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CENTRO UNIVERSITÁRIO TOCANTINENSE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS

ESTUDO DE CASOS CLÍNICOS INTERDISCIPLINARES

CÂNCER DE MAMA

A luta contra o câncer de mama deve ser constante e intensa.

Apoie essa causa!.


Apresentado por:

Karynne Sobral
Dannyele Araujo

Nyveann Ellen
PAUTA DA APRESENTAÇÃO
Conceito
Tipos de Câncer de Mama
Estatística
Fatores
Sinais e Sintomas
Diagnóstico
Detecção Precoce
Tratamento
Mastectomia
Tipos de Mastectomia
Caso Clínico
Problemas de Enfermagem
Diagnóstico de Enfermagem
Intervenção de Enfermagem
Prótese Mamária
Tipos de Prótese Mamária
Conclusão
Conceito

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação


desordenada de células anormais da mama, que forma um
tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos
de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido,
enquanto outros crescem lentamente.

O câncer de mama também acomete homens, porém é raro,


representando apenas 1% do total de casos da doença.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece tratamento para o
câncer de mama em Unidades Hospitalares especializadas.
TIPOS DE CÂNCER DE MAMA

Carcinoma ductal in situ (DCIS). Também conhecido como carcinoma


intraductal é considerado não invasivo ou câncer de mama pré-invasivo.
Câncer de mama invasivo. O câncer de mama invasivo (ou infiltrante) é
aquele que se disseminou pelo tecido mamário adjacente.
Câncer de mama triplo negativo. O câncer de mama triplo negativo é um
tipo agressivo de câncer de mama invasivo, representa cerca de 15% dos
cânceres de mama. É um câncer difícil de ser tratado.
Câncer de Mama Inflamatório. O câncer de mama inflamatório é um tipo
raro de câncer de mama invasivo, que representa de 1 a 5% dos cânceres de
mama.
Doença de Paget. A doença de Paget começa nos ductos mamários e se
dissemina para a pele do mamilo e para a aréola. É raro, representando de 1 a
3% dos casos de câncer de mama.
ESTATÍSTICAS

Estimativa de novos casos: 66.280


(2021 - INCA)

Número de mortes: 18.295, sendo 18.068 mulheres


e 227 homens
Fatores

O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais
importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos
ocorrem após os 50 anos).
SINAIS E SINTOMAS

O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos,
por meio dos seguintes sinais e sintomas:

Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da


doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é
percebido pela própria mulher
Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja
Alterações no bico do peito (mamilo)
Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço
Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos
Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para que
seja avaliado o risco de se tratar de câncer.
DIAGNÓSTICO

Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado


para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação:
Exame clínico das mamas
Exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia,
ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação
diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que
consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita
por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena
cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a
definição do diagnóstico.
DETECÇÃO PRECOCE

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte


dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos
agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias.
Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas
a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas
mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias
mulheres.
Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de
rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas
suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois
anos.
A recomendação brasileira segue a orientação da Organização Mundial
da Saúde e de países que adotam o rastreamento mamográfico.
TRATAMENTO

Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas


últimas décadas. Há hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de
apresentação da doença e diversas terapêuticas estão disponíveis.
O tratamento varia de acordo com o estadiamento da doença, as
características biológicas do tumor e as condições da paciente (idade, se já
passou ou não pela menopausa, doenças preexistentes e preferências).
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:
- Tratamento local: cirurgia e radioterapia.
- Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia
biológica.

TRATAMENTO

Estádios I e II

A conduta habitual nas fases iniciais do câncer de mama é a cirurgia,


que pode ser conservadora (retirada apenas do tumor) ou
mastectomia (retirada da mama) parcial ou total, seguida ou não de
reconstrução mamária.
Após a cirurgia, tratamento complementar com radioterapia pode
ser indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária deve
ser sempre considerada nos casos de retirada da mama para
minimizar os danos físicos e emocionais do tratamento.
Estádio III

Pacientes com tumores maiores que 5cm, porém ainda localizados, enquadram-
se no estádio III. Nessa situação, o tratamento sistêmico (na maioria das vezes,
com quimioterapia) é a opção inicial. Após a redução do tumor promovida pela
quimioterapia, segue-se com o tratamento local (cirurgia e radioterapia).

