminui custos hospitalares.
consulta agendada em um serviço de saúde ou consultório, de ● Desvantagens: pouco tempo para orientações, falha na
preferência na primeira semana de vida, segundo identificação de problemas neonatais e maternos diversos, não
recomendação do Ministério da Saúde. realização da triagem neonatal, aumento das reinternações
(icterícia, febre, desidratação).
A Caderneta da Criança é distribuída gratuitamente a todas as
crianças nascidas no território nacional  observação

Antes da alta hospitalar, a caderneta deve ser preenchida com RN que receberam alta antes de 48h devem ser examinado por
as condições de parto e nascimento pelo profissional que pediatra nas próximas 48-72h para se avaliar a saúde geral
atendeu o RN e explicado o conteúdo aos pais; (alimentação, hidratação, icterícia), a adequada eliminação de
fezes e urina, reforçar as técnicas de higiene, avaliar a
VANTAGENS segurança e habilidade dos pais com RN, rever testes
laboratoriais.
 atendimento é humanizado;
 permite maior envolvimento dos pais e maiores vínculos ORIENTAÇÃO ANTES DA ALTA
com a criança;
 melhora capacidade dos pais de assumirem os cuidados do ● Esclarecer benefícios da amamentação;
bb quando chegar em casa ● Verificar VDRL, HIV e demais sorologias;
 promoção do aleitamento materno ● Verificar perda total de peso;
 início da rotina mãe-filho; ● Verificar tipagem sanguínea da mãe e RN e teste de Coombs;
 RN estabelece ritmo próprio de amamentação e perde ● Avaliar risco de hiperbilirrubinemia;
menos peso; ● Realizar teste do pezinho, da orelhinha, reflexo vermelho e
teste do coraçãozinho;
ALTA HOSPITALAR ● Vacinação (BCG e Hepatite B);
● Alta após 48h: RN em condições clínicas estáveis, em
aleitamento materno e sem
O Ministério da Saúde afirma que não devem ser dadas altas intercorrências clínicas;
antes de 48h por dois motivos: ● Retorno ambulatorial 48 e 72h após alta.
1. devido ao alto teor educativo das orientações recebidas no
alojamento conjunto HOSPITAL AMIGO DA CRIANÇA
2. é um período importante na identificação de patologias.

critérios para o tempo de permanência e alta hospitalar de Lançada pela ONU e pela Unicef em 1991, é uma estratégia de
puérperas submetidas ao parto vaginal: intervenção na assistência hospitalar ao nascimento com foco
na implementação de práticas que promovem o aleitamento
● Evolução sem complicações; materno exclusivo desde as primeiras horas de vida e com o
● RN com peso adequado para IG; apoio de medidas que impactam positivamente a amamentação.
● Ausência de anormalidades na transição para vida
extrauterina; OBJETIVO
● Eliminação de mecônio espontaneamente e diurese;
● Habilidade do RN para amamentação; aumentar a probabilidade de amamentação exclusiva durante
● Sinais vitais RN normais; os primeiros 6 meses de vida e a oferta de alimentos
● Administração das orientações sobre amamentação; complementares adequados, com a continuidade da
● Revisão de EF e laboratoriais; amamentação por dois anos ou mais.
● Realização dos testes de triagem e imunização;
● Orientações sobre a posição para dormir. CRITÉRIOS PARA O CREDENCIAMENTO

ALTA PRECOCE E MUITO PRECOCE Para que os hospitais e as maternidades possam aderir ao
programa, esses devem garantir o cumprimento cerca de 80%
A Academia Americana de Pediatria delimitou como alta das exigências da iniciativa e devem cumprir os 10 passos para
precoce a que ocorre dentro de 48h pós-parto, e a muito o sucesso do aleitamento materno.
precoce, 24h.

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Semiologia do recém-nascido
• Implementar a atenção humanizada às mulheres em situação
de violência sexual

• Implementar a atenção humanizada às mulheres em situação


de abortamento e aborto legal.

REDE CEGONHA

A Rede Cegonha é um pacote de ações para garantir o


atendimento de qualidade, seguro e humanizada para todas as
mulheres. Tudo dentro do Sistema Único de Saúde (SUS).
PROJETO APICE ON (Aprimoramento e Inovação
no Cuidado e Ensino em Obstetrícia e Possui 4 componentes:
Neonatologia)
 pré natal
 parto e nascimento
- é uma iniciativa do MS e tem a UFMG como instituição  puerpério e atenção integral à saúde da criança
executora  sistema logístico que refere-se ao transporte sanitário e
- O projeto Apice On é constituído por uma rede de 97 hospitais regulação
com atividades de ensino em todo território nacional
OBJETIVOS
PROPÕE
promover a implementação de novo modelo de atenção à saúde
 qualificação nos campos de atenção da mulher e à saúde da criança com foco na atenção ao parto,
 cuidado ao parto e nascimento; ao nascimento, ao crescimento e ao desenvolvimento da
 planejamento reprodutivo pós-parto e pós-aborto; criança;
 atenção às mulheres em situações de violência sexual, de
abortamento e aborto legal; • Organizar a Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil para
que esta garanta acesso, acolhimento e resolutividade; e
LOCAIS QUE PODEM IMPLANTAR • Reduzir a mortalidade materna e infantil com ênfase no
componente neonatal
em hospitais com as seguintes características:
de ensino, universitários e / ou que atuam como unidade auxiliar
de ensino, no âmbito da Rede Cegonha.

OBJETIVOS

 objetivo geral
Qualificar os processos de atenção, gestão e formação relativos
ao parto, nascimento e ao abortamento nos hospitais

 objetivos específicos REFERÊNCIAS


Semiologia Médica Mario Lopez – 5ª edição
• Qualificar o ensino e o exercício da obstetrícia e neonatologia,
com base nas melhores evidências científicas, segurança e Manual de Habilidades – atenção à saúde do RN da UEPA
garantia de direitos.
Atenção à saúde do recém-nascido – MS 2014
• Promover a incorporação das Diretrizes Nacionais para o Parto Iniciativa Hospital Amigo da criança – OMS 2008
Normal e as Diretrizes de Atenção à Gestante
Departamento de Neonatologia – SBP. Tempo de permanência
• Fortalecer as ações de saúde sexual e saúde reprodutiva com hospitalar do RN a termo saudável (2012)
oferta de anticoncepção pós-parto (APP) e pós-abortamento
(APA). Rede Cegonha – MS
Projeto Apice on – Portal de boas práticas (fiocruz)

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Lactação e triagem neonatal


COMPOSIÇÃO DO LEITE MATERNO  O leite materno é rico em ácidos graxos insaturdos de
cadeia longa
A partir do 2º trimestre de gestação até o parto, a mãe produz o o Importante pata o desenvolvimento e mielinização
colostro, que é o primeiro leite, de característica branco do cérebro
amarelado, ele evolui para o leite de transição e leite maduro  O leite materno tem maior teor de colesterol que o leite de
entre 3 a 14 dias após o nascimento vaca
o Promove indução de sistemas enzimáticos que
regulam o metabolismo do colesterol na vida adulta
 prevenção de doenças cardiovasculares
 Acido araquidônico e linoleico, gorduras poli-insaturaadas
existem em maiores concentrações no leite humano do que
no de vaca
o Importante na síntese de prostaglandinas
 O leite materno possui baixa concentração de vitamina K,
D e ferro, por isso as crianças amamentadas devem ser
suplementadas
o Vitamina K ao nascimento
o Vitamina D diária até 18 meses para crianças sem
exposição regular ao sol
o Ferro ate os 2 anos
COMPOSIÇÃO DO COLOSTRO

 Tem o dobro de proteína do que o leite maduro – mais


albumina e globulina
 Menor conteúdo de lactose e gordura do que no leite
maduro
 Maior concentração de
o Sais minerais
o Fatores de crescimento
o IgA  importante na barreira mucosa, pois a
produção no RN é muito lenta

DIFERENÇAS DO LEITE MADURO E DE VACA

 No leite de vaca tem mais caseína  difícil digestão para


a espécie humana IMUNOLOGIA DO LEITE HUMANO: O PAPEL DO COLOSTRO
 O leite materno tem menos caseína
o Formação de cólicas gástricas mais leves O colostro e o leite humano contém:
o Fácil digestão  Monócitos, macrófagos e neutrófilos
 O leite humano tem maiores concentrações de aminoácidos  Células epiteliais
essenciais de alto valor biológico  Linfócitos T e B
o A cistina e a taurina são fundamentais para o
crescimento do SNC Os LT de memoria ‘’ativados’’ são os principais estimuladores
o Importante para o prematuro porque possui do sistema imune do RN e lactentes, pois neles o
deficiência enzimática e não conseguem produzir desenvolvimento do sistema imune é incompleto e tem pouca
esses aminoácidos através de outros informação na memoria imunológica  mais suscetíveis a
 No leite humano, o principal carboidrato é a lactose, mas infecções
também tem galactose, frutose e outros
O sistema imune também cresce rapidamente por intermédio da
o A lactose facilita a absorção de cálcio e ferro e
exposição primária de sua microbiota intestinal obtida da mae
promove a colonização intestinal com
após o nascimento
lactobacillus bifidus

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Lactação e triagem neonatal


 IgA implantarem alojamento conjunto (mãe e filho juntos no mesmo
quarto, 24h por dia, recebendo diversas orientações,
Na mulher lactente ocorre um mecanismo denominado principalmente sobre o aleitamento)
enteromamário ou broncomamário, quando bactérias entrem
pelo TGI ou sistema respiratório e são fagocitados pelos GESTANTE ESTUDANTE
macrófagos
A gestante estudante pode realizar os trabalhos escolares em
Os macrófagos apresentam o antígeno para os linfócitos T, que casa e atribui a gestante em estado de gestação o regime de
promove a ativação e diferenciação dos linfócitos B a exercícios domiciliares
produzirem IgA
Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para
Os linfócitos então migram para a glândula mamária, Lactentes e Crianças na Primeira Infância (NBCAL)
amadurecem devido a citocinas e se tornam células plasmáticas
produtoras de glicoproteína que é acoplada a IgA, formando a Tem como objetivos a regulamentação da promoção comercial
IgAs  imunoglobulina A secretória de alimentos para lactentes e crianças de primeira infância; uso
adequado dos alimentos para lactentes e crianças da primeira
RESPALDO LEGAL À LACTANTE infância; proteção e incentivo ao AME nos seis primeiros meses
e proteção e incentivo à continuidade do aleitamento materno
A legislação do brasil de proteção ao aleitamento materno é uma até os dois anos após a introdução alimentar
das mais avançadas do mundo:
A lei se aplica à comercialização e às práticas correlatas, à 33
LICENÇA MATERNIDADE qualidade e as informações de uso dos seguintes produtos
(nacionais ou importados)
Constituição de 88: assegurada por 120 dias consecutivos, sem
prejuízo do emprego e da remuneração, podendo ter início no  Fórmulas infantis para lactentes e fórmulas infantis de
primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por seguimento para lactentes;
prescrição médica  Fórmulas infantis de seguimento para crianças de primeira
infância;
alguns estados e municípios concedem até 6 meses, para
 Leites fluidos, leites em pó, leites modificados e similares
fortalecer as políticas de promoção e proteção ao aleitamento
de origem vegetal;
materno
 Alimentos de transição e alimentos à base de cereais
DIREITO À GARANTIA NO EMPREGO indicados para lactentes ou crianças de primeira infância,
bem como outros alimentos ou bebidas à base de leite ou
Ela não pode ser despedida arbitrariamente ou sem justa causa não, quando comercializados ou de outra forma
do seu trabalho durante a gestação e lactação, desde a apresentados como apropriados para a alimentação de
confirmação da gravidez até 5 meses após o partro (ato das lactentes e crianças de primeira infância;
disposições constitucionais - artigo 10)  Fórmula de nutrientes apresentada ou indicada para recém-
DIREITO À CRECHE nascido de alto risco;
 Mamadeiras, bicos e chupetas.
Todo estabelecimento que empregue mais de 30 mulheres
acima de 16 anos deve oferecer um local apropriado para PRINCIPAIS DIFICULDADES E COMPLICAÇÕES NA
manter os filhos no período da amamentação sob vigilância e AMAMENTAÇÃO
segurança (artigo 389)
DIFICULDADES MATERNAS
PAUSAS PARA AMAMENTAR
1. DEMORA NA ‘’DESCIDA DO LEITE’’
As lactentes possuem direito a 2 pausas durante o trabalho, de
30min, para amamentar seu filho até que ele atinja 6 meses de Em algumas mulheres, a descida do leite só ocorre alguns dias
idade (art. 396) depois do parto. Logo, os profissionais de saúde devem
desenvolver confiança e orientar estímulos a mama (como
ALOJAMENTO CONJUNTO sucção frequente do bb e ordenha).
A portaria do MS (número 1016/2003) obriga hospitais e
maternidades vinculados ao SUS, próprios e conveniados, a

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Lactação e triagem neonatal


 uso do sistema de nutrição suplementar  edema decorrente da congestão e obstrução da drenagem
(translactação) do sistema linfático
em um recipiente contendo leite, de preferência humano ingurgitamento fisiológico → é discreto mas o leite desce
pasteurizado, adicionar uma sonda e colocá-lo entre as mamas normalmente, não precisa de intervenção
da mãe, assim, quando o bb suga o mamilo, ele recebe o
Ingurgitamento patológico → a mama fica excessivamente
suplemento
distendida, acompanha febre e mal estar, com áreas difusas
assim, o bb continua estimular a mama e sente-se gratificado ao avermelhadas e edemaciadas. A pega do bb se torna difícil e o
sugar o seio da mãe e ser saciado leite não flui facilmente

MANEJO
2. MAMILOS PLANOS OU INVERTIDOS
 Ordenho manual da aréola antes da mamada
Podem dificultar o início da amamentação, mas não  livre demanda - mamadas frequentes, sem estabelecer
necessariamente impede, porque o bb faz o ‘’bico’’ com a aréola. horários
Se ao pressionar a aréola o mamilo se retrai, tem-se o  uso de anti-inflamatório - ibuprofeno é o mais efetivo - e de
diagnóstico de mamilo invertido analgésicos - dipirona
 crioterapia - aplicar gelo ou gel gelado por 20 minutos em
A mãe precisa receber ajuda logo após o nascimento do bb, que
intervalos regulares ou nos intervalos das mamadas
consiste em:

 promover confiança e empoderamento para mãe 4. DOR NOS MAMILOS


 ajudar a mãe a favorecer a pega do bb A dor é comum nos primeiros dias pós-parto e pode ser
 tentar diferentes posições para ver em qual delas a mãe e considerada normal se não passar de 1 semana, no entanto,
o bb se adaptam melhor podem requerer intervenção do mesmo jeito.0
Causas mais comuns: é por posicionamento e pega
inadequadas, mamilos planos e invertidos, disfunções orais da
criança, freio de língua muito curto, exposição prolongada a
forros úmidos, uso de protetores de mamilos (intermediários) e
etc

MANEJO

 pega adequada e posicionamento


 cuidados para que eles se mantenham secos, expondo-os
ao ar livre ou na luz solar
 amamentação em livre demanda
3. INGURGITAMENTO MAMÁRIO  não usar protetores de mamilo
é quando acontece essas 3 coisas e o resultado é a compressão
dos ductos lactíferos, dificultando a saída do leite nos alvéolos, 5. MAMILOS MACHUCADOS
o leite acumulado é o famoso ‘’leite empedrado’’: São dolorosas as lesões e porta de entrada para bactérias, por
 congestão/aumento da vascularização da mama isso, além de corrigir o problema (a má pega é a mais comum),
 retenção de leite nos alvéolos é necessário intervir para aliviar a dor e promover a
cicatrização.

