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ENFERMAGEM

EM
SAÚDE DA MULHER

Disciplina:
Atenção ao Pré-natal de baixo e alto risco

1
Docente

Emmanoela de Almeida Paulino Lima

Mestre em Modelos de Decisão em Saúde – UFPB


Pós-Graduada em Saúde da família
Pós-Graduada em Obstetrícia
Bacharel em Enfermagem

2
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
3

❖ Os órgãos genitais femininos são incumbidos da


produção dos óvulos, e depois da fecundação destes
pelos espermatozoides, oferecem condições para o
desenvolvimento até o nascimento do novo ser.

❖ Os órgãos genitais femininos consistem de um grupo


de órgãos internos e de órgãos externos.
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
4

ÓRGÃOS
INTERNOS:
ÓRGÃO EXTERNO
Ovários - Tubas
- Vulva
uterinas - Útero -
Vagina
SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
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ÓRGÃOS INTERNOS

Ovários: responsáveis pela produção dos


hormônios sexuais da mulher, o progesterona e
o estrogênio. Nos ovários também são
armazenadas as células sexuais femininas, os
óvulos.

Tubas uterinas :unem os ovários ao útero.

Útero: acomodar o feto até o nascimento do


bebê.
A mucosa uterina é chamada de endométrio,
que passa por um processo de descamação
durante o período da menstruação.

Vagina: órgão sexual feminino


SISTEMA REPRODUTOR FEMININO
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ÓRGÃO EXTERNO

A vulva é a parte externa dos


órgãos genitais femininos.

A vulva inclui a abertura da vagina,


os lábios maiores, os lábios
menores e o clitóris.

Externamente é revestida por pelos


pubianos.
MENSTRUAÇÃO
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 A menstruação representa o início da vida fértil de uma mulher, isto é, o período
em que a mulher já pode engravidar.

 Perda de sangue que ocorre periodicamente.

 Devido a estímulos hormonais, a superfície do endométrio se rompe e é excretada


pela vagina, sob a aparência de um fluido de sangue.
CICLO MENSTRUAL
8

 O ciclo menstrual é o período entre o início de uma


menstruação e outra.

 Esse período dura, em média, 28 dias, mas pode ser mais


curto ou mais longo.

 A primeira menstruação chama-se “menarca” e na maioria


das vezes, ocorre entre os 12 e os 13 anos.

 Por volta dos 50 anos, fase é chamada de "menopausa", o


óvulos se esgotam e cessam as menstruações e a fertilidade
da mulher.
CICLO GRAVÍDICO PUERPERAL
9

 A gestação é um fenômeno fisiológico e, por isso, sua


evolução se dá, na maior parte dos casos, sem
intercorrências.

 A gravidez é um momento de modificações no corpo da


mãe.

 A gravidez é um período que dura cerca de 40 semanas


(280 dias) e é o resultado do processo de fecundação de um
ovócito por um espermatozoide e posterior fixação do
zigoto na cavidade uterina.
Sinais diagnósticos da gestação
10

• Presuntivos ou presumíveis (Levam


a mulher a pensar que está gestante)

• Provável (Quase certa a gestação)

• Certeza (Certeza de gestação)


Sinais diagnósticos da gestação
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SINAIS DE PRESUNÇÃO:
➢ Amenorréia = Atraso menstrual

➢ Manifestações clínica = Náuseas, vômitos, tonturas,


salivação ↑, mudança de apetite, ↑ da frequência urinária e
sonolência

➢ Modificações anatômicas = ↑ volume das mamas,


hipersensibilidade nos mamilos, tubérculos de Montgomery,
saída de colostro pelo mamilo, coloração violácea vulvar,
cianose vaginal e cervical, ↑ do volume abdominal
Sinais diagnósticos da gestação
12

 SINAIS DE PROBABILIDADE
 Amolecimento da cérvice uterina (sinal de Goodell), com
posterior ↑ do seu volume;

 Sinal de Hegar (↑ a elasticidade do útero), Piskacek e de


Nobile-Bundin Alterações uterinas;

 Paredes vaginais ↑, com ↑ da vascularização – sinal de


Chewick; (pode-se observar pulsação da artéria vaginal nos
fundos de sacos laterais)
Sinais diagnósticos da gestação
13

 SINAIS DE PROBABILIDADE

 Positividade da fração do ßHCG a partir do 8º ou 9º dia após a


fertilização;

 Contrações de Braxton Hicks: indolores;


Sinais diagnósticos da gestação
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 SINAIS DE CERTEZA
 A presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF) - é detectada
pelo sonar, a partir de 10 a 12 semanas, e pelo Pinard, a partir
de 20 semanas.

