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INTRODUÇÃO
Sabemos que publicações como esta não respondem a todas as questões que a vão
preocupar e não podem, de forma alguma, substituir o diálogo com os profissionais de
saúde. É nosso desejo facilitar esse diálogo.
ÍNDICE
-SINAIS DE ALERTA
1.1.Comunicação
A mulher solteira
Comunicação com os adultos
2.TRATAMENTOS/RECONSTRUÇÃO DA MAMA
Cirurgia da mama
Radioterapia
Reconstrução da mama
6.GLOSSÁRIO DE SENOLOGIA
AUTO-EXAME DA MAMA
LEGISLAÇÃO PROTECTORA DO DOENTE
ONCOLÓGICO
BIBLIOGRAFIA
AGRADECIMENTOS
FACTOS SOBRE O CANCRO DA MAMA
SINAIS DE ALERTA
Prurido
Inflamação
Os sinais de inflamação da mama são principalmente a
presença de calor, vermelhidão e dor. Também pode existir
febre associada.
Dor
É o sintoma mais comum a nível mamário. A grande maioria
das vezes corresponde a patologia benigna, sendo, no entanto,
causa de ansiedade.
Corrimento
O corrimento mamilar é um sintoma relativamente frequente.
Geralmente a sua presença é detectada por uma mancha no
soutien ou por pequenas crostas secas no mamilo. A
descoberta deste novo achado cria habitualmente ansiedade
pelo medo do cancro. Felizmente, a grande maioria dos
corrimentos mamilares nada tem a ver com cancro.
COMUNICAÇÃO
Faça saber à equipa de saúde que a trata, o nível de informação que necessita.
Assim, ficaremos a saber mais de si e das suas necessidades.
Não existem perguntas inoportunas. Poderá começar por perguntar sobre o seu
tratamento e efeitos secundários do mesmo.
Para a maioria das pessoas, a família é o principal suporte emocional que, tal
como você, necessita de tempo para se ajustar a esta nova realidade.
Por muito que deseje, o seu companheiro não pode curá-la. As reacções
normais ao medo são o silêncio, a impaciência e a revolta. Deve dar-se conta
que essa pessoa querida está também a tentar lidar com emoções fortes. Esta
situação pode ser uma oportunidade para falarem dos vossos sentimentos.
Você ainda é a mesma pessoa com quem o seu companheiro escolheu viver.
Por mais forte que seja uma relação, o cancro da mama pode ser uma carga
excessiva para o casal. Grupos de apoio, amigos e padres, podem ajudá-los a
ajustarem-se a esta nova situação, como pessoas e como casal.
Embora tenha a tentação de não falar aos seus filhos da sua situação, é melhor
que seja sincera. Aquando da hospitalização da mãe, as crianças mais
pequenas sentem-se frequentemente abandonadas; sabem que "algo" de mal se
passa e ficam com medo quando a mãe volta triste e débil.
A MULHER SOLTEIRA
As mulheres que necessitaram de cirurgia da mama enfrentam sós, não só o
aspecto físico da sua recuperação, como os temores de sobrevivência e a perda
da feminilidade ou atracção sexual.
Para a mulher que se encontra só, estas dúvidas e medos podem agudizar-se,
particularmente se não tem em quem se apoiar.
Use o seu próprio senso comum para decidir com quem e quando poderá
compartilhar a sua experiência.
Embora sinta que algo de grave aconteceu ao seu corpo, lembre-se que tem de
recuperar a sua saúde. Trate de decidir o que quer e o que necessita. Veja com
quem pode contar.
No início pode decidir que não quer falar com a sua família mas, quando se
sentir pronta para isso, peça-lhes que a escutem e conte-lhes como se sente.
Eles sentem tanto ou mais carinho por si agora do que antes do diagnóstico.
Fale com as mulheres da sua família para que possam aprender as medidas
preventivas contra o cancro da mama, tais como o auto-exame e a realização de
mamografias.
