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MASTITES
Com relação à medicina baseada em evidências, as MASTITES apresentam graus de evidência 4 (pequena série
de casos, estudos de coorte com pobre qualidade ou estudos de casos e controles) e 5 (opinião de especialista, sem
explicitar uma avaliação crítica ou baseada em estudos). Ou seja, os estudos acerca dessas patologias apresentam
um PÉSSIMO grau de evidência
Obs: Quando falamos em CA de mama, p. ex., nos baseamos em graus de evidência 1a, 1b ou 1c (estudos
científicos e ensaios clínicos randomizados)
Além disso, o tratamento p/ determinados tipos de mastite é baseado em medicações BARATAS e de fácil acesso
(ex: Metotrexato – mastite granulomatosa; Cefalexina), o que NÃO induz novas pesquisas farmacológicas acerca do
tema. Do contrário, os investimentos na área da VETERINÁRIA (mastites animais) são maiores, pois o impacto
econômico gerado devido a uma mastite em uma vaca leiteira, p. ex., é muito + significativo
MASTITES
São processos inflamatórios e/ou infecciosos que se instalam nos tecidos mamários
Classificados de acordo com a natureza do agente etiológico ESPECÍFICAS ou INESPECÍFICAS
De acordo com a clínica AGUDAS ou CRÔNICAS (classificação + utilizada)
EPIDÊMICA ENDÊMICA
Infecção hospitalar Mais comum
Principal agente: S. aureus Entre 2ª e 5ª semana pós-parto e no
penicilinase-resistentes período de desmame (3ª causa)
Contaminação em berçários e
bancos de leite, com acometimento
da orofaringe dos neonatos
A mastite EPIDÊMICA tem ↓ sua incidência, porém era muito comum na época em que existiam os BERÇÁRIOS
(alojamento conjunto). Este tipo de contaminação ocorre através da transmissão de patógenos da orofaringe dos
neonatos p/ as mamas da mãe
CAUSAS
o Estase láctica
Oferta > demanda (“produz demais e mama de menos!”)
Além disso, no período de amamentação, a mama encontra-se hipervascularizada, quente e
c/ ↑ de tecido conjuntivo (ambiente propício p/ contaminação bacteriana)
o Infecção
Transmissão DIRETA de patógenos da orofaringe dos neonatos p/ as mamas da mãe
Necessário haver “portas de entrada” (lesões, fissuras)
NÃO existe mastite pós-gripe ou IVAS, p. ex. (a contaminação se dá de forma DIRETA)
AGENTES ETIOLÓGICOS
o Staphylococcus aureus (60-80%)
o Streptococcus β-hemolítico Portanto, ao atendermos mulheres
o Haemophilus imunocompetentes c/ 1º episódio de MASTITE em
ambientes livres de infecção hospitalar, devemos
o E. coli
pensar em Staphylococcus aureus (60-80%)
o Bacteroides
o Pseudomonas
o Proteus
FATORES PREDISPONENTES
o Fissura mamilar (47%) – “porta de entrada”
o Ingurgitamento mamário (46%) – ↑ oferta, ↓ demanda (mama cheia de leite, vermelha e quente)
o Baixa escolaridade (51%)
o Baixa renda (63%)
o Primiparidade (57%)
As MASTITES são muito comuns em mulheres que NUNCA amamentaram antes
o Atividade domiciliar sem apoio (66%)
o NÃO amamentaram anteriormente (67%)
o Falta de orientação sobre aleitamento (50%) e ordenha (56%)
Segundo este gráfico, mulheres c/ histórico de MASTITE prévia possuem grandes chances de apresentam outros
episódios (importância da história obstétrica)
QUADRO CLÍNICO
o Sinais indicativos de inflamação local: dor, edema, calor e vermelhidão
o Sintomas sistêmicos como: anorexia, mal-estar, febre, calafrios, mialgia, cefaleia, algumas vezes
náuseas e vômitos
Se NÃO tratada adequadamente, a mastite lactacional tem ↑ risco de complicação, pois a proliferação
bacteriana no ambiente mamário (propício) ocorre de forma muito rápida
DIAGNÓSTICO
o Nem sempre é possível distinguir mastite infecciosa de NÃO infecciosa
Na GRANDE MAIORIA das vezes, essa diferenciação NÃO é possível. Na dúvida, tratar c/ ATB!