 Percepção dos movimentos fetais (18 a 20 semanas)

 Ultrassonografia = O saco gestacional é observado via


transvaginal com 4 a 5 semanas gestacionais, e a atividade
cardíaca é a 1ª manifestação do embrião com 6 semanas
FATORES DE RISCO GESTACIONAL
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 Os fatores de risco são condições ou aspectos


biológicos, psicológicos ou sociais associados
estatisticamente a maiores probabilidades futuras
de morbidade ou mortalidade.

 Podem ser agrupados de acordo com as


características individuais da mulher, seus
comportamentos e estilos de vida.
FATORES DE RISCO GESTACIONAL
16

 Fatores Relacionados às Características Individuais e às


Condições Sociodemográficas Desfavoráveis

 Idade menor que 15 e maior que 35 anos;


 Ocupação: esforço físico excessivo, carga horária extensa...
 Situação familiar insegura e não aceitação da gravidez
 Baixa escolaridade (menor do que cinco anos de estudo
regular);
 Condições ambientais desfavoráveis;
 IMC que evidencie baixo peso, sobrepeso ou obesidade;
 Dependência química
FATORES DE RISCO GESTACIONAL
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 Fatores Relacionados à História Reprodutiva


Anterior
 Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou
malformado;
 Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas;
 Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que
cinco anos.
 Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos);
 Cirurgia uterina anterior;
 Três ou mais cesarianas.
FATORES DE RISCO GESTACIONAL
18

 Fatores Relacionados à Gravidez Atual


 Ganho ponderal inadequado;

 Infecção urinária;

 Anemia
ASSISTÊNCIA PRÉ-NATAL
19

 O objetivo do acompanhamento pré-natal é


assegurar o desenvolvimento da gestação,
permitindo o parto de um recém-nascido
saudável, sem impacto para a saúde materna,
inclusive abordando aspectos psicossociais e as
atividades educativas e preventivas.
10 Passos para o Pré-Natal de Qualidade na AB
20

1° PASSO: 2° PASSO: 3° PASSO:


• Iniciar o pré-natal na • Garantir os recursos • Assegurar a solicitação,
Atenção Primária à Saúde até humanos, físicos, materiais e realização e avaliação em
a 12ª semana de gestação técnicos necessários à termo oportuno do resultado
(captação precoce) atenção pré-natal. dos exames preconizados no
atendimento pré-natal.

4° PASSO: 5° PASSO:
• Promover a escuta ativa da • Garantir o transporte público
gestante e de seus(suas) gratuito da gestante para o
acompanhantes. "rodas de atendimento pré-natal,
gestantes". quando necessário.
10 Passos para o Pré-Natal de Qualidade na AB
21

6° PASSO: 7° PASSO: 8° PASSO:


• É direito do(a) parceiro(a) • Garantir o acesso à unidade • Estimular e informar sobre
ser cuidado (realização de de referência especializada, os benefícios do parto
consultas, exames e ter caso seja necessário. fisiológico, incluindo a
acesso a informações) . elaboração do "Plano de
Parto".

9° PASSO: 10° PASSO:


• Toda gestante tem direito de • As mulheres devem
conhecer e visitar conhecer e exercer os
previamente o serviço de direitos garantidos por lei no
saúde no qual irá dar à luz período gravídico-puerperal.
(vinculação).
PARTICIPAÇÃO DO PAI NO PRÉ-NATAL
22

LEI Nº 11.108/05

Mais seguras e
ACOMPANHAMENTO DA confiantes
PARTURIENTE NO
+
TRABALHO DE PARTO,
PARTO E PÓS-PARTO Redução do número de
cesárias
CALENDÁRIO DE CONSULTAS
23

Mínimo de 6 consultas
OMS intercaladas entre o médico e o
enfermeiro

MENSAIS Até a 28ª semana

QUINZENAIS Da 28ª e 36ª semana

SEMANAIS Da 36ª até o parto


CALENDÁRIO DE CONSULTAS
24

 O papel da equipe de atenção básica no pré-natal é


de grande importância, em todo o processo.

 O acompanhamento da mulher no ciclo grávido-


puerperal deve ser iniciado o mais precocemente
possível e só se encerra após o 42º dia de puerpério,
período em que a consulta de puerpério deverá ter
sido realizada.
PRIMEIRA CONSULTA
25

Acolher a mulher respeitando sua condição emocional em relação à atual


gestação, esclarecer suas dúvidas, medos, angustias ou simplesmente
curiosidade em relação a este novo momento em sua vida;

Confirmação de diagnóstico e identificação e classificação de riscos;

Adesão ao pré natal e educação para saúde estimulando o auto cuidado;

Levantamento de prontuário para avaliar: realidade socioeconômica,


condições de moradia, composição familiar e antecedentes;

Esclarecer a gestante que seu acompanhante poderá participar de seu


atendimento, se o desejar;
PRIMEIRA CONSULTA
26

Após a confirmação da gravidez em consulta, médica ou de enfermagem,


dá-se início ao acompanhamento da gestante, com seu cadastramento no
SISPRENATAL.