CIRURGIA DA MAMA
Estes factos não indicam uma progressão do cancro da mama. Na maioria dos
casos, os sintomas são de tipo inflamatório e são eficazmente aliviados pelo
tratamento com medicamentos ou fisioterapia.
Se retirou parcial ou totalmente a mama, ficará contente por saber que a maioria
das mulheres que passaram por esta situação se adaptaram bem e retomaram a
sua vida habitual sem problemas.
Muitas vezes, a cirurgia da mama tem que ser complementada com outros
tratamentos para melhor assegurar o sucesso da cura.
Algumas doentes sentem muito receio pelos incómodos que estes tratamentos
possam causar: náuseas, vómitos, queda de cabelo, secura da boca, alterações
do paladar, falta de apetite, diarreia, obstipação, alterações menstruais (ciclos
irregulares ou a sua ausência total), alterações na cor e cheiro da urina,
diminuição de glóbulos brancos (leucopenia), diminuição dos glóbulos vermelhos
(anemia), pele mais escura e seca que provoca comichão, falta de forças,
cansaço fácil, formigueiros nas mãos e pés, adormecimento dos braços ou
pernas.
Todos estes sintomas são temporários, desaparecendo no final do tratamento, e
há meios eficazes que atenuam, de forma muito significativa, o seu impacto
negativo.
Deverá por isso tentar ter uma postura positiva e: - Combater o desânimo -
Distrair-se - Passear - Conviver com a sua família e amigos - Evitar o isolamento
RADIOTERAPIA:
• A radioterapia não é dolorosa. Para além de ter que se manter imóvel (por
apenas alguns minutos), não há qualquer desconforto durante o
tratamento .
• A radioterapia é dirigida apenas à área onde se encontra a sua doença.
As outras áreas do seu corpo não são afectadas pelo tratamento.
• Não há qualquer perigo de contágio com as outras pessoas por estar a
fazer o tratamento.
• Normalmente, as doentes são encorajadas a manter a sua vida o mais
normal possível.
Efeitos laterais:
A grande maioria das doentes não apresentam qualquer efeito lateral durante a
Radioterapia. Habitualmente, quando aparecem queixas, estas estão
relacionadas com a área de tratamento, pois a pele na área tratada adquiriu uma
tonalidade avermelhada ou acastanhada.
OUTROS
Não correspondem a verdadeiras terapêuticas do cancro da
mama, embora, por vezes, possam ser apresentadas como tal.
Aqui ficam enumeradas de forma a desmistificar alguns dados
correntes e algumas ideias pré-concebidas.
RECONSTRUÇÃO DA MAMA
Pode-se tomar duche logo que a ferida esteja seca e bem curada (mesmo que
ainda restem zonas de crosta na zona dos pontos). Depois de várias sessões de
radioterapia os sinais de inflamação da pele (pele avermelhada e sensação de
calor) deverão ter diminuído. Esta diminuição surge 2 a 3 semanas após a
operação e a temperatura da água do duche não deve superar os 37 ou 38ºC.
ACTIVIDADE FÍSICA
• Sempre que seja possível, evite tirar sangue, aplicar injecções e vacinas,
bem como medir as tensões, no braço do lado operado.
• Se se cortar, for mordida por insectos ou se queimar nesse braço, lave
com todo o cuidado a área afectada com água e sabão e mantenha-a
limpa. Trate a zona com alguma pomada antibacteriana e cubra-a com
uma compressa estéril. Para evitar a infecção, troque a compressa
frequentemente.
• Utilize luvas quando fizer jardinagem, quando trabalhar com produtos
caseiros irritantes e quando mantiver as mãos dentro de água durante um
longo período de tempo (por ex: lavar a loiça).
• Proteja os dedos contra picadelas de objectos afiados, tais como agulhas
e alfinetes. Use dedal quando coser.
• Quando tratar das unhas não corte as cutículas, empurre-as para trás.
• Devido à insensibilidade causada pela cirurgia, não utilize uma gilette
para cortar os pelos das axilas, mas sim uma máquina de barbear, pois
evita que se corte sem querer.