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Lactação e triagem neonatal

manifestação clínica: palidez do mamilo (por falta de irrigação)


e dor (antes, durante e depois das mamadas), seguida de
MANEJO
cianose e depois o mamilo se torna avermelhado (por isso é uma
 iniciar a mamada pela mama menos afetada isquemia intermitente). As mulheres sentem dor em ‘’fisgadas’’
 uso de diferentes posições para amamentar
MANEJO
 ordenhar um pouco antes para desencadear o reflexo de
ejeção do leite, evitando que a criança tenha que sugar  Identificar e tratar a causa básica
muito forte  melhorar a pega
 analgésicos sistêmicos  compressas mornas pra aliviar a dor
 evitar uso de drogas vasoconstritoras, como cafeína e
6. CANDIDÍASE nicotina
A infecção da mama no puerpério por candida é muito comum e
pode atingir a pele do mamilo, da aréola ou comprometer os 8. BLOQUEIO DE DUCTOS LACTÍFEROS
ductos lactíferos, Na maioria, a criança que transmite o fungo Ocorre quando o leite produzido em uma determinada área da
Manifesta-se por coceira, sensação de queimadura e dor em mama, por algum motivo, não é drenado corretamente.
agulhadas nos mamilos, aréola avermelhada, irritada, com fina causas mais comuns: mama não esvaziada adequadamente
descamação (pode acontecer quando a amamentação é infrequente ou
fatores predisponentes: umidade e lesão dos mamilos, uso de quando a criança não consegue remover o leite da mama de
antibióticos, contraceptivos orais e esteroides maneira eficiente), quando existe pressão local em uma área
(como sutiã muito apertado ou creme nos mamilos - obstrui os
MANEJO poros de saída do leite)

 Mãe e bb tratados simultaneamente, mesmo que a criança manifestação clínica: nódulos localizados, sensíveis e
não apresente sinais evidentes - inicialmente local, com dolorosos, com dor, vermelhidão e calor
miconazol, nistatina por 2 semanas
MANEJO
 enxaguar os mamilos e secá-los ao ar livre após as
mamadas  Mamadas frequentes
 expor os mamilos a luz do sol pelo menos alguns minutos  uso de posições distintas
por dia  calor local - compressas mornas - e massagem na região
 chupeta e bico são fontes de reinfecção - se não conseguir atingida
evitar, tem que ferver por 20 minutos 1x ao dia
9. MASTITE
7. FENÔMENO DE RAYNAUD
Processo inflamatório de um ou mais segmentos da mama (o
É uma isquemia intermitente causada por vasoespasmo, que mais comumente afetado é o quadrante superior esquerdo),
geralmente ocorre nos dedos das mãos e pés, mas podendo geralmente unilateral, que pode progredir ou não para uma
acometer os mamilos também. Geralmente ocorre em resposta infecção bacteriana.
à exposição ao frio, compressão anormal do mamilo na boca da
criança ou trauma mamilar importante Ocorre a estase do leite e o aumento da pressão intraductal
causado por ela leva ao achatamento das células alveolares e
formação de espaços entre as células, por onde passam alguns

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Lactação e triagem neonatal


componentes do plasma para o leite e deste para o tecido  manutenção da amamentação - só se a sucção for muito
intersticial da mama, causando uma resposta inflamatória. dolorosa pode-se interromper temporariamente a
amamentação na mama afetada até a dor melhorar
O leite acumulado, a resposta inflamatória e o dano tecidual
resultante favorecem a instalação da infecção, comumente pelo
11. GALACTOCELE
Staphylococcus e ocasionalmente pela Escherichia coli, sendo
as lesões mamilares, na maioria das vezes, a porta de entrada É a formação cística nos ductos mamários contendo líquido
da bactéria. leitoso, que no início é fluido, depois viscoso, provavelmente
causada por um bloqueio no ducto lactífero
Ela pode ser palpada como uma massa lisa e redonda, mas o
diagnóstico é feito por aspiração ou US

manifestação clínica: mama edemaciada, dolorosa, quente


(sinais flogísticos) e quando há infecção costuma ter mal-estar,
febre alta (acima de 38) e calafrios. O sabor do leite materno
costuma se alterar, ser mais salgado devido o aumento de sódio DIFICULDADES DO BEBÊ
e diminuição de lactose, por isso, o bb pode recusar
1. SUCÇÃO EM MÁ POSIÇÃO
MANEJO E PREVENÇÃO
ocorre quando há má-pega do bb, com não inclusão da aréola e
 identificação e tratamento da causa que provocou a drenagem insuficiente de leite
estagnação do leite
 esvaziamento adequado da mama - componente mais  Técnica adequada
importante do tratamento da mastite
 antibioticoterapia se tiver sintomas graves desde o início
 suporte emocional
 repouso da mãe

10. ABSCESSO MAMÁRIO


Geralmente causado por mastite não tratada ou tratamento
iniciado tarde ou ineficaz. Todo esforço deve ser feito para
prevenir abscesso mamário, porque pode comprometer futuras
lactações em até 10% dos casos

2. SUCÇÃO FRACA
Própria de prematuros e crianças com doenças neonatais, que
pode ser normalizada com a recuperação da criança.
Deve ser feita estimulação oral e evitar introdução da
MANEJO mamadeira (utilizar o leite materno ordenhado com auxílio de
 Drenagem cirúrgica colher, se conseguir deglutir)
 demais condutas iniciadas no tratamento de mastite
infecciosa, principalmente antibioticoterapia e
esvaziamento regular da mama afetada

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Lactação e triagem neonatal


3. INCOORDENAÇÃO DURANTE A MAMADA  psicose, depressão pós-parto → que não respondem à
terapêutica e em riscos de morte para criança, pois
Pode ocorrer pela alternância entre mamada ao seio e
impedem o contato seguro entre mãe e bb. Mas deve-se
mamadeira, com confusão de bico, assim → manejo: deve-se
analisar a compatibilidade da medicação materna
interromper o uso de mamadeira
 desnutrição grave
Também pode acontecer devido grande produção de leite, que
pode provocar engasgos durante a mamada e apneia → 4. DOENÇAS BACTERIANAS
manejo: oferecer a mamada em intervalos mais curtos,
oferecendo menor volume de leite e posição da criança com  Tuberculose
tronco mais elevado
a tuberculose não contraindica a amamentação, apenas se
4. FENDA PALATINA houver casos com tuberculose ativa, em fase de transmissão →
suspender a amamentação por 2 semanas após o início do
Haverá dificuldade de estabelecer vácuo para sucção devido a tratamento
lesão → manejo: a fenda deve ser obstruída com a própria
mama durante a mamada e em alguns casos pode ser utilizadas  hanseniase contagiante
peças de acrílico
não é contraindicada, mas exige cuidado com secreção nasal
materna, higiene das mãos e limitação do contato pele a pele
5. DOENÇAS VIRAIS

 Citomegalovírus (CMV)
Adquiriu antes do parto:

CONTRAINDICAÇÕES - SITUAÇÕES LIGADAS A MÃE as que adquiriram a doença antes do parto, podem amamentar
normalmente se o RN for termo, porque o leite materno transfere
1. DESEJO os anticorpos específicos e outros fatores imunológicos,
protegendo o bb da contaminação
Se a mulher expressar o desejo de não amamentar, ela deve ser
aconselhada, mas se ainda assim mantiver o desejo, ela deve Prematuros e mães positivadas durante lactação:
ser respeitada e fazer a orientação adequada sobre a
alimentação artificial Nesses casos os filhos podem desenvolver a doença, por isso a
amamentação não é indicada, mas a pasteurização do leite
2. AMAMENTAÇÃO CRUZADA humano inativa o vírus
Está contraindicada, uma mãe só deve amamentar seu filho,  Varicela
porque pode ocorrer a transmissão de HIV pelo leite, por
exemplo se a mãe desenvolver a doença em 5 dias ou menos antes do
parto e 2 dias depois do parto. o RN estará sem proteção e
deverá permanecer isolado da mãe, receber imunoglobulina
específica. A recomendação para a mãe é que ela ordenhe o
leite até que o contato seja permitido

 Herpes simples
quando há lesão na mama por herpes, a criança não deve sugar
a mama afetada, a mãe deve manter cuidados rigorosos de
higiene
3. DOENÇAS GRAVES
 Hepatite B
 insuficiência cardíaca
 doenças renais, pulmonares e hepáticas graves mãe fez o pré-natal e o bb recebeu a vacinação
 uso de drogas incompatíveis com a amamentação as mães HbsAg positivo podem amamentar, visto que a
vacinação e a administração de imunoglobulina específica

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Lactação e triagem neonatal


(HBIG), nas primeiras 12 horas após o nascimento, REFERÊNCIAS
praticamente eliminaram qualquer risco de transmissão via
aleitamento TCC - Políticas Públicas a Favor do Aleitamento Materno -
Camila Santos Robles 2017
mãe não fez o pré-natal
Caderno 23 do MS: aleitamento materno e alimentação
nesse caso, a mãe tem que fazer o teste de pesquisa HbsAg complementar
logo após o parto, enquanto o resultado não sai, o bb deve
receber a vacina nas primeiras 12 horas de vida Fisiologia Guyton 13ª edição

se o resultado por positivo, recomenda-se a HBIG o mais rápido Pediatria Ambulatorial Ennio Leão 5ª edição
possível, nos primeiros 7 dias após o nascimento
Tratado de Pediatria SBP 4ª edição
 AIDS
Manual de Neonatologia UEPA
o HIV pode ser transmitido verticalmente durante a gravcidez e
parto, assim como pela amamentação, por isso, está
contraindicada a amamentação e o aleitamento cruzado.
Quando não houver outra opção, o leite deve ser oferecido após
pasteurização

CONTRAINDICAÇÕES - SITUAÇÕES LIGADAS A CRIANÇA

1. FENILCETONÚRIA
é a falta da enzima fenil-hidroxilase, que impede a
metabolização da fenilalanina e tem como consequência o
retardo mental
a amamentação é possível, desde que a concentração desse
aminoácido no sangue seja monitorizada. Se for inviável, deve
ser administrada uma fórmula especial
2. GALACTOSEMIA
É um distúrbio hereditário que envolve o metabolismo da lactose
(deficiência de galactoquinase), ou seja, não consegue
metabolizar a galactose e pode se manifestar poucos dias após
o nascimento por vômitos e diarreia, decorrente da ingestão de
leite humano. Portanto, a amamentação é contraindicada e
qualquer derivado que contenha lactose ou galactose
Se não for tratada e continuar oferecendo o leite com galactose,
a criança evolui rapidamente com déficit de crescimento,
hepatomegalia, ascite e catarata
Deve ser administrada uma fórmula especial para criança,
isenta de lactose, ou então dar leite de soja
3. RN PRÉ-TERMO E DE BAIXO PESO
Esses bbs possuem dificuldade de sugar e não deglutem
sincronicamente, por isso, devem ser alimentados com leite
ordenhado da própria mãe e, de preferência, cru.
pode ser dado por me9io de sonda, copo ou colher até o RN
conseguir fazer a sucção adequada

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


SISTEMA DIGESTÓRIO – MATURAÇÃO e isso limita a criança de aumentar a ingestão de alimentos de
baixa densidade energética para suprir suas necessidades
BOCA calóricas, por isso, é importante dar a ela papinhas de alta
densidade energética
Ao nascimento, o gosto e o cheiro estão presentes e existe uma
preferência inata pelo sabor doce, mas com indiferença ou  PH
mesmo rejeição a substancias salgadas
A secreção de HCl começa nas primeiras 8h de vida e so atinge
A habilidade de sugar alimentos semi-sólidos e a mastigação valores do adulto aos 10 anos, por isso, ao nascimento, o ph do
aparecem por volta do 5º-6º mês, por isso pode-se encorajar o estomago é neutro (o LA é alcalino)
consumo de comida mais sólida a partir desse período (devolver
Ocorre a digestão e absorção de gorduras predominantemente
os movimentos de mastigação)
no estomago, e essa fase é facilitada pelo PH gástrico elevado
 Reflexos e pela lipase no leite humano

Os reflexos são respostas automáticas em resposta alguma  Refluxo fisiológico


estimulação, os reflexos orais são classificados em reflexos de
Quando é ofertado para o bb refeições volumosas e ricas em
alimentação e proteção da alimentação
gordura, é comum haver o refluxo fisiológico por causa da baixa
 Reflexos de alimentação tonacidade do esfíncter esofágico inferior, cuja pressão só
atingirá níveis adequados em torno da 6ª ou 7ª semana de vida