O cartão da gestante, com a identificação preenchida, o número do


SISPRENATAL, o hospital de referência para o parto e as orientações
sobre este;

O calendário de vacinas e suas orientações;

A solicitação dos exames de rotina;

As orientações sobre a participação nas atividades educativas – reuniões e


visitas domiciliares
ROTEIRO PRIMEIRA CONSULTA
27
IDENTIFICAÇÃO DADOS SOCIOECONOMICOS

 Nome;  Grau de instrução;


 Número do Cartão Nacional de  Profissão/ocupação (deve-se
Saúde- SISPRENATAL; identificar fatores de risco);
 Idade;  Estado civil/união;
 Cor;  Número e idade de dependentes
 Naturalidade; (deve-se avaliar a sobrecarga de
 Procedência; trabalho doméstico);
 Endereço atual;  Renda familiar;
 Unidade de referência  Pessoas da família com renda;
 Condições de moradia (tipo, nº
de cômodos);
 Condições de saneamento (água,
esgoto, coleta de lixo);
 Distância da residência até a
unidade de saúde.
ROTEIRO PRIMEIRA CONSULTA
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ANTECEDENTES FAMILIARES ANTECEDENTES PESSOAIS :
 Hipertensão arterial;  Hipertensão arterial crônica;
 Diabetes mellitus;  Diabetes mellitus;
 Malformações congênitas e  Doenças renais crônicas;
anomalias genéticas;
 Anemias;
 Gemelaridade;
 Desvios nutricionais ;
 Câncer de mama e/ou do colo  Epilepsia;
uterino;
 Doenças da tireoide e outras endocrinopatias;
 Hanseníase;
 Viroses (rubéola, hepatites);
 Tuberculose;
 Portadora de infecção pelo HIV;
 Doença de Chagas;
 Infecção do trato urinário;
 Parceiro sexual portador de infecção
pelo HIV.  Doenças neurológicas e psiquiátricas;
 Cirurgia (tipo e data);
 Transfusões de sangue;
 Alergias (inclusive medicamentosas);
 Vacinação;
 Uso de medicamentos;
 Uso de drogas, tabagismo e alcoolismo.
ROTEIRO PRIMEIRA CONSULTA
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ANTECEDENTES GINECOLÓGICOS:

• Ciclos menstruais (duração, intervalo e regularidade; idade da menarca);


• Uso de métodos anticoncepcionais prévios (quais, por quanto tempo e
motivo do abandono);
• Infertilidade e esterilidade (tratamento);
• Doenças sexualmente transmissíveis, inclusive doença inflamatória
pélvica (tratamentos realizados, inclusive pelo parceiro);
• Cirurgias ginecológicas (idade e motivo);
• Malformações uterinas;
• Mamas (patologias e tratamento realizado);
• Última colpocitologia oncótica (papanicolau ou “preventivo”, data e
resultado).
ROTEIRO PRIMEIRA CONSULTA
30

Sexualidade:

• Início da atividade sexual (idade da primeira relação);


• Dispareunia (dor ou desconforto durante o ato sexual);
• Prática sexual na gestação atual ou em gestações
anteriores;
• Número de parceiros da gestante e de seu parceiro em
época recente ou pregressa;
• Uso de preservativos masculinos e/ou femininos (“uso
correto” e “uso habitual”)
ROTEIRO PRIMEIRA CONSULTA
31

ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS:
• Número de gestações (incluindo abortamentos, gravidez
ectópica, mola hidatiforme);
• Número de partos (domiciliares, hospitalares, vaginais
espontâneos, por fórceps, cesáreas – indicações);
• Número de abortamentos (espontâneos, provocados,
causados por DST, complicados por infecções, relato de
insuficiência istmo-cervical, história de curetagem pós-
abortamento);
ROTEIRO PRIMEIRA CONSULTA
32

 Antecedentes obstétricos:

GESTA PARA ABORTO

NÚMERO DE NÚMERO DE NÚMERO DE


GESTAÇÕES PARTOS ABORTO

COLOCADO EM ALGARISMO ROMANO


ROTEIRO PRIMEIRA CONSULTA
33

ANTECEDENTES OBSTÉTRICOS ( continuação)


