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TÉCNICAS DE COZINHA
PROFISSIONAL
Curitiba
1/2021
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 3
AULA PRÁTICA 1 – Cortes básicos e introdução a fundos ........................................................... 10
AULA PRÁTICA 2 – Aves, fundo escuro e arroz crioulo ............................................................... 17
AULA PRÁTICA 3 – Aves (cont.), confit e couscous marroquino ................................................. 25
AULA PRÁTICA 4 – Peixes, Fumet de peixe e papillote ............................................................... 29
AULA PRÁTICA 5 - Frutos do mar, risoto e velouté ..................................................................... 34
AULA PRÁTICA 6 – Cortes bovino e bechamel (grelhar, fritar por imersão e brasear) ............... 39
AULA PRÁTICA 7 – Massa fresca, derivado de bechamel e carne exótica .................................. 49
AULA PRÁTICA 8 – Porco no sous vide, ovos e molho hollandaise ............................................. 54
AULA PRÁTICA 9 – Batata e derivados do demi-glace ................................................................ 61
INTRODUÇÃO
Se este é seu primeiro dia numa cozinha profissional, não fique com medo. Mas
preste bastante atenção ao seu redor. São diversos equipamentos e utensílios que
podem gerar apreensão, mas logo serão manuseados perfeitamente por você.
Alguns fatores são essenciais para o melhor funcionamento da dinâmica de
trabalho: higiene, segurança, conhecimento de equipamentos, atenção e observação
constante, além de comunicação e trabalho em equipe.
1.3.1. Facas
As facas são comumente ditas como extensão das mãos dos cozinheiros. Por isso
devem estar sempre afiadas e serem fabricadas com material de qualidade. Cada
cozinheiro é responsável pela limpeza e manutenção de suas próprias facas, e não
devem ser colocadas para limpeza em pia junto a outras louças. É importante guardá-
las separadamente e limpas. A maior duração da faca é proporcional ao cuidado que
você tem com ela.
Para que uma faca esteja eficiente, é necessário sua correta afiação e amolação.
Para afiar, começa-se numa pedra para afiar passando o fio todo da lâmina em um
ângulo de 20º para que esse desgaste a deixe afiada. Comece pela parte mais grossa
da pedra, seguindo para a mais fina. Os fios deverão ser ajeitados com uma chaira, e
passados por esta sempre que necessário.
Segue o esquema básico para afiação da faca:
Para amolar os fios depois que passar na pedra (ou seja, dar o acabamento) e
sempre que necessário (para manter o fio), utiliza-se uma chaira:
Fonte: http://umamoreumapanela.blogspot.com/2013/08/dicas-para-cuidar-das-sua-facas.html
1.3.2. Utensílios diversos
• Cobre: transfere calor de forma rápida e uniforme. Como o cobre reage com
muitos alimentos (principalmente os ácidos), o cobre não é muito utilizado no
contato direto. Hoje em dia, as panelas de cobre são revestidas com outro
material (como o estanho ou aço inox).
• Ferro forjado: o disco de metal é inteiro forjado. Ótimo condutor de calor. Pode
ter revestimento para não enferrujar. O tratamento com óleo no fogo é ideal para
maior durabilidade.
• Ferro fundido: o ferro é derretido e coloca-se na forma para dar o formato da
panela, sendo menos resistente que o ferro forjado. Retem bem o calor e
transfere de forma uniforme, sendo ótimo condutor. Deve ser manuseado com
cuidado para não arranhar, quebrar ou enferrujar. O tratamento com óleo no fogo
é ideal para maior durabilidade.
• Alumínio: é um ótimo condutor de calor e cozinha uniforme, mas reage com
alimentos e se desgasta facilmente. Utilizar um batedor de metal em uma panela
de alumínio pode fazer com que sua comida fique acinzentada. Por isso, a
maioria das panelas de alumínio são revestidas com aço inox (panela de fundo
triplo – 1 camada superior de aço inox, 1 camada interior de alumínio, 1 camada
inferior de aço inox – como um sanduiche) ou revestimento antiaderente.