 Reflexos de proteção da alimentação


o Reflexo de vômito
o Reflexo de mordida
Desaparece por volta do 7º mês com o aparecimento da  Permeabilidade do tubo digestivo
mastigação Devido a alta permeabilidade do tubo digestivo, a criança
ESTÔMAGO pequena corre o risco de apresentar reações de HS a proteínas
estranhas à espécie humana
 Esvaziamento gástrico
 Absorção lipídica
O tempo de esvaziamento gástrico aumenta com a idade, no RN
leva de 2 a 3,5 horas e depois, quando a criança tem mais de 5 Está associada com a quantidade de cálcio do alimento, assim,
anos, passa para 3 a 6 horas o leite de vaca quando oferecido nos primeiros meses de vida,
possui muito cálcio  isso leva a uma perda fecal de 20% da
 Capacidade gástrica gordura ingerida, muito superior ao verificado quando se utiliza
leite materno
A capacidade do estomago aumenta com a idade, sendo cerca
de 10 a 20 ml no nascimento e aumentando mais de 10x ao ano A gordura é importante para que o lactente absorva as vitaminas
(A,D E e K) de maneira adequada, por isso é importante estar
atento ao conteúdo lipídico da dieta, pois é um fator limitante
para a absorção dessas vitaminas

SISTEMA RENAL
No RN, o sistema renal é imaturo, e só vai alcançar os valores
do adulto quando ele tiver 1 aninho
Essa imaturidade leva a uma maior vulnerabilidade tanto ao
excesso quanto a deficiência de água e menor tolerância a

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


dietas com grandes concentrações de eletrólitos, ácidos e de  Mastigação
proteínas
A erupção dos dentes e o início da função mastigatória ocorrem
Por isso a introdução precoce de alimentos com carga de por volta dos 6 meses, e inicialmente a mastigação é um
solutos alta, como o leite de vaca, pode levar a uma fenômeno reflexo que vai passar a ter um padrão motor
hipereletrolitemia (intoxicação por lítio¿) coordenado, sob controle voluntário, a medida que a criança se
desenvolve
A partir da introdução alimentar, o bb começa a receber
alimentos com mais proteínas e sais, o que causa sobrecarga A mastigação permite a fragmentação dos alimentos sólidos,
de solto para os rins, por isso deve ser ofertado água também facilitando sua mistura com a saliva, aumentando a ação da
amilase salivar a contribuindo para a função gástrica e intestinal
 Equilíbrio hidroeletrolítico
normais
Nas crianças, ele é mais difícil conseguir por uma série de
fatores

SISTEMA NEUROMOTOR
A maturação das habilidades motoras e para a alimentação são
alcançadas juntamente com o desenvolvimento do SNC
associado com experiência e aprendizado
No primeiro ano de vida, algumas funções reflexas evoluem
para mais complexas e voluntárias
Após o 4º ou 5º mês de vida, a condição reflexa é substituída
pela movimentação oral voluntária para a alimentação e para a
fala, tornando-se mais efetiva quando ocorre a estabilidade de
cabeça
Nesse período, também ocorre um aperfeiçoamento no controle
da mandíbula, que é influenciado pelo alinhamento do tronco,
que também depende da estabilidade da área pélvica

 Reflexo de protusão da língua


É atenuado por volta do 4º - 6º mês, de modo a facilitar a
ingestão de alimentos semi-sólidos

 Reflexo lingual
Presente a partir do 4º - 6º mês de vida, possibilitando que o
alimento sólido consiga ser deglutido

 Reflexo de sucção
Presente desde a vida intrauterina, permitindo o RN obter
líquidos

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL A partir dos 6 meses, pode começar a introdução de alimentos
complementares, já que antes disso o leite materno é capaz de
Ela deve possibilitar o crescimento e o desenvolvimento suprir todas as necessidades
adequado da criança, otimizando o funcionamento de órgãos e
sistemas, além de atuar na prevenção de doenças em curto e A alimentação complementar deve prover quantidades
longo prazo (anemia, obesidade etc) suficientes de água, energia, macro e micronutrientes

0 A 6 MESES – ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO RISCOS DO PERÍODO DE INTRODUÇÃO

O departamento de nutrologia da SBP adota a recomendação  Contaminação dos alimentos


da OMS e MS para que se recomende o aleitamento materno É preocupante porque a manipulação e preparo inadequado do
exclusivo até os 6 meses de idade alimento pode favorecer a ocorrência de doenças: diarreia,
A partir daí, pode começar com a introdução da alimentação desnutrição, deficiência de micronutrientes (anemia
complementar (recebe leite + alimentos), recomendando a ferroprova) ou obesidade
manutenção do aleitamento materno até os 2 anos ou mais, de Por isso, os procedimentos de higiene são fundamentais e
acordo com a vontade da mãe e da criança devem envolver
O leite humano atende perfeitamente às necessidades dos - lavagem das mãos
lactentes, não só proporciona proteção imunológica, mas
também estimula o desenvolvimento e maturação do sistema - higienização adequada dos utensílios e alimentos
digestório e neurológico
- técnicas de conservação (por exemplo, os alimentos prontos
Deve-se iniciar o aleitamento natural, sob regime de livre não devem ficar mais do que 2h à temperatura ambiente, os
demanda, sem horários pré-fixados, imediatamente após o congelados tem que ser descongelados dentro da geladeira e
parto, estando a mãe em boas condições e o RN com não na temperatura ambiente etc)
manifestação ativa de sucção e choro
 Qualidade nutricional
 10 passos para uma alimentação saudável
Deve-se ter uma preocupação na qualidade nutricional dos
O MS e SBP estabeleceram para as crianças menores de 2 alimentos que vão ser oferecidos, porque a partir do primeiro
anos, 10 passos para a alimentação saudável: ano de vida, o crescimento acelerado exige maiores
quantidades de ferro e zinco (nutrientes que o leite de vaca
integral são pobres, por isso as crianças que os recebem
costumam ter anemia ferropriva e não deve ser introduzido
antes dos 12 meses de vida)
A composição da dieta deve ser equilibrada e variada,
fornecendo todos os tipos de nutrientes, se houver excesso de
alguns, pode gerar consequências
Oferta excessiva de carboidratos e lipídios  predispõe
doenças crônicas como obesidade e DM 2
Oferta excessiva de proteína  maior adiposidade aos 7 anos
de idade, segundo pesquisas
Excessiva ingestão de sódio  desenvolvimento de
hipertensão arterial nos lactentes, inclusive, por isso o sal não
deve ser adicionado nas papinhas
ALIMENTOS COMPLEMENTARES
Introdução do glúten antes dos 3 meses ou após os 7 meses
A alimentação complementar é o conjunto de todos os naqueles predispostos  a introdução (precoce ou tardia)
alimentos, além do leite materno, oferecidos durante o período pode estar associada com o risco elevado de DM1 e risco de
em que a criança continuará sendo amamentada, embora sem doença celíaca (o glúten é uma substancia presente nos
exclusividade cereais, principalmente no trigo)

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


ALIMENTAÇÃO PARA CRIANÇAS AMAMENTADAS

 Água
Pode oferecer água a partir dos 6 meses juntamente com a
introdução do alimento, pra não sobrecarregar os rins, 7 a 12
meses 800 ml de água

 Quantidade e frequência Obs: não oferecer água de coco ou outro liquido que substitua
a água
É importante que os pais não adotem esquemas rígidos de
alimentação, com horários e quantidades fixadas  Rejeição

Frequência da alimentação: a OMS recomenda frequência de É comum a criança rejeitar os alimentos, no entanto, se oferecer
refeições para determinados períodos de vida, sendo que a mais vezes, os alimentos novos tendem a ser aceitos (de 8 a 10
frequência de mamadas pode ser mantida tentativas eles costumam aceitar depois)

6 a 8 meses  2 a 3 refeições  Alimentos que devem ser evitados

9 meses a 2 anos  3 a 4 refeições Sucos  mesmo os naturais, porque são muito calóricos e
favorecem o aparecimento de obesidade
 Papa principal
- alimentos ultraprocessados (refri, suco, salgadinho, miojo),
É uma mistura de alimentos, e deve ser oferecida após os 6 condimentos industrializados, café, chá e outros que ofereçam
meses, nos horários de almoço ou jantar e deve conter risco de aspiração (pipoca)
alimentos de todos os grupos:
ALIMENTAÇÃO PARA CRIANÇAS NÃO AMAMENTADAS
- cereais, tubérculos, carnes, verduras e legumes, ovos cozidos
O aleitamento materno é indiscutivelmente a melhor opção de
alimentação para bbs, mas, se houver impossibilidade do
aleitamento materno, deve-se utilizar uma fórmula infantil que
satisfaça as necessidades do lactente
- antes do 6º mês: utilizar fórmula infantil para lactantes
(primeiro semestre) garantindo, quando em volume e
concentração adequadas, as necessidades nutricionais dessa
faixa

No início, os alimentos devem ser amassados com o garfo


(consistência de purê) e nunca liquidificados ou peneirados
- depois do 6º mês: recomenda-se fórmula infantil para
As frutas devem ser oferecidas após os 6 meses também, lactentes (segundo semestre), que proporciona 60% das
amassadas ou raspadas, sempre às colheradas. Depois que necessidades nutricionais das crianças dessa faixa etária (o
aparecerem os dentinhos e a criança ter maior desenvolvimento, resto vem com a introdução alimentar)
pode ser oferecido os pedaços das frutas ou ela inteira mesmo

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


 Introdução alimentar
Para as crianças que usam fórmulas infantis, a introdução
alimentar segue o mesmo padrão preconizado para aquelas
que estão em aleitamento materno exclusivo (a partir do 6º mês)

CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS FÓRMULAS INFANTIS


Possui gorduras, carboidratos, proteínas, e minerais de forma
adequadas, inclusive há modificação nos teores dos minerais
para se aproximar dos teores do leite amterno, com a relação de
cálcio-fósforo adequada
Também possui oligoelementos (vitaminas e microminerais) que
atendem as necessidades de uma criança sadia
Também possui outros nutrientes e componentes:

 Nucleotídeos  importantes para estrura do DNA/RNA e


metabolismo celular
 Prebióticos  carboidratos não-digeriveis que estimulam o
crescimento/atividade das bactérias benéficas do cólon ALIMENTAÇÃO PARA LACTENTES DE 1 E 2 ANOS
 Probióticos  microorganismos vivos que alteram a
microbiota do TGI, produzindo efeitos benéficos à saúde Nessa faixa etária, a amamentação ainda é recomendada
 LC-PUFAS  AG poli-insaturados, importantes na para continuar
formação de membrana celular da retina e da mielinização
do SN  Para as que não são amamentadas
Para as crianças que não são amamentadas, recomenda-se a
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO LEITE DE VACA
ingestão de 600ml de leite de vaca e derivados (como iogurtes
O leite de vaca não contempla as características da fórmula caseiros e queijos) para garantir a oferta correta de cálcio
infantil, por isso não é considerado um alimento apropriado Obs: não oferecer mais que 700ml de leite de vaca porque é um
para crianças menores de 1 ano fator de risco para o desenvolvimento de anemia ferropriva
As inadequações do leite de vaca são
REFEIÇÕES
 Baixos teores de AG essenciais, como o acido linoleico
As refeições devem ser semelhantes aos da família, ainda
 Quantidade insuficiente de carboidrato
evitando alimentos ultraprocessados, ricos em açúcar e sal
 Proteínas  altas taxas  eleva a carga renal de soluto +
(além de não adicionar sal no preparo dos alimentos) e nessa
risco de obesidade no futuro. Além de apresentar relação
fase deve ser feita um estimulo ativo ao consumo de frutas e
caseína-proteínas inadequada, comprometendo a
verduras
digestibilidade
 Minerais e eletrólitos  altas quantidades de sódio 
eleva a carga renal de soluto, prejudicial para os RN de
baixo-peso
 Vitaminas  baixos níveis de vitaminas D, E e C
 Oligoelementos  insuficientes, principalmente de ferro e
zinco

Nessa fase, inicia-se o treinamento para o uso de utensílios,


que envolve o estimulo à coordenação e à destreza motora,
funcionando como importante incentivo neuropsicomotor
As refeições serão realizadas em cadeira própria, na mesa
junto com a família, sem TV/celular ou outro tipo de distração,
para proporcionar a satisfação pelo ato de comer

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


Os alimentos sólidos podem ser oferecidos no prato, com colher administração oral de megadose, que deve ser feita a cada 4
pequena, e é importante que a criança manuseie os alimentos a 6 meses:
 importante que sejam adequados à capacidade de mastigar
e engolir da criança

 Obs: a criança deve ser estimulada a comer vários tipos de


alimentos, e nunca ser forçada ou ameaçada a comer
Os líquidos devem ser ofertados em copos ou xícaras, de
preferência de plástico para não correr o risco de quebrar 
sucos só após a refeição, e não durante, no máximo de 100ml
por dia

SUPLEMENTAÇÃO VITAMÍNICA E MINERAL

VITAMINA K
É dada ao nascimento (kanakion), na dose de 1mg por via
intramuscular, para prevenir doença hemorrágica

VITAMINA D
O leite materno contem 25 UI (unidades internacionais) por litro
e o bb precisa de 400 UI de vitamina D, assim o departamento
de nutrologia da SBP preconiza:

 Não há necessidade de supletação

 Há necessidade
Nas demais situações, recomenda-se a suplementação de 400
UI/dia de vitamina D até 18 meses (1 ano e 6)

 Exposição solar
Recomenda-se a exposição direta da pele à luz do sol a partir
da 2ª semana de vida

 Bb usando só fralda
Cota semanal de 30 minutos no sol (6 a 8 minutos por dia, 3x na
semana)

 Bb só com faze e mãos expostas ao sol


Cota semanal de 2 horas no sol (17 minutos por dia)

VITAMINA A
Varia de acordo com a dieta da mãe é recomendado para
aquelas regiões com alta prevalência de vitamina A, com