• Número de filhos vivos;
• Idade na primeira gestação;
• Intervalo entre as gestações (em meses);
• Número de recém-nascidos: pré-termo (antes da 37ª semana de gestação), pós-termo (igual ou
mais de 42 semanas de gestação);
• Número de recém-nascidos de baixo peso (menos de 2.500g) e com mais de 4.000g;
• Mortes neonatais precoces: até sete dias de vida (número e motivo dos óbitos);
• Mortes neonatais tardias: entre sete e 28 dias de vida (número e motivo dos óbitos);
• Natimortos (morte fetal intraútero e idade gestacional em que ocorreu);
• Recém-nascidos com icterícia, transfusão, hipoglicemia, ex-sanguíneo- transfusões;
• Intercorrências ou complicações em gestações anteriores (deve-se especificá-las);
• Complicações nos puerpérios (deve-se descrevê-las);
• Histórias de aleitamentos anteriores (duração e motivo do desmame).
ROTEIRO PRIMEIRA CONSULTA
34

GESTAÇÃO ATUAL:

• Data do primeiro dia/mês/ano da última menstruação


• DUM (anotar certeza ou dúvida);
• Peso prévio e altura;
• Sinais e sintomas na gestação em curso;
• Hábitos alimentares;
• Medicamentos utilizados na gestação;
• Internação durante a gestação atual;
• Hábitos: fumo (número de cigarros/dia), álcool e drogas ilícitas;
• Ocupação habitual (esforço físico intenso, exposição a agentes químicos e físicos
potencialmente nocivos, estresse);
• Aceitação ou não da gravidez pela mulher, pelo parceiro e pela família,
principalmente se for adolescente;
• Identificar gestantes com fraca rede de suporte social;
• Cálculo da idade gestacional e data provável do parto.
IDADE GESTACIONAL
35

DUM DUM
CONHECIDA DESCONHECIDA
IDADE GESTACIONAL
36

 Exemplo:

 DUM = 02/06/2010
 data da consulta = 14/07/2010

 28 dias junho + 14 dias de julho

 42 dias/7 = 6 semanas.
CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DE PARTO (DPP)
DUM CONHECIDA
37

 DDP - Regra de Näegele

 Consiste em somar sete dias ao primeiro dia da


última menstruação e subtrair três meses ao mês em
que ocorreu a última menstruação (ou adicionar
nove meses, se corresponder aos meses de janeiro a
março).
CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DE PARTO (DPP)
DUM CONHECIDA
38

Regra de Näegele

Janeiro, fevereiro e março:


soma-se 7 ao dia e 9 ao mês.

DUM = 10/02/22
DIA 10 + 7 = 17
MÊS 02 + 9 = 11
ANO 2022 = MESMO = 2022
ANO

DPP = 17/11/2022
CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DE PARTO (DPP)
DUM CONHECIDA
39

Regra de Näegele

Abril a dezembro:
soma-se 7 ao dia, subtrai-se 3 do mês e soma-se 1 ao ano
.
DUM = 10/02/22
DIA 13 + 7 = 20
MÊS 04 - 3 = 01
ANO 2022 + 1 = 2023

DPP = 20/01/2023
CÁLCULO DA DATA PROVÁVEL DE PARTO (DPP)
40

DUM DUM
CONHECIDA DESCONHECIDA

Cálculo de
Regra de McDonald
Näegele DPP = AU x 8
7
EXAME FISICO
41

EXAME FISICO

GERAL ESPECÍFICO
EXAME FÍSICO GERAL:
42

➢ Sinais vitais
➢ Inspeção da pele e das mucosas;
➢ Palpação da tireoide , região cervical, supraclavicular e axilar
(pesquisa de nódulos ou outras anormalidades);
➢ Ausculta cardiopulmonar;
➢ Exame do abdome;
➢ Exame dos membros inferiores;
➢ Determinação do peso;
➢ Determinação da altura;
➢ Cálculo do IMC;
➢ Avaliação do estado nutricional e do ganho de peso gestacional;
➢ Pesquisa de edema (membros, face, região sacra, tronco).
Sinais Vitais
43

Temperatura • 36-37° = normotermia

• 60 a 100 bpm
Pulso
=Normocardia

Respiração • 12 a 20 rpm = eupneica

Pressão Arterial • 120x80 mmHg


Sinais Vitais
44

 As alterações hipertensivas da gestação estão


associadas a complicações graves fetais e maternas e
a um risco maior de mortalidade materna e
perinatal.

