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LEITE:
MICROBIOLOGIA
Importância industrial
Reduzir deteriorações
Processos tecnológicos
1
O que é um
LEITE DE BOA QUALIDADE?
Seguro
Saboroso
Nutritivo
LEITE: QUALIDADE
Qualidade higiênica*
Qualidade composicional
Qualidade nutricional
Qualidade sensorial
Qualidade tecnológica*
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LEITE: QUALIDADE
Tecnológica
Baixa acidez
Baixa carga microbiana
Alto teor de extrato seco (gordura)
Baixa CCS
APARÊNCIA BRANCA DO
LEITE
• Cor branca opaca: reflexão da luz sobre micelas de caseína e fosfato
de cálcio. Gordura tem papel importante.
• Sabor – levemente doce (lactose predomina sobre os sais)
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ANÁLISES
MICROBIOLÓGICAS
QUALIDADE HIGIÊNICA
• Perigos Químicos
Resíduos e contaminantes.
o Antibióticos (inibidores de crescimento microbiano)
o Parasiticidas
o Desinfetantes
o Micotoxinas
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QUALIDADE HIGIÊNICA
• Perigos biológicos
QUALIDADE HIGIÊNICA
• Perigos físicos
5
PADRÕES DE QUALIDADE
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Rede Brasileira de Laboratórios da
Qualidade do Leite (RBLQL)
– Laboratórios credenciados:
1. Universidade de Passo Fundo – RS
2. Universidade Federal do Paraná/Associação de Criadores de Bovinos da
Raça Holandesa – PR
3. Clínica do Leite - ESALQ/USP – SP
4. Embrapa Gado de Leite – MG
5. Universidade Federal de Goiás – GO
6. Universidade Federal de Minas Gerais – MG
7. Universidade Federal Rural de Pernambuco – PE
8. Laboratório Estadual da Qualidade do Leite – UnC/CIDASC - SC
9. LANAGRO – Pedro Leopoldo – MG
ensaios de proficiências dos laboratórios da RBQL, produção de
material de referência para ajuste e calibração dos equipamentos
Embrapa Porto Velho/RO e Belém/PA– em estruturação
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• Diferenças no sistema de produção– IN 62/2011
SALA DE ORDENHA –
CIRCUITO FECHADO
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ORDENHA MECÂNICA–
BALDE AO PÉ
LEITE CRU
Tipo A Leite cru refrigerado
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LEITE – MEIO PARA MICRO-ORGANISMOS
pH – próximo do neutro
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CONTAGENS BACTERIANAS EM LEITE CRU
Hoje Há 30 anos
Possível Difícil
<5.000 UFC/mL <150.000 UFC/mL
1) Técnicas de ordenha
2) Higienização de equipamentos
3) Refrigeração adequada
Alteracoes sensoriais
Micro-organismos
Sacarolíticos (acidez)
Proteolíticos (proteólise)
Lipolíticos (lipólise)
> Risco:
micro-organismos patogênicos e toxinas
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O LEITE COMO MEIO PARA
MICRORGANISMOS
Acidificação por
mesófilas
(BAL e coliformes)
TEMPERATURA
Diversidade de micro-organismos
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ARMAZENAMENTO DE LEITE CRU
ARMAZENAMENTO NA PROPRIEDADE (IN 62/2011)
Fonte: http://pt.slideshare.net/joao1959/caminhos-do-leite-presentation
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L AT I C Í N I O
R E C E P Ç Ã O D O L E I T E N A P L ATA F O R M A
A M O S T R A G E M D E C A D A C O M PA R T I M E N T O D O C A M I N H Ã O
C A D A C O M PA R T I M E N T O T E M L E I T E D E V Á R I O S P R O D U T O R E S
T E M P E R AT U R A M Á X I M A D E R E C E P Ç Ã O D O L E I T E 1 0 O C
http://www.cooper.sitesecia.com.br/noticias2/netnews.cgi?cmd=mostrar&cod=101&max=17&tpl=
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TIPOS DE MICRO-ORGANISMOS QUE PODEM
ESTAR PRESENTES NO LEITE
TIPOS DE MICRO-ORGANISMOS
PREFERÊNCIAS NUTRICIONAIS
Lipolíticos
Giovana V. Barancelli Med.Vet. MSc. DSc.
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FONTES DE CONTAMINAÇÃO DE MICRO-
ORGANISMOS NO LEITE CRU
3 fontes principais:
1) Interior do úbere
2) Exterior do úbere
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Fontes de contaminação de micro-organismos
1) Interior do úbere
Úberes saudáveis:
Bactérias láticas (Lactobacillus)
Micrococcus,
Streptococcus
Mastite
Inflamação glândula mamária
Mastite
Reação inflamatória da glândula mamária provocada por bactérias
patogênicas
TIPOS DE MASTITE
Características Mastite ambiental Mastite contagiosa
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Fontes de contaminação de micro-organismos
2) Exterior do úbere
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Fontes de contaminação de micro-organismos
3) Equipamentos e utensílios
Teteiras
Mangueiras
Latões
Tanques refrigeração
Água
FONTES DE CONTAMINAÇÃO DE
MICRORGANISMOS
Ao deixar o úbere:
102 a 103 UFC/mL (Antunes; Pacheco, 2009) Causadores de mastites
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CONTAMINAÇÃO EXTERNA DO LEITE
Desde o momento que sai do úbere, o leite fica exposto a
contaminações posteriores.
