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1. DEFINIÇÃO:
➔ um processo inflamatório, agudo ou crônico,
➔ infeccioso ou não
➔ glandular, subcutâneo ou na pele
➔ acomete 1 ou mais segmentos da mama e
pode acometer todos os tecidos mamários
(glandular, subcutâneo ou pele). A
complexidade desse
➔ MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS:
◆ Área endurecida, hiperemiada,
2. CLASSIFICAÇÕES:
dolorosa, edemaciada e brilhante;
➔ AGUDAS LACTACIONAIS: relação com
linfadenopatia associada.
ciclo gravídica puerperal
◆ Mastites estreptocócicas evoluem com
➔ NÃO LACTACIONAIS (CRÔNICAS):
celulites (infecção cutânea que
◆ ESPECÍFICAS: doenças sistêmicas
compromete uma parte dos tecidos
que compromentem a mama de
moles, estendendo-se para derme e
forma 2ªria. Ex: tuberculose,
tecido subcutâneo, apresenta dor,
micobactérias atípicas, sífilis (luética),
eritema, calor e manifestações
fúngica, lúpus, sarcoidose
sistêmicas infecciosas)
parasitários, virais
◆ Mastites causadas por anaeróbios -
◆ INESPECÍFICAS: mastite periareolar
extensa área necrótica tecidual.
recidivante, mastite por ectasia ductal
◆ Mialgia, cefaleia, letargia, náuseas e
◆ FORMAS ESPECIAIS: Síndrome de
febre acima de 38,30C
Mondor, mastite por óleos orgânicos,
esteatonecrose, granulomatosa
➔ ETIOLOGIA:
➔ INTRINSECA: relação com anomalias
◆ estase láctea que favorece o
da arquitetura mamária ou na função.
crescimento bacteriano
Ex: lactacional e abscesso lactacional
◆ FATORES MATERNOS: mamas
➔ EXTRÍNSECAS: secundárias à
volumosas, mamilos invertidos, fissuras
infecções num órgão ou estrutura
papilares, primiparidade, estresse
adjacente que envolve a mama. Ex:
crônico , diabetes, baixo nível
celulite, cistos sebáceos infecciosos
socioecônomico e cultura, desnutrição,
hábitos de higiene precários,
3. MASTITES PUERPERAIS
imunossupressão, obesidade,
➔ FATORES DE RISCO: primigesta, idade <25
antecedente de mastite
anos, ingurgitamento mamário, fissura
◆ FATORES DO RN: prematuridade,
mamilar, infecção da rinofaringe do RN,
lábio leporino e síndrome de Down e
anormalidades mamilares e ma higiene
outras cromossomopatias
➔ Ocorre durante o ciclo gestacional ou
◆ AGENTES ETIOLÓGICOS:
puerperal
● Staphilococcus aureus – 95%
➔ Pode atingir 30% das puérperas
● Staphilococcus epidermidis
● Streptococcus pyogenes (grupo A ou
B), Escherichia coli, Bacteroides,
Corynebacterium, Staphylococcus
coagulase negativo e Serratia
● Pseudomonas aeruginosa, Proteus
mirabilis e anaeróbios (abscessos)
➔ QUADRO CLÍNICO:
◆ começa com ingurgitamento mamário, que
evolui para mastite infecciosa que pode
evoluir para abscesso da mama
◆ sinais clássicos de inflamação: dor, calor e
rubor
◆ sintomas sistêmicos: febre, vômitos e
násuseas
◆ Staphylococus: abscessos com grande
quantidade de pus nas infecções
◆ Streptococcus: celulites
◆ Anaeróbios: áreas de necrose tecidual
(atenção às imunossuprimidas e diabéticas)
➔ DIAGNÓSTICO:
◆ essencialmente clínico, USG quantifica a
extensão da coleção purulenta (abcessos)
➔ EXAMES COMPLEMENTARES:
◆ USG - busca-se abscessos e coleções
◆ CULTURA- para casos que evolue para
celulites importantes e necrose
➔ TRATAMENTO:
◆ FASE AGUDA:
● Antibiótico
● AINEs
● Drenagem cirurgica ou por punção
● Em caso recidivante (3º episódio) - cirurgia
está indicada. Pode ser feito a cateterização ctos dilatados próximos à papila e
do ducto, ressecção do ducto acometido e coleções de abscesso