 Nos países em desenvolvimento, a hipertensão


gestacional é a principal causa de mortalidade
materna, sendo responsável por um grande número
de internações em centros de tratamento intensivo.
Peso
45
ESPECÍFICO
46

Exame ginecológico
Exame clínico das mamas;
Palpação obstétrica;
Medida e avaliação da altura uterina;
Ausculta dos batimentos cardiofetais;
Registro dos movimentos fetais;
Teste de estímulo sonoro simplificado (Tess);
EXAME GINECOLÓGICO
47

 Exame ginecológico:
❖ inspeção dos genitais externos,

❖ exame especular (coleta de material)

❖ toque vaginal( não é necessário)

Não está contraindicada a realização


deste exame em mulheres grávidas,
podendo ser feito em qualquer
período da gestação,
preferencialmente até o 7º mês.
EXAME CLÍNICO DAS MAMAS
48
Para exame clínico das mamas (ECM), procede-se:

1- À inspeção estática e dinâmica: identifique visualmente


achatamentos dos contornos da mama, abaulamentos ou
espessamentos da pele das mamas, assimetrias, diferenças
na cor da pele, na textura e no padrão de circulação venosa.

2-À palpação: consiste em utilizar os dedos para examinar


todas as áreas do tecido mamário e linfonodos axilares e
supraclaviculares, em busca de nódulos, espessamentos,
modificações na textura e temperatura da pele etc.
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA
MANOBRAS DE LEOPOLD ZWEIFEL
49

Objetivos:
 - Identificar o crescimento
fetal;

 - Diagnosticar os desvios da
normalidade a partir da relação
entre a altura uterina e a idade
gestacional;

 - Identificar a situação e a
apresentação fetal.
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA
MANOBRAS DE LEOPOLD ZWEIFEL
50

1º TEMPO:
Exploração do fundo uterino

Delimite o fundo do útero


com a borda cubital de
ambas as mãos e reconheça
a parte fetal que o ocupa;
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA
MANOBRAS DE LEOPOLD ZWEIFEL
51
2º TEMPO:
Exploração do dorso fetal e
membros
Deslize as mãos do fundo uterino
até o polo inferior do útero,
procurando sentir o dorso e as
pequenas partes do feto;

POSIÇÃO FETAL
Esquerda/Direita
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA
MANOBRAS DE LEOPOLD ZWEIFEL
52
3º TEMPO:
Exploração da mobilidade do
polo, que se apresenta no
estreito superior pélvico;

APRESENTAÇÃO
FETAL
Cefálica
Pélvica
Córmica
PALPAÇÃO OBSTÉTRICA
MANOBRAS DE LEOPOLD ZWEIFEL
53
4º TEMPO:
Confirmação da situação
fetal

Determine a situação fetal,


colocando as mãos sobre as
fossas ilíacas, deslizando-as
em direção à escava pélvica
e abarcando o polo fetal.

SITUAÇÃO
longitudinal ou transversal;
54
55

APRESENTAÇÃO
Região do feto que ocupa o canal de parto

SITUAÇÃO
LONGITUDINAL
56

POSIÇÃO
MEDIDA DA ALTURA UTERINA (AU)
57
Objetivo:

 Visa ao acompanhamento do
crescimento fetal e à detecção
precoce de alterações.
 Use como indicador a medida
da altura uterina e sua relação
com o número de semanas de
gestação
 Possibilidades:
1. Erro de cálculo (IG)
2. Avaliação médica da USF:
polidrâmnio, macrossomia,
gestação gemelar, mola
hidatiforme; obesidade.

 Solicite USG (se possível)

 Dúvida: Retorno em 15 dias


para reavaliação

 Encaminhamento: alto risco

58
AUSCULTA DOS BATIMENTOS CARDIOFETAIS
59

 Constatar a cada consulta a presença, o ritmo, a


frequência e a normalidade dos batimentos cardíacos
fetais (BCF).

 Deve ser realizada com sonar, após 12 semanas de


gestação, ou com Pinard, após 20 semanas.

 É considerada normal a frequência cardíaca fetal


entre 110 a 160 batimentos por minuto
Pinard: 20ª
semana

60
61
REGISTRO DOS MOVIMENTOS FETAIS
62
Objetivo:
 Avaliação clínica do bem-estar fetal na gravidez a partir da 34ª semana gestacional

 Escolha um período do dia em que possa estar mais atenta aos movimentos fetais;
 Alimente-se previamente ao início do registro;
 Sente-se com a mão sobre o abdome;
 Registre os movimentos do feto nos espaços demarcados pelo formulário, anotando o horário de
início e de término do registro.

Inatividade fetal:
<6 movimentos em 1 hora
(duas horas consecutivas)
TESTE DO ESTÍMULO SONORO SIMPLIFICADO
(TESS)
63

 Teste de vitalidade fetal simplificado /Teste de


Estímulo Sonoro Simplificado (Tess).
1. Ausculte BCF por quatro períodos de 15 segundos (média)
2. Estímulo sonoro (3 a 5 segundos)
3. Observe movimentos fetais
4. Repita ausculta imediata dos BCF por quatro períodos de
15 segundos (média)
Interpretação
64

Teste de vitalidade fetal simplificado /Teste de Estímulo Sonoro Simplificado


(Tess)

↑15 batimentos sobre a medida inicial ou presença de movimentos


fetais fortes e bruscos

Ausência de resposta fetal: falta de aumento de BCF e


movimentos fetais ativos (Duas vezes com intervalo de 10 minutos)

Negativo ou Desaceleração da FCF: Serviço de referência


Vacinas
65

 A vacinação durante a gestação objetiva não somente a


proteção da gestante, mas também a proteção do feto.