Estádio IV

Nessa fase, em que já há metástase (o câncer se espalhou para outros órgãos) é


fundamental buscar o equilíbrio entre o controle da doença e o possível aumento da
sobrevida, levando-se em consideração os potenciais efeitos colaterais do
tratamento.
A atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser
preocupação dos profissionais de saúde ao longo de todo o processo terapêutico.
MASTECTOMIA

A mastectomia é uma forma de tratar o câncer de mama e


consiste na retirada cirúrgica de toda a mama.
A mastectomia pode ser realizada:
Quando uma mulher não pode ser tratada com
cirurgia conservadora que poupa a maior parte da
mama.
Se uma mulher preferir a mastectomia à cirurgia
conservadora da mama por motivos pessoais.
Para mulheres com alto risco de desenvolver um
segundo câncer de mama, que às vezes optam pela
mastectomia dupla (remoção de ambas as mamas).
TIPOS DE MASTECTOMIA

Mastectomia simples. Nesse procedimento, o cirurgião remove toda a


mama, incluindo o mamilo, aréola e pele.
Mastectomia poupadora da pele. Neste procedimento, a maior parte da
pele da mama é preservada. Apenas o tecido mamário, mamilo e aréola são
removidos. Muitas mulheres preferem este tipo de mastectomia porque
tem a vantagem do tecido cicatricial ser menor e a mama reconstruída
parecer mais natural.
Mastectomia poupadora do mamilo. Este procedimento é uma variação da
mastectomia poupadora de pele. É uma opção para mulheres que têm um
tumor pequeno em estágio inicial próximo à parte externa da mama, sem
sinais de doença na pele ou perto do mamilo.
TIPOS DE MASTECTOMIA

Mastectomia radical modificada. A mastectomia radical modificada


combina a mastectomia simples com a remoção dos linfonodos
axilares.
Mastectomia radical. Neste procedimento, o cirurgião remove toda a
mama, os linfonodos axilares e os músculos peitorais (parede torácica)
que se encontram atrás da glândula mamária.
Mastectomia dupla. Se a mastectomia é feita em ambas as mamas é
denominada mastectomia dupla ou bilateral. Esse procedimento é
muitas vezes considerado como uma cirurgia preventiva para
mulheres com alto risco de desenvolver câncer na outra mama, como
àquelas que têm uma mutação no gene BRCA.
CASO CLÍNICO
HISTÓRICO DE ENFERMAGEM

Paciente E.P.G.B., sexo feminino, parda, solteira, natural de Goiatins-TO, 49 anos de


idade, lavradora, ensino fundamental incompleto, nega ser tabagista e etilista e alega
ter sinusite e lombalgia, adquiriu câncer de mama devido uma doença externa. Foi
encaminhada da Secretária Municipal de Saúde para o Centro de Reabilitação de
Araguaína-TO em 2008, devido a mastectomia, alguns exames realizados pela mesma
foram a Mamografia e Raio X, sua queixa principal é a ausência da mama.
Compareceu ao CER, lúcida, orientada, comunicativa e deambulando. Tem
acompanhamento pela equipe multidisciplinar na oncologia no Hospital Municipal de
Goiatins. Faz uso de próteses mamária, e foi orientada que a cada seis meses procure o
CER para receber prótese número 07 e Soutien número 46. Paciente reside em casa
própria de tijolo, com 2 cômodos e banheiro dentro de casa, água encanada, com rede
de esgoto, possui rede elétrica e o seu meio de transporte é uma bicicleta. Não possui
nenhum tipo de benefício ou aposentadoria. Histórico familiar: Tio diabético e
portador de câncer. A paciente refere dor no lado esquerdo decorrente da falta de
mama do lado direito, relata falta de recursos para deslocar-se de casa a unidade e que o
munícipio não oferece nenhuma ajuda de custo. Apresenta PA 160x100, P84, cefaleia
intensa, náuseas e vômitos, faz uso de medicamento Menopax onde é indicado para o
tratamento da menopausa. Totalmente dependente para atividades de vida diária como
banho, alimentação, vestuário, sanitário e mobilidade e participa de atividade de lazer e
recreação.
PROBLEMAS DE ENFERMAGEM

Náuseas, Vômito, Cefaleia Intensa e Mal-estar


Dor no lado esquerdo decorrente da falta de mama do lado
direito
Mastectomia
Câncer de mama
Apresenta PA 160x100

DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

PE: Náuseas Vômito, Cefaleia Intensa e Mal-Estar

Náuseas, relacionado por câncer de mama, caracterizado por ânsia de

vômito, cefaleia e mal-estar.

PE: Dor no lado esquerdo decorrente da falta de mama do lado direito

Dor relacionado por agente biológico lesivo caracterizado por dor no lado esquerdo

decorrente da falta de mama do lado direito.


DIAGNÓSTICO DE ENFERMAGEM

PE: PA 160x100

Risco de Perfusão Tissular periférica ineficaz relacionado por conhecimento

insuficiente sobre o processo da doença, caracterizado por Hipertensão.

PE: Mastectomia

Risco de baixa autoestima relacionado por alteração da imagem corporal,

caracterizado por mastectomia.


INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

PE: Náuseas Vômito, Cefaleia Intensa e Mal-Estar

Avaliar a ocorrência de episódios de náuseas e vômitos durante ou após a quimioterapia.

Observar e registrar dados sobre o vômito quanto a cor, consistência, presença de sangue e

horários.

• Realizar balanço hídrico.

• Orientar a realização da higiene oral após episódios eméticos.