• Evite levantar coisas pesadas com o braço afectado.
• Evite utilizar anéis, pulseiras ou relógios que apertem.
• Evite as queimaduras do Sol, especialmente no braço e peito, e utilize
cremes protectores.
• Se tem o braço inchado utilize um desodorizante em vez de um anti-
transpirante, isto pode ajudar a manter os poros abertos.
EXERCÍCIO FÍSICO:
O exercício físico é fundamental para manter uma boa forma física e psicológica
melhorando a saúde em geral. Um passeio de 30 minutos diário é uma maneira
fácil e económica de fazer exercício. Mas há muitas maneiras de o fazer, por
isso, encontre uma que goste e mantenha-a, mas não se esqueça, que qualquer
que seja a escolha, deverá primeiro consultar o seu médico.
Há muitas mulheres que não sabem nadar mas disfrutam da água como uma
forma de relaxamento. Especialmente após uma mastectomia, terá mais
tendência para uma tensão muscular. Na água, sentir-se-á mais livre e leve.
- Entre calmamente na água até à altura dos ombros e deixe flutuar ligeiramente
os braços sobre a superfície da água. - Sinta a sensação de "se deixar levar" -
Ande lentamente para trás e para a frente e gire, os braços seguirão estes
movimentos automaticamente. Estique os braços o máximo que puder para os
lados e relaxe de novo. Esta alternância entre relaxamento e extensão só lhe
fará bem.
Pode utilizar a água como uma força de resistência. Mova os braços lentamente
para trás e para a frente ou para os lados ao longo do corpo. Faça exercícios
que ache divertidos, mas que nunca exijam movimentos rápidos ou súbitos.
Muitas piscinas têm jactos de água que servem como uma massagem. É
benéfico apanhar um jacto de água ligeiro nos ombros, pescoço e no braço.
Depois de tomar banho no mar, tome duche com água doce, prestando especial
atenção aos cuidados a ter com a pele.
Um banho no mar é extremamente agradável para mulheres com um edema no
braço.
EXERCÍCIOS DE ADAPTAÇÃO:
Dos muitos exercícios que se podem aconselhar para uma recuperação rápida
de mobilidade do seu braço que ficou afectado pela cirurgia, escolhemos estes
três:
Deve começar por fazer este exercício 5 vezes de manhã e outras tantas à
tarde, aumentando gradualmente até 25 vezes.
Atenção: deverá consultar o seu médico para ter a certeza que não existe
nenhuma contra-indicação para efectuar estes exercícios.
Para além dos exercícios mencionados, existem muitos gestos no dia a dia que
a podem ajudar na sua recuperação, desde que os faça de uma forma correcta.
Por Exemplo:
RELAXAMENTO
Aproveite uma ocasião em que disponha de tempo livre (30 minutos são
suficientes). Caso contrário, é melhor não o fazer.
Deve recostar-se para trás, apoiando-se nas partes superior, média e inferior
das costas. Mantenha a cabeça erguida e descontraída e, se lhe agradar, feche
os olhos.
Mantenha uma respiração lenta e abdominal, dizendo para si própria: " Sinto-me
completamente descontraída... relaxada. O meu corpo está leve e tranquilo...".
Agora que sente o seu corpo bem descontraído, coloque dentro de si a sua
imagem de paz - uma imagem que lhe dê tranquilidade, calma, serenidade, boa
disposição. Reviva por completo, durante cerca de um minuto, a sua imagem de
paz, observando todos os pormenores... o que vê... o que ouve... o que sente...
Camisas de noite e pijamas soltos também podem ajudar a passar uma boa
noite.
O VESTUÁRIO
Comprar ou fazer a roupa vai certamente continuar a ser interessante para si,
pois vai verificar que a maioria dos estilos que preferia antes da sua cirurgia
continuarão a assentar-lhe bem. Vestidos sem mangas, roupas justas e fatos de
banho.
