Você está na página 1de 20

Curso Online:

Cuidados Paliativos
Anatomia e Fisiologia da Mama...........................................................................2

O Câncer de Mama..............................................................................................5

Patologias da Mama............................................................................................7

Procedimentos Mamográficos.............................................................................9

O exame de mamografia é uma ferramenta indispensável...............................11

Tomossíntese....................................................................................................15

Referências bibliográficas..................................................................................17

1
ANATOMIA E FISIOLOGIA DA MAMA

Eles são constituídos por três tipos de tecido: o tecido adiposo, tecidos
conectivos e glândulas mamárias, que produzem o leite que é conduzido
através de ductos aos mamilos. As glândulas mamárias se distribuem por todo
o seio, ainda que dois terços do tecido glandular se encontrem nos 30 mm mais
próximos da base do mamilo. O resto das mamas é composto por tecido
conjuntivo (colágeno e elastina), tecido adiposo (gordura) e
uma aponeurose chamada ligamento de Cooper. A proporção de glândula e
tecido adiposo parte de 1:1 em mulheres não-lactantes, até 2:1 em mulheres
lactantes. Os homens também possuem glândulas mamárias e mamilos, mas
não há produção de leite devido à falta do hormônio feminino estrogênio. Tanto
nos homens como nas mulheres há uma grande concentração
de nervos e vasos sanguíneos nos mamilos que são, por essa razão,
altamente erógenos.

É comumente aceito por biólogos que o real objetivo evolucionário das


mulheres terem seios é atrair os machos da espécie, sendo os seios uma das
principais características sexuais secundárias. Alguns biólogos acreditam que o
formato dos seios femininos evoluíram como uma espécie de complemento
estético na parte da frente às formas das nádegas; outros acreditam que os
seios evoluíram de uma forma a prevenir que os bebês não se sufoquem
enquanto mamam (uma vez que bebês não possuem
uma mandíbula protuberante como outros primatas, o nariz poderia ser
bloqueado por um peito feminino liso na hora da amamentação). De acordo
com esta teoria, quando a mandíbula dos hominídeos ficou menor, os seios
aumentaram de tamanho para compensar esta diminuição.

As mamas variam em tamanho e forma. Sua aparência externa não prevê sua
anatomia interna ou seu potencial de lactância. A forma da mama é largamente
dependente do seu suporte, que provêm principalmente dos ligamentos de
Cooper e do tecido torácico subjacente sobre o qual ela descansa. Cada mama
adere em sua base à parede torácica por uma fáscia profunda, que cobre o
músculo peitoral. A parte superior do tórax recebe algum apoio da pele que as
reveste. Esta combinação de apoio anatômico é o que determina a forma dos
seios. Em um pequeno grupo de mulheres, os ductos frontais são visíveis por
não se misturarem com o tecido que as rodeia.

2
Diagrama esquemático de um seio (seção de uma mulher adulta humana) -
Legenda:

1. Caixa torácica;

2. Músculo peitoral;

3. Lóbulos;

4. Mamilo;

5. Aréola;

6. Ductos;

7. Tecido adiposo;

8. Pele

Imagem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Mama.

3
As mamas são colocadas sobre o músculo peitoral maior e, geralmente,
prolongam verticalmente a partir do nível da segunda costela, até a sexta ou
sétima. No sentido horizontal, estende-se desde a borda do osso esterno a
uma linha média, imaginária, na axila. Na extremidade distante do tórax, no
terceiro espaço intercostal, a pele é especializada para formar o mamilo e
aréola.

Cada mama limita-se em sua face posterior com a aponeurose (ou fáscia)
do músculo peitoral e contém abundante tecido adiposo onde não há tecido
glandular. A gordura e o tecido conjuntivo, juntamente com os ligamentos de
Cooper (que liga a glândula para a pele) constituem um verdadeiro ligamento
que dão forma e as sustentam, permitindo o deslizamento normal do seio sobre
a musculatura subjacente.

A mama também contém vasos sanguíneos, venosos e linfáticos, assim como


elementos nervosos. Não há nada dentro do peito que se assemelha uma
cápsula contínua que envolve o seio. Na verdade, é muito comum que exista
um tecido chamado aberrante ou ectópica (literalmente "off-site"), em zonas
muito afastadas da mama.