o Sempre que possível realizar (PRINCIPALMENTE NAS MASTITES EPIDÊMICAS) – Teste de THOMSEN
Contagem de células e colônias no leite
> 106 leucócitos e > 103 bactérias/ml INFECÇÃO
> 106 leucócitos e < 103 bactérias/ml Inflamação NÃO infecciosa
< 106 leucócitos e < 103 bactérias/ml Estase do leite
o 1/3 das pacientes assintomáticas apresentam > 103 bactérias/ml
Portanto, trata-se de um teste pouco específico
Na prática, este teste NÃO é + utilizado (era comum há 10-15 anos,
época em que a incidência de mastites EPIDÊMICAS era ↑)
Cultura do leite
Apresenta os mesmos problemas da CONTAGEM de CÉLULAS no leite
o Demora p/ ficar pronto (5 – 7 dias) e pode ser NEGATIVO
TRATAMENTO – FARMACOLÓGICO
o Cefalosporinas (Cefalexina 1 g VO a cada 6h por 7-10 dias OU Cefadroxila 500 mg a 1g a cada 12h
por 7-10 dias)
o Casos graves podem necessitar internação e tratamento endovenoso (Oxacilina 500 mg EV 6/6h;
Cefoxitina 1g EV 8/8h)
o Na suspeita de S. aureus penicilinase-resistente (mastite EPIDÊMICA), deve ser considerado o
tratamento com Sulfametoxazol/Trimetoprima 800/160 mg a cada 12h por 7 dias OU Vancomicina
1g EV a cada 12h
o Analgésicos / Anti-inflamatórios
MASTITES CRÔNICAS
Caracteriza-se pelo aparecimento no parênquima mamário de tecido conjuntivo rico em macrófagos e
fibroblastos com neoformação vascular
o Na mastite crônica, são comuns ciclos de EXACERBAÇÃO e MELHORA (“inferno astral”)
Nas exacerbações surgem fenômenos exsudativos
A evolução clínica destas lesões tende a ser recidivante com aparecimento de vários surtos, o que
determina grande importância devido à dificuldade terapêutica
NÃO INFECTADAS
INFECTADAS
o Mastite diabética
o Tuberculose mamária
o Ectasia ductal
o Hanseníase
o Granulomatosa
o Micobactérias atípicas
o Granuloma lipofágico
o Fungos
o Doença de Mondor (tromboflebite
o Virais (principal: herpes vírus)
superficial pós-cirurgia, principal/e
o Sífilis
cirurgias plástica)
o Gonocócica o Sarcoidose
o Helmintos o Lúpus
o Cistos epidérmicos infectados o Linfocítica
o Actínica
MASTITE DIABÉTICA
o Óleo orgânico
Descrita pela 1ª vez em 1984 por Solere Khardori
o Infarto espontâneo
É uma forma rara de mastite
Acomete pacientes diabéticas insulino-dependentes de longa duração com mau controle glicêmico
Apresenta-se como lesão inflamatória da mama, acometendo, principalmente, mulheres na pré-
menopausa
Menos de 1% das doenças benignas da mama, porém, pode acometer até 13% das pacientes diabéticas
(portanto NÃO se trata de um nº desprezível)
A mastite DIABÉTICA acomete principal/e mulheres diabéticas insulino-dependentes de longa duração, na pré-
menopausa e c/ dificuldade terapêutica (mau controle glicêmico)
PATOGÊNESE
o NÃO é totalmente conhecida
o Acredita-se que seja devido a uma reação autoimune induzida pela hiperglicemia
o Expansão da matriz e formação de antígeno na glândula mamária, com acúmulo de linfócitos e
com a proliferação de miofibroblastos epitelioides
Definição anatomopatológica patognomônica de mastite diabética
QUADRO CLÍNICO
o Tumoração palpável uni ou bilateral, com características inflamatórias
o Recorrente e inicialmente indolor
o Pode tornar-se dolorosa com a evolução do quadro clínico
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
o A mastopatia diabética pode simular clinicamente
Carcinoma lobular invasivo (característica mamográfica semelhante à mastite diabética)
Carcinoma inflamatório (espessamento epitelial – pele em “casa de laranja”)
o O exame histopatológico é fundamental para se estabelecer esta diferenciação
A BX é fundamental p/ confirmação diagnóstica e exclusão de malignidade
TRATAMENTO
o Controle dos níveis glicêmicos, do processo inflamatório e, eventualmente, infecções 2 árias