 Não há evidências de que, em gestantes, a administração de


vacinas de vírus inativados (raiva humana e influenza, por
exemplo), de bactérias mortas, toxoides (tetânico e
diftérico) e de vacinas constituídas por componentes de
agentes infecciosos (hepatite B, por exemplo) acarrete
qualquer risco para o feto.
Vacinas
66

 Vacina dupla do tipo adulto – dT (difteria e tétano)

 A vacina dT é indicada para a proteção da gestante


contra o tétano acidental e a prevenção do tétano
neonatal.
Vacinas
67

Imunobiológico Recomendação Esquema


Vacina dupla do tipo Gestantes em três doses com intervalo de 60
adulto – dT (difteria e qualquer período dias entre elas.
tétano) gestacional.
A última dose deve ser feita
até no máximo 20 dias antes
da data provável do parto.
Vacinas
68

 Vacina contra influenza (fragmentada)

 A vacina contra a influenza é recomendada a todas as


gestantes em qualquer período gestacional. O PNI
disponibiliza esta vacina na rede pública de saúde a todas
as gestantes durante a campanha anual contra influenza
sazonal.

 O esquema consta de uma dose no período da campanha.


69

 Vacinação contra hepatite B (recombinante)

 Por considerar os riscos da gestante não vacinada de


contrair a doença e de haver transmissão vertical, o PNI
reforça a importância de que a gestante receba a vacina
contra a hepatite B após o primeiro trimestre de
gestação, independentemente da faixa etária.

 Gestantes com esquema incompleto (1 ou 2 doses): deve-


se completar o esquema.

 Gestantes com esquema completo: não se deve vaciná-


las.
Exames
70

• Hemograma
• Tipagem sanguínea e fator Rh
• Coombs indireto (se for Rh negativo)
• Glicemia em jejum
1ª consulta • Teste rápido de triagem para sífilis e/ou VDRL
• Teste rápido diagnóstico anti-HIV
ou 1º • Anti-HIV
trimestre • Toxoplasmose IgM e IgG
• Sorologia para hepatite B
• Urocultura + urina tipo I
• Ultrassonografia obstétrica
• Citopatológico de colo de útero (se for necessário)
• Parasitológico de fezes (se houver indicação clínica)
Exames
71

• Teste de tolerância para glicose com 75g, se a


glicemia estiver acima de 85mg/dl ou se houver
2º trimestre fator de risco (realize este exame
preferencialmente entre a 24ª e a 28ª semana)

• Coombs indireto (se for Rh negativo)


Exames
72

• Hemograma
• Glicemia em jejum
• Coombs indireto (se for Rh negativo)
• VDRL
3º • Anti-HIV
• Sorologia para hepatite B
trimestre • Repita o exame de toxoplasmose se o IgG não for
reagente
• Urocultura + urina tipo I (sumário de urina – SU)
• Bacterioscopia de secreção vaginal (a partir de 37
semanas de gestação)
Principais Suplementos Alimentares para as
Mulheres no Ciclo Gravídico-puerperal
73

 Ácido Fólico

 Indicado → prevenção de anormalidades congênitas do


tubo neural, especialmente nas mulheres com antecedentes
desse tipo de malformações.

 Recomendado → administração preventiva de 400 mcg (ou


0,4mg )de ácido fólico.
 conforme novas recomendações, o uso é indicado para gestantes durante
todo o período gestacional.
Principais Suplementos Alimentares para as
Mulheres no Ciclo Gravídico-puerperal
74

 Sulfato Ferroso

 Recomendado → tratamento e profilaxia de anemia;

 Recomenda-se ingerir a medicação antes das refeições.

 Uso indicado para gestantes ao iniciarem o pré-natal, durante


todo o período gestacional até o 3º mês pós-parto ou pós-aborto;

 Dosagem de 1 drágea de sulfato ferroso/dia (200mg), que


corresponde a 40mg de ferro elementar;
Roteiro das consultas subsequentes
75

 Nas consultas subsequentes, devem ser realizados os


seguintes procedimentos:
 Anamnese atual sucinta;
 Exame físico direcionado (deve-se avaliar o bem-estar
materno e fetal);
 Verificação do calendário de vacinação;

 Deve-se avaliar o resultado dos exames complementares;

