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Mamografia

Profº Jones S. de Cerqueira


HISTORIA DA MAMOGRAFIA
HISTÓRIA DA MAMOGRAFIA
Dezoito anos após a descoberta dos raios-X
(1.895)iniciou-se as técnicas mamográficas.
 Em 1913, Albert Salomon, um
cirurgião da Surgical Clinic of
Berlin University, foi a primeira
pessoa a descrever a utilidade
da radiografia no estudo do
câncer de mama, através de
radiografia feitas em peças
cirúrgicas. Ele conseguiu
demonstrar a invasão do
tumor nos linfonodos axilares,
diferenciar o carcinoma
altamente infiltrante do
carcinoma circunscrito.
 Em 1930 - Foi feita a primeira mamografia na
incidência médio-lateral in vivo, por Stafford Warren,
em Nova York;
• Em 1950 – Raul Leborgne, no uruguaio descobre a
importância de um bom posicionamento e a necessidade
da compressão para imobilizar e diminuir a espessura da
mama, promovendo a melhoria de qualidade da imagem.
Foi a primeira pessoa a associar microcalcificações com
câncer de mama
• Para conseguir a
compressão, ele usou
um longo cone com
uma superfície plana
em sua extremidade
distal.
Posteriormente, ele
usou uma técnica de
baixo KV (20-30 KV).
· 1960 - Robert Egan, descobre
que baixo kV e o alto mA/s
aumentam a resolução da imagem.
Publicou em 1962, 53 casos de
carcinoma oculto detectado em
2000 mamografias e criou um
treinamento com intuito de formar
médicos e técnicos especializados
em mamografia.
• Em 1965 – Charles Gross, na França, desenvolveu um
protótipo, primeira unidade destinada à mamografia,
era um tripé com uma câmera especial.
• Em 1967 – Uma equipe da GE
juntamente com Charles Gros,
lançou o Senógrafo, primeira
unidade destinada
exclusivamente à mamografia
comercialmente disponível.
Por meio da implementação
de um filtro de molibdênio (Z=42),
um componente metálico
resistente, essa máquina,
produziu imagens de melhor
qualidade do que as mamografias
improvisadas, obtidas por
equipamentos de radiografias
convencionais da época.
· 1971 – Gallager e Martin, foram os primeiros a
reconhecer que uma neodensidade na mamografia poderia
ser um sinal precoce da existência de tumor.

· 1977 – Nördestron do Instituto Karolinskas de Estocolmo,


Suécia desenvolveu o primeiro sistema de estereotaxia.

· 1980 – A GE desenvolve os primeiros equipamentos


motorizados para compressão. Infelizmente a compressão
é desconfortável, mas é necessária para reduzir a
espessura do tecido mamário. Este projeto reduziu
significativamente o tempo de exposição e aumentou a
resolução utilizando um filme mais avançado.
· 1980 – Kopans reporta a sua experiência com o
agulhamento, utilizando arpão, e Homer introduziu o fio
maleável em forma de J.

· 1989 – Azavedo e Svane (Suécia) publicam os primeiros


casos, utilizando a punção por agulha fina orientada pela
estereotaxia.

· 1992 – A GE lançou em seus equipamentos um filtro de


ródio, um elemento usado no tubo de raios-X que
permite melhor penetração no tecido mamário, com
menos exposição. A tecnologia do ródio é especialmente
útil em mamas densas.
Em 1996 –É lançado o primeiro sistema de biópsia a
vácuo Mamotomia, desenvolvido por Parker e
associados, permitindo excelentes resultados na
obtenção de amostras de tecidos para estudo
histopatológico.
HISTORIA DA MAMOGRAFIA NO BRASIL
 A História da mamografia
no Brasil está intimamente
associada ao Instituto
Brasileiro de Controle do
Câncer (IBCC), Hospital
oncológico, e aos
fundadores, Prof Dr João
Carlos Sampaio Góes e Prof
Dr João Carlos Sampaio
Góes Jr.
 Primeira técnica de
mamografia do Brasil,
Norma Pandolfi.
 Foram eles que, em 1971,
trouxeram o primeiro
mamógrafo para o brasil.
 Hoje com o avanço da tecnologia temos aparelhos
digitais que nos proporcionam melhor resolução na
imagem e auxilio no laudo.
ANATOMIA DA MAMA
As mamas são estruturas complexas constituídas
por tecido fibroso (tecido de sustentação), tecido
glandular (onde é produzido o leite), rodeado por
tecido gorduroso, além do sistema muscular (que
auxilia na sustentação e fixação), sistema endócrino (
ações hormonais para o desenvolvimento das
glândulas e mais tardiamente a produção de leite),
sistema linfático(responsável pela drenagem dos
líquidos intersticiais da estrutura) e sistema
circulatório (irrigação sanguinea para as glandulas).
A mama esta presente em ambos os sexos: nos
homens ela não apresenta desenvolvimento
glandular já nas mulheres ocorre esse
desenvolvimento devido o fator de amamentação.
LOCALIZAÇÃO
 Anterior ao tórax bilateralmente;
 Anterior ao músculo peitoral maior e menor;