Portanto, não se apresse a desfazer-se da maioria das suas roupas, pois verá
que um segundo olhar sobre elas pode despertar a sua imaginação e
criatividade para os adaptar a si.
O fato de banho deve vestir-se de modo a que não se notem diferenças entre os
2 lados e deve, acima de tudo, permitir movimentos normais. Por este motivo, o
fato de banho deve ter um decote pequeno. Deverá ter copa, onde possa
colocar a prótese, impedindo que ela se desloque enquanto nada. Os biquinis
são mais adequados para mulheres magras e de peito pequeno. Talvez possa
também usar um biquini que já tenha as próteses incorporadas. Experimente!
Quase todas as mulheres com peitos de tamanho normal ou grande se sentem
mais confiantes e melhor com um fato de banho que esteja na moda. Se já não
puder utilizar o fato de banho que tinha até à operação, então aconselhe-se
junto de uma loja especializada na venda de próteses ou até mesmo numa loja
de fatos de banho.
PROFISSÃO
Muitas mulheres interrogam-se sobre este facto. Informe-se junto do seu médico
que certamente lhe dará a informação mais correcta.
PRÓTESES MAMARIAS E SOUTIENS
Após a cirurgia, pode utilizar-se uma prótese tipo "almofadinha" feita com
algodão acrílico no interior e tecido de algodão no exterior. A prótese mamaria
final, normalmente de silicone, só pode ser colocada quando o penso já não seja
necessário ou seja um penso fino e que já não se verifique inchaço.
A prótese inicial de algodão deve ser lavada à mão em água tépida e sabão
neutro e posta a secar sem torcer.
ALIMENTAÇÃO
(em desenvolvimento)
CONDUZIR
Três semanas após a cirurgia, já se encontra outra vez bem e a ferida deverá
estar completamente curada. Então já poderá conduzir. Se tiver problemas de
circulação ou vertigens, deverá aguardar mais um pouco.
FUMAR
NOTAS ADICIONAIS
AUTO-EXAME DA MAMA
2 – Coloque as mãos sobre a cintura e faça pressão para dentro. Depois, vire-se para
ambos os lados e procure qualquer alteração.
3 – Ponha as mãos atrás da cabeça para assim distender a pele das mamas e volte-se
novamente para um lado e para o outro, em busca de alterações. Inspeccione
cuidadosamente a parte inferior das mesmas.
6 – Para completar o auto-exame, deite-se. Coloque uma almofada por baixo do seu
ombro esquerdo, coloque a sua mão esquerda atrás da cabeça e examine a sua mama
esquerda com a mão direita. (Um pouco de loção de bebé tornará os seus dedos mais
sensíveis).
Coloque a mão direita abaixo da clavícula e da sua mama esquerda, mantendo os seus
dedos juntos e direitos. Com pressão firme e homogénea, mova a sua mão em circulo
em redor da mama.
Alguns benefícios:
O cancro da mama é o tumor maligno mais comum entre as mulheres, sendo a sua
origem a partir do crescimento desordenado de células anormais. Existem tumores
benignos bastante frequentes que podem até necessitar de remoção cirúrgica, mas
que não interferem nas funções do corpo, nem representam risco de vida para a
paciente. As células malignas podem emigrar a partir do tumor, entrando na
corrente sanguínea ou linfática, originando metástases em outras partes do corpo.
Toda mulher se deve preocupar com a saúde dos seios. Para isso , deve estar sempre
atenta a quaisquer mudanças de aparência ou sensibilidade. Fazendo o auto-exame,
pode constatar e detectar de um modo bem simples, qualquer alteração que ocorra
com os seus seios. Além disso, siga os conselhos médicos e quando solicitada faça
mamografia.
