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Diagnóstico de

Gravidez e Primeiro
Trimestre

Prof. Ms Gláucio
Relembrando:

1e2
Diagnóstico de Gravidez
Diagnóstico clínico
◦ Sinais de Presunção
◦ Sinais de Probabilidade
◦ Sinais de Certeza

Diagnóstico laboratorial
◦ Hormonal
◦ USG
Diagnóstico Clínico
Sinais de presunção
◦ 4 semanas – Atraso menstrual
◦ 5 semanas – Náuseas/Vômitos – Congestão mamária
◦ 6 semanas – Polaciúria
Sinais de Probabilidade
◦ Atraso Menstrual – 10 a 14 dias
◦ Aumento do volume uterino –
◦ Aumento do volume abdominal – 16 semanas
Diagnóstico Clínico
Sinais de Certeza
◦ Batimentos cardíacos fetais – 20 a 21 Semanas
◦ Movimentos Fetais – 18 Semanas
Fluxograma do Ministério
Diagnostico Hormonal
Como Funciona?

◦ Utiliza amostra de urina/sangue para dosar a gonadotrofina coriônica humana (hCG)


◦ O hCG é uma glicoproteína hormonal produzida pelas células trofoblásticas sinciciais
nos líquidos maternos.
◦ No início da gravidez, as concentrações de hCG no soro e na urina da mulher
aumentam rapidamente, sendo um bom marcador para testes de gravidez.
◦ É o único hormônio exclusivo da gravidez, fazendo com que o teste de gravidez pela
análise de hCG tenha acerto de quase 100%.
Diagnóstico Hormonal
Diagnóstico Hormonal
Função do hCG
◦ Manter o corpo lúteo, de modo que as taxas de progesterona e
estrogênio não diminuam

◦ Manutenção da gravidez (inibição da menstruação) e a ausência


de nova ovulação.

Por volta da 15ª semana de gestação, a placenta já formada e


madura é capaz de assumir a produção de estrógeno e
progesterona

Ocorre declínio acentuado na concentração de HCG e involução do


corpo lúteo.
Diagnostico Hormonal
Teste imunoenzimático cromatográfico
◦ (Teste de “farmácia”)  Amostra:
› Primeira urina da manhã (pois a
concentração de hCG é maior.

 Teste “A”
› Sensibilidade maior ou igual a 25mUI/ml
( pode ser realizado no 1º dia de atraso
menstrual, porém apresenta maior
segurança no quinto dia).
Diagnostico Hormonal
Teste de bHCG no sangue
◦ O exame beta hCG de sangue é feito utilizando 2.4 ml de
sangue venoso
◦ Podem detectar níveis bHCG tão baixos quanto 5 mIU / ml
◦ A visível falta de um feto em uma ultra-sonografia vaginal após
terem alcançado níveis bHCG de 1500 UI / ml é um forte
indicativo de gravidez ectópica.
Enquanto isso...
Pré Natal – 1º Trimestre de Gestação
Acolhimento
◦ Definido no dicionário como: Dar crédito a; dar ouvidos a; admitir,
aceitar, receber.
◦ Escutar a história da gestante, dar importância a suas emoções e
sentimentos.
◦ Realizar uma escuta aberta, sem julgamentos, permitindo um
dialogo franco.

Escutar é desprendimento de si.


Pré Natal – 1º Trimestre de Gestação

Principal objetivo da assistência pré-natal


◦ Acolher a mulher desde o início de sua gravidez até o
puerpério.

Educação e Saúde
◦ Discussões em grupo
◦ Dinâmicas
Pré Natal – 1º Trimestre de Gestação
Temas a serem abordados
◦ importância do pré-natal;
◦ sexualidade;
◦ orientação higieno-dietética;
◦ desenvolvimento da gestação;
◦ modificações corporais e emocionais;
◦ sinais e sintomas do parto;
◦ importância do planejamento familiar;
◦ informação acerca dos benefícios legais a que a mãe tem direito;
◦ impacto e agravos das condições de trabalho sobre a gestação, parto e puerpério;
◦ importância da participação do pai durante a gestação;
◦ importância do vínculo pai-filho para o desenvolvimento saudável da criança;
◦ aleitamento materno;
◦ preparo psicológico para as mulheres que tem contra-indicação para o aleitamento materno (portadoras de HIV);
◦ importância das consultas puerperais;
◦ cuidados com o recém-nascido;
◦ importância do acompanhamento do crescimento e
◦ desenvolvimento da criança, e das medidas preventivas (vacinação, higiene e saneamento do meio ambiente)
Pré Natal – Exames de Rotina

Hemograma Completo
Protoparasitológico
Urina I, Urocultura no 1º, 2º e 3º Trimestre
Glicemia de jejum no 1°trimestre e após 20 semanas
Sorologia para Toxoplasmose (IgG e IgM)
Sorologia para HIV 1º e 3º Trimestre
Sorologia de Hepatite B (HbsAg e AntiHBc)
Sorologia para Rubéola (IgG e IgM)
Sorologia para Lues (VDRL) 1º e 3º Trimestre
Tipagem sanguínea (ABO) com fator Rh (no caso de Rh negativo: Coombs indireto – se negativo
repeti-lo a cada 4 ou 8 semanas)
Coombs Direto (Eritrócitos, anemia hemolítica)

Verifica a existência de anticorpos AC, que agem contra as células vermelhas do sangue no corpo.
Estes AC podem se ligar aos glóbulos vermelhos (hemácias) e causar a destruição prematura
destas hemácias, evento conhecido como hemólise. Há dois tipos de Coombs, o Coombs direto e
o Coombs Indireto.