Tetos sujos, esterco, terra, camas
Ar – ordenha mecânica protege
Água – (pode ser fonte de psicrotróficos)
Um grande problema
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C O L E TA , T R A N S P O R T E E A R M A Z E N A M E N T O D E L E I T E C R U
(IN62/2011)
C O L E TA D E L E I T E C R U N A P R O P R I E D A D E
(IN62/2011)
- O L E I T E É A G I TA D O ( U T E N S Í L I O P R Ó P R I O )
- A T E M P E R AT U R A A F E R I D A E A N O TA D A
- É F E I TO O T E S T E D E A L I Z A RO L
- É C O L E TA D A U M A A M O S T R A D E L E I T E ( T R A N S P O R T A D A M Á X 7 O C
AT É O L A B O R AT Ó R I O )
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TESTE DO ALIZAROL
• Onde é realizado?
• Fazenda
• Plataforma do laticínio
TESTE DO ALIZAROL
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ÁLCOOL/ALIZAROL
• Objetivo
• Estimar a resistência térmica do leite
TESTE DO ÁLCOOL
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T R A N S P O RT E D E L E I T E C R U
(IN62/2011)
T R A N S P O RT E D O L E I T E C R U R E F R I G E R A D O DA
P R O P R I E DA D E PA R A A I N D Ú S T R I A
Máx. temperatura:
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L AT I C Í N I O
A R M A Z E N A M E N TO D O L E I T E
Temperatura silos: 4o C
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Classificação dos microrganismos quanto à temperatura
Grupo Temperatura de multiplicação (oC)
Mínima Ótima Máxima
Termófilos 40-45 55-75 60-90
Mesófilos 5-15 30-45 35-47
Psicrotróficos -5 a +5 25-30 30-35
Psicrófilos -5 a +5 12-15 15-20
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QUAIS MICRO-ORGANISMOS SE MULTIPLICAM EM LEITE CRU?
CL ASS IFICAÇÃO QUANTO À T EMPERATURA
PSICROTRÓFICAS
Crescem entre -5°C a 35°C
Pseudomonas
MESÓFILAS
TERMÓFILAS
1) AERÓBIOS MESÓFILOS
2) BACTÉRIAS LÁCTICAS
3) BACTÉRIAS ESPORULADAS
4) BACTÉRIAS PSICROTRÓFICAS
5) COLIFORMES
6) MICRO-ORGANISMOS PATOGÊNICOS
7) OUTROS – BOLORES E LEVEDURAS
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AERÓBI OS MESÓFILOS
= C B T ( C O N T A G E M B A C T E R I A N A A T O TA L )
= C P P ( C O N T A G E M PA D R Ã O E M P L A C A S )
1 ) G R U P O + U T I L I Z A D O PA R A AVA L I A Ç Ã O
MICROBIOLÓGICA DO LEITE CRU
INDICA:
Contaminação total que o alimento sofreu desde o momento que foi obtido
(predominam situações falta higiêne básica)
A E R Ó B I OS M E S Ó F I L OS
EM LEITE CRU:
( > 1 0 0 . 0 0 0 U F C / M L ) : FA L H A S D E H I G I E N E N A
P R O D U Ç Ã O / T E M P E R AT U R A D E A R M A Z E N A M E N T O .
C O N TA G E N S < 2 0 . 0 0 0 : B O A S P R Á T I C A S H I G I Ê N I C A S
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Grupos microbianos importantes em laticínios
2) BACTÉRIAS LÁCTICAS
BACTÉRIAS LÁTICAS
Lactobacillus
Leuconostoc
Streptococcus
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Grupos microbianos importantes em laticínios
BACTÉRIAS LÁTICAS
Metabolizam a lactose e produzem Benéficas
Deterioradoras ácido lático (temperatura ambiente)
Podemodominar
Acidificam outras bactérias
leite / coagula Interesse industrial
- Fermentos
3) BACTÉRIAS ESPORULADAS
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Grupos microbianos importantes em laticínios
3) BACTÉRIAS ESPORULADAS
Importância
São termodúricas (não são destruídas por pasteurização / destruídas por esterilização)
Leite pasteurizado -
BACTÉRIAS ESPORULADAS
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Grupos microbianos importantes em laticínios
4) BACTÉRIAS PSICROTRÓFICAS
BACTÉRIAS PSICROTRÓFICAS
Quais os gêneros?
Outros gêneros
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Grupos microbianos importantes em laticínios
BACTÉRIAS PSICROTRÓFICAS
Consequências
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Grupos microbianos importantes em laticínios
BACTÉRIAS PSICROTRÓFICAS
Proteases
BACTÉRIAS PSICROTRÓFICAS
Lipases
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Grupos microbianos importantes em laticínios
BACTÉRIAS PSICROTRÓFICAS
5) GRUPO COLIFORME
Coliformes totais
E. coli COLIFORMES a
Citrobacter 45ºC
Enterobacter c (Escherichia coli é a
Klebsiella mais importante)
Serratia
...