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


FERRO também o amadurecimento em relação a saúde bucal, pois a
criança passa a mastigar, uma atividade importante para
A OMS prope que a suplementação profilática de ferro desenvolver a musculatura do rosto
medicamentoso para lactentes seja realizada de maneira
universal, em regiões com alta prevalência de anemia ferropriva ASPECTOS DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR

 Dose diária de 12,5mg a partir do 6º mês  Neofobia


 MS  recomenda dose diárias de 1 a 2mg de ferro
A criança tem um bloqueio para aceitar alimentos
elementar/kg de peso para o público de crianças de 6
desconhecidos, então ela se nega a experimentar qualquer um
meses a 2 anos. Recomenda-se ainda o uso de sulfato
que não seja da sua preferência
ferroso em gotas
 Picky/fussy eating (comer exigente)
A criança rejeita uma grande quantidade de alimentos, a dieta
dela tem pouca variedade de alimento. Esse tipo de criança
ingere baixas quantidades de alimentos com vitamina E, C folato
e fibras porque não consome muitos vegetais

 Apetite variável
Muitas vezes, a família atribui isso à presença de alguma
doença, queixando-se da inapetência do filho, isso pode
acarretar diagnósticos equivocados de anorexia, uso
inadequado de medicamentos (estimuladores de apetite) e
atitudes coercitivas por parte dos pais

ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A CONDUTA ALIMENTAR

Obs: o clampeamento tardio do cordão (depois que para de  As refeições e os lanches devem ser servidos em
pulsar) permite que determinada quantidade de sangue continua horários fixos diariamente
fluindo da placenta para o bb, considerado uma importante
5 ou 6 refeições diárias  café da manhã, lanche matinal,
estratégia de anemia
almoço, lanche da tarde, jantar, e as vezes um lanche antes de
Obs: nos 2 primeiros anos, existe elevado requerimento de ferro dormir, com intervalo de 2 a 3 horas entre as refeições
pela criança, por isso o leite de vaca que é pobre em ferro deve
 Sobremesa
ser evitado, pois aumenta o risco de anemia ferropriva
Quando houver doce de sobremesa, não usá-lo como
ALIMENTAÇÃO PRÉ-ESCOLAR – 2 A 6 ANOS recompensa, mas sim oferecer ele como mais uma preparação
É um período crítico na vida da criança, pois está em uma da refeição
fase de transição  saindo da fase lactente e indo para uma  Oferta de líquidos
fase com maior independência (escolar e adolescência)
Deve ser controlada nos horários das refeições, porque o suco,
É uma etapa caracterizada por diminuição no ritmo de a água e o refri distendem o estomago
crescimento e, portanto, decréscimo nas necessidades
nutricionais e do apetite  Refrigerantes

A criança adquire maior autonomia na marcha, participa mais na Precisam ser evitados, não proibidos, porque possuem muita
vida familiar e amadurece a linguagem e habilidades sociais frutose (no fígado é convertido em acetil-coa  mais AGL e
relacionadas com a alimentação. É nessa idade que a criança gordura hepática), ácido fosfórico (que causa a
desenvolve sentidos e diversifica sabores, e com isso forma desmineralização óssea e dentária) e sódio (aumenta a sede,
suas próprias preferências alimentares estimula consumir mais ainda)

Quando atinge 3 anos, todos os dentes da 1ª dentição (de  Evitar salgadinhos, balas e doces
leite) já apareceram, então elas já podem ingerir alimentos  Limitar a ingestão de alimentos com excesso de gordura,
diversificados, amadurecendo o sistema digestório. Observa-se sal e açúcar

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


 Oferecer alimentos ricos em ferro, vitamina A (cenoura,  Cálcio
ovo), C (frutas cítricas, tomates e vegetais), D e zinco, pois o Há uma ingestão insuficiente = consumo de refri e
são essenciais nessa fase da vida sucos nos horários das refeições, em vez de
consumir leite e derivados, comprometem a ingestão
REGIME ALIMENTAR de cálcio
Precisa ser variado e de qualidade, com alimentos de 4 grupos o Perda = os refrigerantes tipo cola aumentam a
principais excreção urinaria de cálcio
 Vitamina D
 Leite e derivados o Erro alimentar
 Carnes e alternativas o Falta de exposição a luz solar
 Pães e cereais
 Frutas e hortaliças RECOMENDAÇÕES NUTRICIONAIS
O cardápio deve respeitar os hábitos da família e as
características regionais, o esquema alimentar segue com 5 a 6
refeições por dia

Outra preocupação nessa fase é a ingestão de cálcio, as


tabelas abaixo mostram a quantidade de alimentos necessárias
para atingir as necessidades

ALIMENTAÇÃO ESCOLAR – 7 A 10 ANOS

É considerada uma fase de transição entre a infância e a


adolescência, com algumas habilidades que foram ganhadas:

 Maior independência da criança


 Começa a fazer amizades
 A escola desempenha um papel de destaque na saúde
física e psíquica da criança
 O ganho de peso é proporcionalmente maior do que o
crescimento estatural  importância do incentivo à pratica
de atividade físicas lúdicas, como brincadeiras
 Precisa ter mais cuidado com a higienização da boca

BAIXO CONSUMO DE CÁLCIO E VITAMINA D


A deficiência de cálcio e vitamina D está associado a doenças
autoimunes, cânceres, fraturas e desenvolvimento de
osteoporose na vida adulta

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


DESENVOLVIMENTO DAS DENTIÇÕES Podem causar dor e recusa no RN para se alimentar, bem como
desconforto materno na amamentação, por isso, deve-se
Ao longo da vida, o humano estabelece 2 dentiç~eos: investigar a implantação
 Dentição decídua (dentes de leite)  0 a 6 anos de idade
 Fase de dentição mista  6 a 12 anos
o Quando os decíduos são substituídos por dentes de
permanentes
 Dentição permanente  completa aos 12 anos de idade

DENTIÇÃO DECÍDUA
Composta de 20 dentes, 10 no arco superior (maxila) e 10 no
inferior (mandíbula)
Em cada hemiarco, temos: 2 incisivos – central e lateral – 1  Boa implantação
canino, 1 primeiro molar e 1 segundo molar Se tiver bem fixado, pode manter o dente na criança, realizando
a polimento da borda incisal para evitar que mãe e bb se
machuquem na amamentação

 Implantação ruim
Se o dente apresentar mobilidade e suporte aos tecidos moles,
ele deve ser removido por causa da possibilidade de aspiração

CRONOLOGIA DAS DENTIÇÕES

O desenvolvimento da dentição pode ser abordado com 4 fases:


Ela se inicia no 1º ano de vida (erupcionam entre o 6º e 8º
1. Fase pré-dentada
mês de vida) da criança, popularmente chamados de dentes de
2. Dentição decídua
leite porque possui uma coloração branco-leitosa decorrente de
3. Primeiro e segundo período de transição (ou período
um menor teor de cálcio na composição do esmalte, em relação
transitório)
aos permanentes
4. Fase da dentição permanente
A erupção frequentemente é acompanhada de febre, diarreia,
As cronologias das dentições servem de parâmetro para o
irritabilidade etc, mas um estudo mostrou que não existe a
crescimento e desenvolvimento, porque alterações na
relação de erupção e sintomas graves no bbs, por isso, cabe ao
sequencia esperada de erupções dos dentes podem predispor
pediatra investigar possíveis enfermidades no bb, sendo isso a
a determinados tipos de maloclusão
verdadeira causa da sintomatologia
Durante essa fase, é importante observar a presença da DENTIÇÃO DECÍDUA
respiração oral, uso inadequado de mamadeira e chupeta, já Apresenta um número menor de dentes e menor comprimento
que são fatores predisponentes para o estabelecimento de da arcada dentária. Todos os dentes decíduos são substituídos
maloclusão (alinhamento anormal dos dentes superiores e por dentes permanentes
inferiores)
Incisivos centrais, laterais e caninos  substituídos por dentes
DENTES NATAIS E NEONATAIS permanentes de mesmo nome
É possível haver presença de dentes ao nascimento, chamados Primeiro e segundo molar  substituídos por pré-molares na
dentes neonatais, frequentemente com 2 dentes na posição de dentição permanente
incisivos inferiores
Erupção sem substituição  uma vez que a dentição
Esses dentes podem pertencer à série normal, quando ocorre permanente é composta de 32 dentes e a decídua por 20, ocorre
uma erupção precoce do dente decíduo ou quando é um dente não só substituição, mas também erupção
supranumerário  o diagnostico é dado pela radiografia

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


Aparecem 3 molares permanentes em cada hemiarco  1º, 2º A dentição permanente completa-se com o irrompimento dos
e 3º molar (popularmente conhecido como siso) terceiros molares no final da adolescência ou no adulto jovem

 Cronologia
A formação dos dentes decíduos inicia-se por volta da 6ª
semana de vida intrauterina e mineralização entre o 4º e 6º mês
intrauterino
Os primeiros dentes que irrompem na cavidade bucal são os
incisivos centrais inferiores  dos 6 aos 7 meses
A dentição decídua deve estar completa de 2 anos e 2 anos e
meio de idade

Em torno de 6 a 7 anos, iniciam-se as trocas dentárias, e os


primeiros dentes a serem trocados são

 Incisivos inferiores
 Depois, incisivos superiores

SAÚDE BUCAL
PERÍODOS DE TRANSIÇÃO

 Primeiro período transitório CÁRIE

A substituição dos dentes de leite por permanente começa por Doença crônica mais comum na infância, quando ocorre na
volta dos 5 a 6 anos de idade primeira infância nos dentes da decídua, provoca um impacto
negativo na qualidade de vida da criança porque impossibilita ou
O primeiro molar permanente  acontece por volta dos 6 restringe sua alimentação
anos, por isso é chamado de ‘’ molar dos 6 anos ‘’
 Cárie de mamadeira
Por suas características, esse período de transição determina
necessidade de acompanhamento do dentista , seja para a A adição de açúcar ao leite de mamadeira ou seu uso em alta
preservação dos tecidos dentais recentemente expostos aos frequência é a principal razão de cárie na primeira infância
desafios cariogênicos do ambiente bucal, seja para garantia da
Isso porque os esmaltes dos dentes de leite são mais solúveis
integridade oclusal, mediante intervenções ortodônticas
a ácidos do que os permanentes, fazendo com que a cárie se
preservativas e interceptivas
desenvolva mais rápido
 Segundo período
Pode destruir toda a coroa do dente e causar dor, processos
Tem especial importância o aparecimento do segundo molar, infecciosos e dificuldades na alimentação
que deve coincidir com o início da puberdade, requerendo
novamente, vigilância do dentista

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


ETIOLOGIA DA CÁRIE  Quando tiver uso da mamadeira

Está ligada diretamente com a atividade da placa bacteriana, Os pais devem ser orientados a não colocarem açúcar no leite
em que os resíduos de alimentos (matéria alba) são fontes de e sempre alimentar a criança sentada no colo, nunca deitada no
bactérias e constituem motivos para orientar a higiene bucal, berço
principalmente à noite, para prevenir o aparecimento de cáries
Pois assim evita que ela durma com a mamadeira na boca 
A placa bacteriana atua de maneiras distintas contribui para o desenvolvimento de carie precoce (cárie da
mamadeira noturna, caracterizada por lesões nos incisivos
1. Produção de ácidos superiores)
A atividade das bactérias gera na produção de ácidos que
ALIMENTAÇÃO
resultam na desmineralização do esmalte e formação de uma
cavidade cariosa nos dentes Os pais devem ser orientados a não colocarem açúcar em frutas
e sucos e regular o consumo para a criança, pois influencia ne
um padrão alimentar futuro e favorece o aparecimento das
cáries

HIGIENE BUCAL

 Para bebês sem dentes


É necessária antes mesmo do aparecimento dos decíduos para
2. Toxinas evitar o aparecimento de doenças, como a candidíase e tornar
Também existe a produção de toxinas  gera processos o ambiente menos ácido
inflamatórios da gengivite Iniciar a limpeza na cavidade bucal com a finalidade de remover
3. Tártaro o leite estagnado em seu interior e nas comissuras labiais

Também há a formação de tártaro ou calculo supra e Pode ser realizada com uma gaze ou fraldinha limpa – embebida
subgengival em água potável ou em solução com uma colher de agua
oxigenada volume 10 em meio copo de água -, que deve ser
passada delicadamente na gengica e na mucosa oral do bb
1x/dia pelo menos

 Para bbs em fase de erupção dos incisivos (de 6 a 18


meses)
Portanto, para minimizar os efeitos da blaca bacteriana, é
necessário uma atuação multiprofissional em 3 áreas Gaze ou fralda umedecida com água, 2x no dia

 Higiene oral  para remoção mecânica da placa  Para bbs em fase de erupção de molares (18 a 36
 Na orientação alimentar  para reduzir o consumo de meses)
carboidratos fermentáveis
Com erupção dos molares, deve-se iniciar o uso de escova
 Utilização de flúor tópico  para equilibrar o processo de
dental macia, 2x ao dia
desmineralização e remineralização do dente
O fio dental pode ser usado quando os dentes estão juntos, sem
RECOMENDAÇÕES PARA CRIANÇAS DE 0 A 3 ANOS espaços entre eles, 1x ao dia
AMAMENTAÇÃO USO DE BICO E CHUPETAS
Deve ser estimulada, ressaltando a importância para o correto Desestimular  a sucção acarreta em alterações bucais, como
desenvolvimento facial, importância afetiva e nutricional má oclusões e alterações no padrão de deglutição
A amamentação favorece a obtenção de um tônus muscular
USO DE FLUORETOS
orofacial adequado, que irá influenciar positivamente nas
funções de mastigação, deglutição e fonação A fluoretação as águas de abastecimento público tem sido uma
importante medida de promoção da saúde e como ela é a

