Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
informação,
melhor é a
gestação!
3
pré-natal
como calcular a data provável do parto (DPP)
exames recomendados durante o pré-natal
7
transformações
na gravidez
possíveis complicações na gravidez
13
recomendações
alimentação
ganho de peso
atividade física
saúde bucal
17
parto
parto normal
parto cesáreo
20
amamentação
cuidados com as mamas
produção do leite materno
alimentação na amamentação
pré-natal
As consultas de pré-natal devem começar antes mesmo da mulher engravidar,
tendo a dosagem da gonadotrofina coriônica humana (beta HCG) como valor
confirmatório na gravidez se acima de 25 mUI/ml, podendo variar de acordo
com o laboratório.
3
avaliar o estado de saúde atual da gestante e do bebê. Posteriormente, em cada
consulta de pré-natal, serão verificados o peso e a pressão arterial da gestante,
o tamanho do útero para acompanhar o crescimento do bebê e a posição em
que o feto se encontra no interior do útero. Exames complementares também
serão solicitados de acordo com o período gestacional.
4
_ como calcular a data provável do parto (DPP)
A gestação possui aproximadamente 40 semanas, sendo recomendado que
o bebê nascer nasça entre 37 e 42 semanas gestacionais. Para calcularmos a
data provável do parto, usamos uma regra simples: usamos ao primeiro dia da
última menstruação somarmos sete (dias) mais e nove (meses), considerando
a duração gestacional de 40 semanas.
Exemplo: 20 de janeiro + 7 (dias) = 27 (dia)
+ 9 (meses) = 10 (outubro – mês)
TESTE ANTI-HIV Realizado para identificar a presença do vírus HIV. Este exa-
me é solicitado na primeira consulta de pré-natal e, quando negativo, deve ser
repetido no 3º trimestre gestacional.
5
SOROLOGIA PARA RUBÉOLA Realizada para avaliar a proteção imunológica
concedida tanto pela doença quanto pela imunização (garantida pelo Calendário
Básico de Imunização do Mistério da Saúde).
6
transformações
na gravidez
FRAQUEZA E CANSAÇO Sintomas comuns durante as primeiras 12 semanas
gestacionais e, posteriormente, ao final da gestação. Podem estar associados
a sonolência.
7
AZIA E/OU REFLUXO GASTROESOFÁGICO Bastante comuns durante a ges-
tação, estes sintomas estão relacionados à progesterona. Esse hormônio, além
de ser fundamental para a manutenção da gestação, relaxa a musculatura do
estômago e intestino, contribuindo para um esvaziamento gástrico mais lento.
Nestes casos, procure realizar uma alimentação fracionada e evitar o consumo
de frituras, café, chá preto, mates, doces, álcool e fumo.
8
AUMENTO DA FREQUÊNCIA URINÁRIA Bastante comum ao início e ao final
da gestação devido ao aumento do útero e a consequente compressão da bexi-
ga. Não deixe de beber bastante água ao longo do dia por causa desta alteração
nem segure a urina quando estiver com vontade de urinar para não aumentar o
risco de infecção urinária. Caso apresente dor ou ardência para urinar e/ou al-
teração no odor e coloração da urina, busque avaliação médica.
DOR NAS MAMAS Durante a gestação, sob ação dos hormônios progestero-
na, estrogênio e prolactina, as mamas aumentam de volume e tamanho e, com
isso, tornam-se doloridas. Utilizar sutiãs com alças largas e que forneçam boa
sustentação aos seios pode colaborar no controle deste desconforto. No final
da gestação, pode haver saída de colostro (substância leitosa ou amarelada
que alimentará o bebê durante os primeiros dias após o parto). Entretanto, é
importante comunicar ao obstetra a saída de qualquer tipo de secreção pelos
mamilos durante a gravidez.
9
MANCHAS ESCURAS NO ROSTO (CLOASMA GRAVÍDICO) A progesterona
e o estrogênio, hormônios responsáveis pela manutenção da gravidez, também
estimulam a melanina, substância acastanhada que confere cor à pele. Sendo
assim, durante a gestação, pode haver o surgimento de manchas acastanhadas
no rosto (cloasma gravídico) estimuladas pela luz do sol. Portanto, é muito im-
portante utilizar filtro solar todos os dias (mesmo em dias nublados) e quando
houver exposição a “luz branca”. O cloasma gravídico pode desaparecer espon-
taneamente após a gestação, porém tratamentos realizados conforme prescri-
ção médica, podem acelerar a regressão.
