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E a visão ayurvédica sobre os miomas?

Para a medicina tradicional nascida na Índia há milhares de anos (Ayurveda, a ciência da vida), miomas
têm influência do apana vayu. Vayus (ventos) são correntes de energias internas existentes no corpo. Os
textos clássicos tratam de cinco vayus e um dele é o apana, que direciona tudo para fora (fezes, urina,
suor, menstruação, bebê durante o parto etc).
O vayus são subdoshas de vata, que pode ficar agravado pela diminuição dos tecidos corporais e pelo
bloqueio do movimento (o caminho natural de vata dosha). Prender a urina, não evacuar, bloqueio da
menstruação (com anticoncepcional, uso do DIU) geram acúmulo de Vata e aumento do risco de várias
condições. Uma delas é o mioma. Por isso, não podemos suprimir impulsos fisiológicos naturais. Ervas e
alimentos oleosos ajudam no tratamento da constipação e ajudam a tratar os miomas. Ervas como alcaçuz
ou shatavari podem ser eficazes. A fórmula ayurvédica Triphala é comumente usada com sucesso.
Além disso, desequilíbrios na alimentação geram muitas das doenças femininas como SOP, miomas,
TPM, endometriose. É fundamental excluir alimentos ultraprocessados da alimentação e alimentos que
causem intolerâncias (isso é individual) e não comer demais (comer apenas quando tiver fome, apenas
quando tiver digerido a refeição anterior).
Nem precisamos falar que para uma saúde perfeita precisamos dormir bem, movimentar o corpo, parar,
descansar, meditar, praticar yoga. Cuide-se!

MIOMAS são tumores benignos do útero.


Talvez um dos motivos que levem as mulheres a temerem tanto os miomas seja a palavra “tumor”. Gente,
tumor não é = câncer.
A origem da palavra tumor vem de “inchaço”. Um tumor é uma proliferação celular anormal. Como um
amontoado de tecido de determinado órgão em excesso, uma massa, qualquer aumento desse tipo
caracteriza uma tumoração. Existem tumores benignos e malignos.
O mioma é benigno.
Não significa que ele faça bem pro corpo (ele não é “benéfico”) mas ele por si só não tem potencial de
matar. Miomas não viram câncer. (salvo em raríssimos casos de degeneração)
Também chamados de Fibromas ou Leiomiomas, se originam do tecido muscular liso do útero, chamado
miométrio.
Seus padrões de crescimento variam (podem crescer muito repentinamente ou ficar anos do mesmo
tamanho) e suas causas estão relacionadas a fatores genéticos e hormonais. Miomas são de uma forma
geral hormônio-dependentes por isso são prevalentes nas mulheres em idade reprodutiva, tendem a
aumentar na gravidez e diminuir ou ate sumir após a menopausa.
Ser portadora de um mioma não é a principio um problema. A imensa maioria deles é assintomático e as
mulheres morreriam felizes sem saber da existência deles se não tivessem sido obrigadas a fazerem
aquela ultrassonografia transvaginal sem indicação.
A miomatose uterina é mais uma patologia ginecológica que só precisamos nos preocupar quando causa
sintomas.
Os possíveis sintomas vão estar relacionados ao tamanho e à localização do dito cujo.
Quanto a localização os mais comuns são os subserosos, que ficam “pra fora” do útero, os intramurais
crescem na parede uterina e se expandem e os submucosos estão “pra dentro” do útero. Temos também os
intracavitários e os pediculados, bem menos comuns. Os miomas submucosos são os mais sangrativos,
mesmo pequenos, os subserosos costumam só causar alterações menstruais quando muito volumosos. Em
casos graves podem causar hemorragias e menstruações prolongadas e irregulares.
A dor atribuída ao mioma também é determinada por seu tamanho.
A verdade é que o mioma em si não dói. Isso mesmo. Mas quando ele cresce muito a mulher sente
incômodos devido a compressão de outros órgãos e o peso. (Se você descobriu na ultra que tem um
mioma de 2-3 cm, miga ele NÃO é a causa das suas cólicas.) Podem também causar aumento na
frequência urinária, dor na relação sexual e prisão de ventre.
Na visão da ginecologia natural os miomas surgem em mulheres que “sentem muito”, tornando
endurecidos seus centros de prazer. Ocorre que muitas vezes a energia circula mal nessa região que não
recebe a devida atenção em nossa civilização. Podem também estar relacionados a sensações de não
merecimento, abusos, dores passadas escondidas.
Recomendo muito a prática de yoga, com mobilização da pelve, suavização, posições invertidas,
respiração. A terapia inclui desintoxicação, alimentação consciente e uso de ervas como a Maca Peruana e
o Vitex. Os tratamentos naturais são individualizados e prolongados, necessitam de intensa
conscientização, interiorização e movimento de auto cura. Trabalhamos os planos mental, emocional e
físico.

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