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Alimentação saudável na infância


principal fonte de ingestão de flúor, não se recomenda a Alimentos cariogênicos  possuem carboidratos
suplementação no pré-natal nem na puericultura em locais que fermentáveis, podendo causar diminuição do ph salivar e
a água é fluoretada consequente desmineralização dos dentes. Quando entram em
contato com os micro-organismos da boca, eles promovem o
 Flúor tópico desenvolvimento de cáries  alimentos ricos em açúcar
Deve-se tomar cuidado para que ele não seja ingerido (super Alimentos cariostáticos  não são metabolizados pelos
comum em crianças, elas não conseguem cuspir tudo e engole microrganismos na placa, por isso não diminuem o ph 
uma parte da pasta), pois isso acarreta em fluorose  manchas queijos, nozes, peixes, carnes, ovos
no esmalte do dente
 Higiene bucal
Portanto, recomenda-se que o creme dental com flúor só seja
usado com a supervisão dos pais e cuidadores, na ultima A partir dos 6 anos, a criança deve ser estimulada a realizar ela
escovação do dia, em quantidade mínima – tamanho de 1 grao mesmo sua higiene bucal, contribuindo para sua
de arroz cru  após a erupção dos primeiros molares decíduos autonomia, e os pais devem observar a escovação noturna
(por volta dos 1 ano e 6 meses)
Nessa idade, inicia-se a troca de dentição dos dentes de leite
para os permanentes, o que pode dificultar a higiene bucal,
podendo provocar dor e sangramento durante a esvocação (a
parte da gengiva que ficava o dente que caiu fica toda irregular,
e quando os dentes de leite estão moles)  nesse caso,
encaminhar a criança para a equipe de saúde bucal
RECOMENDAÇÕES PARA CRIANÇAS DE 3 A 6 ANOS  Uso de fluoretos
 Alimentação Deve ser incentivada para as crianças que não possuem carie,
como forma de prevenção  agora já pode colocar a
Reforçar a importância da ingestão de açúcar quantidade de pasta do tamanho de um grão de ervilha
 Higiene bucal
A responsabilidade ainda é dos pais e cuidadores, mas a criança
já deve ser estimulada a esvocar seus dentes, com
supervisão, pela noite

 Uso de fluoretos Para aquelas que possuem alta atividade de cárie  além do
Deve-se estimular, mas os pais ainda devem supervisionar para uso da pasta de dente com flúor, recomenda-se o bochecho
criança não ficar comendo pasta nem engolir com solução de flúor, conforme indicação do cirurgião-
dentista, e aplicação do gel de flúor, pela equipe de saúde bucal
RECOMENDAÇÕES PARA CRIANÇAS DE 6 A 9 ANOS
REFERÊNCIAS
Essa já é uma fase ideal para a criança participar de programas
educativos preventivos, com atividades lúdicas, e também pela Tratado de pediatria
função dos pais nessa idade – as crianças começam a aprender,
Manual de orientação – departamento de nutrologia – SBP 2012
vendo os pais escovarem, a maneira como elas devem escovar
também Caderno 33 do MS – saúde da criança: crescimento e
desenvolvimento
O exame da cavidade bucal deve ser atividade de rotina, por
toda equipe, por isso outros profissionais também devem estar Pediatria ambulatorial Ennio Leão 5ª edição
atentos a presença de lesões dentárias ou em tecidos moles,
podendo efetuar o encaminhamento para equipe de saúde bucal Manual de anatomofisiologia pediátrica – universidade de
coimbra – 2018
 Alimentação
Deve-se sugerir que, juntamente com a ingestão de alimentos
cariogenicos, fazer o uso de alimentos cariostáticos

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA INFÂNCIA E NA  local de ocorrência
ADOLESCÊNCIA 64% dos acidentes com menores de 10 anos → em casa
Os acidentes ou traumas são situações imprevisíveis e 43% dos acidentes com adolescentes de 15 a 19 anos →
que acontecem ao acaso, acarretando em dano físico ou via pública
psíquico. Na literatura médica, o termo é substituído por
injúria MEDIDAS DE PREVENÇÃO

No Brasil, representa a principal causa de morte de  Prevenção primária


crianças de 1 a 14 anos e, em relação as vítimas, as
tentativa de evitar a ocorrência de acidentes. Suas ações
crianças de comunidades pobres estão mais expostas, por
devem visar a:
não terem recursos para brincar com seguranças,
viverem em condições mais perigosas, morarem em casas o mudança de comportamento (educativas)
com maior risco de incêndio etc o medidas tecnológicas → como modificar a
embalagem de produtos químicos e
inflamáveis
o medidas legislativas → criar e cuprir
regulamentações, como o uso obrigatório de
cadeirinha de segurança nos carros e uso de
tampas de segurança em medicamentos
venenosos

 Prevenção secundária

existência de um sistema efetivo para atender os feridos

 Prevenção terciária
FATORES DE RISCO é o auxílio prestado às vítimas para que elas voltem o
 Idade mais próximo do seu estado antes de acontecer o
acidente
a criança → conforme vai crescendo, desenvolve mais
habilidades, interações com o meio ambiente e se  Intervenções ativas
envolvem com riscos variados exige da ação de uma pessoa ou mudança de
lactentes → a gravidade no trauma deles é maior, pois comportamento. Ex.: uso do cinto de segurança
possuem maior tendência de daos neurológicos em caso  Intervenções passivas
de traumatismo craniano
não exige ação nem mudança de comportamento, por si
 Sexo só já protege automaticamente. Ex.: uso de tampa de
a partir de 1 ano até a adolescência, os meninos tem segurança nos medicamentos
muito mais chance de sofrer traumas físicos  Intervenções mistas
 Características sociais e econômicas por exemplo, instalar grades nas janelas depende de uma
o mãe solteira e jovem ação (ativa) mas ela por si só já protege (passiva)
o baixo nível de educação materna
o habitações precárias
o falta de infraestrutura adequada de creches e
escolas
o falta de políticas públicas direcionadas para a
prevenção de acidentes

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


PRINCIPAIS TIPOS DE INJÚRIAS NÃO INTENCIONAIS E QUEIMADURAS
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
85% das queimaduras na infância ocorre no ambiente
QUEDAS doméstico e com predominância na cozinha, causados
pelo contato com líquidos quentes ou chama, inclusive a
as crianças começam cair antes de um ano e a gravidade escaldadura (queimar com líquido quente) é a principal
depende da altura e da superfície de impacto e esses causa em menores de 5 anos
eventos estão associados à curiosidade e
desenvolvimento de habilidades → por isso, o grupo as queimaduras por chamas são mais graves e atingem
abaixo de 10 anos é o de mais alto risco, principalmente maior extensão e profundidade na pele e o álcool é um
os meninos importante agente causador

uma peculiaridades das cidades brasileiras é a presença as queimaduras por fogos de artifício raramente causam
de casas cobertas apenas por lajes, a não murada e não morte, mas causam trauma, tanto por destruição quanto
cercada constitui um local onde as crianças brincam, por queimaduras nas regiões nobres - olhos, face e mãos
resultando em quedas que geram lesões graves
em relação às queimaduras de origem química, a soda
cáustica é a maior fonte, seguida de pilhas e baterias
esféricas

as queimaduras de exposição à eletricidade, acomete


mais crianças de 5 anos e tendem a causar pequenas
lesões, mas com a possibilidade de comprometimento
estético e necrose da área

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

 não deixar o bb sozinho em cima de qualquer móvel,


como cama, cadeira etc
 usar portões de segurança no topo das escadas
 não deixar cadeiras e móveis perto de janelas e
sacadas
 as lajes devem ser muradas ou se não for possível,
evitar brincar nelas sem supervisão

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

 manter as crianças longe da cozinha e do fogão


durante preparo das comidas
 cabos voltados pra dentro, não deixar a panela nas
bocas mais próximas
 testar a temperatura da mamadeira no dorso da mão
antes
 cuidado ao preparar o banho: colocar primeiro a água
fria e testar a temperatura usando a parte interna dos
cotovelos
 não fazer ‘’gambiarras’’ e ‘’gatos’’

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


 não deixar ferro de passar e aparelhos elétricos
perto das crianças

AFOGAMENTO

é a segunda causa de morte no Brasil entre 1-14 anos,


superada apenas pelo trânsito. A maioria em menores de
4 anos acontece em casa e na medida que eles crescem,
os espaços abertos - mar, lagoas e rios - passam a
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
predominar
 não dar mamadeira com o bb deitado
mais da metade dos afogamentos de lactentes
acontecem nas banheiras, de forma rápida e silenciosa,  menores de 4 anos não podem brincar com
porque é preciso apenas 2,5cm de profundidade que a brinquedos que contenham peças que soltam
criança possa se afogar - quando caem com o rosto na  menores de 5 anos não podem comer milho, pipoca,
água e não conseguem levantar a cabeça bala dura etc
 manter objetos pequenos como moedas, parafusos,
jóias, etc longe do alcance
 remover os cordões do capuz ou que circundam o
pescoço e agasalhos
 aprenda manobras de desobstrução de vias áreas e
reanimação cardiopulmonar e ensine aos cuidadores
MEDIDAS DE PREVENÇÃO
INGESTÃO DE CORPOS ESTRANHOS
 Se possível, colocar as crianças na natação a partir
dos 4 anos a maioria dos objetos ingeridos seguem o trajeto do TGI
 nunca deixar de supervisionar em piscina ou qualquer e é eliminada espontaneamente, quando impactam no
coleção de água esôfago, devem ser retirados por endoscopia. O melhor
 baldes, bacias e piscinas devem ser esvaziados exame para verificação é a radiografia e a tomografia
computadorizada para ver ossos de peixe, plástico, vidro
 instalar grades em volta da piscina
e objetos de metal fino, pois eles não são facilmente
 ensinar os riscos de mergulhar ou se jogar em águas
vistos na radio.
profundas
 sempre usar coletes salva-vidas em embarcações no o uso de contraste para realização dos exames nesse caso
mar, rios etc não é indicado, devido ao risco de aspiração e dele
revestir externamente o corpo estranho e retardar a
ASPIRAÇÃO E ASFIXIA POR CORPO ESTRANHO
endoscopia devido ao jejum necessário
Acomete crianças de 0-3 anos e principalmente meninos, bateria esférica, se impactada no esôfago, deve ser
pois costumam colocar tudo na boca enquanto exploram retirada urgentemente por endoscopia, devido ao risco
os ambientes, além de possuírem vias aéreas estreitas e de ruptura com eliminação do conteúdo corrosivo e
a capacidade de mastigar/engolir não está tão consequente complicações, mas se localizada além do
desenvolvida → alimentos - milho, feijão, amendoim- , esôfago, não precisa ser mais retirada, só se o paciente
moedas, balões, brinquedos apresentar lesões no TGI
a maior suspeita que o acidente aconteceu é a situação
INTOXICAÇÕES
de ‘’engasgo’’ que pode ou não ser valorizada pelos pais.
Quando o corpo estranho está na árvore brônquica, os Mais de 90% das exposições acontecem em casa
sinais são → tosses, sibilos, diminuição de ruídos (medicamentos, produtos de limpeza, chumbinho e
respiratórios localizados, dispneia e cianose plantas) e as crianças menores de 5 anos possuem alto
risco, porque elas exploram os ambientes com os seus
quando na faringe, podem causar obstrução completa de
sentidos - paladar olfato, visão etc - e não possuem a
vias aéreas e óbito
noção de risco

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


as crianças intoxicadas sofrem consequências mais sérias ACIDENTES DE TRANSPORTE
que os adultos , porque possui menor estrutura corporal
e metabolismo rápido Representa a principal causa de morte de 10-14 anos no
mundo, entre elas, os atropelamentos ganham destaque,
com crianças de 5-9 anos de maior risco, principalmente
nos horários de entrada e saída da escola

isso porque na fase pré-escolar a criança é impulsiva, tem


baixa estatura - dificulta a visão dela e do motorista - e
não consegue localizar precisamente os sons do trânsito.
Aos 10 anos, possuem dificuldade para saber a distância
de um objeto nas vias de tráfego, avaliar a velocidade dos
carros e possuem visão periférica diminuída

também tem as quedas de bicicleta, seguidas das


colisões com veículos, que são causas frequentes de
lesões e TCE e traumatismo em membros

nos carros, a melhor proteção para as crianças é o uso de


cadeirinhas e assentos de segurança e sempre
MEDIDAS DE PREVENÇÃO transportadas no banco traseiro - SBP recomenda que a
criança e o adolescente usem dispositivos de retenção
 estocar produtos químicos, cosméticos, de limpeza e
desde o nascimento até medirem 1,45m. Os modelos de
etc fora do alcance de crianças e trancados
assentos devem ser certificados pelo inmetro, os
 manter todos os produtos em suas embalagens
principais são:
originais
 verificar a validade dos medicamentos  bb conforto → do nascimento até 2 anos (ou até
 explicar as crianças o risco de mexer em produtos atingir peso e altura estipulado pelo fabricante)
perigosos  cadeirinha voltada pra frente → 2 anos até atingir o
 evitar ter plantas tóxicas → saia-branca, comigo- limite máximo de peso ou altura permitido pelo
ninguém-pode, chapéu de napoleão etc fabricante - 30 a 36kg
 assento de elevação ou ‘’booster’’ → toda criança
BRINQUEDOS que ja atingiu o peso e estatura permitido pela
apesar de desempenharem um importante papel no cadeirinha, até ter 1,45cm
desenvolvimento, são perigosos. No Brasil, o Inmetro  cinto de segurança → indicado para crianças a partir
realiza testes para garantir a qualidade e segurança dos de 1,45m (entre 9-13 anos)
brinquedos. Quedas e asfixia são as principais pelos
acidentes

MEDIDAS DE PREVENÇÃO

 Comprar brinquedos apropriados para a idade e com


selo de inmetro
 material não pode ser tóxico nem inflamável
 evitar brinquedos pontudos
 ensinar guardar os brinquedos após a brincadeira pra
prevenir quedas
 bicicleta, patins, skates e etc usar sempre com os
equipamentos de segurança apropriados

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


MEDIDAS DE PREVENÇÃO

Para criança como pedestre

 ensinar a criança andar na calçada, no acostamento


 ensinar prestar atenção em locais de entrada e saída
de veículos, como garagens
 sempre parar e olhar antes de atravessae

Para crianças como ciclista

 utilizar equipamentos de segurança


 usar sapatos fechados
 usar a bicicleta sem rodinha depois de 6 anos
 andar em locais seguros e bem iluminados, como
parques, ciclovias

