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Anotações:
Elaborado por Hélio Renato Freddi para UniFMU - Gestão Executiva em Gastronomia - Módulo de Carnes
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BIBLIOGRAFIA
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GADO SUÍNO
A carne suína está passando por um processo que a está tirando da discriminação que carrega há muito
tempo. Como no caso do gado bovino, a evolução genética e as novas formas de manipulação desde a
engorda até o consumidor final, fazem da carne suína uma carne saudável muito nutritiva e saborosa.
A evolução nos trouxe um animal mais enxuto. Comparando cortes de 1980 com agora podemos salientar
que os animais:
• Perderam 31% de gorduras
• Perderam 10% de colesterol
• Perderam 14% de calorias
• Aumentaram em 20% a concentração de carnes magras
Como exemplo, podemos citar a banha de porco, e que era largamente usada nas cozinhas, e graças a
falsas difamações, foi deixada de lado pois dizia-se que ela elevava os índices de colesterol.
Na década de 90, pesquisadores descobriram a diferença entre gordura saturada - o LDL ou colesterol
ruim - e insaturada - HDL ou colesterol bom. Notou-se que a famigerada banha tem 42% de LDL e
54% de HDL, níveis estes melhores do que de alguns óleos vegetais.
Segundo o Prof. Dr. Eduardo de Felício, da Faculdade de Engenharia de Alimentos da UNICAMP, tal
preocupação contra as gorduras animais foi orquestrada pelas indústrias americanas de óleos vegetais,
visando assim o aumento do faturamento.
Logicamente estamos falando da carne suína vinda de frigoríficos reconhecidos e com os devidos números
da higiene. No caso dos animais de fundo de quintal, ou clandestinos, que são criados e abatidos sem
condições de higiene, não podemos consumi-los por motivos óbvios. Temos que pensar também que os
animais são abatidos com pouca técnica, o que causa muito sofrimento aos mesmos.
A carne suína deve ser bastante cozida e a sua temperatura interna deve atingir cerca de 80 graus e jamais
deve ser consumida sangrenta. A carne deve ser rosada, firme e com gordura branca e consistente. A carne
de qualidade inferior é muito gorda e menos firme, com os ossos menos vermelhos.
Asse a 230 graus por 10 minutos e depois reduza para 180 graus e siga as instruções abaixo:
√ Peças com osso = 30 minutos para cada 450gr mais 30 minutos adicionais.
√ Sem osso e enrolada = 35 minutos para cada 450gr mais 35 minutos adicionais. No caso de peças
recheadas, deixe por mais 5-10 minutos para cada 450gr.
Procure comprar a carne de suíno congelada em partes, como geralmente é encontrado nos frigoríficos
idôneos. Apesar da carne fresca ser sempre mais saborosa e suculenta, é muito difícil consegui-la sem
nenhum problema de higiene, então é melhor não arriscar. Com uma marinada e uma cocção correta po-
demos ter resultados exemplares.
As partes do animal são muito parecidas com as do boi, apesar de serem menores. Comercializadas em
pedaços inteiros, as partes mais comuns encontradas no comércio são:
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Parte Suína Observações Cocção
Miúdezas I Pé, orelha, língua e joelho Bom para feijão normal ou feijoada
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* GADO CAPRINO
CARNE CAPRINA
BODE + CABRA = CABRITO
GADO OVINO
CARNE OVINA
CARNEIRO + OVELHA = CORDEIRO
Carne de textura lisa, com pouca gordura , envolta em uma pele fina e transparente . No
comércio costumamos encontrar o cordeiro de leite ou o animal que ainda não desmamou
(até 3 meses) ou o cordeiro entre 4 meses e um ano . O carneiro é o animal adulto e castrado,
já a ovelha é a fêmea adulta que fornece leite e lã. Ele é encontrado (cordeiro) em partes ou
inteiro : 2 pernis , 2 paletas , 2 carrets ou 2 lombos.
A produção brasileira está em franco desenvolvimento, apesar de ainda importamos muito
do Uruguai , Argentina e Nova Zelândia. Sobre as glândulas , o cheiro , as manchas e coágulos
isto faz parte de animais abatidos em fundo de quintal que não merecem nosso crédito.
Na tabela abaixo estão representados os tempos necessários para assarmos um pernil inteiro
e com osso (ovino ou caprino), a uma temperatura de 160 graus:
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CAÇAS
No alvorecer da humanidade, a caça representava não só a base da alimentação do homem
mas também a sua própria sobrevivência. Já que a idade da humanidade no planeta é de a-
proximadamente cinquenta mil anos e que a agricultura somente começou a ser praticada há
dez mil anos, isso significa que durante quarenta mil anos o ser humano alimentou-se
basicamente da carne de animais selvagens, complementando a refeição com a coleta de
raízes e frutos silvestres.
CARNES DE CAÇA
Jacaré - É um réptil de origem muito antiga – seus ancestrais surgiram na terra há 200
milhões de anos, época que viveram os dinossauros. Na natureza, chega a medir até 2,5
metros de comprimento. Do jacaré se aproveita tudo: a carne, o couro, a gordura e até os
dentes. A carne pode ser encontrada em supermercados especializados em carnes exóticas,
lojas de produtos finos e açougues diferenciados.