toda área da fístula. Em caso de paciente que ◆ Endurecimento retroareolar
não deseja mais prole faz se a cirurgia ◆ Retração papilar
diamante invertido e retirar toda árvore ductal. ◆ Fluxo papilar (sebáceo/purulento)
● Cirurgia de Urba: ressecção da árvore ductal -
após regressão dos sinais flogísticos, ➔ TRATAMENTO: cuidados locais e
ressecção perioareolar da pele, em fuso, dos cirurgia de Urban
ductos acometidos, tecido inflamatório visinho ◆ Esquema de ATB: metronidazol 500
e do trajeo fistuloso mg isolado ¨/6 hras por 14 dias
➔ FISIOPATOLOGIA
b. MASTITE POR ECTASIA DUCTAL: ◆ Há uma associação com
➔ processo inflamatório tardio devido ectasia hiperprolactinemia - há infiltrado
ductal ( alteração involutiva da glândula inflamatório e fragmentos celulares
mamária originada da elastose e
afrouxamento dos ductos lactíferos
➔ Inflamação crônica
➔ multíparas entre 50 anos
➔ ETIOPATOGENIA: dilatação ductal terminal
na zona subareolar - acumula detritos
celulares e material lipídico - destruição da
➔ TRATAMENTO:
camada elástica e retirada da parede do
◆ Dopaminérgicos
ducto - reação inflamatória dos tecidos e
◆ ATBs
fibrose
◆ AINEs
➔ QUADRO CLÍNICO: dor, ardor,
◆ Drenagem no caso de
endurecimento da papila progressiva nos
últimos meses. Secreção mamilar densa e
c. RADIODERMITE
esbranquiçada ou amarelada, esverdeda,
serosa e/ou sanguinolenta. Além de aumento
da sensibilidade local
➔ DIAGNÓSTICO:
◆ buiópsia incisional de pele, tecido goduroso
e glandular com estudo anatomopatológico
◆ MMG: aumento da densidade bilateral
retroareolar
e. INFECÇÕES DE PELE
d. ESTEATO NECROSE
f. ROTURA DE PRÓTESES DE
SILICONE
g. INFILTRAÇÃO DE SILICONE
INDUSTRIAL
h. DOENÇA DE MONDOR:
➔ condição benigna rara auto-limitada
➔ ETIOLOGIA: tromboflebite esclerosante,
envolvendo 1 ou + veias subcutâenas da
mama e da parede torácica anterior,
raramente outros sítios
➔ EPIDEMIOLOGIA:
◆ mulheres com história prévia de
mastite, trauma, procedimentos
unvasivos, CA de ama ou esforço
físico extenuantes, com pico de
incidência aos 43 anos.
◆ Gestantes, apresentam maior risco em ○ Abscesso agudos e recorrentes com
função do aumento da vascularização e necrose caseosa e múltiplos trajetos
volume mamário fistulosos para a pele
◆ MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: ○ Espessamento difuso e esclerose do
● dor, sensibilidade, hiperemia ao curso parênquima mamário
da veia acometida, palpação do cordão ○ QSL ou central
fibroso, principalmente com elevação ○ Úlceras e abscesso
do MMSS.
● retração do tecido mamário subjacente ● DIAGNÓSTICO:
● USG: estrutura tubular hipoecóica ○ Nódulos com margens indistintas / cisto
● MMG: densidade espessada em forma complexo (?
de cordão que indica a veia superficial ○ Histologia = pesquisa e cultura para
trombosada BARR (PCR) lesões granulomatosas
◆ TRATAMENTO: é autolimitada (6 com necrose caseosa
semanas) sem necessidade de tratamento
específico com acompanhamento por 1 ● DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL:
anos após remissão carcinoma, mastite periductal, mastite
fúngicaou sifilita e infecções
parasitárias
● TRATAMENTO:
○ 1ª fase (2 meses)- ;etambutol
800mg/dia, pirazinamida 1500mg/dia,
rifampicina 450mg/diae isoniazida
300mg/dia
○ 2ª fase (4 meses) - isoniazida e
rifampicina
○ INTERVENÇÃO CIRÚRGICA: biópsia
excisional, drenagem de abscesso e
exaustão após má resposta a terapia
oral
○ Drenagem e Ressecção dos nódulos