O quadrante superior lateral (o mais afastado do esterno) estende


diagonalmente na direção da axila e é conhecido como a cauda de Spence.
Uma fina camada de tecido mamário se estende desde acima da clavícula, até
a sétima ou oitava costelas por abaixo e desde da linha média para a borda
do músculo grande dorsal. Não é incomum encontrar o tecido mamário no oco
da axila ou sob a pele, na parte da frente do abdômen.

A circulação sanguínea arterial da mama provém da artéria torácica


interna (anteriormente conhecida como "artéria mamária interna"), que surge
da artéria subclávia, a artéria torácica lateral, a artéria toracoacromial (ambos
originários da artéria axilar) e das artérias intercostais posteriores. A
drenagem venosa dos seios é realizada principalmente pela veia axilar, mas
também pode envolver a veia torácica interna e as veias intercostais. Tanto os
homens como as mulheres têm uma alta concentração de vasos
sanguíneos e nervos nos mamilos.

Em ambos os sexos os mamilos têm capacidade eréctil em resposta a


estímulos sexuais, e ao frio. A inervação das mamas, é dada por estímulos de
ramos frontais e laterais dos quatro a seis ramos intercostais, provenientes
dos nervos espinhais. O mamilo é inervado pela distribuição dermatômica
do nervo torácico T4.

4
O CÂNCER DE MAMA

O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo,


geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência
branda, globosos e bem definidos. Outros sinais de câncer de mama são:

 edema cutâneo (na pele), semelhante à casca de laranja;


 retração cutânea;
 dor;
 inversão do mamilo;
 hiperemia;
 descamação ou ulceração do mamilo;
 secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea.

A postura atenta das mulheres em relação à saúde das mamas, que significa
conhecer o que é normal em seu corpo e quais as alterações consideradas
suspeitas de câncer de mama, é fundamental para a detecção precoce dessa
doença.

Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de


diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros
crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a
característica próprias de cada tumor. O câncer de mama também acomete
homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da
doença.

Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a
adoção de hábitos saudáveis como:

Praticar atividade física;

Alimentar-se de forma saudável;

5
Manter o peso corporal adequado;

Evitar o consumo de bebidas alcoólicas;

Amamentar

Evitar uso de hormônios sintéticos, como anticoncepcionais e terapias de


reposição hormonal.

O câncer de mama pode ser percebido em fases iniciais, na maioria dos casos,
por meio dos seguintes sinais e sintomas:

Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da


doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é
percebido pela própria mulher

Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja

Alterações no bico do peito (mamilo)

Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço

Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos

Esses sinais e sintomas devem sempre ser investigados por um médico para
que seja avaliado o risco de se tratar de câncer.

É importante que as mulheres observem suas mamas sempre que se sentirem


confortáveis para tal (seja no banho, no momento da troca de roupa ou em
outra situação do cotidiano), sem técnica específica, valorizando a descoberta
casual de pequenas alterações mamárias.

O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos
casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e
com taxas de sucesso satisfatórias.

Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a


conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas.
A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres.

6
PATOLOGIAS DA MAMA

É o principal sintoma das alterações funcionais benignas das mamas,


caracterizadas além da dor, pelo espessamento e nodularidade do tecido
mamário. Quase sempre existe aumento de intensidade do quadro nos dias
pré-menstruais. Ocorre em 60 a 70% das mulheres.
Sua origem está relacionada ao estímulo repetido do hormônio estrogênio
produzido nos ovários, em mulheres que não engravidaram ou engravidaram
até três vezes e amamentaram por curtos períodos. Por isso é tão comum na
mulher moderna.
A dor mamária não está associada ao câncer e também não aumenta a chance
de seu aparecimento no futuro. Na maioria das vezes, a dor é leve e bem
suportável.

Cistos

São nódulos intramamários, contendo líquido no seu interior. Geralmente são


múltiplos e bilaterais, podendo ser palpáveis ou não. Não apresentam sintomas
e são descobertos pelo toque manual, por ultrassonografia ou mamografia.