o Antibioticoterapia com espectro para anaeróbios e gram-positivos
o É desnecessário qualquer outro procedimento cirúrgico além da biópsia para exclusão de
malignidade (NÃO é necessário realizar cirurgia p/ retirar o nódulo – melhorando-se os níveis
glicêmicos e prescrevendo-se ATB de amplo espectro, normal/e ocorre melhora do quadro)
MASTITE PERIDUCTAL
Sinonímia (“mastite da mulher tabagista”)
o Comedomastite
o Mastite da ectasia ductal
o Mastite plasmocitária
o Mastite periductal
Acomete mulheres entre 40 a 49 anos
Associação com o hábito de fumar (TABAGISMO)
PATOGÊNESE
o Dilatação dos dutos coletores terminais com presença de detritos celulares e material lipídico que
atingem o diâmetro de 3 a 5 mm, com paredes ductais íntegras. Estima-se 25% de acometimento
em mulheres assintomáticas (nestes casos, é necessário BX p/ confirmação diagnóstica)
o Evolui com dilatação, destruição da camada elástica e rotura da parede ductal. Há extravasamento
do conteúdo ductal irritante, para o tecido conjuntivo, levando à inflamação e fibrose
O processo irritativo do TC decorrente do extravasamento do conteúdo ductal é tão intenso
que ocasiona FÍSTULAS na transição entre a aréola e a pele
Em cada mamilo desembocam 15 a 20 lobos. Portanto, as fístulas NÃO acometem um único
lobo, mas toda a árvore ducto-lobular mamária
QUADRO CLÍNICO
o Episódios recorrentes de processo inflamatório periareolar
o Dor de caráter acíclico e subareolar
o Fluxo papilar seroso ou hemorrágico associado a tumor retroareolar
Quando o extravasamento do conteúdo ductal dá-se de maneira intensa, ocorre FIBROSE
retroareolar, possibilitando a palpação de um NÓDULO endurecido atrás do mamilo
o As formas crônicas levam a retrações e inversão da papila (fator causal ou consequência?)
o Abscesso retroareolar
o Fístulas
DIAGNÓSTICO
o É clínico
o Importante diferenciar a ectasia ductal do CA de mama
Nódulos retroareolares, até que se prove o contrário, são indicativos de NEOPLASIA
O diagnóstico histológico é feito apenas p/ DESCARTAR o câncer
o Necessário o exame mamográfico para investigar outras lesões
o Citologia do fluxo papilar (controverso) – procedimento NÃO realizado (↓ S / E)
TRATAMENTO
o Fase aguda: Metronidazol 500 mg 8/8h associado à Cefalexina 500 mg 6/6h 7-10 dias. Associar
anti-inflamatórios. Avaliar a necessidade de drenagem (abcesso = drenagem)
o Resolvida a infecção, faz-se apenas a ressecção dos ductos terminais (cirurgia de Urban II)
A cirurgia está indicada somente p/ os casos que NÃO têm associação c/ tabagismo
(pacientes c/ mastite periductal que NÃO fumam)
o Casos em que há mastite periductal e fibrose com presença de tumoração, biópsia da área
comprometida para avaliação histológica (diferenciar de um possível CA de mama)
TUBERBULOSE MAMÁRIA
0,1% de todos os casos de tuberculose extrapulmonar (extremamente RARO)
o A TB é comum no Oriente Médio e no Sul da Ásia. No Brasil, a TB ainda é frequente na região NORTE
Mais comum em mulheres negras
Incidência: 20 a 40 anos
História pessoal de tuberculose prévia ou de contato
MODO DE INFECÇÃO
o Primária: NÃO existe foco de doença em outro sítio
Na TB mamária 1ária, NÃO existe outro foco de infecção (situação extremamente RARA)
o Secundária
Via hematogênica
Via linfática (+ frequente)
Extensão direta (da lesão pulmonar em direção à mama)
DIAGNÓSTICO
o Suspeito: abscesso crônico com culturas negativas, paciente com outro foco comprovado de TB
(OU apresentou contato recente c/ algum paciente tuberculoso)
o Definitivo: histopatológico
Granuloma com necrose caseosa (principal achado histológico)
Semeadura com coloração de Ziehl-Nielsen
Coloração especial do tipo Wade
Inoculação em cobaia