Outras áreas do corpo que podem sofrer ação da melanina são as aréolas, que se
tornam mais escuras do que o habitual (além de ficarem ampliadas com nova zona
de pigmentação mais clara – transformação conhecida como Sinal de Hunter) o e
abdome, onde pode surgir a linha nigra (linha escurecida no centro do abdome).
10
_ possíveis complicações na gravidez
PRÉ-ECLÂMPSIA / ECLÂMPSIA A pré-eclâmpsia é definida pela elevação
da pressão arterial após a vigésima semana gestacional, podendo estar acom-
panhada de proteinúria (perda de proteína pela urina) e/ou edema (inchaço). O
diagnóstico da pré-eclâmpsia é clínico e laboratorial, realizado com base nos
valores da pressão arterial, nos resultados dos exames de urina e no ganho de
peso excessivo em pouco tempo, indicando que o corpo está retendo líquidos
e inchando.
11
DIABETES GESTACIONAL Esta patologia é definida pela hiperglicemia diag-
nosticada pela primeira vez durante a gestação. O diagnóstico é realizado com
base nos exames laboratoriais (glicemia em jejum, curva glicêmica e teste oral
de tolerância à glicose – TOTG) e deve ser reavaliado no período pós-parto, pois
existe a possibilidade da doença regredir espontaneamente após o parto.
12
recomendações
_ alimentação
A placenta, órgão específico da gestação, funciona como uma espécie de filtro
seletivo, separando a circulação sanguínea da mãe e do bebê, permitindo a pas-
sagem de nutrientes e oxigênio da mãe para o feto e a eliminação dos resíduos
que o feto produz.
13
FERRO Nutriente que, ligado à hemoglobina (proteína presente nos glóbulos
vermelhos do sangue), torna-se responsável pelo transporte de oxigênio para
os órgãos da mãe e do bebê. A deficiência deste nutriente caracteriza a ane-
mia e suas principais fontes são: feijão, carne vermelha e folhas verdes escuras
(brócolis, couve e espinafre, por exemplo).
De um modo geral, a gestante deve seguir uma alimentação rica em frutas, ver-
duras, legumes, grãos integrais, carnes variadas, leite e seus derivados, assim
como deve procurar alimentar-se fracionadamente ao longo do dia, evitando
intervalos longos entre as refeições.
Bebidas alcoólicas não são recomendadas durante a gestação, pois podem pro-
vocar malformação fetal e não existe quantidade segura para consumo, sendo re-
comendada abstinência. Adoçantes à base de sacarina ou ciclamato também não
são recomendados, pois possuem potencial carcinogênico evidenciado em animais.
14
_ ganho de peso
O ganho de peso adequado durante a gestação depende do índice de massa corpo-
ral (IMC), considerando também a idade gestacional do feto. O IMC é calculado com
base no peso e na altura da mulher (peso/altura2). Para saber a margem de quilos
que pode ser ganha ao longo da gestação, verifique a tabela a seguir:
< 18 kg/m 2
Baixo peso 12,5 a 18 kg
25 a 29,9 kg/m 2
Sobrepeso 7 a 11,5 kg
> 30 kg/m 2
Obesidade 5 a 9 kg
Referência: Institute of Medicine (2009)
_ atividade física
A prática de exercícios físicos durante a gestação deve ser liberada pelo médico
obstetra e, preferencialmente, acompanhada por um profissional capacitado, visto
maior competência para avaliar os possíveis riscos envolvidos. Os exercícios de-
vem ser moderados e o risco de queda ou trauma abdominal deve ser considerado.
15
_ vacinas
É importante a vacinação antitetânica (dupla tipo adulto) para prevenir tétano
neonatal. O obstetra poderá orientar a gestante a tomar outras vacinas.
_ saúde bucal
A saúde bucal da gestante possui relação com seu estado geral de saúde e
pode influenciar a saúde do bebê. Portanto, é de grande importância atentar-se
à higiene bucal, manter uma rotina diária de cuidados e consultar-se periodica-
mente com um dentista.
16
parto
_ parto normal
O parto normal, na ausência de complicações e/ou contraindicações, é conside-
rado o método de nascimento mais seguro tanto para a mãe quanto para o bebê.
O parto normal também contribui para o contato precoce pele a pele entre
mãe e filho e para a prática da amamentação logo na primeira hora de vida do
recém-nascido, estimulando a criação de vínculo afetivo entre ambos.
