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Miomatose Uterina
Comuns

Assintomáticos

Podem ser tratados de maneira conservadora, mesmo com sintomas se eles forem leves e
moderados

2,5x mais em parentes de primeiro grau

2,9x mais negras > brancas

Dor pélvica só é um pouco mais prevalente

A ultrassonografia (US) é a técnica de imagem de maior disponibilidade e menor custo para


diferenciar mioma de outras doenças pélvicas; porém, a ressonância magnética (RM), além
de possibilitar avaliação mais precisa do número, do tamanho e da posição dos miomas,
pode avaliar melhor a proximidade da cavidade endometrial.

A presença de miomas submucosos diminui a fertilidade, e a sua retirada pode tornar a


mulher mais fértil; os miomas subserosos não afetam a fertilidade, e sua retirada não
aumenta a fertilidade; os miomas intramurais, por sua vez, são capazes de reduzir levemente
a fertilidade, mas a retirada deles não aumenta a fertilidade.

Maioria não aumenta de tamanho durante a gravidez.

Se estiver próximo da menopausa= expectante→ poucas chances de novos sintomas. Após a


menopausa o sangramento cessa e os miomas diminuem de tamanho

As opções de tratamento cirúrgico são: miomectomia abdominal, laparoscópica ou


histeroscópica; ablação do endométrio; e histerectomia abdominal, vaginal ou laparoscópica.

A incapacidade de se avaliarem os ovários ao exame não é indicação de cirurgia.

A miomectomia deve ser considerada uma opção segura à histerectomia, mesmo nas
mulheres com grandes miomas e que desejam preservar o útero.

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Os miomas submucosos, às vezes associados ao aumento do sangramento menstrual ou à
infertilidade, frequentemente podem ser removidos por histeroscopia.

O acompanhamento por US de rotina é factível, mas pode detectar muitos miomas sem
importância clínica.

A embolização da artéria uterina (EAU) é um tratamento eficaz em mulheres selecionadas


com mioma. Os efeitos da EAU sobre a insuficiência ovariana prematura (IOP), a fertilidade
e a gravidez não são claros.

SÃO A INDICAÇÃO MAIS FREQUENTE DE HISTERECTOMIA!!!

Origem
São tumores monoclonais benignos das células musculares lisas do miométrio e contêmgrandes
agregados de matriz extracelular constituídos de colágeno, elastina, fibronectina e
proteoglicanos.
Classificação: Subserosos (parede exterior, para fora do útero); Intramurais (dentro da camada
muscular); Submucasos (voltados para a cavidade endometrial, para dentro do útero)

Genética
Translocação nos cromossomos 12 e 14, deleção do cromossomo 7 e trissomia do 12.

As anormalidades cromossômicas são mais prováveis em miomas multicelulares, atípicos e


grandes

Hormônios
Tanto o estrogênio quanto a progesterona parecem promover o surgimento de mioma. Os
miomas raramente são observados antes da puberdade, são mais prevalentes durante a idade
reprodutiva e regridem após a menopausa. Fatores que aumentam a exposição geral ao
estrogênio ao longo da vida, como obesidade e menarca precoce, elevam a incidência. A menor
exposição ao estrogênio, observada nas mulheres tabagistas, que se exercitam e que possuem
maior número de filhos, tem efeito protetor

Fatores de Risco
Idade: Aumenta o risco com a idade. 35-50 anos

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Fatores hormonais endógenos: menarca precoce. Diminui após menopausa

Histórico familiar: aumento de risco em 2,5x

Raça: Nas mulheres negras, os miomas ocorrem mais cedo e são mais numerosos, maiores e
mais sintomáticos

Peso: Aumento de 21%do risco de ter mioma a cada 10 kg de aumento de peso e associado à
elevação do índice de massa corporal (IMC). A obesidade aumenta a conversão de
androgênios suprarrenais em estrona e diminui a globulina de ligação de hormônios sexuais.
O resultado é a elevação do nível de estrogênio biologicamente ativo, o que pode explicar o
aumento da prevalência e/ou crescimento de miomas.

Alimentação: Carne vermelha aumenta o risco. Folhas verdes diminuem

Exercício Físico: Diminui o risco se cerca de 7 horas por semana

Contraceptivos orais/ TRH na menopausa: não tem relação

Gravidez: multíparas = menos risco.

Tabagismo = fator protetor→ diminui a biodisponibilidade de estrogênio.

Lesão tecidual= A lesão celular ou inflamação decorrente da ação de agente ambiental,


infecção ou hipoxia foi proposta como mecanismo de início da formação de miomas. A lesão
tecidual repetitiva do endométrio e do endotélio poderia promover o surgimento de
proliferações monoclonais de músculo liso na parede muscular. A lesão frequente da mucosa
com reparo do estroma (menstruação) pode liberar fatores de crescimento que promovem a
alta frequência de miomas.

Sintomas
Sangramento e dor que atrapalham a qualidade de vida. Aquelas com miomas maiores que 5 cm
tinham sangramento um pouco mais intenso e usavam três absorventes a mais no dia de
sangramento mais intenso que as mulheres com miomas menores (cerca de 7,5 por dia)

Tem apenas um pouco mais de risco de sentirem dor. Sendo ela dispareunia ou dor acíclica.
A degeneração dos miomas pode causar dor pélvica

Podem causar sintomas urinários → polaciúria, noctúria e urgência

Diagnóstico

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De modo geral, os miomas subserosos e intramurais importantes do ponto de vista clínico podem
ser diagnosticados por exame pélvico com base nos achados de um útero aumentado, irregular,
firme e indolor

A RM possibilita a avaliação do número, do tamanho e da posição de miomas submucosos,


intramurais e subserosos e pode avaliar sua proximidade com a bexiga, o reto e a cavidade
endometrial. A RM ajuda a definir o que esperar na cirurgia e pode evitar que miomas não sejam
detectados durante a operação. No caso das mulheres que desejam preservar a fertilidade, a RM
para documentar a localização e a posição em relação ao endométrio pode ser útil antes da
miomectomia histeroscópica, laparoscópica ou abdominal.
A US é a técnica de imagem mais acessível e de menor custo para se diferenciar miomas de
outras doenças pélvicas e é, de certo modo, confiável para avaliação do volume uterino menor
que375 cc e quando há quatro ou menos miomas. A aparência dos miomas à US pode variar,
mas, comfrequência, eles se apresentam como massas simétricas, bem definidas, hipoecoicas e
heterogêneas. Áreas de calcificação ou hemorragia podem ser hiperecoicas, enquanto a

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degeneração cística pode ser anecoica. A US com infusão de solução salina é feita com a
introdução desse tipo de solução na cavidade uterina para produzir contraste e definir melhor os
miomas submucosos.

Tratamento

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