• Aço inoxidável: não reage com o alimento e é um dos materiais mais comuns.
Porém, se desgasta facilmente (principalmente com calor alto) e não é um bom
condutor de calor. É utilizada nas panelas de fundo triplo para revestir o alumínio,
e não deve ir ao fogo alto. Pode ser utilizado no fogão a indução e elétrico. São
boas para “grudar um fundinho” e deglaçar em seguida.
• Vidro: não interfere no sabor. Demora para esquentar e esfriar. Não funciona por
indução.
• Pedra: mantem o calor por muito tempo, mas demora para aquecer. Deve ser
curada, e não pode ser armazenada molhada.
• Barro: demora para aquecer, mas retem o calor por bastante tempo, sendo ótima
para apresentação e serviço (como uma moqueca). Geralmente dão um sabor
típico. Deve ser curada para impermeabilizar e aumentar a durabilidade.
• Cerâmica: pode quebrar facilmente se a panela for feita inteira com cerâmica.
Hoje em dia muitas são revestidas com cerâmica, aumentando a durabilidade. É
um material que não gruda bastante o alimento.
• Revestimento antiaderente: risca fácil, por isso é importante usar espátula de
silicone ou nylon. Em temperaturas baixas (70-80ºC) ele não funciona, e gruda
mesmo assim.
Os métodos podem ser divididos quanto a característica do calor (calor seco, calor
úmido e calor misto) ou quanto ao movimento do calor (condução, convecção e
radiação).
Calor seco significa que não existe umidade da água ou a própria água agindo
como molécula de cozimento. Ou seja, o ar seco é o principal elemento de cocção. O
calor seco pode ser com gordura ou sem gordura. São exemplos sem gordura assar no
forno, assar na churrasqueira, grelhar na chapa/grelha/broiler, defumar. Os com
gordura: saltear, fritar (raso ou por imersão).
1. Cortes clássicos
Cortes longitudinais
Cubos
Torneados Outros
Olivette (2,5 a 3 cm) Sifflet (cortes na diagonal)
Cocotte (4 a 5 cm) Rodelas
Château (7 cm) Paysanne (lâmina fina de 1cm de lado)
Aula prática 1 – Cortes Básicos e Introdução a Fundos
2. Fundos de cozinha
Os fundos de cozinha são preparações básicas que servem de base para sopas,
cozidos, molhos. São compostos por um componente nutritivo (ossos, aparas, legumes,
etc.), por componentes aromáticos (mirepoix, bouquet garni, sachet d’épices, ervas,
cebola brulée, etc.), e um componente líquido (geralmente água, mas também vinho).
Os fundos são reduzidos em caldos concentrados, que podem ser novamente
reduzidos até formarem glacês ou extratos. Os fundos são divididos em escuros ou
claros, com base em legumes, bovino, aves, peixes, frutos do mar. É comum chamar o
fundo de peixe de Fumet de peixe. Entretanto, Barreto (2010, p. 51) distingue Fumet de
peixe como aquele “que os ingredientes são previamente dourados em manteiga”.
O componente aromático básico é o mirepoix básico (escuro), composto por 50%
de cebola, 25% de cenoura, e 25% de salsão (aipo). Para o mirepoix claro, substitui-
se a cenoura por alho-poró, sendo a proporção 50% cebola, 25% salsão e 25% alho-
poró. O bouquet garni padrão é composto por salsão, alho-poró, salsa/salsinha, folha
de louro e tomilho amarrados. O sachet d’épices é composto por dente alho,
salsa/salsinha, tomilho, folha de louro e pimenta do reino em grãos em pano fino ou
gaze.