 Devem ser feitas a revisão e a atualização do Cartão da


Gestante e da Ficha de Pré-Natal.
Pré-Natal de Alto Risco
Principais fatores de risco
relacionados à história reprodutiva anterior
77

 Morte perinatal ou intrauterina;


 Nuliparidade e grande multiparidade;
 Síndrome Hellp;
 Diabetes mellitus Gestacional;
 Parto pré-termo Anterior;
 Abortamento Habitual;
 Esterilidade;
 Infertilidade
Principais fatores de risco
relacionados à gravidez atual
78

 Polidrâmnio;
 Hipertensão arterial;
 Oligoidrâmnio;
 Neoplasias;
 Diabetes mellitus gestacional;
 Gemelaridade;
 Cardiopatias;
 Pré-eclâmpsia e eclampsia.
Síndromes hipertensivas da gestação
79

 As Síndrome Hipertensiva da Gestação são a 1ª causa de


óbito materno.

 HAS na Gestação:
 PA sistólica ≥ 140 mmHg ou PA diastólica ≥ 90 mmH

 Quando frequente em medidas repetidas, em condições


ideais, em pelo menos três ocasiões.
Síndromes hipertensivas da gestação
80

 HAS crônica
 HAS registrada ANTES da gestação, no período que
precede a 20ª SEMANA de GRAVIDEZ ou além de 12
semanas depois do parto.

 Hipertensão gestacional
 HAS detectada DEPOIS DA 20ª SEMANA, SEM
PROTEINÚRIA,→ chamada de “transitória” (quando
ocorre normalização depois do parto) ou “crônica” (quando
persistir a hipertensão)
Síndromes hipertensivas da gestação
81

 Pré-eclâmpsia
 Aparecimento de HAS e PROTEINÚRIA (> 300 mg/24h)
depois da 20ª SEMANA de gestação em mulheres
previamente normotensas

 Eclâmpsia
 Pré-eclâmpsia complicada por CONVULSÕES que não
podem ser atribuídas a outras causas.
Síndromes hipertensivas da gestação
82

 Condutas diante da pré-eclâmpsia:


 Monitorar a pressão frequentemente e avaliar a
proteinúria.
 Dieta hipossódica e repouso relativo.

 Avaliação das condições fetais:


 Contagem de movimentos fetais diariamente;

 Avaliação do crescimento fetal e do líquido amniótico.

 Se os resultados estiverem normais, repetir o teste a cada três


semanas
Síndromes hipertensivas da gestação
83

 A presença dos seguintes sinais e sintomas demanda


retorno imediato ao hospital:
 PA ≥ 150/100mmHg;
 Proteinúria na fita ++ ou mais;
 Aumento exagerado de peso;
 Cefaleia grave e persistente;
 Sangramento vaginal;
 Presença de contrações uterinas regulares;
Síndrome HELLP
84

 Complicação grave → 4% a 12% de gestantes com pré-


eclâmpsia ou eclampsia

 Se relaciona a ↑ índices de morbiletalidade materno-fetal;

 Sintomas: mal-estar, epigastralgia ou dor no hipocôndrio


direito, náuseas, vômitos, perda de apetite e cefaleia;

 Embora acompanhe outras doenças, a síndrome Hellp em Obstetrícia


é considerada como agravamento do quadro de pré-eclâmpsia.
Síndrome HELLP
85

 Formas de Tratamento da Síndrome de Hellp:

 1. Controle da pressão arterial.

 2. Prevenção das convulsões com sulfato de magnésio


(Monitorar reflexos patelares e débito urinário.

 3. Manejo de fluidos e eletrólitos


A hidratação pode ser alternando com ringer lactato e soro glicosado e
a dosagem de eletrólitos pode ser realizada com os ajustes diários
necessários.
Se ocorrer a oligúria, deve-se fazer uma ou duas infusões rápidas de
250-500ml de fluidos.
Situações Hemorrágicas na Gravidez
86

1º metade da gestação 2º metade da gestação

 Abortamento;  Placenta prévia (PP);


 Descolamento cório- Descolamento prematuro
amniótico; de placenta (DPP);
 Gravidez ectópica;  Vasa prévia;
 Mola hidatiforme.  Ruptura uterina.
HEMORRAGIAS - 1º metade da gestação
87

ABORTAMENTO

 Precoce (até a 13ª semana)

 Tardio (entre a 13ª e a 22ª semana)- Interrupção da


gestação até a 22ª semana gestacional ou quando o
concepto for < de 500g
HEMORRAGIAS - 1º metade da gestação
88

GRAVIDEZ ECTÓPICA

 A gravidez ectópica corresponde à nidação do ovo fora da


cavidade uterina.

 São fatores de risco para gravidez ectópica:


 História de gravidez ectópica prévia;
 Cirurgia tubária prévia;
 Infecções tubárias anteriores;
 Contracepção com progesterona ou DIU.