 2 ª costela a 6ª costela;

 Prega Inframamária;

 Borda lateral do esterno até a axila.

Anatomicamente, a mama direita é maior


e mais baixa que a esquerda (anisomastia),
ANATOMIA EXTERNA
 Mamilo – É uma pequena projeção que contem uma coleção
de ductos provenientes das glândulas secretoras;

 Aréola – Área pigmentada que circunda o mamilo, pode


variar de tamanho e cor. A aréola possui glândulas
sudoríparas (suor), para manter a temperatura da pele,
glândulas sebáceas (sebo), para manter os mamilos
lubrificados e limpos e o folículo piloso, localizado ao redor
da aréola e forma pequenas proeminências chamadas de
glândulas de Montgomery ;

 Pele – É composta por tecido de sustentação e revestimento


que protege a glândula mamária.
ANATOMIA INTERNA
 Lobos – é o conjunto de vários lóbulos;

 Lóbulos - conjunto de vários alvéolos;

 Alvéolos – unidade funcional da mama onde encontramos


as células produtoras do leite;

 Ductos – são vasos que conectam os alvéolos de um lóbulo


até a ampola;

 Ampola ou seio lactífero – reservatório de leite;

 Ligamento de Cooper –tecido fibroso que promove a


sustentação das glândulas mamárias.
ANATOMIA INTERNA DA MAMA
 Parênquima mamário

- 15 a 25 LOBOS mamários

- 20 a 40 LÓBULOS mamários

- 10 a 100 ALVÉOLOS ( produção de leite )


( células secretoras e células mioepiteliais)
IRRIGAÇÃO:
Suprida pelas a. torácica interna (a. mamária), a.torácica
lateral e a. intercostais posteriores

 1. A. torácica interna (a. subclávia)-Ramos perfurantes


anteriores dos espaços intercostais correspondentes.

 2. A. torácica lateral (a. axilar)-Descende ao lado da v.


correspondente e do n. torácico longo (m. serratil anterior) –
supre os quadrantes laterais da mama.

 3. Ramos perfurantes laterais das aa.


intercostais posteriores (aorta).
DRENAGEM LINFÁTICA:

 É fundamental o conhecimento anatômico da


drenagem linfática da mama, pois ela é responsável
pela disseminação de doenças infecciosas e tumorais.
 Os quadrantes superomedial e ínferomedial, exceto a
aréola, são drenados por vasos linfáticos que drenam
para os linfonodos retro-esternais.

Alguns vasos do quadrante inferomedial podem atingir


linfonodos da bainha do m. reto abdominal.

Os quadrantes superolateral e inferolateral, a cauda axilar


e toda a aréola são drenados para linfonodos axilares,
deltopeitorais e paramamário .
• Para localização
do linfonodo
sentinela
podemos realizar
a linfocintigrafia
(TC 99 associado
com fitato ou
através da
Tomografia
Computadorizada.
DIVISÃO DAS MAMAS
DIVISÃO E PONTOS DE LOCALIZAÇÃO DA MAMA

 Estas terminologias auxiliam a localização de algum achado


mamográfico para realização de algum procedimento.
QSL- quadrante superior lateral;
QIL- quadrante inferior lateral;
QSM- quadrante superior medial;
QIM- quadrante inferior medial;
UQLAT- união dos quadrantes laterais;
UQSUP- união dos quadrantes superiores;
UQINF- união dos quadrantes inferiores;
UQMED – união dos quadrantes mediais;
RRA – região retroareolar;
RC- região central (união de todos os quadrantes);
PA- Prolongamento axilar
CLASSIFICAÇÃO DAS MAMAS
Mama Fibroglândular
 Faixa etária comum - 15 a 30
anos (e mulheres nulíparas acima
dos 30 anos de idade)
 Gestantes ou lactantes

 Radiograficamente denso

 Muito pouca gordura


Mama Fibroadiposa
 Faixa etária comum -
30 a 50 anos
 Mulheres jovens com
três ou mais
gestações .
 Densidade média,
radiograficamente
 50% gordura e 50%
fibroglandular
Mama Adiposa
 Faixa etária comum -
50 anos ou mais .
 Pós-menopausa