Pelo exame de ultrassom, os cistos podem ser classificados em:

Simples – Não palpáveis, merecem somente acompanhamento, mas podem


aumentar o risco de câncer de mama no futuro.

Complexos (com septos ou lesões vegetantes internas) – Palpáveis, devem


ser tratados por punção esvaziadora. Alguns deles estão associados às lesões
pré-cancerosas ou cancerosas. Por isso, todos devem ser retirados
cirurgicamente.

Fluxo papilar

Fluxo ou derrame papilar é a saída de líquido pelos mamilos, não relacionada


com lactação. Tem significado quando o líquido sair sozinho, espontaneamente
sem expressão manual, manchando o sutiã.

Está mais associado ao câncer ou a lesões pré-cancerosas, quando sair por


um ducto só e apresentar-se sanguinolento ou como água mineral. Nestes

7
casos, devem ser feitos exames de imagem das mamas (ultrassonografia,
mamografia ou ressonância magnética) e impõe-se biópsia cirúrgica.

Quando o derrame ocorrer só mediante expressão manual e, principalmente,


for bilateral, não há motivo de preocupação. Geralmente acontece em
alterações benignas e tem a cor amarelada.

Quadro clinico e diagnóstico:

Exame clínico minucioso com inspeção e palpação das mamas, axilas e linha
mamária embrionária;

Punção/aspiração com agulha fina: serve para esvaziamento de cisto e


pesquisa do material para cultura e citologia;

Ultra-sonografia: excelente recurso para avaliação de cistos e nódulos sólidos;

Mamografia nas adolescentes: não é rotineiramente indicada, visto que o


parênquima mamário em desenvolvimento, ainda com pouco componente de
tecido gorduroso, compõe-se normalmente de tecido denso fibroglandular,
além do baixo risco para doença maligna.

A dor mamária pode ser causada por terapia à base de estrogênio, trauma,
hipertrofia, infecção e afecção funcional benigna das mamas (AFBM).
Contraceptivos hormonais, principalmente os de dose alta, têm sido
relacionados com a mastalgia, devendo-se nesses casos tentar o uso de baixa
dosagem ou outro método anticoncepcional não-hormonal. Dores mamárias
não-específicas têm sido tratadas com vitamina E, porém ainda não se
demonstrou a eficácia real dessa terapia. Pacientes com mastalgia devido à
AFBM têm-se beneficiado quando evitam consumir cafeína e derivados de
leite. No tratamento, o uso de sutia mais elevado (sustentando melhor as
mamas), analgésicos e antiinflamatórios não-hormonais (AINHs) são
atualmente a melhor opção.

A presença de cisto pode ser detectada pela ultra-sonografia. O tratamento é


realizado através de punção com estudo citológico.

8
PROCEDIMENTOS MAMOGRÁFICOS

A mamografia ou mastografia é um exame de rastreio por imagem, que tem


como finalidade estudar o tecido mamário. Esse tipo de exame pode detectar
um nódulo, mesmo que este ainda não seja palpável.

Para tanto é utilizado um equipamento que utiliza uma fonte de raios-x, para
obtenção de imagens radiográficas do tecido mamário.

Imagem: Wikipédia, a enciclopédia livre.Mamografia.

Esta imagem apresenta Mamografia com lesões suspeitas grau IV.

9
Os exames de ressonância magnética (RM) podem ser apropriados para
mulheres de alto risco. Elas ainda podem precisar iniciar mamografias com a
idade de 25 anos.

Um médico pode avaliar melhor o risco de câncer de mama se souber:

 da história familiar detalhada de uma mulher;


 informações sobre sua saúde e estilo de vida;
 resultados de exames de sangue para o gene associado a alguns
cânceres de mama

Normalmente, um médico encaminhará a mulher para a melhor clínica


disponível. Mas ler as avaliações on-line com antecedência também pode ser
útil para escolher o melhor lugar.

Algumas coisas a considerar antes de marcar uma consulta incluem:

 duração do procedimento;
 se almofadas são oferecidas para reduzir o desconforto;
 prazo de entrega dos resultados;
 taxa de falsos positivos.