3. Preparações da aula
Purê de batata
Quantidade Unidade Ingredientes
0,300 Kg Batata monalisa
0,010 Kg Manteiga
0,075 L Creme de leite fresco
0,100 Kg Queijo gruyère
- Kg Sal
- Kg Noz moscada
1. Aves
Aves podem englobar todas as aves domésticas e de caça utilizadas na
alimentação (frango, galinha, codorna, pato, peru, faisão, avestruz etc.). Os critérios
principais para escolha de aves são: crosta e barbelas vermelhas, peito carnudo e sem
deformação, vísceras limpas e sem manchas, olhos levemente saltados e não podem
estar afundados (SEBESS, 2012). Quando mais jovem, maior facilidade de cortá-la.
O frango é divido em: peito, coxa, sobrecoxa, asa, miúdos. As principais técnicas
de corte de frango são:
• Corte em 4 pedaços: 2 peitos e 2 coxa e sobrecoxa unidas.
• Corte em 8 pedaços: 4 peitos, 2 coxas, 2 sobrecoxas.
• Desossa completa com pele.
• Em crapaudine ou sapo.
• Em balotine: pode ser a coxa e sobrecoxa desossada ou qualquer pedaço de
ave desossado e enrolado.
• Suprême de frango: pode ser metade do peito de ave com pedaço do osso da
asa e pele (Instituto Americano de Culinária, 2011). No Le Cordon Bleu (2018)
o suprême de frango é o peito sem osso e pele.
O arroz é um cereal muito comum nas dietas ao redor do mundo. Possui mais de
2500 variedades que se diferem principalmente quanto ao tamanho (longo, curto). Em
geral, o grão curto tem mais amido que o grão longo, ficando com uma textura mais
pastosa.
O grão é formado pela casca, película, germe e endosperma. O grão de arroz
pode ser vendido integral, branco/polido ou parboilizado. O arroz integral é somente
descascado. O arroz polido ou branco a casca, a película e o germe são removidos,
restando somente o endosperma (maior parte do amido). O arroz parboilizado tem o
grão inteiro passado por um processo de pré-cozimento e posterior secamento e
polimento (por isso geralmente é mais amarelo).
Variedades de arroz:
• Arroz agulhinha: é o mais comum. Grão fino e longo.
• Arroz jasmin: ou tailandês. Grão fino e longo.
• Arroz negro: grão longo e fino. Três vezes mais demorado para cozinhar.
• Arroz vermelho: grão longo e fino.
• Arroz carnarolli: grão curto, usado para risoto.
• Arroz cateto: grão curto.
• Arroz arbóreo: grão curto, usado para risoto.
Aula prática 2 – Aves, fundo escuro e arroz crioulo
Para Barreto (2010) as ligações naturais são as com ovos, sangue, coral, algas,
iogurtes e queijos brancos. É possível também a utilização de purê de frutas ricas em
pectina e amido, fígado e manteiga gelada (SEBESS, 2012).
• Gemas: utilizadas sozinhas em temperaturas menores a 70ºC, a fim de evitar
coagulação das albuminas. Para maior estabilidade recomendado misturá-las
com outro ingrediente, a exemplo de:
o Mistura com creme de leite
o Mistura com gordura
o Mistura com farinha de trigo
o Mistura com água fria
• Ovos inteiros são muito utilizados em produtos de confeitaria como agentes
de ligação.
• Sangue: sua coagulação permite o espessamente, sendo proibida a fervura.
Recomenda-se utilizar com vinagre para melhorar a estabilidade. É muito
utilizado em charcutaria, em molho pardo ou escuro, observando a
correspondência do sangue do animal semelhante ao preparo.
• Coral: o coral misturado com creme de leite ou manteiga pode ser utilizado
se não ferver.
• Frutas: frutas que são ricas em pectina e amido podem ser utilizadas para
engrossas na forma de purê. São exemplo o morango, manga e maçã.
• Fígado: faz-se um purê do fígado e verte-se ao molho sem deixar ferver.
• Manteiga gelada: para amanteigar o molho, coloca-se pedaços de manteiga
gelada no molho já pronto e quente, mexendo com um fouet e resultando em
um molho brilhoso e aveludado.
• Algas marinhas
3.2. Ligações elaboradas
4. Preparações da aula
Sachet d’épices: talo de salsinha, tomilho, folha d elouro, dente de alho, pimenta
do reino em grãos envoltos em gaze.