Diagnóstico precoce:
Deitada com
Aperte as mãos uma almofada
Coloque-se em frente ao contra a cintura, debaixo do
espelho com as mãos ao lado do Com as mãos incline-se e avalie ombro direito
corpo. Compare a simetria dos acima da coloque o braço
cabeça: avalie a novamente a
seios. Procure diferenças na
simetria e simetria, a direcção direito ao longo
forma e na cor. Procure caroços, dos mamilos e a da cabeça.
saliências, mudanças na textura mudanças na
textura da pele. aparência geral
e cor da pele e secreções no
mamilo.
Use três níveis de
pressão: leve,
Com a mão médio e firme.
esquerda Examine todo o
examine os seio usando
seios. Repita o faixas verticais
Em pé: use as almofadas dos imaginárias.
exame
três dedos médios. Coloque o
invertendo a
braço direito atrás da cabeça e
posição dos
com a mão esquerda apalpe os
braços.
seios.
Além do auto-exame mensal, as mulheres a partir dos 35 anos devem recorrer ao exame
de um especialistas, que deverá solicitar uma mamografia. A partir dessa idade, a
mamografia deve ser repetida em intervalos de 1 a 3 anos, conforme indicação clínica
A partir dos 40 anos, está indicada a realização de uma mamografia uma vez por ano,
mas o exame poderá ser realizado antes ou com intervalos mais curtos se houver
indicação clínica.
Glossário de Senologia
NOTA
A
Abcesso mamário - Bolsa de pús criada pelo organismo à volta das bactérias
causadoras da infecção, numa tentativa de isolar o processo. V. pág. Inflamação.
Arpão - Muito fino estilete metálico que é colocado, por mamografia, junto a lesões
impalpáveis da mama, no sentido de orientar o cirurgião na localização e excisão
dessas lesões.
B
Benigno - Não canceroso. Não invade os tecidos à volta nem se espalha para outras
partes do corpo.
Biopsia - Exame morfológico de células, que pode ser efectuado por agulha fina
(FNAC), por agulha de biopsia (Tru-cut) ou por técnica cirúrgica. Pode ser guiada por
palpação directa, por ecografia ou por mamografia (Estereotaxia). Pode ainda ser
excisional, quando se retira o todo do nódulo para análise, ou incisional quando se
colhe cirurgicamente parte do nódulo para análise.
BRCA 1 e 2 - Principais genes que quando presentes indicam uma susceptibilidade
aumentada (e hereditária) ao aparecimento de cancro da mama
C
Ca 15.3 - Antigénio, aumentado principalmente nalguns casos de cancro da mama.
Doseamento em amostra de sangue.
Carcinoma - A forma mais comum de cancro da mama, tendo como ponto de partida
as células epiteliais dos ductos mamários. Dentro dos seus subtipos, o carcinoma
ductal invasivo é o mais comum.
Carcinoma in situ - Tipo de cancro da mama que corresponde à fase inicial. Nem
sempre corresponde a formas de melhor prognóstico.
Carcinoma invasivo - Tipo de tumor maligno, que ultrapassou a membrana basal dos
ductos mamários e invadiu os tecidos circundantes, os vasos linfáticos ou os vasos
sanguíneos. O ductal é o cancro mais comum da mama.
Carcinoma lobular - Tipo histológico de tumor maligno. Pode ser in situ ou invasivo.
Tem tendência acrescida (20%) para a bilateralidade. Pode ser de difícil visualização
em mamografia.
Carcinoma medular - Tipo histológico de tumor maligno que tem como característica
principal o facto de ser relativamente bem limitado. Corresponde a cerca de 5% do
total dos cancros da mama. Tem melhor prognóstico que os outros tipos de
carcinoma invasivo.
Corrimento mamilar - Saída de líquido pelo mamilo, fora da amamentação. Pode ter
diversas causas (V. pág. corrimento).
Cromossomas - Estruturas localizadas nos núcleos das células e que contêm genes.
D
Doença de Mondor - Obstrução de veias da pele da mama e da parede torácica, que
se caracteriza por aparecimento de um sulco na mama, por vezes avermelhado,
coincidente com o trajecto da veia. Pode ter como causa um traumatismo.
Habitualmente é auto-limitada, não necessitando de tratamento.