Na TPM e durante o período menstrual, os seios geralmente estão mais


sensíveis. Programe a mamografia para duas semanas antes ou uma semana
após a menstruação.

Outros fatores que também podem aumentar a dor durante uma


mamografia, incluem:

 amamentação;
 lesão recente na mama;
 infecção da mama.

Uma mamografia comprime o peito entre duas placas para obter uma imagem
clara e consistente. Algumas mulheres relatam dor ou desconforto durante o
procedimento.

10
O EXAME DE MAMOGRAFIA É UMA FERRAMENTA INDISPENSÁVEL

Ressonância magnética de mamas: esse é um método que se consolidou


como uma ferramenta indispensável para diagnosticar e tratar o tumor cedo.
Sua principal característica é a altíssima sensibilidade na detecção de
pequenos focos do tumor.

A mamografia é uma espécie de raios X das mamas. É um exame simples,


mas muito importante para ajudar no diagnóstico precoce do câncer de mama,
o segundo tipo de câncer mais comum em mulheres no Brasil e no mundo,
ficando apenas atrás do câncer de pele não melanoma.

A recomendação do Ministério da Saúde é que mulheres entre 50 e 69 anos


façam o exame de mamografia a cada dois anos.

Antes da realização do exame, recomenda-se que a mulher lave bem as axilas


e não utilize produtos como desodorante e talco na região para não interferir na
captura da imagem.

O exame de mamografia é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de


Saúde (SUS) mediante prescrição.

O câncer de mama é o tipo mais frequente de câncer em mulheres a partir dos


55 anos de idade, mas, também pode acometer mulheres jovens. O
rastreamento mamográfico consiste em realizar mamografia anual em
mulheres com 40 anos ou mais.

A partir dos 70 anos, a frequência dependerá do critério médico. Para mulheres


com risco aumentado, a mamografia deve ser anual a partir dos 35 anos de
idade. No Brasil mulheres a partir dos 40 anos de idade, têm amparo na Lei
11664/08 para solicitar que seja feita mamografia de rastreamento, apesar da
falta de recomendação formal pelo Ministério da Saúde.

11
A mamografia é um exame muito rápido, pode provocar em algumas mulheres,
dependendo da sensibilidade individual, dor que é tolerável, e o desconforto
provocado pelo exame é breve. O que pode ajudar:

Agende seus exames quando suas mamas estiverem menos sensíveis, ou


seja, não marque a mamografia antes da menstruação.

Tome um analgésico antes do exame para aliviar a dor.

Deixe que a técnica em mamografia saiba que você pode estar sensível. Ela
poderá assim ser capaz de tornar o exame menos doloroso e incômodo.

Uma mamografia dura entre 15 a 30 minutos, e é parte de seus exames


de rotina anuais.

A mamografia pode não ser tão eficaz na detecção de nódulos ou lesões


cancerosas em mamas densas, mas também não é inútil. Se sua mamografia
não está clara em função das mamas densas, poderá ser feito um segundo
exame de imagem, por exemplo, ultrassom ou ressonância magnética.

A compressão da mama é necessária para que o tecido da glândula


mamária seja adequadamente espalhado e eventuais nódulos e
microcalcificações revelem-se e o exame seja efetivo.

A mamografia pode ser de rastreamento, realizada para detectar precocemente


qualquer lesão mamária, antes mesmo que a paciente ou o médico possam
notá-las, ou pode ser de diagnóstico, usada para determinar qualquer alteração
em relação a exames de rotina ou de rastreamento anteriores. Quando é
apenas um exame de rastreamento são obtidas imagens de cada mama em
dois ângulos diferentes, já quando é uma mamografia diagnóstica ela pode
incluir a obtenção de imagens adicionais ou ainda vir acompanhada de outros
exames complementares.

Com o avanço da tecnologia surgiu a mamografia digital (computadorizada).


Esse exame se assemelha ao convencional por usar raios-X na produção das
imagens, porém o sistema converte a imagem numa foto digital que pode ser
vista no monitor do computador. Com essa tecnologia nova, os exames
tornaram-se mais rápidos e beneficiam tanto as pacientes, quanto os
radiologistas que têm a possibilidade de manusear a imagem no computador.