Pinçage: cozinhar o extrato de tomate até que fique marrom-ferrugem com
aroma doce.
Aula prática 2 – Aves, fundo escuro e arroz crioulo
Arroz crioulo/creole/fervido
Quantidade Unidade Ingrediente
0,100 Kg Arroz branco grão longo
- - Sal
0,020 Kg Manteiga sem sal
Essa técnica de cozimento é uma das possíveis para cozinhar o arroz. Ela é
conhecida como fervido, creole ou crioulo e se diferencia da técnica pilaf.
Para o preparo do arroz na técnica pilaf, refoga-se inicialmente o grão para que
fique translúcido e envolto pela gordura, adicionando em seguida o líquido (geralmente
quente) e cozinhando sem mexer.
Aula prática 2 – Aves, fundo escuro e arroz crioulo
Ratatouille
Quantidade Unidade Ingrediente
0,075 Kg Cebola
0,100 Kg Abobrinha amarela
0,250 Kg Berinjela
0,150 Kg Tomate – sem pele
0,150 Kg Abobrinha
0,010 Kg Alho - brunoise
0,015 Kg Manjericão
- L Azeite de oliva
- Kg Sal
- L Azeite aromatizado
1. Confit
O confit é uma técnica de influência francesa que se cozinha alimento em gordura
por longo tempo e em baixa temperatura. O preparo de confit mais comum é o Confit de
pato, mas pode ser feito com outras carnes (ganso, porco, etc.), ou legumes e hortaliças
diversos (como o tomate cereja). Pode-se variar o óleo utilizado, o qual trará sabor
diferenciado, além de ervas e outros temperos.
2. Bardear e lardear
Dispor fatias ou pedaços de gordura na parte exterior de um alimento. É diferente
de lardear, onde se insere gordura dentro do alimento. Essa gordura pode ser manteiga,
bacon, linguiça calabresa, etc.
Aula prática 3 – Aves (cont.), confit e couscous marroquino
3. Preparações da aula
Molho de assadeira
Quantidade Unidade Ingrediente
0,500 L Fundo de codorna
0,020 Kg Farinha de trigo
- Kg Sal
1,000 ramo Alecrim
Couscous marroquino
Quantidade Unidade Ingrediente
0,100 Kg Couscous marroquino
0,200 L Fundo de codorna
0,050 Kg Cenoura – brunoise
0,003 Kg Alho - brunoise
0,001 Kg Páprica picante
0,020 L Azeite de oliva
0,010 Kg Coentro fresco
- Kg Sal
1. Peixes
• Peixe inteiro;
• Filé de peixe (2 filés de peixe redondo e 4 filés de peixe plano);
• Tranche de peixe (uma fatia do filé);
• Posta de peixe (corte em transversal do peixe inteiro);
• Gourjon (ou iscas);
• Paupiette (enrolado).
Fonte: https://carolinagabriel.com.br/artigos/sardinha-e-peixes-frescos-como-escolher/
Aula prática 4 – Peixes, Fumet de peixe e papillote
2. Preparações da aula
Fumet de peixe
Quantidade Unidade Ingrediente
1,000 und. Espinhas e cabeça de tilápia
0,300 Kg Cebola
0,100 Kg Cenoura
0,100 Kg Alho-poró
0,100 Kg Salsão
0,050 Kg Cogumelo paris
0,100 L Vinho Branco seco
0,030 Kg Manteiga
1,000 L Água
1 ramo Tomilho
1 talo Salsinha
1 folha Louro
2 folhas Alho-poró
Papillote/cartoccio de tilápia
Quantidade Unidade Ingrediente
2,000 und. Filé de tilápia
0,050 Kg Shitaki
0,050 Kg Cebola roxa – julienne
0,050 Kg Cenoura – julienne
- - Azeite aromatizado
- - Sal
- - Pimenta do reino branca
1,000 und. Limão taiti
Para grelhar peixes (calor seco), prefira uma panela antiaderente e utilize
espátula vazada para peixe.
