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Miomatose: tumores benignos monoclonais (tem origem em um único miocito)

- Poucas mitoses, (sarcoma muitas mitoses)


Epidemiologia:
-50-80% durante a menacme (considerado do 1° ao último dia de menstruarão)
-2/3 dos casos é múltiplo.
-Mais prevalente entre os 35-50 anos, raro na menopausa.
-é a indicação mais frequente de histerectomia em relação aos outros
Classificação:
Subseroso: dor pélvica, sintoma complessivos, nocturia
Intramural + comun: hipermenorragia, menorragia.
Submucoso: metrorragia, sangra o mês todo.

Fisiopatologia: eles contem receptores de estrogênio e progesterona, ou seja tanto um como o


outro pode estimular sua proliferação, porém contem mais receptores de estrogênio (estradiol) do
que o próprio miométrio uterino.
*A progesterona aumenta a atividade mitótica e inibe a apoptose.
*o estradiol estimula a produção de componentes da matriz extracelular (colágeno, proteoglicanos e
fibronectina),
-Contém níveis + alto aromatase (converte andrógeno em estrogênio) produz seu próprio estrogênio.
-Convertem menos estradiol em estrona (mais fraco), e convertem mais estrona em estradiol (mais
forte) *estrona é um estrogênio mais fraco e mulheres obesas podem produzir depôs da menopausa.
(4 tipos de estrogênio estrona (E1), estradiol (E2), estriol (E3) e o estetrol (E4).
Degenerações do mioma:
Hialina: se transforma em substancia hialina. Mais comun.
Calcificar: comun pós menopausa, falta de irrigação sanguíneo e estrogênio,
Necrose asséptica (necrobiose asséptica): degeneração mais frequente durante a gravidez. Falta
sangue. Uso ana. GNRH
leiomiossarcoma: 0,1-0,6%, mal prognostico, mais frequente pós menopausa (Outras variantes
histopatológicas são o leiomioma mitoticamente ativo, o leiomioma celular ou hipercelular, o
leiomioma bizarro, o tumor de musculatura lisa de potencial maligno indeterminado (STUMP), a
leiomiomatose peritoneal e a intravascular.) não dá pra diferenciar.
Fatores de proteção contra Miomatose:
Paridade: cada paridade reduz 15% a chance de ter
Anticoncepcional combinado: A cada 5 anos de uso 15%, devido a progestase
Tabagismo: que gera um hipoestrogenismo, reduzindo em 18% o risco de mioma com o consumo de
10 cigarros por dia.
Quadro clinico:
-Maior parte assintomática, sintoma mais frequente menorragia, aumento de massa em hipogástrio,
móvel a palpação.
Diagnostico: USG aparece nódulo hipoecogênico bem delimitado,
-Tomografia; usada para planejamento pré-operatório, diferenciar adenomatosse do mioma,
Tratamento: assintomático (expectante)
Não hormonais: auxiliam no controle do sangramento
menstrual, por inibir a síntese de prostaciclinas, diminuindo
em cerca de 30% o sangramento uterino e aliviando muitas
pacientes.
- Antifibrinolíticos, como o ácido tranexâmico, que podem ser
utilizados isoladamente ou associados aos AINHs, inibindo a
fibrinólise na superfície endometrial, com consequente
redução do sangramento menstrual.
Anticoncepcionais hormonais combinados: produz
hipertrofia do endométrio (mais fino)
Análogos de GnRh: inibe o FSH e LH pela adeno-hipófise, não pode usar mais de 6 meses no
máximo 1 ano, pois pode gerar uma menopausa e dar osteoporose, o certo é usar e depôs fazer
cirurgia após a redução (melhora os níveis de hemoglobina, reduz o sangramento), se parar de usar
volta a crescer o mioma.
Pólipos: hiperplasia focal.
-Pólipo endometrial +comum: hiperplasia focal
-Pode desenvolver em qualquer lugar, prevalência aumenta junto com a idade, mais frequente na
Perimenopausa (sangramento pós menopausa).
Fator de risco: uso de tamoxifeno, terapia hormonal, endometriose.
Sintomas: sem alterações no exame físico, sangramento intermenstrual.
USG: contorno hiperecogenico, e vascularização central no doppler, padrão ouro: histeroscopia.
-São avermelhados, mais finos, macios, pediculados.
Todo pólipo que sangra deve ser retirado devido ao risco
de malignidade:
Tratamento: ressecção histeroscopia.
SIU levonorgestrel: pólipos recorrentes

Pólipo cervical: hipertrofia focal do tecido glandular que recobre o canal cervical, pode ser
endocervical ou ectocervical.
- + frequente em mulheres multíparas após os 40 anos
-sinusiorragia (sangramento durante a relação sexual,
pois o pênis bate no colo cervical)
Exame: exame especular, USG, histeroscopia.