12
Na mamografia bilateral são geralmente realizadas duas incidências em cada
mama. Poderão ser realizadas incidências adicionais, em função da avaliação
do Médico Radiologista. A mamografia pode também ser realizada apenas
numa das mamas (mamografia unilateral), por exemplo, em doentes
mastectomizadas ou quando se trata de incidência adicional a estudo inicial
bilateral.

Embora a mamografia seja realizada na sua maioria a mulheres pode também


ser realizada em indivíduos do sexo masculino. A mamografia masculina deve
ser realizada sempre que o médico assistente detectar alguma alteração
suspeita na avaliação clínica, por exemplo, um nódulo palpável.

A mamografia utiliza radiação de baixa dose e é o único exame validado para


rastreio do cancro da mama na população geral. Em rastreio, o objetivo é
diagnosticar tumores sub-clínicos, isto é, tumores não palpáveis e que não
apresentem outros sinais ou sintomas.

Imagem: saudebemestar.pt

13
A mamografia digital é um exame à mama que possibilita um processamento
mais simples e rápido das imagens, de forma semelhante às câmaras de
fotografia digitais. O Médico Radiologista tem a possibilidade de trabalhar a
imagem digital, nomeadamente realizar ampliações e modificar as suas
características, como o brilho e o contraste. No entanto, em termos de
diagnóstico médico é relativamente sobreponível à mamografia convencional.

Imagem: saudebemestar.pt

A tomossíntese mamária, também designada por mamografia 3D, é um


desenvolvimento tecnológico da mamografia digital e consiste na aquisição de
imagens em diferentes angulações para a formação da imagem tridimensional
final. Trata-se de uma técnica ainda em estudo, que aparentemente aumentará
a sensibilidade diagnóstica. A necessidade de realização deste tipo de estudo é
definida pelo Médico Radiologista, por exemplo na suspeita de massa
espiculada ou distorção arquitetural, teoricamente mais facilmente identificadas
na mamografia 3D.

14
TOMOSSÍNTESE

A tomossíntese é um procedimento avançado da mamografia digital que


possibilita uma avaliação tridimensional das mamas das mulheres. Com um
equipamento similar ao da mamografia, o aparelho consegue obter imagens
finas da mama, com curta duração do exame, para comodidade da paciente.

O procedimento funciona de maneira muito simples. Com um aparelho


parecido com o mamógrafo digital, a tomossíntese tem o diferencial de
deslocamento do braço que possui a ampola dos raios-x. A tomossíntese traz
muitas vantagens aos pacientes, como o fato de reconstruir as imagens da
mama com espessura que corresponde a um milímetro, o que quer dizer que o
médico consegue uma melhor detecção da área analisada.

A mamografia e a ecografia mamária são classificadas em 6 graus, segundo o


sistema definido pelo ACR (American College of Radiology) Breast Imaging
Reporting and Data System (BI-RADS).

BI-RADS 0 significa que a examinada deverá realizar exames adicionais,


nomeadamente estudo comparativo com estudo prévio, porque não o levou por
ocasião da realização da mamografia ou ecografia complementar ou
incidências de mamografia suplementares porque o Médico Radiologista
identificou alterações na mamografia.

BI-RADS 1 significa que o estudo da mama é normal.

BI-RADS 2 significa achados benignos, não suspeitos.

BI-RADS 3 significa achados provavelmente benignos mas justificam


reavaliação imagiológica a médio prazo, por exemplo se se tratar de alterações
“de novo”.

BI-RADS 4 e 5 significam grau de suspeição e indicam necessidade de


avaliação complementar por biópsia Veja mais informação em biópsia
mamária.

BI-RADS 6 significa que já existe diagnóstico confirmado de cancro da mama.

15
Para aumentar a segurança do diagnóstico do câncer de mama, os exames de
radiologia tem se aperfeiçoado, usando a mamografia e tomossíntese mamária.

Conhecida também por mamografia 3D, onde se apresenta como uma forma
mais moderna e eficaz para rastreamento de nódulos ou tumores.

A mamografia preventiva, indicada pela Sociedade Brasileira de Mastologia a


partir dos 40 anos, tem papel fundamental para o diagnóstico ainda na fase
inicial da doença.