Panache de legumes
Quantidade Unidade Ingrediente
0,100 Kg Brócolis
0,100 Kg Couve-flor
0,050 Kg Ervilha torta
0,020 Kg Manteiga
- - Sal
- - Pimenta do reino moída
2,000 ramos Tomilho
1. Frutos do mar
2. Risoto
“Riso” é o termo para arroz em italiano. Os mais utilizados são o arroz arbóreo,
arroz carnaroli e vialoni, pois são ricos em amido e grãos mais curtos. Sua característica
rica em amido permite uma cremosidade excelente, desejada do risoto, sem ao menos
adicionar creme de leite, manteiga cremosa ou queijo, por exemplo. É por isso também
que se faz importante sempre mexer a preparação, mas sempre com cuidado para não
quebrar o grão.
3. Velouté
4. Preparações da aula
Fundo de camarão
Quantidade Unidade Ingrediente
0,300 Kg Cebola
0,150 Kg Cenoura
0,100 Kg Alho-poró
1,000 ramo Alecrim
0,100 L Vinho branco seco
0,05 Kg Camarão com casca
0,2 Kg Casca de camarão
0,01 Kg Manteiga
1. Em uma caçarola, doure com a manteiga o camarão, as cascas e o mirepoix
cortado em brunoise.
2. Deglace com o vinho branco.
3. Adicione água e cozinhe por 45 minutos em fogo baixo.
4. Nos últimos 15 minutos, adicione o alecrim.
5. Tire as impurezas continuamente com uma escumadeira.
6. Coe, reserve e deixe esfriar.
AULA PRÁTICA 5 - Frutos do mar, risoto e velouté
Velouté de camarão
Quantidade Unidade Ingrediente
0,500 L Fundo de camarão
0,035 Kg Manteiga
0,035 Kg Farinha de trigo
0,015 Kg Manteiga para finalização
0,250 maço Ciboulette
0,010 Kg Sal
0,005 Kg Pimenta calabresa
Salada de folhas baby
0,03 Kg Rúcula baby
0,03 Kg Alface baby
0,03 Kg Agrião baby
0,03 Kg Folha de beterraba baby
- - Flor capuchinha
1. Em uma panela de aço inox, derreta a manteiga e adicione a farinha de trigo.
2. Misture bem com uma espátula de silicone, sem deixar farinha nas bordas da
panela.
3. Cozinhe essa mistura em fogo baixo até ficar na textura arenosa, mas ainda
clara.
4. Adicione o fundo de camarão frio aos poucos, mexendo com um fouet.
5. Cozinhe em fogo por aproximadamente 15 minutos, mexendo continuamente.
6. Finalize com sal, pimenta calabresa, cubo de manteiga gelado e ciboulette
picada.
7. Sirva com os tentáculos de polvo grelhados e salada de folhas baby.
1. Carne bovina
A divisão de cortes de carne bovina difere de região para região. Os cortes
argentinos possuem nomes específicos, bem como os cortes no Brasil.
Fonte: beefpoint.
Fonte: http://degustandovida.blogspot.com/2015/11/tipos-e-nomes-dos-cortes-do-file-
mignon.html
AULA PRÁTICA 6 – Cortes bovino e bechamel (grelhar, fritar por imersão e brasear)
2. Molhos básicos
3. Bechamel
O molho bechamel é um dos mais clássicos da cozinha francesa. O espessante
utilizado é o Roux claro (manteiga + farinha de trigo), e o líquido é o leite. Popularmente
conhecido como molho branco, fazer um bom bechamel é essencial para qualquer
cozinheiro. O tempo de cozimento é prolongado, em torno de 15 a 20 minutos, para que
se amenize o gosto de farinha.
O molho espanhol tem como base fundo escuro, mirepoix escuro e com gordura
(acrescenta-se bacon), roux escuro, extrato ou purê de tomate e ervas aromáticas. Ele
resultará em um molho escuro e reduzido, com espessamento através do roux escuro
e também das proteínas da base. Muitas literaturas o confundem com o demi-glace, ou
dão a mesma nomeação. Entretanto, o demi-glace é um derivado do molho espanhol,
mais especificamente a redução de partes iguais de fundo escuro e de molho espanhol.