Cultura bacteriológica em meio de Lowenstein-Jansen
TRATAMENTO
o Iniciar empiricamente após excluir malignidade (realizar PROVA TERAPÊUTICA, pois, muitas vezes,
mesmo a BX pode ser NEGATIVA)
Esquema
1ª fase: 2 meses (esquema quádruplo)
o Rifampicina 600 mg/dia
o Isoniazida 400 mg/dia
o Pirazinamida 2.000 mg/dia
o Etambutol 1,1 g/dia
2ª fase: 4 meses
o Rifampicina 600 mg/dia
o Isoniazida 400 mg/dia
Mastectomia simples (10% dos casos – refratários ao tto medicamentoso)
TRATAMENTO
o Formas Paucibacilares por até 9 meses (6 doses supervisionadas de Rifampicina)
Rifampicina: 1 dose mensal de 600 mg com administração supervisionada
Dapsona: 1 dose mensal de 100 mg supervisionada e 1 dose diária autoadministrada
o Formas Multibacilares por até 18 meses (12 doses supervisionadas de Rifampicina)
Rifampicina: 1 dose mensal de 600 mg com administração supervisionada
Clofazimina: dose mensal de 300 mg com administração supervisionada e 1 dose diária de
50 mg autoadministrada
Dapsona: 1 dose mensal de 100 mg supervisionada e 1 dose diária autoadministrada
o Em caso de amamentação, pode haver contaminação do leite (suspender amamentação)
IMPORTANTE! Das mastites estudadas até o momento, a mastite por Mycobacterium leprae
é a ÚNICA na qual a amamentação deve ser SUSPENSA!
MASTITE GRANULOMATOSA
Acomete mulheres entre 20 e 50 anos, geralmente lactantes ou após parada da amamentação
Tumoração endurecida (rígida e aderida à pele) simulando neoplasia
Múltiplos e recorrentes abscessos
o Esses dados são referentes a um trabalho publicado em 2010 (maior série de casos)
SARCOIDOSE
Doença idiopática, sistêmica e que se caracteriza pela presença de granulomas em linfonodos, pulmões,
baço, fígado, olhos, medula óssea e parótidas (e, apesar de RARO, na mama)
O comprometimento da mama é raro
Manifesta-se como nódulo sólido, móvel e duro
Clinicamente é muito semelhante ao CA de mama
SÍFILIS
Causada pelo Treponema pallidum, geralmente transmitido através de relacionamento sexual
Classificada em recente, menos de 1 ano de duração (sífilis 1 ária e 2ária) ou tardia (sífilis 3ária)
Na mama, podemos encontrar todas as 3 formas de apresentação
PRIMÁRIA
o A lesão inicial é o cancro duro, sendo produzido comumente pela inoculação da espiroqueta
através da boca da criança acometida de sífilis congênita. A infecção também pode acontecer por
contato oral de um adulto contaminado
o A localização + frequente é a união da papila com a aréola, porém pode surgir sob o complexo
aréolo-papilar
o Importante o diagnóstico diferencial com doença de Paget (descamação mamilar)
SECUNDÁRIA
o Pode se apresentar com erupção cutânea típica
o Inicialmente são lesões maculosas e após semanas aparecem as papulosas ou papuloescamosas
o Localiza-se principalmente no sulco inframamário
TERCIÁRIA
o Pode apresentar alterações difusas ou localizadas (goma sifilítica). Caracteriza-se por alterações
inflamatórias, com infiltrado linfoplasmocitário e capilarite
o 3 estágios: nódulo endurecido de crescimento lento, que amolece e ulcera (história natural da dça)
DIAGNÓSTICO
o Clínico
o Laboratorial
Pesquisa do Treponema pallidum na presença de cancro ou lesões 2árias em microscopia
Sorologias (VDRL + RSS)
TRATAMENTO
o Penicilina benzatina 2,4 milhões em 2 doses
ACTINOMICOSE
Infecção bacteriana granulomatosa crônica, com quadro clínico semelhante à micose profunda
1ária ou 2ária à infecção pulmonar com fístula para parede torácica
Agente: Actinomyces israelli
DIAGNÓSTICO
o Achados cito/histológicos patognomônicos
Grânulos de enxofre (sulphur) – estruturas basófilas, com alongados “clubs” eosinofílico
estendendo-se da periferia. Tais grânulos contêm a bactéria Gram positiva