Adenomiose: presença de estroma e glândulas endometriais situadas ectopicamente no miométrio


pelo menos 2.5 milímetros de invasão, *ciclo menstrual normal.
Prevalência: 30% das mulheres em idade reprodutiva
(menacme)
-Diagnóstico definitivo é feito após a histerectomia.
Quadro clinico: muita cólica menstrual (dismenorreia
progressiva) (vai aumentando o fluxo conforme os dias)
-Aumentado e contorno macio.
-USG: cistos endometriais, espessura assimétrica,
Tratamento: SIU levonorgestrel / implante de etogonoges
trel: longo prazo 1°escolha.
Câncer de endométrio:
-Mais comum em países desenvolvidos.
-Estimativa de novos casos no brasil 6540 (inca-
2020)
-Pico de incidência ao redor dos 65 anos, raro
antes da menopausa.
-Tipo 2 mais frequente, *sangramento pós
menopa.
Fisiopatologia: exposição prolongada de estrogênio sem oposição a progesterona, levando a uma
hiperplasia do endométrio, que é a lesão percursora.
OMS 2014: hiperplasia sem atipia (não neoplásico), hiperplasia atípica (neo. Intraepitelial
endometrial).
-Fatores de risco: tudo que aumente a exposição ao estrógeno (obesdiadade, menopausa precoce,
uso de tamoxifeno, idade 50-70anos),
-Fatores de proteção: tabagismo (efeito antiproliferativo sobre o endométrio), amamentação
(menores exposição do endométrio ao estrogênio, consumo de café e chá verde.
-Rastreamento anual somente nas síndromes de Lynch, Cowden, são mutações genéticas com alta
probabilidade de ter CA.
USG: investigar quando o endométrio estiver maior a 4mm e fazer
biopsia, ou sangramento recorrente, histeroscopia padrão ouro para
biopsia.
- Se tiver fazendo uso de terapia hormonal o valor normal vai ser
<8mm,
-Não existe marcado tumoral especifico, CA125 está elevado
quando há comprometimento dos linfonodos (doença avançada).
Colposcopia: encontra células endometriais (normais) ou células
glandulares atípicas ou células de adenocarcinoma.
*causa mais comum e sangramento pós-menopausa 60-80% atrofia
endometrial, e somente entorno de 10% vai ser CA de endométrio.
*estadiamento é cirúrgico, 1A é o mais comum,
Grau 1ou 2 geralmente não se faz linfadenectomia, baixo risco não
se faz uso de quimioterapia ou radioterapia.

COEIN: causas não estruturais (coagulopatias, ovulatorias, endometrial, iatrogenia, não classificada)
-Sangramento de origem hormonal +comum.
Causas endometriais: endometrite causada por clamídia,
*ciclo menstrual regular com aumento apenas de volume.
Causas iatrogênica: DIU de cobre ou SIU de
levonorgestrel, anticoncepcionais hormonais,
anticoagulantes.
Não classificadas: hipertrofia miometrial, istmoceli (falha
na cicatriz da cessaria), mal formações arteriovenosas,

ductos mullerianas, maior parte tem USG normal.

coagulopatias: aumento apenas do volume menstrual (menorragia), imaturidade do eixo é a


primeira causa a se suspeitar logo ali nos primeiros 2 anos.

*Embolização das artérias uterinas: Trata-se de técnica radiointervencionista endovascular para


tratamento conservador de leiomiomas sintomáticos e consiste na oclusão da irrigação sanguínea
para os miomas, por meio da injeção de micropartículas (microesferas, álcool polivinílico ou
esponjas), que tem como objetivo a obstrução do fluxo sanguíneo arterial no leito tumoral, levando à
necrose e à redução volumétrica dos tumores (De toda forma, a miomectomia ainda é o padrão-ouro
para pacientes que desejam engravidar).

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