A coloração deve ser marrom escura, brilhante e translúcido, sem ser viscoso, mas
espesso.
Os derivados podem ser tanto feitos com o molho espanhol quanto com o demi-
glace. Entretanto, a consistência do demi-glace muitas vezes é a preferida. Os derivados
são: poivre, madeira, etc.
AULA PRÁTICA 6 – Cortes bovino e bechamel (grelhar, fritar por imersão e brasear)
5. Preparações da aula
Molho bechamel
Quantidade Unidade Ingrediente
0,025 Kg Manteiga
0,025 Kg Farinha
0,500 L Leite
0,060 Kg Cebola (meia unidade)
1,000 Und Folha de louro
0,003 Kg Cravo
- Kg Noz moscada
- Kg Sal
1. Carne exótica
Carnes exóticas pode ser comum em alguns países e algumas regiões, e bem
diferentes em outras. Ou também eram comuns em uma época e depois pararam ou
foram proibidas de serem consumidas. São exemplos: carne de javali, carne de coelho,
carne de codorna, carne de capivara, carne de avestruz, pombo, faisão, perdiz, rã,
jacaré.
Fonte: https://conservaciondealimentos.com/pt/passarinhos/avestruz/?cn-reloaded=1
Ponto de fusão é quando a gordura sólida vira líquida. Ponto de fumaça é quando
ocorre mudança química de queima da gordura, perdendo suas propriedades e
escurecendo, podendo ser nocivo à saúde. As gorduras vegetais geralmente têm ponto
de fumaça mais elevado.
3. Preparações da aula
Molho demi-glace
Quantidade Und. Ingrediente
0,500 L Molho espanhol
0,500 L Fundo escuro de carne
0,100 Kg Osso de boi com tutano
1. Dourar os ossos.
2. Adicionar o molho espanhol e o fundo escuro de carne.
3. Cozinhar em fogo baixo até reduzir pela metade.
4. Esfriar e armazenar adequadamente.
AULA PRÁTICA 7 – Massa fresca, derivado de bechamel e carne exótica
Fonte: https://blog.utilplast.com.br/massas-coloridas/
AULA PRÁTICA 7 – Massa fresca, derivado de bechamel e carne exótica
Molho mornay
Quantidade Und. Ingrediente
0,500 L Leite
0,025 Kg Manteiga
0,025 Kg Farinha de trigo
0,040 Kg Queijo parmesão ralado
0,040 Kg Queijo gruyère ralado
1 Und. Gema de ovo
- - Sal
- - Pimenta do reino branca
Noz moscada
1. Faça um molho bechamel.
2. Depois de cozinhar, adicione ainda no fogão os queijos ralados.
3. Tempere com sal, pimenta e noz moscada ralada.
4. Desligue a panela e faça temperagem* com a gema de ovo.
5. Mexa bem até ficar homogêneo.
1. Cortes de porco
Fonte: https://blogdochurrasco.wordpress.com/2009/10/07/o-mapa-do-suino/
2. Sous-vide
O cozimento pelo método de sous-vide traz várias vantagens nutricionais e de
aproveitamento do alimento, mas perde pelo tempo e complexidade do preparo. O sous-
vide é o cozimento do alimento à vácuo em temperaturas menores e,
consequentemente, com tempo superior (legumes e frutas o tempo é similar). O
alimento é embalado em um saco e fechado à vácuo, e por esse motivo qualquer líquido
contido na embalagem não evapora, impedindo a desidratação e perda durante a
cocção.