ACONSELHAMENTO DURANTE A CONSULTA

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


VACINAÇÃO QUANDO A VACINA DEVE SER ADIADA

A imunidade pode ser de 2 formas: ativa (produz seus próprios  Episódios de doenças agudas febris (para evitar confundir
anticorpos, por adquirir uma doença ou por meio da vacinação) os efeitos adversos da vacina)
e passiva (recebe anticorpos prontos, pela placenta ou leite  Depois que terminou a corticoterapia em dose
materno, ou através de imunoglobulinas) imunossupressora, esperar 30 dias
 Após usar medicamentos/tratamentos imunossupressores,
esperar 90 dias
 Esperar 3 meses depois de receber transplante de medula

COMPOSIÇÃO DA VACINA

 Agentes atenuados (vacinas vivas)


 Agentes inativados
 Partes de agentes etiológicos (também é inativada)
As práticas de imunizações são geralmente baseadas em  Partes de produtos modificados do metabolismo (também é
evidências científicas atualizadas, nas características das inativada)
vacinas e do hospedeiro e na epidemiologia das doenças.
Existem 2 calendários principais: o da SBP e do PNI (programa Obs: vacinas inativadas  precisam de mais de uma dose
nacional de vacinação pelo ministério da saúde) para proteger
Todas as vacinas podem Vacinas atenuadas  1 dose é suficiente
ocasionar eventos adversos, em
geral leves e transitórios, que o Adjuvante  componente da vacina que ativa fortemente a
profissional da saúde deve resposta imune e pode ser responsáveis por alguns dos efeitos
informar para a família adversos

CONTRAINDICAÇÕES – VÍRUS/BACTÉRIAS ATENUADOS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DA VACINA

 Imunodeficiência congênita ou adquirida  Via oral


 Gestantes (exceto se situação de riscos pra febre amarela,
poliomielite e sarampo)
 Neoplasias malignas
 Terapia imunossupressora (radio, quimio)
 Uso de corticosteroides em altas doses por mais de 15 dias
(2mg/kg/dia ou mais que 20mg/dia de prednisona em  Via parenteral
crianças) o Intradérmica 
o Subcutânea
CONTRAINDICAÇÕES COMUNS
o Intramuscular
 Ocorrência de hipersensibilidade (anafilaxia) após uma
dose anterior
 História de hipersensibilidade a qualquer componente dos
imunobiológicos

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


REAÇÕES ADVERSAS DAS VACINAS temperatura, o equipamento utilizado, a forma de
acondicionamento e o monitoramento durante o percurso

CALENDÁRIO DE IMUNIZAÇÕES DA CRIANÇA E DO


ADOLESCENTE

CONSERVAÇÃO, ARMAZENAMENTO E TRANSPORTE


A Rede Frio é o sistema utilizado pelo PNI responsável por toda
estrutura técnico-administrativa  processo logístico, Obs: foi adicionado a vacina da COVID (2 doses) de 5 a 11 anos
recebimento, armazenamento, distribuição e transporte e uma dose de reforço de SCR aos 15 meses
Até a administração, deve-se garantir condições adequadas,
principalmente de temperatura, porque alterações podem
comprometer a potência imunogênica, reduzindo ou falhando no
efeito esperado da vacina
Na sala de vacinação, todas as vacinas devem ser
armazenadas entre 2-8ºc, com temperatura ideal de 5ºc,
devendo haver instrumentos para monitorar e controlar a
temperatura. Não se recomenda refrigeradores de uso
doméstico
As vacinas acondicionadas para transporte em temperatura Tirando essas, todas as outras vacinas do calendário são
negativa, organizadas em caixas independentes com bobinas inativadas e intramuscular
reutilizáveis congeladas, uma vez resfriadas (entre +2ºC e
+8ºC), não devem ser recongeladas. VACINAS AO NASCER

Manter a estabilidade da temperatura das vacinas no HEPATITE C


armazenamento e transporte e prevenir o congelamento dos Antígeno de superfície
imunobiológicos são etapas críticas para assegurar a qualidade (inativada) do vírus da
Constituição
dos produtos. As vacinas que contêm adjuvante de alumínio, hepatite B (HbsAg) +
quando expostas à temperatura abaixo de +2o C, podem ter adjuvante
perda de potência em caráter permanente. O congelamento Via de administração Intramuscular
afeta as vacinas adsorvidas por meio da mudança de sua forma 1ª dose  até 12h de vida
física. Esquema vacinal
SBP recomenda + 3 doses
Mãe positiva e prevenção de Bbs a termo de mães
O transporte é realizado por diferentes vias  áreas, terrestres infecção perinatal positivas devem receber a
ou aquática  nesse fluxo, é fundamental o controle da

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


imunoglobulina, nas primeiras
12h de vida ou até 7 dias após
o parto
Reação anafilática prévia e
Contraindicações púrpura trombocitopênica
pós-vacinal

VACINA BCG
Vacina atenuada com bacilos VACINAÇÃO – 2 MESES
Constituição
Mycobacterium bovis
PENTAVALENTE
protege contra as formas
Indicação Inativada, recombinada de
graves da doença
toxoides purificados de
Intradérmica (única) no braço
Via de administração difteria e tétano + antígeno
direito
Constituição de superfície da HB +
Esquema vacinal Dose única, primeiras 12h
oligossacarídeos
conjugados de Haemophilus
influenzae b
Protege contra:
1. Diferia
2. Tétano
Contraindicações Indicação
3. Coqueluche
4. Hepatite B
As contraindicações 5. Meningite
absolutas são: Via de administração Intramuscular
- imunodeficiência Administração de 3 doses:
Esquema vacinal
congênita/adquirida 2 meses, 4 e 6 meses
Quando tem comunicantes - crianças maiores de 7 anos
domiciliares com - história de choque
Contraindicações
Hanseníase, independente anafilático após dose
da forma clinica  pode anterior
Situação de revacinação
aplicar a 2ª dose depois de, no
mínimo, 6 meses da 1ª dose e
a criança com mais de 1 ano VIP (VACINA INJETÁVEL POLIOMIELITE)
de idade Vírus inativado dos tipos 1,2
Constituição
- registro no cartão da vacina e3
- a ausência da lesão vacinal Previne contra a pólio
Comprovação da vacinação Indicação
não se configura como critério causada pelo vírus 1,2 e 3
para revacinação mais Intramuscular no vasto
Via de administração
lateral da coxa
Realizada com 3 doses: 2, 4
Esquema vacinal
e 6 meses
Eventos adversos Contraindicações Reação alérgica prévia

VORH – VACINA ORAL DA ROTAVÍRUS HUMANO


Constituição Vírus atenuado
Protege da diarreia causada
EVOLUÇÃO DA LESÃO VACINAL Indicação
pelo rotavírus
O tempo de evolução da vacinação é de 6 a 12 semanas. Via de administração Oral
Durante a evolução normal da lesão, pode haver a Indicada em 2 doses: 2 e 4
linfadenopatia regional axilar direita (ou supra/infraclavicular a meses de vida
Esquema vacinal
direita tambam), ocorre em cerca de 10% dos casos e ele é Na rede privada: indicada
indolor, móvel, frio é até 3cm. Ele pode permanecer de 2 a 3 em 3 doses
Paciente com diarreia ou
meses, depois involui naturalmente Condições para adiar
vômito (porque a excreção

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


do vírus é fecal, pra não  Pneumo10V
aumentar a contaminação)
- imunodeficiências VACINAÇÃO DE 5 MESES
congênitas e adquiridas
- alergia Repetir dose da vacina MeningoC
- doença gastrointestinal
Contraindicações crônica VACINAÇÃO 6 MESES
- malformação congênita do
TGI Repetir
- história prévia de
 Pentavalente
invaginação intestinal
Não repetir se cuspir ou  VIP
Comentário
vomitar
VACINAÇÃO 9 MESES

PNEUMO10V FEBRE AMARELA


Inativada, com Vírus vivo e atenuado,
polissacarídeos capsulares Constituição cultivados em ovos
Constituição embrionados de galinha
bacterianos de 10 sorotipos
de pneumococo Protege contra a febre
Indicação
Protege contra infecções amarela
invasivas (sepse, meningite, Via de administração Subcutânea
Indicação pneumonia e bacteremia) e Atualmente, é indicado 2
Esquema vacinal
otite média aguda causada doses: 9 meses e 4 anos
pelos 10 sorotipos -Imunodeficiências
Via de administração Intramuscular congênitas e adquiridas
Composta por 2 doses: 2, 4 - Situações que levam a
meses e 1 reforço aos 12 Contraindicações imunossupressão
Esquema vacinal meses - Reações anafiláticas a ovo
No privado: 3 doses e 1 - Gravidez
reforço
Reações anafiláticas
Contraindicações
anteriores
VACINAÇÃO 12 MESES

VACINAÇÃO – 3 MESES Repetir as doses abaixo e aplicar a SCR

 Pneumo10V
VACINA MENINGOCÓCICA C
Inativada, com  MeningoC
Constituição polissacarídeos do VACINA SRC (TRÍPLICE VIRAL)
meningococo Vírus atenuados das cepas
Protege contra doenças Constituição de vírus da rubeula, sarampo
Indicação invasivas causada por e caxumba
Neisseria meningiditis Protege contra sarampo,
Via de administração Intramuscular Indicação
caxumba e rubéola
Aplicar 3 doses: 3, 5 e 12 Via de administração Subcutânea
Esquema vacinal
meses de vida Atualmente, aplica-se 2
Contraindicações Anafilaxia anterior Esquema vacinal
doses: 12 e meses
- gravidez
- reação anafilática à
VACINAÇÃO DE 4 MESES neomicina e gelatina
Contraindicações
- corticoterapia em altas
Repetir:
doses
 Pentavalente - imunodeficiência
 VIP
 Rotavirus

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


- febre alta (maior que 39,5) recebido a primeira dose da
Reações adversas que surge 5-12 horas pós trípliceviral (SRC)
vacinação por 5 dias - para crianças expostas ao
Contraindicações HIV
- anafilaxia dose anterior
VACINAÇÃO 15 MESES

DTP (TRÍPLICE BACTERIANA) HEPATITE A


Inativada, composta por Constituição Vírus inativado
Constituição toxoides purificados de Indicação Protege contra HA
difteria e tétano Via de administração Intramuscular
Protege contra difteria, Esquema vacinal Dose única
Indicação
tétano e coqueluche Contraindicações Hipersensibilidade
Via de administração Intramuscular
Aplica-se 2 doses: 15 meses
e 4 anos VACINAÇÃO 5 ANOS
Obs: a idade máxima é de 6
anos, 11 meses e 29 dias  Repetir as doses abaixo e administrar a vacina da varicela
Esquema vacinal
depois disso, faz só com dT
(adulto)  DTP
obs: o reforço recomendado  VOP
pela SBP é entre 4 e 6 anos  Febre amarela
Contraindicações - encefalopatia
VARICELA ATENUADA
Constituição Vírus atenuado
Obs: as do tipo infantil contém uma quantidade de toxoides Protege contra varicela
Indicação
diftérico 10x maior do que as do tipo adulto, mas as do toxóide (catapora)
tetânico é a mesma quantidade, por isso são representados por Via de administração Subcutânea
DT maiúsculas. As do tipo adulto são representados por dT É a 2ª dose, porque a
Esquema vacinal primeira já tinha vindo no
VOP (VACINA ORAL POLIOMIELITE) – ZÉ GOTINHA SCRV dos 15 meses
Vírus atenuados de - gestantes
Constituição Contraindicações
poliovírus do tipo 1, 2 e 3 - imunossuprimidos
Previne contra poliomielite
Indicação
dos tipos 1,2 e 3
Via de administração Oral ATUALIZAÇÃO 2022
Recomenda-se 2 doses: aos
Esquema vacinal Agora, as crianças de 5 a 11 anos podem tomar a vacina da
15 meses e 4 anos
COVID-19, no entanto, não é obrigatória
- hipersensibilidade
- imunodeficiência  2 doses com intervalos de 8 semanas
- poliomielite paralítica
associada à dose anterior
Contraindicações
dessa mesma vacina
- contato domiciliar com
pessoas imunodeficientes
suscetíveis

TETRAVIRAL – SCRV
Vírus atenuados do
Constituição sarampo, caxumba, rubéola
e varicela
Protege contra sarampo,
Indicação
caxumba, rubéola e varicela
Via de administração Intramuscular
Dose única, indicada para
Esquema vacinal
crianças que já tenham

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância


REFERÊNCIAS
Pediatria ambulatorial – Ennio Leão 5ª edição
Tratado de Pediatria SBP 4ª edição
Caderno 33 de atenção básica  saúde da criança,:
crescimento e desenvolvimento
Calendário Nacional de Vacinação (PNI) – 2022
Calendário de vacinação SBP – 2021
Manual de Rede Frio do PNI - 2013

VACINAÇÃO ANUAL

INFLUENZA
Vírus inativados e
Constituição
fragmentados
Protege contra infecções
Indicação
pelo vírus influenza
Via de administração Intramuscular
Indicada para toda as
crianças, a partir de 6
Esquema vacinal meses, anualmente, antes
do período de maior
prevalência da gripe
Reações anafiláticas,
Contraindicações
incluindo proteínas do ovo

VACINAÇÃO ADOLESCENTES

HPV QUADRIVALENTE – PAPILOMA VÍRUS


Partículas semelhantes ao
Constituição
vírus HPV inativadas
Infecções pelo papiloma
Indicação
vírus
Via de administração Intramuscular
2 doses para meninas – 9
anos até 14 anos, 11 meses
e 29 dias
Intervalo de 6 meses entre as
Esquema vacinal
doses
Para mulheres infectadas
pelo HIV entre 9-26 anos –
receber 3 doses
Contraindicações

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Acidentes e vacinação na infância

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
CONCEITO DE ADOLESCÊNCIA CRESCIMENTO