Ducto - Nome dado a cada um dos canais existentes na mama, responsáveis pela
exteriorização do leite na amamentação.
E
E.P.O. - "Evening Primrose Oil". V. Óleo de Onagra
Ectasia ductal - Dilatação dos ductos da mama, originada por retenção de líquido
produzido pelos mesmos, na sequência da involução mamária. Origina, portanto,
corrimento mamilar. V. pág. Corrimento.
Elefantíase - V. Linfedema.
Expansor mamário - Prótese insuflável com soro fisiológico, que pode ser colocada na
sequência de mastectomia, de modo a distender a pele preparando-a assim para a
futura colocação da prótese definitiva. V. Reconstrução mamária.
F
FAC - Tratamento de Quimioterapia, constiuído pela associação de 5-Fluoracilo,
Adriamicina e Ciclofosfamida, drogas citostáticas.
FNAC - Fine Needle Aspirative Citology. Citologia aspirativa com agulha fina. Como o
próprio nome indica é realizada a punção da lesão mamária com uma agulha fina, no
sentido de se obter células da lesão para análise. Permite obter resultados bastante
satisfatórios em relação à identificação de lesões malignas ou benignas. É
praticamente indolor, pelo que é efectuada sem anestesia. Pode ser efectuada sob
orientação ecográfica, no caso da lesão não ser palpável.
G
Galactografia - Técnica especial de mamografia que avalia o interior dos ductos
mamários após introdução de contraste radiográfico pelo ducto por onde existe
emissão de corrimento. Não tem indicação em todos os corrimentos (V. pág.
corrimento).
Galactorragia - Saída de sangue pelo mamilo. Pode ter diversas causas (V. pág.
corrimento avermelhado/acastanhado).
H
Hiperplasia epitelial - Em termos mamários corresponde ao aumento do número de
camadas de células epiteliais nos ductos. Tem vários graus desde a moderada até à
atípica, verdadeira precursora do cancro mamário. Não existe forçosamente uma
progressão entre os diversos graus.
I
In situ - Diz-se do tumor maligno que está confinado a um determinado espaço, não
tendo invadido ainda os tecidos vizinhos, os vasos linfáticos ou os vasos sanguíneos.
Como tal raramente metastiza para outros orgãos, tendo, por isso, melhor
prognóstico. Pode ser de vários subtipos. V. Carcinoma in situ.
K
L
Linfedema - Tumefacção dum membro como consequência do bloqueio da drenagem
linfática. No caso do linfedema pós-mastectomia, pode acontecer na sequência de
esvaziamento axilar ou de radioterapia axilar. Devem ser tomadas medidas de
prevenção após qualquer um destes procedimentos terapêuticos. Melhora com
fisioterapia do membro afectado. À luz dos conhecimentos cirúrgicos de agora, trata-
se de uma complicação rara.
M
Macrocalcificações - São detectadas por mamografia e têm dimensões superiores a 1
mm. A esmagadora maioria corresponde a patologia benigna, não havendo
necessidade de mais estudos.
Mama - Termo médico para Seio, Peito. É um caracter sexual secundário da mulher.
Constituída por pele, donde sobressai a placa aréolo-mamilar, e por tecidos adiposo,
glandular e conjuntivo, tecidos estes com maior ou menor predominância de acordo
com a idade (>idade = mais tecido adiposo-gordura). Este conjunto forma uma
glândula sudorípara modificada, cuja função última é a lactação, sendo ainda
considerada como símbolo da feminilidade com funções estéticas, eróticas e sexuais.
N
Neoplasia - Tumor. Pode ser benigna ou maligna. Habitualmente o termo é utilizado
como sinónimo de tumor maligno.
Nódulo - É o nome genérico adoptado para qualquer "tumor" palpável, seja benigno
ou maligno. Vulgo "caroço".
O
Óleo de Onagra - Óleo proveniente de uma flor da família das orquídeas, que contém
ácidos gordos essenciais em grande quantidade. A sua toma em cápsulas, melhora
substancialmente a mastalgia. V. pág. dor.
