Você está na página 1de 18

Listeriose

Doença transmitida por


água e alimentos
contaminados!

@lasp.am_
Etiologia

Listeria monocytogenes é um bacilo gram-


positivo, não formador de esporo, anaeróbico
facultativo, medindo de 1,0 a 2,0μm por 0,5μm.

Após três a cinco dias de incubação, no entanto,


apresentam-se como bacilos longos, medindo de
6 a 20μm.

L. monocytogenes é móvel devido a flagelos,


apresentando movimento característico
denominado tombamento que auxilia na sua
identificação.
Esse microrganismo apresenta reação positiva
para catalase e negativa para oxidase.
A listeria cresce bem em meios
comuns como o BHI (brain heart
infusion), caldo triptona e caldo
tripticase-soja.
Epidemiologia

• As enfermidades de origem alimentar são altamente prevalentes


em países desenvolvidos e em desenvolvimento
• A primeira evidência de que a listeriose, doença causada pela
listeria monocytogenes, foi relatada após um surto no Canadá
envolvendo o consumo de um tipo de salada elaborada com
repolho cru, chamada coleslaw.
• A listeriose humana é uma doença esporádica observada durante
todo o ano, com pico de incidência nos meses mais quentes.
• Epidemias focais têm sido associadas ao consumo de leite, queijo,
carne inadequadamente cozida (tais como: peru e frios), vegetais
crus não-lavados e repolhos contaminados.
• Com relação a vegetais, AURELI et al. (2000) relataram um surto de
gastroenterite febril associada ao milho contaminado com L.
monocytogenes;
• No zimbábue, verificaram que os produtos lácteos, como um todo,
são os alimentos mais frequentemente comprometidos com nos
surtos de listeriose;
• No brasil, SILVA et al. (2002), através de uma pesquisa sobre a
ocorrência de listeria spp. Nos pontos críticos de controle e o
ambiente de processamento do queijo minas frescal, perceberam
que de 218 amostras coletadas ao longo da linha de produção e
do ambiente, 13 amostras foram positivas para listeria spp;
• Na frança, JACQUET et al. (1995), a partir de 279 casos de listeriose
humana (92 casos de grávidas e 187 de pessoas não gestantes)
que foram causados pelo sorotipo 4b, no período entre março e
dezembro de 1992, avaliaram os resultados do estudo de causa e
da análise microbiológica dos alimentos e identificaram a língua de
porco em geleia e produtos cárneos “prontos para comer”.
• No Japão, em pesquisa conduzida por IIDA e colaboradores (1998),
para detecção de L. monocytogenes em humanos, animais e
alimentos, as taxas da bactéria foram de 100% em pacientes com
listeriose e de 1,3 % em humanos saudáveis
• Na itália, relataram um caso de listeriose septicêmica neonatal em
um recém-nascido com insuficiência respiratória séria que morreu
aos 30 dias de vida, devido à infecção materna por listeria
monocytogenes pela ingestão de queijo fresco artesanal;
• No brasil, dados a respeito da presença de listeria spp em alimentos
ainda são escassos. E em alguns casos, os resultados são
discordantes em relação aos queijos consumidos em nosso meio,
provavelmente, porque a maioria dos laboratórios não se encontra
familiarizada com a metodologia de isolamento e/ou devido aos
diferentes procedimentos empregados;
• No Estado do Amazonas, a
presença de L. monocytogenes
foi estudada por Ramos (1999)
em uma pesquisa com o queijo
tipo coalho, de 58 amostras
analisadas duas amostras foram
positivas para listeria spp. Sendo
uma para a espécie listeria
monocytogenes e uma para a
espécie listeria innocua;
Transmissão

Contato direto com animais portadores da bactéria.

Da mãe para o feto (transmissão vertical) ou durante a passagem pelo canal de


parto.
Consumo de alimentos e produtos alimentares contaminados de origem animal
e vegetal, processado ou não, como:

Carne crua de bovino, porco ou aves.

Crustáceos, mariscos ou moluscos.

Leite e derivados não pasteurizados.

Frutas e vegetais crus ou mal lavados.


Sinais Clínicos

• A lisiteria monocytogenes é uma


bactéria intracelular facultativo.
• Costuma parasitar Monócitos e
macrófagos.
• Por parasitar de forma intracelular, é
“imune” a imunidade humoral.
• Não está completamente
esclarecido como a listeria parasita
as células intestinais.
• Fagócitos podem servir como
vetores para a listeria acessar
lugares “privilegiados”.
• A listeria tem a facilidade de parasitar as mais diversas células, sendo:
1. Epiteliais
2. Hepatócitos
3. Fibroblastos
4. Endoteliais
• Embora a incidência desta patologia seja baixa, ela costuma acometer
os grupos mais frágeis, sendo:
1. Gestantes
2. Neonatos
3. Idosos
4. Imunossuprimidos
• E pessoas com comorbidades, como:
1. Diabetes Miletos
2. Alcoolismo
3. Doenças cardiovasculares
4. Doenças renais
• O quadro clínico varia muito de acordo com a imunidade do
hospedeiro.
Imunossuprimidos:

• Em imunossuprimidos, a listeriose acomete principalmente o SNC,


em caso de bacteremia, esta infecção pode se dispersar para
diferentes tecidos, podendo causar:
1. Endocardite
2. Infecção nas articulações
3. Meningite
4. Infecção nos Pulmões
5. Infecção no Fígado
Gestantes:
• Em gestantes, os sinais clínicos podem ser variados, para uma gestante
com um sistema imunológico preparado, irá apresentar apenas sinais
clínicos de uma gripe comum, sendo:
1. Calafrios e febre
2. Dores musculares
3. Enjoo
4. Vômito
Em casos mais graves, em que o sistema imunológico da mãe esteja
comprometido os sinais e sintomas podem ser mais severos:
1. Aborto no terço final da gestação
2. Diminuição de movimentos fetais
3. Parto prematuro
Porém, existe uma variante, novamente definida pela imunidade da
mãe, a qual é denominada de listeriose não invasiva, a qual
apresenta sinal e sintoma caraterístico de infecções intestinais como:
1. Gastroenterite febril
Neonatos:

• Em caso de neonatos, pode-se dividir em:


• Listeriose precoce: Acontece 36 horas após o parto, e ela é
causada de forma intrauterina, esta pode ser denominada
também de granulomatose infantis séptica.
• Listeriose tardia: Embora ainda não seja esclarecido exatamente a
patogênese destas variantes, acredita-se que a infecção inicial
ocorre quando no parto, o canal cervical do bebê tem contato
com tecido contaminado, acomete principalmente o SNC
causando meningite.
Controle e Prevenção

• Duas horas para refrigerar sobras e em recipientes rasos.


• 3 a 4 dias, no máximo.
• Ajustar temperatura do refrigerador e do congelador.
• Notificação imediata em caso de surtos.
• Medidas educativas.
• Seguir orientações de Médicos Veterinários.
Últimas Notícias

Você também pode gostar