É a fase de transição gradual entre infância e o estado adulto, Inicia desde a concepção e termina no final da adolescência,
caracterizada por profundas transformações somáticas, tem sua velocidade variada, apresentando fases de
psicológicas e sociais. É possível classificar a adolescência crescimento, pois depende de ações hormonais nas placas de
em diversos critérios: crescimento epifisário. O crescimento não é uniforme: primeiro
os membros inferiores e depois o tronco
 Cronologia – o mais usado
Observa-se, para ambos os sexos, as seguintes fases:
Segundo a OMS, a adolescência pode ser definida
cronologicamente pela faixa dos 10 aos 20 anos de idade  Fase de crescimento estável

 Critério físico ou biológico O acréscimo de altura e peso são constantes

A adolescência vai abrangir a fase de modificações anatômicas  Fase de aceleração de crescimento


e fisiológicas que transformam a criança e o adulto  processo A velocidade aumenta progressivamente ate atingir um valor
denominado de puberdade máximo  11 a 12 anos na menina e 13 a 14 anos para
Acontecem o aparecimento dos caracteres sexuais secundários, meninos
inicia a aceleração do crescimento e vai até o indivíduo atingir o  Fase de desaceleração
desenvolvimento físico completo (parada do crescimento e
estabelecimento da função reprodutora) Na qual os incrementos diminuem gradativamente ate a parada
do crescimento  vai de 15-16 anos nas meninas e de 17-18
 Psicológico anos nos meninos
Período de mudanças relacionadas a uma busca de identidade,
acelera o desenvolvimento intelectual e evolui em termos de
sexualidade

 Social
Desse ponto de vista, corresponde ao momento em que a
sociedade não encara o indivíduo como uma criança, mas ainda
não o considera como adulto
Então, ele perde direitos e privilégios de criança, ao mesmo
tempo que ganha as responsabilidades do adulto

CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FÍSICO Fatores intrínsecos e extrínsecos podem influenciar


negativamente em todas as etapas
O crescimento e desenvolvimento físico vão compreender uma
série de modificações biológicas, ou seja, a puberdade,  Fatores extrínsecos
abrangendo: o Privação afetiva – agravos emocionais
o Agravos físicos
 Estirão de crescimento (esqueleto e órgãos internos, depois
o Falta de acesso a macro e micronutrientes
desacelera)
equilibrados na alimentação
 Desenvolvimento dos órgãos reprodutores o Sedentarismo
 Mudanças na composição corporal (distribuição de gordura,
esqueleto e musculatura)  Fator intrínseco
 Desenvolvimento do sistema circulatório e respiratório o Carga genética familiar
(esses levam ao menino, principalmente, o aumento de
força e resistência) É o fator mais determinante da estatura final do individuo

O início da puberdade é universal e geneticamente definido, É importante pontuar que, pelo fato da estatura ser influenciada
mas pode sofrer influencias ambientais, emocionais e por fatores genéticos, há um cálculo para se avaliar a faixa de
nutricionais, assim como doenças crônicas podem retardar o estatura final do adolescente, com base na herança genética
início da puberdade

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
dos pais. Assim, calcula-se o alvo genético com a seguinte
fórmula:

Hipotálamo produz GnRH  esimula a hipófise a produzir LH e


FSH  ambos ativam as gônadas  estimula produção dos
hormônios sexuais (estrogênio, progesterona e testosterona)

DESENVOLVIMENTO MUSCULAR E TECIDO ADIPOSO

 Massa muscular  Adrenarca


Aumenta gradativamente e a velocidade máxima de ganho (É anterior a produção de esteroides gonadais, ocorre entre os
ocorre geralmente na mesma época ou depois do pico de 6 e 8 anos de idade)
crescimento
Também ocorre o aumento de produção de androgênios pelas
É consequência do incremento no tamanho das células – glândulas adrenais (suprarrenais) - grupo de hormônios do qual
hipertrofia celular – mais acentuado no sexo masculino a testosterona faz parte.
 Tecido gorduroso Androgênios no homem  desenvolvimento e anutenção dos
órgãos sexuais e das características sexuais secundárias
Observa-se acumulo continuo dos 8 anos de idade até a
puberdade, porém, a velocidade de deposição de gordura vai Nas mulheres  os androgênios transformam-se em estradiol,
diminuindo durante a fase de crescimento esquelético, e mas também atuam diretamente aumentando a atividade das
depois que passa o pico, vai aumentando glândulas sudoríparas e sebáceas e estimulando o crescimento
de pelos axilares e pubianos. O resultado é o aparecimento
REGULAÇÃO ENDÓCRINA DA PUBERDADE de acne, odor corporal semelhante ao dos adultos e o
surgimento de pelos pelo corpo.
 Fase inicial
o Elevação dos níveis séricos dos esteroides sexuais  Durante a puberdade
 meninas (estrogênio e progesterona) e meninos
(testosterona) Em ambos os sexos, os estrógenos são essenciais para
o Aumento de GH  acaba amentando a produção acelerar o crescimento por meio da ação em receptores
de IGF-1 pelo fígado também  os dois vão agir na específicos na placa epifisária  promovendo crescimento +
musculatura cardíaca, diafragma, adipócitos e decreta o fechamento das epífises
sistema hematopoiético, essencial para preparar
os órgãos às novas necessidades impostas pelo
crescimento

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
MATURAÇÃO SEXUAL – PUBERDADE NORMAL A menarca geralmente ocorre nos estágios M3 e M4 e a
ovulação pode ocorrer desde a menarca, embora os ciclos
Engloba o desenvolvimento das gonadas e caracteres sexuais menstruais iniciais tendem a ser anovulatórios e irregulares
secundários, incia-se aproximadamente 1 ano mais cedo no
sexo feminino e segue, em ambos os sexos, uma sequencia
meio constante, que pode ser avaliada clinicamente

SEXO FEMININO
A puberdade feminina se inicia em média aos 9 anos
A primeira manifestação é o aparecimento do broto
mamário (estrógenos dos ovários) , seguindo, no mesmo ano,
o inicio do aparecimento dos pelos pubianos (andrógenos Em relação à idade em que os eventos de maturação ocorrem,
adrenais) . O desenvolvimento mamário e da pilosidade pubiana há grande variabilidade, o processo completo de M2 até M5 leva
podem ser avaliados, por meio da inspeção, segundo os em média 4 anos, podendo variar de 1,5 a 9 anos. O intervalo
estágios evolutivos seguidos por Tanner de tempo entre os diferentes estágios é variável de uma
adolescente para outra.

SEXO MASCULINO
A puberdade masculina se inicia em média aos 10 anos
A primeira manifestação  crescimento testicular como
resultado do aumento de tamanho dos túbulos seminíferos 
resultado da secreção de andrógenos testiculares
Depois vem os pelos pubianos e o crescimento do pênis 
também sofrem influência dos andrógenos adrenais
Tanto o desenvolvimento genital quanto o desenvolvimento dos
pelos segue a evolução bem parecida com o padrão feminino

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
PUBERDADE ANORMAL

PUBERDADE PRECOCE
Ocorre quando o desenvolvimento dos caracteres sexuais 2º
acontecem, em meninas – antes dos 8 anos – e em meninos
– antes dos 9 anos
Quanto a origem, pode ser:

 Central  dependente de gonadotrofinas


No sexo masculino ocorre a alteração da voz, que surge o Aparecimento de mama nas meninas
gradualmente antes do desenvolvimento genital como o Aumento do volume testicular nos meninos acima de
consequência do crescimento da laringe induzido por 4 ml
andrógenos (hormônios masculinos)  Periférica  independente das gonadotrofinas

O crescimento testicular pode ser medido com o auxílio do A importância do diagnóstico vem justamente da necessidade
orquidômetro de Prader, um conjunto de modelos elipsoidais de de identificar e tratar lesões expansivas intracranianas e, nas
volumes conhecidos com os quais o testículo é comparado. formas fisiológicas, de evitar a fusão prematura das epífises de
crescimento, comprometendo a estatura final
Os volumes de 1, 2 e, ocasionalmente, 3ml  encontrados
antes da puberdade. Outro dado, além da idade do aparecimento, é prestar atenção
na velocidade das mudanças, que podem ser de forma rápida
4ml ou mais  indicativo de puberdade e progressiva
enquanto os volumes adultos  12 a 25ml.
 Diagnóstico
Para ambos  dosagem de LH basal, radiografia de punho e
mao
Meninas  US pélvica para avaliação do volume uterino
Meninos  dosagem de testosterona

 Tratamento
A base do tratamento da PPC é o bloqueio da produção de
Próstata, glândulas bulbouretrais, vesículas seminais e gonadotrofinas com o objetivo de estabilizar ou fazer regredir os
epidídimo apresentam também crescimento acentuado a partir caracteres sexuais secundários e desacelerar a maturação
do início do desenvolvimento testicular esquelética
RESUMO – PRINCIPAIS MARCOS PUBERAIS Usam-se os análogos agonistas sintéticos do GnRH que
agem na hipófise anterior e forma competitiva ao GnRH
 Telarca (desen. Das mamas) endógeno
 Pubarca (aparecimento dos pelos pubianos em resposta
aos estrógenos ovarianos e aos andrógenos suprarrenais) ATRASO PUBERAL
 Axilarca (aparecimento de pelo nas axilas)
Considera-se que há atraso quando existe falta de
 Menarca (primeira menstruação, em media aos 12 anos)
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, ou seja,
 Voz (cordas vocais longas e espessas) ausência de broto mamário e volume testicular menor que 4ml
 Polução (eliminação involuntária de esperma pelos
meninos, podendo corresponder à menarca das meninas) Meninas – aos 13 anos – e meninos – 14 anos
 Ginecomastia (aumento mamário devido a sensibilidade
Como no processo de crescimento, a maturação sexual também
dos receptores estrogênicos que circulam a partir da
sofre consequências de fatores s e ambientais, particularmente
puberdade)
nutricionais.
 Aumento do volume testicular (ação do FSH)

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
Tem como causa mais comum a ACCP – atraso constitucional
do crescimento e da puberdade, mais frequente nos meninos do
que nas meninas, nessa condição, tanto a puberdade quanto
a maturação óssea e o crescimento estão atrasados, por falta
de ativação do eixo HHO
Principais causas

 Desnutrição
 Alteração no eixo hipotálamo-hipófise
o Hipogonadismo hipogonadotrófico funcional –
em que a síntese e a secreção de gonadotrofinas
estão inibidas por condições sistêmicas
o Hipogonadismo hipergonadotrófico – em que
ocorre falência gonadal primária

Esses adolescentes possuem altura nos percentis mais


inferiores das curvas, podendo chegar a ter o diagnóstico de
baixa estatura em algum momento do seu crescimento
Geralmente eles se desenvolvem normalmente, sem
necessidade de tratamento, embora mais tardiamente que a
maioria dos seus pares da mesma idade

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
NECESSIDADES NUTRICIONAIS DOS ADOLESCENTES Está envolvida no metabolismo do cálcio, fosforo e
mineralização óssea  importantes na fase de crescimento
As necessidades nutricionais são influenciadas e aumentadas
pelos eventos da puberdade e pelo estirão do crescimento, mas  Vitamina C
a escolha dos alimentos é determinada e depende de vários Alguns adolescentes que fumam e aquelas que usam
fatores: psicológicos, econômicos e culturais, interferindo nos contraceptivos orais podem apresentar deficiência
hábitos alimentares
MINERAIS

São essenciais para o funcionamento das enzimas e permite a


expansão dos tecidos metabolicamente ativos. São
considerados cálcio ferro e zinco os mais importantes e
possuem necessidades aumentadas durante o estirão
Do ponto de vista nutricional, os adolescentes pertencem a uma
faixa de risco muito vulnerável pela escolha alimentar, pois CÁLCIO
costumam consumir muitos lanches e gordura, aumentando o
Não é produzido, então é necessária ingestão para atingir os
risco cv, resistência a insulina, DM2, hipertensão e câncer. Além requerimentos, principalmente na adolescência que tem uma
dessas consequências patológicas, a escolha alimentar também
fase acelerada de crescimento ósseo e intenso depósito
afeta a ingestão diária de macronutrientes e vitaminas
mineral.
ENERGIA Quase 50% da massa óssea é obtida na adolescência, pois o
Estão aumentadas e seguem a relação com a velocidade do acumulo de cálcio é triplicado e, justamente nesse período, é
crescimento e a atividade física, então quanto maior a comum observarmos que grande partes dos adolescentes
velocidade do crescimento, maior os requerimentos de energia consome uma dieta pobre em cálcio. Isso ocorre porque:

Na adolescência, o pico máximo de ingestão calórica coincide  Redução de consumo de leite e derivados
com o pico de velocidade máxima de crescimento, sendo  Consumo maior de alimentos industrializados
observado um real aumento do apetite nessa fase o Possuem miais fatores antinutricionais  cafeína,
fitatos, oxalatos e taninos  formam complexos
Diferença entre os sexos: indivíduos do sexo masculino insolúveis com o cálcio  diminuem a absorção
ingerem, a cada idade, mais calorias que os de sexo feminino.  Menor capacidade de vigilância e controle da alimentação
do adolescente pela família
PROTEÍNAS
O estirão também eleva a oferta proteica e existem diversos
fatores que influenciam no metabolismo proteico:

Como fonte de alimentos ricos em cálcio, citamos leite e


derivados, couve, feijão, feijão-soja, mostarda, folhas de nabo.
Essa lista é importante nas eventuais substituições do leite
Assim, uma das causas do déficit de crescimento pode estar FERRO
sendo pela ingesta limitada de proteína
Há um aumento da necessidade por causa do aumento do
VITAMINAS volume plasmático para disposição de maior massa de
eritrócitos e de mioglobina, importantes para o desenvolvimento
De maneira geral, sabe-se que elas também estão com
da massa muscular. Sua deficiência é muito comum na
necessidades aumentadas no período de estirão 
adolescência, justificando a alta prevalência de anemia
principalmente as vitaminas hidrossolúveis (complexo B e
vitamina C), que cumprem funções no metabolismo energético As meninas possuem necessidades de Fe 3x maior, por causa
das perdas dele na menstruação, podendo representar
 Vitamina A  necessidades aumentadas
1,4mg/dia
 Vitamina D