Geralmente vem inteiro limpo e sem cabeça, vísceras ou pele. A carne é rosada, com frisos
acinzentados, macia, com textura de frango e um leve sabor de peixe, com menos 1 % de
gordura que a carne bovina.
A parte mais carnuda é a cauda.
Preparação
Para prepará-la, corte a carne em pedaços pelas articulações e divida as costelas em quatro
partes. Se quiser desossar cozinhe antes em água com temperos até ficar macia.
Cervo - Pode ser encontrado em regiões pantanosas, nas bordas de florestas do Brasil,
Uruguai e Paraguai. Os machos possuem uma galhada bifurcada com cinco pontas em cada
haste. Seus chifres são fundamentais na hora do acasalamento, pois servem para seduzir a
fêmea.
Pode pesar de 100 a 350 quilos e chega a viver 25 anos. Na Argentina, há uma grande
quantidade de restaurantes que servem esta carne. No Brasil, não há criadores de cervo,
mas pode-se comprar sua carne importada em casas especializadas.
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Cateto - É uma espécie de porco do mato, semelhante a um javali pequeno. Em estado
silvestre, pode ser encontrado em toda a América.
Dorme em tocas feitas sob arbustos ou pedras ou túneis cavados sob raízes de árvores.
Pesa aproximadamente 30 quilos quando adulto. Ao sentir que algum perigo se aproxima,
exala um forte odor para que animais do mesmo grupo se reconheçam; este mesmo odor
serve para marcar seu território. Sua carne é suave, levemente adocicada. É de excelente
qualidade, mostrando-se superior ao suíno doméstico tanto em sabor quanto em textura.
Mais clara e menos gordurosa que a carne suína, sua carne não possui as estrias de gordura
dos suínos que podem chegar a 28%, enquanto o cateto tem de 4 a 6 % de gordura.
Com baixos níveis de colesterol e rica em proteínas, é recomendada para dietas ou para
controlar colesterol. Além da carne, seu couro é também muito apreciado por ser resistente
e bonito.
Rãs: é um batráquio anfíbio vertebrado, sempre criado em cativeiro. Carne saborosa, leve,
nutritiva e de fácil digestão. Pode ser frita, empanada, ensopada, como patês ou terrinas.
O couro é usado em sapatos, cintos e pulseiras. As fêmeas desovam em épocas úmidas,
num total de aproximadamente 3.500 ovas por desova. Não existe copulação; o macho sobe
na fêmea e a massageia para a saída das ovas e, simultâneamente solta o esperma para a
fertilização. É classificado como pescado e possui excepcional valor biológico e é uma das
fontes menos gordurosas de proteína animal.
Paca: Roedor de hábitos noturnos e porte médio. Quando adulto mede mais ou menos
70 cm chegando a pesar até 10 quilos. Lembra um porco mas com a cabeça de roedor .
Muito predada por caçadores devido ao seu sabor muito delicado. Pode ser grelhada, assada
e ensopada.
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Javali: Muito apreciado desde antigas civilizações européias. Veio da África para a Europa
por diversas regiões do continente. Comparada a carne bovina:
•menos 85% de calorias.
•mais 31% de proteínas.
•mais 15% de sais minerais.
•5 vezes menos gorduras.
•Índice de colesterol muito baixo.
Aproveita-se o couro e o pêlo tem uma ótima cotação internacional. Na Europa o cruzamento
de javali com outros animais é proibido por lei. Infelizmente no Brasil ainda não temos leis
específicas para os criadores, para que não usem desta nefasta prática.
Em termos genéticos esta prática é bastante contestável pois não é possível voltarmos a
obter javalis puros novamente.
Ema: Ave originária da América do Sul muito parecida com a avestruz. A diferença mais
marcante entre essas duas aves reside no fato de a ema possuir três dedos em cada pé,
enquanto a avestruz possui apenas dois. Durante o período de reprodução, é o macho que
constrói o ninho e choca os ovos. A fêmea apenas põe os ovos e sai a procura de outro
macho para dar seqüência a nova reprodução.
Coelho: O coelho criado e alimentado de acordo com as técnicas adequadas, é uma carne
branca, saborosa e macia, de gordura branca, muita rica, isto é , possui elevado teor de
proteínas, sais minerais, vitaminas etc. É leve e por isso de fácil digestão , sendo considerada
uma carne sofisticada, que satisfaz aos paladares mais exigentes .
Praticamente não apresenta colesterol em sua composição, pois nela encontramos apenas
leves traços desse elemento considerado tão pernicioso à saúde.