Fonte: https://http2.mlstatic.com/D_NQ_NP_709766-MLB44172770324_112020-O.webp
AULA PRÁTICA 8 – Porco no sous vide, ovos e molho hollandaise
3. Ovos
Os ovos são formados pela casca, membrana da casca, clara e gema. A cor da
casca é indicação da raça da galinha, assim como seu tamanho, e é formada por poros
que permite a absorção de cheiro, água ou ar. Por isso é importante nunca lavar os
ovos, ou somente minutos antes do consumo. A clara é composta por 87,77% de água
12,5% de albumina proteica, coagulando a partir de 55ºC até 65ºC. A gema, por sua
vez, é composta por 49% de água, 16,7% de proteínas, 30% de gorduras e o resto de
vitaminas e minerais. A coagulação da gema é a partir de 70ºC, mas já espessam a
partir dos 65ºC.
Fonte: https://www.revistasaudenews.com.br/post/629/ovo:-fonte-de-proteina,-vitaminas-e-
minerais
4. Molho hollandaise
5. Preparações da aula
Ovo cocotte
Quantidade Und. Ingrediente
2,000 Und. Ovo
0,040 Kg Tomate cereja
0,010 Kg Queijo cottage
4,000 folhas Manjericão
0,005 L Azeite de oliva
- Kg Sal
0,010 Kg Creme de leite fresco
1. Corte os tomates ao meio e retire a semente.
2. Em um ramequin coloque os tomates, o queijo picado, as folhas de manjericão
e regue com azeite e pitada de sal.
3. Quebre o ovo a parte e disponha no ramequin.
4. Coloque o creme de leite por cima.
5. Cozinhe no forno em banho-maria a 160ºC por 5 ou 6 minutos.
Omelete francesa
Quantidade Und. Ingrediente
3,000 Und. Ovo
0,010 Kg Creme de leite fresco
0,005 Kg Flor de sal
- Kg Pimenta do reino branca moída
2,000 folhas Ciboullete
0,020 Kg Manteiga
0,010 Kg Manteiga para finalizar
1. Quebre os ovos em uma tigela e bata ligeiramente com uma colher.
2. Tempere com flor de sal, pimenta do reino branca moída e ciboullete cortada.
3. Misture o creme de leite.
4. Em uma frigideira, derreta manteiga em fogo baixo.
5. Mexa sem parar, inclinando a frigideira para frente a fim de dobrar uma
extremidade da omelete para o centro.
6. A omelete deve ficar em um formato arredondado e molhada por dentro.
7. Vire a omelete em um prato e ajeite se necessário com um papel toalha.
AULA PRÁTICA 8 – Porco no sous vide, ovos e molho hollandaise
Ovo pochê
Quantidade Und. Ingrediente
2,000 Und. Ovo
1,000 L Água
0,050 L Vinagre de álcool
0,001 Kg Sal
0,001 Kg Pimenta do reino preta moída
1. Esquente a água em uma panela, deixando ferver brandamente.
2. Adicione o vinagre.
3. Quebre o ovo em um recipiente e verta na panela com muito cuidado.
4. Cozinhe por 3 minutos (gema mole) ou 4 minutos.
5. Retire com uma escumadeira tendo cuidado para não quebrar a gema.
Molho holandês
Quantidade Und. Ingrediente
1,000 Und. Gema
0,100 Kg Manteiga clarificada
0,015 L Vinagre de vinho branco
1,000 Und. Limão
- Kg Pimenta do reino preta em grãos
- Kg Sal
1. Reduza o vinagre com a pimenta em grãos. Adicione um pouco de água. Coe a
mistura.
2. Coloque as gemas em um bowl e bata com a mistura reduzida.
3. Coloque o bowl em banho maria e bata até as gemas aumentarem de volume.
4. Adicione a manteiga clarificada aos poucos em forma de fio, batendo sem
parar.
5. Finalize com suco de limão e sal.
É importante cuidar com a temperatura em todo o processo. Durante o banho maria,
não pode ultrapassar 65ºC. Depois de finalizado, deve ficar a uma temperatura de 40
a 50ºC para não endurecer ou talhar.
Caso o molho talhe durante o preparo, pode-se adicionar mais gema ou uma pedra de
gelo.