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Significado da presença de coliformes
COLIFORMES
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Grupos microbianos importantes em laticínios
Coliformes
Estufamento precoce,
Coliformes
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Grupos microbianos importantes em laticínios
----------------
Salmonella (patogênica - origem fecal – não fermenta lactose): também é destruída por
pasteurização
6) Micro-organismos patogênicos
Consumo de leite cru = RISCO À SAÚDE HUMANA
Patogênicos = poucas enzimas que alteram alimentos
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• https://www.cdc.gov/foodsafety/pdfs/raw-milk-infographic2-508c.pdf
• https://www.cdc.gov/foodsafety/pdfs/raw-milk-infographic2-508c.pdf
39
• https://www.cdc.gov/foodsafety/pdfs/raw-milk-infographic2-508c.pdf
• https://www.cdc.gov/foodsafety/pdfs/raw-milk-infographic2-508c.pdf
40
• https://www.cdc.gov/foodsafety/pdfs/raw-milk-infographic2-508c.pdf
Causadores de ZOONOSES
(Doença infecciosa transmissível, em condições
naturais, dos animais vertebrados ao homem)
Vírus
Protozoários
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IN 62/2011 – RESPEITO AOS PROCEDIMENTOS
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Grupos microbianos importantes em laticínios
Micro-organismos patogênicos
Tuberculose
Febre tifóide (Salmonella Tiphy)* - fatal
Difteria (Corynebacterium diphtheriae)
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Grupos microbianos importantes em laticínios
Micro-organismos patogênicos
-Higienização de laticínios
Micro-organismos patogênicos
Salmonelose*
Intoxicações por Staphylococcus aureus*
Campylobacter
Listeria monocytogenes*
Escherichia coli* (E. coli O157:H7)
(Antunes; Pacheco, 2009)
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Grupos microbianos importantes em laticínios
• Staphylococcus aureus
Produz toxinas termo-resistentes nos alimentos
Náuseas, vômitos e diarreia.
Fonte: mastites e manipuladores de alimentos
• Clostridium botulinum
Produz toxinas no alimento em anaerobiose (formadora de esporos)
Fadiga e fraqueza muscular, dificuldade respiratória
• Escherichia coli
EPEC – diarreia do lactente
EIEC – crianças e adultos – contato interpessoal
ETEC – diarreia do viajante (“água de arroz”)
EHEC – O157:H7 – colite hemorrágica
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Grupos microbianos importantes em laticínios
• Campylobacter jejuni
• Listeria monocytogenes
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Micro-organismos patogênicos
Listeria monocytogenes
Micro-organismos patogênicos
Invasiva
- grupos de risco: imunocomprometidos, idosos, gestantes
-infecções graves no SNC (meningite), septicemia...
- gestantes: aborto, nascimento prematuro, infecções recém nascido
Não invasiva
- gastroenterite febril, dores cabeça e musculares
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Listeria monocytogenes
Alguns surtos de listeriose relacionados ao consumo de produtos lácteos
contaminados
Período Local Produto Casos Mortes Referência
Micro-organismos patogênicos
Listeria monocytogenes
Fonte: natureza (solo, vegetais em decomposição, intestino de animais)
Bastonetes Gram + Não formam esporos
Destruída por pasteurização
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Listeria monocytogenes
- Natureza psicrotrófica
- Forma biofilmes
Listeria monocytogenes
Listeriose
Queijos
Frequentemente contaminados por L. monocytogenes
Queijos alta e média umidade (ILSI, 2005)
98
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Listeria monocytogenes
Listeriose
BRASIL
Há Registros de casos isolados de listeriose humana (Suassuna et al., 1969; Hofer et al.,
1969; Esper et al., 1978; Landgraf et al., 1999; Hofer et al., 1998; Hofer et al., 1999; De Sá et al., 2004; Toyoshima et
al., 2006; Schawab e Edelweiss, 2003)
99
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PREVENÇÃO E CONTROLE DE MICRORGANISMOS
INDESEJÁVEIS NO LEITE E PRODUTOS LÁCTEOS
PREVENÇÃO
1) Sanidade do rebalho / controle de mastites
2) Higiene na ordenha
3) Qualidade da água
CONTROLE
1) Refrigeração
ELIMINAÇÃO
1) Tratamentos térmicos adequados
• Controle microbiológico : análise de indicadores (ex: contagem bacteriana total)
BIBLIOGRAFIA RECOMENDADA
Texto técnico – STOA sobre mastite
Walstra, P.; Woulter, J.T.M; Geurts, T.J. Dairy Science and Technology. 2nd Ed. Boca Raton:
CRC Press, 2006.
Fox, P. F.; McSweeney, P. L.H. Dairy Chemistry and Biochemistry. London: Blackie
Academic & Professional, 1998.
51