Pelas suas características , podemos afirmar que a carne de coelho é uma das melhores, se
não a melhor carne para alimentação humana , podendo ser consumida não só por pessoas
sadias , mas também por convalescentes , doentes e pessoas que tenham um “ estômago
mais fraco “ . Pelos mesmos motivos, pode fazer parte da alimentação de crianças desde a
mais tenra idade. A composição do coelho é a seguinte :
•água 67,86%
•proteínas 25,50%
•gorduras 4,0%
•sais minerais 2,13%
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COCÇÃO
Métodos de cocção
Assados - É um dos métodos de calor seco que mais preserva as propriedades nutritivas
e sucos dos alimentos. Aplicável a vegetais, massas, carnes, etc.
Os cortes do traseiro são mais adequados ao preparo em calor forte, ou ao método misto,
que inicia a cocção sob temperatura elevada e continua em fogo moderado. Na falta de
gorduras ou mesmo no caso de carnes magras poderemos:
O cozimento
O forno deve ser pré-aquecido, para que a carne sele e asse mais rapidamente, não soltando
seus sucos. Se desejar, podemos selá-la em uma panela antes de colocarmos no forno.
”Proteja” a carne colocando-a sobre uma grelha dentro da forma ou mesmo forrando o
fundo da mesma com mirepoix.
Depois de assar, não corte a carne imediatamente, deixe-a descansar por alguns minutos,
assim os sucos se distribuirão e a carne ficará mais saborosa.
Método básico
Sobre o metal aquecido, a superfície da carne ficará tostada em alguns instantes, vedando
a saída dos sucos e, consequentemente, mantendo suculento o seu interior. Feito isso de
ambos os lados da carne, a cocção deve prosseguir em calor brando.
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Salteados - A principal característica deste método de cocção é que é um procedimento
seco, que se utiliza apenas de gordura (manteiga e óleo) e permite o processo de “deglaçar”.
Tradicionalmente, o salteado é feito no fogo, mas pode ser acabado em forno moderado.
Os itens salteados são preparados imediatamente antes de servir à mesa, nunca com muita
antecedência, pois mudaria a textura, ocorrendo perda de líquidos e uma conseqüente perda
de qualidade.
No caso das aves, basta aquecer o azeite ou a manteiga com o óleo a uma temperatura alta,
e selar os pedaços e dourar a pele. Depois é só reduzir o fogo e deixar por cerca de 25
minutos ou até ficar no ponto – o suco sair claro.
Fritos - Método de cocção em calor seco, que utiliza altas temperaturas e uma grande
quantidade de óleo ou gordura na panela (sautése, sautoise, casserole). Muito parecido com
a fervura, pois o alimento é submerso em uma quantidade de líquido quente (óleo ou água),
onde, por condução, o alimento cozinha pela transferência de calor do líquido pelo contato
direto.
A gordura deve ser de boa qualidade, para receber altas temperaturas e não queimar.
Indicadores de que a gordura deve ser trocada:
• Espuma.
• Cor.
• Alimento absorve gordura em excesso.
• Alimento escurece rapidamente.
• Alimento cozinha muito lentamente.
• Formação de resina na superfície.
• Sabor ou as características do alimento se alteram.
• Odor desagradável.
• Frigir ou fritar com pouca gordura, somente para cobrir o fundo da panela sem,
contudo, imergir o alimento.
• Fritar por imersão: o alimento mergulha na gordura ou óleo quentes.
O método de fritura tende a desidratar os alimentos quando estes não formarem uma capa
protetora impermeável. (crosta).
• Com empanamento;
• Sem empanamento.
Empanamento
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B) Contemporâneos
Braseados - Utilizados para peças grandes e firmes, que serão cortadas após o preparo. É
um método de cocção úmido, porém o item é selado antes da adição de líquido à receita.
Sendo assim, pode ser considerado um método misto.
O líquido utilizado não deve cobrir mais que 2/3 da carne. O molho resultante é coado para
ser servido. O resultado obtido é muito saboroso e macio.
É servido com o molho no qual cozinhou sem ser coado, os vegetais e aromáticos funcionam
como guarnição.
Cozidos: devem ser seguidos os passos do braseado e do guisado para obtenção de um bom
cozido. O bom cozido deve ser servido com requinte e com acompanhamentos como batatas,
vegetais branqueados, pepininhos, cebolinhas, picles variados e alguns molhos especiais.
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Aproveitamento de Sobras & Receitas
Teoricamente, todas as carnes e aparas servem para moer. Entretanto, alguns supermercados
costumam exagerar na teoria e toda a gordura e mesmo o sebo da carne acabam passando
pela máquina. Já notaram que, em alguns supermercados, a carne moída é esbranquiçada
de tanta gordura? A melhor qualidade é aquela que você escolhe e manda moer ou leva para
moer em casa.
Não compre estas carnes que ficam estocadas em balcões, pois nem o maior exercício de
imaginação o fará saber o quanto de sebo e gordura contém.
Croquete de Carne
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Torta de Carne (Ponta de Faca)
Modo de Preparo:
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Carne Louca
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Carne Seca com Purê de Aipim
Aipim 1 quilo
Modo de Preparo:
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Coelho à Provençal (também pode ser feito com frango)
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Rosbife da Campagna
Modo de Preparo:
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Músculo cozido em vinho tinto seco
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Blanquette de Vitela
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