A chegada do mamógrafo digital, em 1999, foi um avanço importante e


significou maior segurança na detecção de doenças nesta parte do corpo.

O mamógrafo digital possui duas formas de transmissão: direta e indireta.

Na primeira, o detector do sistema radiográfico transfere a imagem


imediatamente para um monitor.

No procedimento indireto, porém, uma substância no aparelho de exame


preserva as informações radiográficas e direciona os resultados para uma
máquina que transforma os dados em imagens digitais que serão transmitidas
para centrais de telemedicina.

A tecnologia é uma grande aliada no rastreio de doenças na mama.

A tomossíntese tem se destacado desde que surgiu como um método mais


tecnológico e moderno. Isso ocorre porque o equipamento possui uma
sensibilidade mais elevada para o câncer de mama.

O procedimento apresenta, ainda, uma definição mais clara do nível das


lesões, até mesmo as mais sutis. Duas questões também foram observadas:
maior taxa de descoberta de câncer e redução no número de falsos positivos.

Com essas características, se torna mais fácil distinguir os casos suspeitos de


situações normais da estrutura mamária.

O exame 3D é indicado para rastrear qualquer tipo de lesão na mama. Assim


como a mamografia 2D, tanto mulheres que apresentam risco para a doença
quanto aquelas que não possuem sintomas podem realizar o processo.

16
Referências Bibliográficas

Wikipédia, a enciclopédia livre.Mama.

Disponível em:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Mama

Ministério da Saúde. Câncer de mama: sintomas, tratamentos, causas e


prevenção.

Disponível em:

https://saude.gov.br/saude-de-a-z/cancer-de-mama

Inca. Câncer de mama.

Disponível em:

https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama

Hospital Sírio Libanês. Alterações Benignas das Mamas.

Disponível em:

https://www.hospitalsiriolibanes.org.br/hospital/especialidades/nucleo-
mastologia/Paginas/alteracoes-benignas.aspx

Josele Rodrigues Freitas. Revista Adolescência & Saúde. Patologias mamárias


na adolescência.

Disponível em:

http://www.adolescenciaesaude.com/detalhe_artigo.asp?id=108

Wikipédia, a enciclopédia livre.Mamografia.

Disponível em:

17
https://pt.wikipedia.org/wiki/Mamografia

Eigier. Diagnósticos.Qual o preparo para fazer mamografia? Entenda os 8


passos do procedimento.

Disponível em:

https://eigierdiagnosticos.com.br/blog/exames/qual-preparo-para-fazer-
mamografia/

Em Familia. CÂNCER DE MAMA: COMO A TECNOLOGIA AJUDA NO


DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO.

Disponível em:

https://www.casaderepousoemfamilia.com.br/cuidado-com-idosos/cancer-de-
mama-como-tecnologia-ajuda-no-diagnostico-e-tratamento/

Maiara Ribeiro. Repórter.Dr.Drauzio. Mamografia.

Disponível em:

https://drauziovarella.uol.com.br/ambulatorio/exames/mamografia/

Equipe Oncoguia. Mitos e Verdades sobre a Mamografia.

Disponível em:

http://www.oncoguia.org.br/conteudo/mitos-e-verdades-sobre-a-
mamografia/4354/28/

Américas Amigas. O que é Mamografia?

Disponível em:

https://www.americasamigas.org.br/o-que-e-mamografia

Saúde. Bem estar.

18
Disponível em:

https://www.saudebemestar.pt/pt/exame/imagiologia/mamografia/

Clínica da Mama. TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A TOMOSSÍNTESE.

Disponível em:

https://clinicadamama.com.br/tire-suas-duvidas-sobre-
tomossintese/#:~:text=A%20tomoss%C3%ADntese%20%C3%A9%20um%20pr
ocedimento,exame%2C%20para%20comodidade%20da%20paciente.

Dr. José Aldair Morsch.Cardiologista. DIFERENÇA ENTRE MAMOGRAFIA E


TOMOSSÍNTESE.

Disponível em:

https://telemedicinamorsch.com.br/blog/diferenca-entre-mamografia-e-
tomossintese

19

Você também pode gostar