P
Papiloma - Tumor benigno. Pode ser intra-canalicular (dentro de um ducto), ou do
mamilo. O intra-canalicular pode originar corrimento e é geralmente diagnosticado
por Galactografia. Ambos devem ser excisados cirurgicamente.
Pele em casca de laranja - Alteração provocada por bloqueio dos linfáticos da mama,
criando o aspecto picotado típico da casca de laranja. Pode ser acompanhado de
vermelhidão. Pode ser originado por inflamações (V. pág. inflamação) ou por tumores
da mama.
Prótese mamária - Podem ser externas ou internas. As externas são aplicadas num
soutien próprio e destinam-se a criar o volume e o peso da mama amputada. São
construídas em silicone. As próteses internas podem ser aplicadas para correcção
após mastectomia ou para aumento do volume mamário (V. Mamoplastia de
aumento). Podem ser preenchidas por silicone ou por soro fisiológico.
Q
Quadrante mamário - Em termos de sistematização a mama é dividida em 5
quadrantes - Supero-externo, supero-interno, infero-interno, infero-externo e região
aréolo-mamilar. Estes quadrantes não correspondem a unidades funcionais distintas,
nem contêm a mesma quantidade de tecido mamário, tratando-se pois de uma
divisão física e não funcional. A maior quantidade de tecido mamário encontra-se no
quadrante supero-externo, razão pela qual existem mais doenças neste quadrante.
R
Radioterapia - Técnica de terapêutica complementar da neoplasia da mama, que
consiste na irradiação das áreas afectadas com radiações ionizantes, habitualmente
com Cobalto. Faz parte integrante da terapêutica baseada em Cirurgia
Conservadora..
Recidiva - V. Recorrência
Recorrência - Reaparição do tumor, uma vez tratado. Pode ser Local, Regional
(geralmente na axila) ou à Distância (metástases ósseas, hepáticas, pulmonares,
etc.). Sinónimo - Recidiva.
S
Sela turca - Ou Fossa Pituitária. Corresponde a uma porção do osso esfenoide, osso
este situado no interior da caixa craneana, fazendo parte da base do crâneo. Aqui se
aloja a glândula hipofisária (Hipófise), responsa´vel pelo comando de muitas outras
glândulas. Aqui se produz, entre outras hormonas, a prolactina, hormona responsável
pela estimulação mamária que leva à produção de leite.
T
T.A.C. - Tomografia Axial Computorizada. Utiliza Rx em doses baixas, com
reconstrução da imagem por computador. Em termos mamários tem pouca
utilização.
Tru-cut - Termo que define a biopsia efectuada com agulha grossa, de forma a se
obter um fragmento de tecido da lesão para avaliação anátomo-patológica. É
efectuada sob anestesia local, com uma agulha e "pistola" específicas. Pode ser
efectuada sob orientação ecográfica ou mamográfica, no caso da lesão não ser
palpável.
Tumor - Termo utilizado para definir qualquer nódulo palpável. Pode ser benigno ou
maligno. Habitualmente erradamente utilizado como sinónimo de maligno.
Tumor Phyllodes - Tipo de tumor raro da mama. Pode ser maligno ou benigno,
consoante as suas características celulares.
U
Ultrassonografia - Técnica de Imagem médica computorizada, que se realiza com
ultrassons. (Sinónimo.- Ecografia)
X
Xerografia - Técnica de radiografia mamária, bastante utilizada nas décadas
passadas, hoje em dia totalmente substituída pela Mamografia de baixa dosagem.
Y
Z
BIBLIOGRAFIA
For Single Women with Breast Cancer – Y-ME – National Breast Cancer
Organization.
I Still Buy Green Bananas – Living With Hope, Living With Breast Cancer - Y-ME
– National Breast Cancer Organization.
Agradecimentos:
• Dra. Bluete Passos
• Carla Moreira
• Eduardo Carqueja
• Sandra Silva