o Cultura: baixa especificidade
o Exame de imagem: TC (fístula entre a tumoração mamária e pulmão)
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
o Carcinoma de mama (biópsia incisional)
TRATAMENTO
o Penicilina G benzatina OU Ampicilina (tempo indeterminado)
o Alternativas: Doxaciclina OU Ceftriaxone (ou ainda Clindamicina OU Eritromicina)
o Nos casos refratários ao tratamento clínico, pode ser necessária a ressecção parcial ou total da
mama
MASTITES FÚNGICAS
BLASTOMICOSE e ESPOROTRICOSE (“doença do pombo”)
o 1ária ou 2ária à extensão de fístulas torácicas (≈ classificação da mastite por ACTINOMICOSE)
o QUADRO CLÍNICO
Abscesso periareolar recidivante
Em formas + avançadas pode ser observada fibrose e formação de fístulas
o DIAGNÓSTICO
Exame histopatológico e cultura de secreções
o TRATAMENTO
Anfotericina B por tempo indeterminado
Relatos de cirurgias radicais em casos refratários
Mastectomia radical Falta de resposta ao tratamento
Obs: Na prática, quando tratamos pacientes c/ patologias micóticas de difícil resolução, devemos pensar em causas
de IMUNOSSUPRESSÃO
CRIPTOCOCOSE
o Geralmente associada com imunossupressão
o A lesão 1ária, geralmente, é cerebral ou pulmonar, sendo a lesão mamária 2 ária à disseminação
sistêmica
o Agente: Cryptococcus neoformans
o QUADRO CLÍNICO
Nódulo mamário mimetizando carcinoma
o DIAGNÓSTICO
Coloração direta da secreção com tinta nanquim (fungos contrastados pelo fundo escuro,
com sua cápsula característica evidenciada)
o TRATAMENTO
Ressecção da área associada a tratamento clínico: Anfotericina B e/ou Fluconazol por 6 a 8
semanas
MISCELÂNEA
HERPES SIMPLES
o Raramente envolve a mama isoladamente
o Frequentemente está associado a herpes oral ou genital
o As gestantes são + suscetíveis
o Caracteriza-se por vesículas dolorosas e recorrentes
o Em pacientes imunocompetentes a evolução é autolimitada, porém + extensa
HERPES ZOSTER
o Causada por um herpesvírus, o vírus Varicella-Zoster
o Infecções que acometem os dermátomos da pele da mama têm uma incubação de 10 a 20 dias e
um período prodrômico de febre, mal estar e exantema por 24h
Dor torácica c/ irradiação p/ mama + Lesões cutâneas características
o Inicialmente, manifestam-se por pápulas vermelhas e posteriormente há o aparecimento de
vesículas de 3 a 5 mm com halo vermelho, que são extremamente dolorosas (normal/e, é
necessário o uso de analgésicos derivados da CODEÍNA – ex: Tylex®, Tramal®)
o Após a infecção 1ária, o herpesvírus é transportado centripetamente para os gânglios sensitivos e
estabelece infecção latente, porém capaz de reativação
GONOCOCCIA
Agente: Neisseria gonorrhoeae, bactéria predominantemente intracelular
A contaminação se faz diretamente da cavidade oral para a papila (≈ SÍFILIS)
Disseminação sistêmica é rara, ocorrendo em menos de 3%
Clinicamente, caracteriza-se por hiperemia, tumoração retroareolar e pode haver fluxo papilar purulento
O diagnóstico é feito pela identificação do agente, seja pelo exame direto ou cultura. Coloração pelo Gram
revela a presença de diplococos Gram negativos e a cultura é realizada em meio de Thayer-Martin
Os mastologistas normal/e preferem tratar 50 pacientes c/ CA de mama ao invés de 1 paciente c/ MASTITE, pois
são doenças crônicas, de difícil controle, que exigem seguimento rígido (consultas semanais) e normal/e esgotam a
paciência, tanto da paciente quanto do médico
Em casos refratários ao tratamento clínico , tem-se o “desprezar” de indicar uma MASTECTOMIA p/ estas
patologias BENIGNAS
Os “piores” tipos de mastite, são: GRANULOMATOSA e PERIDUCTAL
Granulomatosa Tratamento por longo período (↑ efeitos colaterais)
Periductal As pacientes NÃO param de fumar!
Figura 3: Mastite PERIDUCTAL