 Muitas vezes ocorrem em gestante sem nenhum fator de risco


HEMORRAGIAS - 1º metade da gestação
89

MOLA HIDATIFORME

 Tumor usualmente benigno invulgar que se desenvolve a


partir de tecido placentário em fases precoces da
gravidez

 Na gravidez molar pode ocorrer sangramento indolor e


de intensidade progressiva, às vezes associado a
eliminação de vesículas com aspecto de “cachos de uva”.

 Em consequência das perdas sanguíneas pode haver


anemia.
HEMORRAGIAS - 1º metade da gestação
90

DESCOLAMENTO CORIOAMNIÓTICO

 Caracteriza-se por sangramento genital de pequena


intensidade e é diagnosticado por exame ecográfico.
 A evolução é boa, não representando quadro grave
de risco materno e/ou ovular.
 A conduta é conservadora e, basicamente, consiste
no esclarecimento à gestante sobre o repouso,
utilizar analgésico se apresentar dor, evitar relações
sexuais durante a perda sanguínea.
HEMORRAGIAS - 2º metade da gestação
91

DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA


(DPP)
 Separação da placenta ≥
20 semanas;
 Sangramento vermelho
escuro com coágulos;
 Dor; hipertonia;
 Sinais de choque;
sofrimento fetal agudo.
HEMORRAGIAS - 2º metade da gestação
92

PLACENTA PRÉVIA (PP)


 Implantação da placenta
no segmento inferior do
útero;
 Sangramento vermelho-
vivo, sem coágulos;
 Indolor; tônus uterino
normal;
 Sem sinais de choque e
sofrimento fetal agudo.
HEMORRAGIAS - 2º metade da gestação
93

ROTURA UTERINA

 É uma complicação MUITO GRAVE em obstetrícia


sendo uma importante causa de morbimortalidade
materna.

 Quadro clínico da rotura uterina:


 Deterioração do padrão dos batimentos cardíacos fetais;
 Gestante queixa de dor aguda, de forte intensidade;
 Sangramento vaginal;
 Parada das contrações;
 Partes fetais palpáveis facilmente no abdome materno;
HEMORRAGIAS - 2º metade da gestação
94

ROTURA UTERINA

Conduta
 Em primeiro lugar deve-se conseguir a estabilidade
hemodinâmica da gestante iniciando o ABC da
reanimação.
 Em geral é necessário realizar histerectomia para
tratar a rotura uterina, pois ocorrem lesões
vasculares, com dificuldade de conservação do útero
HEMORRAGIAS - 2º metade da gestação
95

VASA PRÉVIA

 A vasa prévia é definida como sangramento dos vasos


sanguíneos fetais que atravessam as membranas
amnióticas passando pelo orifício interno do colo.

 A perda sanguínea é de origem fetal, fato este que mostra


a urgência do seu diagnóstico.

 As taxas de mortalidade fetal são altas, ao redor de 50%.


DIABETES MELLITUS GESTACIONAL
96

 Hiperglicemia de intensidade variável, que é


diagnosticada pela primeira vez ou se inicia durante
a gestação, podendo ou não persistir após o parto.

 Diabetes gestacional (diagnosticado durante a gravidez).


 Diabetes pré-gestacional (diabetes prévio à gravidez: tipo 1,
tipo 2 ou outros)

 Sintomas: poliúria, polidipsia, polifagia e perda


involuntária de peso
DIABETES MELLITUS GESTACIONAL
97

 Diagnóstico e rastreamento:
 Teste oral de tolerância à glicose

 Controle glicêmico

 Nas gestantes com diagnóstico de diabetes


gestacional, o controle glicêmico deve ser feito com
glicemias de jejum e pós-prandiais semanais.

 O controle também pode ser realizado com


avaliações de ponta de dedo
Sífilis
98

 Agente Etiológico-Treponema pallidum

 Transmissão- Prática sexual desprotegida, por transfusão de sangue


contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o
parto.

 Manifestações clínicas- Depende do estágio da doença: primária,


secundária e terciária. Inicialmente com úlcera indolor (ou pouco
dolorosa) e autolimitada

 Atenção pré-natal -A sífilis congênita pode causar aborto, má formação


do feto e/ou morte ao nascer.
HIV/Aids
99

 Transmissão - Via sexual (esperma e secreção vaginal), pelo


sangue (gestação/parto para criança e via parenteral) e pelo
leite materno.

 Diagnóstico - Elisa, imonofluorescência indireta, testes


rápidos, testes moleculares

 Acompanhamento-
 Carga viral (RNA viral no plasma) < 50 cópias/ml ou indetectável.
100

 Obrigada!
101

 Pré-natal planificasus (1).pdf

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