17
_ parto cesáreo
O parto cesáreo é considerado um procedimento cirúrgico e, portanto, deve ser
indicado e/ou realizado apenas em situações especiais, onde há riscos envol-
vendo a mãe e/ou o bebê. A determinação do tipo de parto deve ser realizada
pelo médico obstetra em conjunto com a gestante, porém, em certas situações
especiais, a indicação médica é soberana.
Abaixo, observe a comparação entre o parto normal e o parto cesáreo com base
em algumas características:
Não costuma haver dor após o parto Costuma haver dor após o parto
A cada parto normal, o processo se torna A cada parto cesárea, o processo se torna
mais rápido e simples mais complicado e arriscado
19
amamentação
Amamentar é o ato de oferecer o peito ao bebê que em resposta realiza a suc-
ção do mamilo para extração do leite materno. Já o aleitamento materno envolve
todas as formas de oferecer o leite materno à criança.
Os benefícios desta prática são inúmeros e sendo assim, existe uma mobiliza-
ção social e governamental significativa para estimulá-la.
20
Para a mãe, o aleitamento materno:
_ Contribui para a perda de peso após o parto;
_ Ajuda o útero a recuperar seu tamanho normal mais rapidamente,
diminuindo o sangramento vaginal após o parto e evitando anemia e
hemorragias devido ao hormônio ocitocina que é secretado;
_ Protege contra o câncer de mama e ovários;
_ Não possui custo financeiro, pois está pronto para ser ofertado e
encontra-se na temperatura adequada;
_ Contribui para a formação do vínculo afetivo entre mãe e filho.
21
_ cuidados com as mamas
Durante a amamentação, é preciso cuidado especial com as mamas para evitar
desconforto e complicações relacionados a esse período.
O colostro é um líquido amarelado e mais denso do que o leite maduro que co-
meçará a ser produzido alguns dias após o parto. A quantidade de colostro pro-
duzida é menor em comparação ao leite maduro, porém, por ser um líquido denso
e com alto teor de proteínas, é suficiente para alimentar o bebê. Sua composição
é de fácil digestão e possui efeito laxativo, contribuindo para a eliminação do
22
mecônio (primeiras fezes do bebê) e prevenindo icterícia (pele amarelada oca-
sionada pelo acúmulo de bilirrubina no sangue). Além dos nutrientes, o colostro
também possui substâncias que protegem o recém-nascido contra infecções e
doenças, sendo o alimento ideal para os primeiros dias de vida do bebê.
Muitas vezes, não é possível saber a quantidade exata de leite que a mulher
está produzindo, pois não é possível visualizar a quantidade que o bebê está
mamando. Sendo assim, o acompanhamento do desenvolvimento e ganho de
peso do bebê pelo pediatra além da observação das fraldas com urina/fezes,
serão parâmetros importantes para avaliarmos se a quantidade de leite que a
mulher está produzindo está suprindo as necessidades do bebê. De qualquer
modo, é importante saber que raramente a mulher não consegue produzir a
quantidade necessária de leite materno para seu bebê e que sentimentos de
insegurança e ansiedade envolvendo a amamentação podem levar à desistên-
cia precoce do aleitamento materno.
23
Durante o período de amamentação, algumas complicações podem acontecer,
sendo as principais:
24
QUEDA NA PRODUÇÃO DE OCITOCINA A ocitocina é o hormônio responsá-
vel por fluir o leite materno das células produtoras até o mamilo, permitindo a
sua saída. Quando a mulher enfrenta situações de medo, ansiedade ou dor, a
quantidade de ocitocina produzida pode diminuir em resposta ao aumento de
adrenalina. Com isso, o fluxo de leite materno pode ser interrompido tempora-
riamente, dificultando a amamentação. Nestes casos, é importante avaliar as
situações emocionais que estão por trás da alteração e confiar na capacidade
que toda mulher possui de amamentar seu bebê.
_ alimentação na amamentação
Durante o período de amamentação, o corpo da mulher necessita de uma ali-
mentação mais calórica e de maior quantidade de líquidos do que o habitual.
Sendo assim, é muito comum nesse período a mulher apresentar aumento do
apetite e sentir sede com frequência. Para garantirmos uma alimentação ade-
quada durante o período de amamentação, seguem algumas recomendações:
25
Referências
Cadernos de Atenção Básica: Atenção ao pré-natal de baixo risco. Ministério da
Saúde –2012.
Referência: <http://www.brasil.gov.br/saude/2015/03/
conheca-os-riscos-de-uma-cesariana-desnecessaria>.