AULA PRÁTICA 8 – Porco no sous vide, ovos e molho hollandaise
1. Batata
Fonte: https://www.cozinhatecnica.com/2019/04/batata-tipos-de-batata/
Como são muito regados antes da colheita para ganhar peso, é importante
cozinhar por mais tempo para eliminar o excesso de água. Mas não por muito tempo,
para não perder o sabor natural do molho. Não é necessário processar o molho no
liquidificador ou processador, se o tempo de cozimento for correto o tomate
desmanchará.
AULA PRÁTICA 9 – Batata e derivados do demi-glace
3. Derivados de demi-glace
4. Preparações da aula
Batata rosti/suíça
Quantidade Und. Ingrediente
0,500 Kg Batata asterix
0,100 Kg Cebola
0,200 Kg Iscas de mignon
0,050 Kg Queijo cheddar inglês
0,020 Kg Alho poró
0,100 L Óleo de girassol
- Kg Sal
- Kg Pimenta do reino
1. Cozinhar rapidamente a batata inteira em água salgada, sem
desmanchar. Reservar até esfriar.
2. Sele as iscas de mignon e refogue rapidamente o alho poró cortado em
julienne.
3. Rale as batatas em um ralador de espessura grossa.
4. Rale a cebola em espessura média e misture à batata, temperando com
sal e pimenta moída.
5. Unte uma frigideira com uma quantidade generosa de óleo de girassol e
coloque metade da batata.
6. Disponha o recheio (mignon com alho poró e queijo cheddar).
7. Cubra com outra camada de batata.
8. Frite em fogo médio, acrescentando óleo aos poucos se necessário.
9. Após tostar de um lado, vire com o auxílio de outra frigideira untada.
10. Frite até tostar.
Batata frita
Quantidade Und. Ingrediente
0,300 Kg Batata asterix
0,300 Kg Batata monalisa
0,500 L Óleo
0,100 Kg Queijo mussarela
1/4 Maço Cebolinha chiffonade
1. Descasque as batatas e corte em palitos.
2. Aqueça o óleo a 120ºC e frite uma primeira vez. Reserve.
3. Aqueça o óleo a 180ºC e frite pela segunda vez até dourar.
4. Sirva com o queijo ralado e a cebolinha.
Essa técnica de fritura consiste no branqueamento por fritura, no qual se frita uma
primeira vez por imersão em temperatura inferior, seguida de uma nova fritura a uma
temperatura superior até dourar.
A primeira fritura seria responsável por “cozinhar” e a segunda para concretização
da reação de maillard.
Fritem as duas batatas em separado e observem sua diferença, visto que cada uma
tem uma quantidade de amido e água.
AULA PRÁTICA 9 – Batata e derivados do demi-glace
Batata gratinada
Quantidade Und. Ingrediente
0,400 Kg Batata monalisa
0,010 Kg Alho
0,020 Kg Manteiga
0,100 L Leite
0,070 Kg Creme de leite fresco
0,050 Kg Queijo parmesão
- Kg Pimenta do reino moída
- Kg Sal
1. Descasque a batata e corte em rodelas.
2. Em uma panela, cozinhe rapidamente a batata no leite e sal (adicione
água para cobrir se necessário).
3. Em um ramequin ou em uma forma, unte com manteiga e alho.
4. Disponha a batata em rodelas formando camadas.
5. Cubra com o creme de leite e o parmesão ralado.
6. Asse em forno pré-aquecido em 200ºC até gratinar.
7. Sirva com o mignon e molho derivado do demi-glace.
É possível fazer em um ramequin e servir direto, e para isso deve estar limpo. Ou
pode-se fazer em uma forma e cortar com um cortador (redondo ou quadrado), podendo
ajustar sua altura.
AULA PRÁTICA 9 – Batata e derivados do demi-glace
VIANNA, Felipe Soave Viegas. PENTEADO, Gabriel Bratfich. LOPES, Júlia Delellis.
CASSAROTI, Vinicius Camoezi. Manual prático de cozinha. São Paulo: Editora Senac
São Paulo, 2018. 375p.