O teste direto de antiglobulina é usado principalmente para determinar se uma 


anemia hemolítica (tipo de anemia causado por destruição das hemácias) é
provocada por anticorpos ligados a elas. Isso pode ocorrer em anemias hemolíticas
autoimunes, em que a pessoa produz anticorpos contra suas próprias hemácias.
Anemia hemolítica autoimune pode ocorrer em doenças autoimunes como lúpus
eritematoso sistêmico, em doenças malignas, como linfomas e leucemia linfoide
crônica, após infecções, como pneumonia por Mycoplasma e mononucleose e após
o uso de certos medicamentos, como penicilina.
Pré Natal – Exames de Rotina

Coombs Indireto (Eritroblastose fetal)


◦ Tem por objetivo detectar anticorpos ligados à superfície das
hemácias
Eritroblastose Fetal atinge o segundo
filho desta mulher.

Etiologia
◦ Mãe Rh- que já teve bebe Rh+ (ou que teve contato
com sangue Rh+)
◦ Produz anticorpos anti-Rh+
◦ Na próxima gestação, no caso de bebe com fator Rh+
este poderá desenvolver a doença.
Eritroblastose Fetal
Tratamento

◦ A eritroblastose fetal ou doença hemolítica do RN pode ser


prevenida da seguinte maneira:
◦ Logo após uma mulher Rh- dar à luz um filho Rh+, injeta-se nela uma
quantidade de anticorpos anti-Rh (soro e não vacina) cuja a função é
destruir rapidamente as hemácias fetais Rh+ que penetram na
circulação da mãe durante o parto, antes que elas sensibilizem a
mulher, para que não haja problemas nas seguintes gestações.
Eritroblastose Fetal
Tratamento
◦ Transfusão intra-uterina
◦ Via de acesso – Cordocentese
◦ Transfusão de sangue Rh+ que serão gradualmente substituídos
pelas hemácias fetais (as hemácias duram em media 3 meses)

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Pré Natal – 1º Trimestre de Gestação

Cartão da Gestante
Pré Natal – 1º Trimestre de Gestação

Principais modificações fisiológicas

◦ Útero
◦ Aumento gradual de tamanho (cerca de 4cm a cada mês)
◦ Pode causar alteração do equilíbrio da mãe
◦ Fica ocluído por um tampão mucoso cervical
◦ Vagina, vulva e períneo
◦ Aumento da vascularização dessas regiões
◦ Surgimento de edema
Pré Natal – 1º Trimestre de Gestação

Principais modificações fisiológicas


◦ Mamas
◦ Aumento de volume
◦ Maior pigmentação da aréola
◦ Cardiovascular
◦ Aumento do volume sanguíneo
◦ Diminuição da PA
◦ Respiratório
◦ Respiração mais diafragmática
Pré Natal – 1º Trimestre de Gestação

Principais modificações fisiológicas


◦ Urinário
◦ Polaciúria,
◦ Nictúria,
◦ Gastrintestinal
◦ Indisposição gástrica (náuseas e vômitos)
◦ Músculo Esquelético
◦ Amolecimento de cartilagens
◦ Ganho de peso (ganho normal de 10 a 12,5 kg)
Atuação do Técnico de Enfermagem
Triagem
◦ Preparo da paciente para consulta pré-natal
◦ Recepção e acolhimento
◦ Verificar SSVV
◦ Medidas Antropométricas
◦ Preparo e orientação para consulta
◦ Solicitar o esvaziamento da bexiga antes de encaminhar a paciente ao consultório.
◦ Encaminhar a paciente para consulta.
Pós-consulta
◦ Orientar sobre os exames, autocuidado e os recursos que o serviço pode oferecer a
futura mãe.
Enquanto Isso...
Referências
FESCINA, R. H., LASTRA, L. G. L., MARTINEZ, M. H. Z; BERTONE, A. G., SCHWARCZ, R C.: Evaluacion de
diferentes métodos para estimar la edad gestacional. Obst. Ginecol. AN. JUL. AGO. 1984:237.
FESCINA, R. H: Controvérsias en la definición y classificación del retardo en el Crescimiento Intra-
Uterino. Pub. Cient. Nº 1112, CLAP/OPS, 1986.
MARGOTTO, P. R. Crescimento Intra-Uterino: Percents de peso, estatura e perímetro cefálico ao nascer
de RN únicos de gestações normais e seus correspondentes pesos
placentários em diferentes períodos gestacionais. Tese de doutorado - CLAP/OMS, 1991.
JÁCOMO, A. J. D, JOAQUIM M. C. M, LISBOA, A. M. J.: Assistência ao Recém- Nascido: Normas e
Rotinas, Atheneu, 2a edição, Rio de Janeiro, 1986.

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