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
 Recomendações de ferro
Menino e menina 9-13 anos  8 mg/dia
Meninos de 14-18 anos  11 mg /dia
Meninas 14-18  15mg/dia

 Alimentos – ferro heme


Ingerir mais carnes (boi, porco, peixe e aves), pois possui maior
disponibilidade de ferro heme
Também tem em grãos, ovos, leites e queijos

ZINCO
Adquiriu importância por estar relacionado com a regeneração
óssea e muscular, ao desenvolvimento ponderal e à maturação
sexual
As recomendações são de 8 a 11mg/dia e as fontes de zinco
são carnes, peixes, ovos e leite

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
DESENVOLVIMENTO PSICOSSOCIAL NA ADOLESCÊNCIA Nessa fase também a mente começa a se encher de
preocupações com a vida profissional, tomadas de decisão e
Enquanto os eventos que envolvem mudanças físicas, escolhas
constituem a puberdade e são universais, já os que estão
Obs: o desenvolvimento da sexualidade com práticas
relacionados ao desenvolvimento psicológico – emocional são
semelhantes aos adultos preocupa-se pelos riscos de gravidez
agrupados na síndrome da adolescência normal, que são
na adolescência, DSTs, AIDS e escolhas de métodos
vividas de maneiras diferentes por cada um
anticonceptivos adequados
COMPONENTES DA SÍNDROME DA ADOLESCÊNCIA
 Adolescência tardia – 17 aos 20
NORMAL
busca de si mesmo e da identidade; Tudo deve se consolidar: então deve atingir a consolidação com
separação progressiva dos pais; a identidade pessoal, a separação final do núcleo familiar e
tendência grupal; assumir responsabilidades próprias e papeis adultos
evolução da sexualidade; Ocorre o estabelecimento também de identidade sexual, com
desenvolvimento do pensamento abstrato; relações mais maduras e estáveis
capacidade de fantasiar, necessidade de intelectualizar;
crises religiosas; ADOLESCÊNCIA E CRISE DE IDENTIDADE
vivência temporal singular;
A palavra ‘’crise’’ significa decidir, escolher, então a crise de
flutuações de humor.
identidade estaria relacionado a formação da própria identidade,
personalidade, gostos, estilos, consciência de si mesmo e etc,
É interessante analisar o desenvolvimento da adolescência configurando-se como o aspecto mais importante do
dividido por idade: adolescência inicial, média e final desenvolvimento psicológico do adolescente
A busca de novos modelos é caracterizada por flutuações
constantes de identidade, aparecem algumas transitórias,
outras influenciadas (ídolos, redes sociais, artistas etc), até
aparecer a certa. Nessa busca, estão sendo respondidas as
perguntas:

 Adolescência inicial – 10 aos 13


Marcado pelo rápido crescimento e entrada na puberdade.
Então inicia-se a busca de uma identidade própria, tentativas de
independência, rebeldia e dificuldade de aceitar conselhos de
adultos  por isso, nota-se menor interesse em atividades com
os pais
Só mantem relação com amigos do mesmo sexo
Na evolução da sexualidade, o período é exploratório, então
destaca-se a atividade da masturbação

 Adolescência média – 14 aos 16


É caracterizada pelo desenvolvimento intelectual e pela maior
Paralelamente, ocorre a preocupação com a imagem
valorização do grupo. Também entra nessa fase os
corpórea que está sofrendo alterações e é percebido pelo
comportamentos de risco que vem da necessidade de
adolescente – se acha forte e alto, ou se acha gordo – e como
experimentar o novo e desafiar o perigo
é uma percepção incompleta, o jovem pode começar praticar
Na sexualidade, as relações se tornam mais significativas, esportes inadequados (como musculação muito cedo) ou
podendo haver experimentação da atividade sexual realizar dietas malucas prejudiciais para a saúde em busca de
um ‘’corpo ideal’’

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
SEPARAÇÃO PROGRESSIVA DOS PAIS VIVÊNCIA TEMPORAL SINGULAR
O adolescente passa a rejeitar determinados comportamentos - querem tudo no tempo deles, por isso não são pacientes para
familiares e por isso se distanciam e buscam sua independência fazer um lanche e prefere alimentos prontos e semiprontos
e liberdade
- assim como desistem de tratamentos como o de acne que não
Tratam os pais de forma muito diferente perto dos amigos, mostram resultados imediatos, já quer o resultado imediato
chegando a ser humilhante
FLUTUAÇÕES DE HUMOR
TENDÊNCIA GRUPAL
- Contraste entre as crises depressivas e angustiantes e a
- Com o distanciamento da família, os adolescentes se sensação de euforia e felicidade, podendo essas serem
aproximam de grupos de amigos que apresentam interesses em simultâneas;
comum e que se identificam;
- Marcadas pela imaturidade para lidar com perdas e ganhos;
- Os grupos tornam os seus membros mais fortes e fornecendo
suporte emocional; -
Ajuda a moldar comportamentos, podendo influenciar
positivamente ou negativamente

EVOLUÇÃO DA SEXUALIDADE
- A adolescência é marcada pelo auto-erotismo e pelo contato
genital exploratório;
- Marcada por vínculos intensos e frágei;
- Pode ser marcada por comportamentos de risco no exercício
da sexualidade, expondo os adolescentes à gravidez precoce e
às DSTs;

DESENVOLVIMENTO DO PENSAMENTO ABSTRATO E


NECESSIDADE DE FANTASIAR OU INTELECTUALIZAR
- As necessidades intelectuais e a capacidade de utilizar seus
conhecimentos atingem o pico máximo;
- Adquire a capacidade de apresentar raciocínio hipotético, de
pensar criativamente, de formular idéias próprias e originais e
de criar opiniões pessoais que constroem a individualidade;
- Pensa o mundo de forma imaginária;
- Apresenta preocupações com princípios éticos, filosóficos e
sociais;
- Os adolescentes passam a escrever diários, blogs, redações e
músicas;

CRISES RELIGIOSAS
- Varia entre o fanatismo e o ateísmo de forma momentânea,
sendo essas defendidas com igual força;
- Marcadas pelo questionamento crítico e pela defesa do que
acredita;

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
COMPORTAMENTOS DE RISCO NA ADOLESCÊNCIA  Fascinação por estados alterados de consciência
 Influência do grupo
Esses comportamentos vão levar a alguns problemas de saúde  Fuga, como resolução de problemas
e acontecem porque os adolescentes se acham invulneráveis,
aliando isso à necessidade de conhecer o novo e desafiar o ACIDENTES
perigo, acha que pode controlar tudo, mas não é o que acontece
Constituem a principal causa de mortalidade da população
GRAVIDEZ PRECOCE / INDESEJADA adolescente, com maior frequência para o sexo masculino em
acidentes de trânsito e trabalho
É o principal motivo de preocupação, ainda mais que é bastante
incidente na faixa de 11-15 anos e embora os riscos possam ser Alguns dos fatores etiológicos importantes da problemática de
afastados seguindo um pré-natal adequado, ainda existem os acidentes são:
agravos psicológicos e emocionais relacionados
 Necessidade de romper ligações familiares, de se sentir
Leva muitas vezes a interrupção do projeto de vida da forte e atraente, procurar novas emoções, buscar uma
adolescente, pois é associados há evasão escolar e integridade grupal e relativa imaturidade frente situações de
‘’destruição’’ dos planos futuros. Tambem esta relacionada com risco
riscos para o abortamento e para DSTs, em especial a AIDS
No caso de acidentes de trabalho, nota-se em regiões onde a
 Fatores de risco mão de obra jovem é bastante utilizada, mas não tem uma
adequação entre o tipo de trabalho e o grau de desenvolvimento
físico e psicológico, além da falta de medidas de proteção 
tudo isso leva uma predisposição maior para acidentes
Nos casos de acidentes automobilísticos com adolescentes,
medidas preventivas em relação aos fatores que predispõe esse
tipo de situação devem ser cuidadosamente consideradas>

 Uso habitual ou esporádico dos veículos sem a proteção


adequada, aplicações de leis insuficientes, falta de
responsabilidade dos adultos desinformados ou muito
A abordagem é complexa e se concentra principalmente na
permissivos
educação sexual, destacando a anticoncepção e no
reconhecimento das características e singularidades dos VIOLÊNCIA
adolescentes
Importante causa de mortalidade na adolescência
DROGAS
A exposição à violência + trauma psicológicos = explicam mais
As drogas lícitas e ilícitas estão cada vez mais presentes na de 50% das auto-avaliações de comportamento violento em
vida dos adolescentes porque eles são vulneráveis, além deles ambos os sexos, sendo a raiva o principal sintoma
mesmo desejarem a busca de novas sensações, entre essas
drogas, destacam-se fumo, drogas e álcool Por isso, cabe ao profissional da saúde, estar atento se o
adolescente está exposto à alguma violência e avaliar se ele
A orientação sobre riscos é dada em diversos segmentos: possui sentimentos de raiva e suas manifestações
 Diálogo com familiares CONSULTA HERBIÁTRICA
 Professores
 Profissionais da saúde É um momento privilegiado entre o médico, que deve passar
 Mídia confiança, respeito e sigilo com o adolescente, que precisa ser
receptivo ao processo. Importante deixar claro que o paciente é
Alguns motivos para o uso de drogas: a figura central, então sempre se dirigir a ele
 Curiosidade Para realizar uma consulta adequada, deve haver competências
 Busca do prazer que o profissional de saúde da AP deve dominar
 Tentação do probido
 Rebeldia, insegurança
 Sensação de invulnerabilidade

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
ANAMNESE

Momento de coletar as informações do paciente, deve ser ampla


e abordar todos os aspectos do adolescente físicos, psíquicos,
socioculturais, sexuais e espirituais
A consulta pode ser dividida em 3 ou mais momentos

 Entrevista com o adolescente + familiares


 Entrevista só com o paciente adolescente
 Retorno para pacientes e pais responsáveis

PRIMEIRO MOMENTO: ADOLESCENTES + FAMILIARES


PRÉ-REQUISITOS Importante deixar bem claro desde o início que o paciente é o
Para atender os adolescentes, é necessário saber o que é e o adolescente, e sempre falar se dirigindo a ele, e para melhor
que não é característico da adolescência (10 a 20 anos), como entendê-lo, sempre prestar atenção no seu estado geral,
ter uma noção das causas prevalentes de mortalidade e postura, cuidados de higiene, modo de vestir e interação com o
morbidade entre os jovens acompanhante

Assim, o profissional vai estar preparado para lidar com Em geral, obedece o roteiro de qualquer idade: QP, HMA, HP,
situações e agravos evitáveis HF, HS, revisão de sintomas
No entanto, a consulta com o adolescente deve especialmente
se basear em perguntas abertas: ‘’ que preocupações você
gostaria de me contar hoje?’’

Em relação as queixas de adolescentes atendidos em SEGUNDO MOMENTO: MÉDICO E ADOLESCENTE A SÓS


ambulatório, destacam-se:
Constitui o tempo mais importante porque é a oportunidade
que o paciente tem que se expressar de forma mais livre e
aberta. A conversa deve ser sigilosa, perguntar de novo o motivo
da consulta, porque pode diferir do relato do familiar
Segue o modelo AADDOLESSE, que deve ser sempre
precedida de uma explicação clara do porque as perguntas são
importantes, por exemplo ‘’beleza, agora eu gostaria de ver
como você tem lidado com situações de estresse, se há
qualquer coisa que possa estar colocando sua saúde em risco,
ok?’’

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
Serve para orientá-los sobre as hipóteses diagnósticas
percebidas e as explicações sobre as condutas terapêuticas
a serem tomadas.

EXAME FÍSICO

É um dos pilares do processo de diagnóstico e tratamento, e


uma das formas de avaliar objetivamente as queixas do
adolescente
Também funciona como boa oportunidade de o profissional
abordar temas educativos com o paciente, como orientar o
autoexame das mamas (nos homens, orientar sobre a
presença de ginecomastia), avaliação dos genitais e os pelos
pubianos
 Exige absoluta privacidade, local adequado, se possível
em sala próxima à da anamnese.
 Deve ser realizado preferencialmente no sentido
craniocaudal, de forma segmentada, sempre cobrindo a
região que não está sendo examinada.
 explicação prévia do passo a passo para tranquilizar e
diminuir temores

Mas, de maneira resumida, deve ser abordada:

TERCEIRO MOMENTO: COM OS PAIS OU RESPONSÁVEIS


 grau de desenvolvimento das características sexuais
Na existência de conflitos evidentes, ou de violência secundárias
familiar, torna-se necessário uma conversa a sós com os
responsáveis. deve ser avaliado regularmente, com base na classificação de
maturação sexual de Tanner

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993


Esther Santos – Medicina Unimontes T77

Desenvolvimento na adolescência
previamente, mesmo quando é preciso romper o sigilo,
conscientizando-o da importância de informar determinadas
situações.
Segredos íntimos próprios da adolescência não requerem
quebra de sigilo, havendo necessidade de informar se houver
riscos à saúde ou integridade de vida do cliente ou de
terceiros
 Quebra de sigilo
Em todos esses casos que caracterizam a necessidade de
quebra de sigilo médico, o adolescente deve ser informado
anteriormente, justificando-se os motivos para essa atitude

PROCEDIMENTOS DE TRIAGEM E ORIENTAÇÃO


A consulta do adolescente tem que incluir os testes de triagem
e orientação antecipatória, apoiados em evidencias científicas
de efetividade e benefícios
Os principais temas que devem ser abordados incluem:

 atividade física e alimentação saudável


 fumo, álcool e drogas
 sexualidade
 DSTs
 Violência e bullying
 Segurança no transito
REFERÊNCIAS

Tratado de pediatria SBP


Pediatria Básica – Marcondes
Pediatria ambulatorial Ennio Leão
Manual de Orientação Departamento de Nutrologia SBP

ASPECTOS ÉTICOS

A consulta do adolescente deve ocorrer em clima de


confiança, respeito, sigilo e autonomia.
É preciso que fique claro ao jovem que nada será tratado com
seus pais/responsáveis sem que ele seja informado

Licensed to Junio Matos furtado - juniomafur@hotmail.com - HP152416517705993

Você também pode gostar