Promover o repouso adequado para facilitar o alívio da náusea e vômito.

Oferecer líquidos frios e incolores e alimentos inodoros e com poucas cores, conforme

apropriado.

Monitorar a ingestão, registrando o conteúdo nutricional e as calorias


INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

PE: Dor no lado esquerdo decorrente da falta de mama do lado direito

Indagar o paciente a relatar sobre o local, as características da dor, de modo a

incluir o início / duração, a freqüência, a qualidade, a intensidade e os fatores

precipitantes.

Oferecer alívio com medicação analgésica observando prescrição médica e

horários, avaliando o resultado.

• Observar a escala de dor e anotar a melhora efetiva após a administração da

medicação analgésica.

Observar os fatores não verbais de desconforto


INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

PE: PA 160x100

Monitorizar a pressão arterial;

Monitorar efeitos adversos a medicamentos;

Orientar sobre o estilo de vida, o padrão de alimentação, o consumo de bebidas alcoólicas e uso do

tabaco.

Salientar a praticar da atividade física regularmente: no mínimo, 30 minutos, 3x/semana. Uma

boa forma iniciar é com caminhadas. Convidar outras pessoas para acompanhá-lo e mudar o local

da atividade pode torná-la mais prazerosa;

Orientar para preferir alimentos com fonte de potássio (feijão, ervilha, vegetais verde-escuros,

banana, melão, cenoura, beterraba, tomate e laranja);


INTERVENÇÕES DE ENFERMAGEM

PE: Mastectomia

Orientar para a paciente que troca de experiência com mulheres que passaram por

situação semelhante pode ajudar no entendimento dos próprios sentimentos e a

participação em tais grupos deve ser estimulada.

Evitar tomar sol nos horários de pico;

Não carregar bolsas e sacolas pesadas;

Trocar os curativos, conforme orientação médica;

Tomar os remédios corretos para evitar infecção.


PRÓTESE MAMÁRIA

O uso de próteses
não tem como único
objetivo a melhora da estética feminina.
O uso de um sutiã com uma prótese
mamária é recomendado para manter a
postura, uma vez que evita a elevação do
ombro do lado afetado e o encurvamento
da coluna vertebral em função da
diminuição do peso ocasionado pela
retirada da mama.
PRÓTESE MAMÁRIA

Próteses de Silicone

A prótese de silicone é indicada para uso diário, e por isso deve ser
escolhida com as mesmas características da outra mama. São próteses
laváveis, entretanto não devem ser utilizadas no mar ou em piscinas. As
próteses de silicone são encontradas em lojas especializadas.
PRÓTESE MAMÁRIA

Próteses de Espuma ou de Polipropileno

São almofadas com revestimento de malha de algodão,


com recheio de grânulos de polietileno. Por ser muito
leve, o uso diário não é recomendado, pois não
previnem problemas de coluna advindos da retirada da
mama. São próteses de baixo custo e laváveis. É uma
alternativa ideal para praia ou piscina.
PRÓTESE MAMÁRIA

Próteses de Painço

As próteses de painço são


confeccionadas artesanalmente, em
um único formato. O invólucro de
lycra pode ser lavado, quando
necessário, mas é necessário retirar e
recolocar o recheio, por meio de uma
pequena abertura, na costura da
prótese. Essas próteses de baixo custo,
entretanto não podem ser molhadas.
PRÓTESE MAMÁRIA

Próteses Domésticas

A prótese doméstica é muito leve e ideal


para uso no pós-cirúrgico ou para dormir.
Elas geralmente têm um revestimento de
malha antialérgica e são preenchidas com
polipropileno. Esse tipo de prótese dispensa
o uso de sutiã.
CONCLUSÃO

Estudos nacionais e internacionais comprovam que a identificação


precoce de um câncer de mama possibilita chance de cura de até 95%.
Por isso, além da prevenção a respeito dos fatores de risco, os médicos
batem com insistência na tecla da importância do rastreamento por
meio da realização de mamografias periódicas.
Por meio da prevenção ao câncer de mama, podemos reduzir os
números de casos registrados e mortes, afinal, essa é uma doença
agressiva. Então, não negligencie os cuidados e procure adotar hábitos
saudáveis para manter esse problema longe. Esse é um tema
importante e, por isso, continue aprendendo sobre ele!
A prevenção pode salvar a sua vida.
Conheça seu corpo, faça o autoexame e
cuide da sua saúde.
Prevenir é uma das melhores formas de
lutar!

At. Dannyele, Karynne e Nyveann


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Instituto Nacional do Câncer (Brasil). Ações de enfermagem para o controle do câncer:

uma proposta de integração ensinoserviço. 3º ed. Ver. Atual. Ampl. Rio de Janeiro: INCA,

2008.

Diagnósticos de enfermagem da NANDA: definições e classificação 2009-2011. Trad.

Regina Machado Garcez. Porto Alegre : Artmed, 2010

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