 Densidade mínima,
radiograficamente .
 Mamas de crianças e
homens
São alterações celulares que ocorrem nos
tecidos internos da mama (Ductos e glândulas).
90% de cura se detectado em estagio
inicial.
FATORES DE RISCO
Idade

O câncer de mama é mais comum em mulheres acima de


50 anos. Quanto maior a idade maior a chance de ter este
câncer. Mulheres com menos de 20 anos raramente têm
este tipo de câncer.
Exposição excessiva a hormônios

Terapia de reposição hormonal (hormônios usados para


combater os sintomas da menopausa) que contenham os
hormônios femininos estrogênio e progesterona
aumentam o risco de câncer de mama. Não tomar ou
parar de tomar estes hormônios é uma decisão que a
mulher deve tomar com o seu médico, pesando os riscos
e benefícios desta medicação.
Anticoncepcional oral (pílula) tomado por muitos anos
também pode aumentar este risco.
Retirar os ovários cirurgicamente diminui o risco de
desenvolver o câncer de mama porque diminui a
produção de estrogênio (menopausa cirúrgica).
Algumas medicações "bloqueiam" a ação do
estrogênio e são usadas em algumas mulheres
que tem um risco muito grande de desenvolver o
câncer de mama.
Usar estas medicações (como o Tamoxifen) é uma
decisão tomada junto com o médico avaliando os
risco e benefícios destas medicações.
Radiação

Faz parte do tratamento de algumas doenças irradiar a


região do tórax. Pessoas que necessitaram irradiar a
região do tórax ou das mamas têm um maior risco de
desenvolver câncer de mama.
Dieta

Ingerir bebida alcoólica em excesso está associado a um


discreto aumento de desenvolver câncer de mama. A
associação com a bebida de álcool é proporcional ao que
se ingere, ou seja, quanto mais se bebe maior o risco de
ter este câncer. Tomar menos de uma dose de bebida
alcoólica por dia ajuda a prevenir este tipo de câncer (um
cálice de vinho, uma garrafa pequena de cerveja ou uma
dose de uísque são exemplos de uma dose de bebida
alcoólica).Se beber, portanto, tomar menos que uma dose
por dia.
Seguir uma dieta saudável, rica em alimentos de
origem vegetal com frutas, verduras e legumes e pobre
em gordura animal pode diminuir o risco de ter este
tipo de câncer. Apesar dos estudos não serem
completamente conclusivos sobre este fator de
proteção, aderir a um estilo de vida saudável, que
inclui este tipo de alimentação, diminui o risco de
muitos cânceres, inclusive o câncer de mama .
Exercício físico

Exercício físico normalmente diminui a quantidade de


hormônio feminino circulante. Como este tipo de tumor
está associado a esse hormônio, fazer exercício
regularmente diminui o risco de ter câncer de mama,
principalmente em mulheres que fazem ou fizeram
exercício regular quando jovens.
História ginecológica

Não ter filhos ou engravidar pela primeira vez tarde (após


os 35 anos) é fator de risco para o câncer de mama.

Menstruar muito cedo (com 11 anos, ou antes) ou parar


de menstruar muito tarde expõe a mulher mais tempo aos
hormônios femininos e por isso aumenta o risco deste
câncer.

Amamentar, principalmente por um tempo longo, um ano


ou mais somado todos os períodos de amamentação,
pode diminuir o risco do câncer de mama
História familiar

Mulheres que tem parentes de primeiro grau, mães, irmãs


ou filhas, com câncer de mama, principalmente se elas
tiverem este câncer antes da menopausa, são grupo de
risco para desenvolver este câncer.

Apesar de raro, homens também podem ter câncer de


mama e ter um parente de primeiro grau, como o pai, com
este diagnóstico também eleva o risco familiar para o
câncer de mama.
Pessoas deste grupo de risco devem se aconselhar com o
seu médico para definir a necessidade de fazer exames
para identificar genes(BRCA2 e BRCA1) que possam
estar presentes nestas famílias.

Se detectado um maior risco genético, o médico pode


propor algumas medidas para diminuir estes riscos.

Algumas medidas podem ser bem radicais ou ter efeitos


colaterais importantes. Retirar as mamas e tomar
Tamoxifen são exemplos destas medidas.

A indicação destes procedimentos e a discussão dos prós


e contras é individual e deve ser tomada junto com um
médico muito experiente nestes casos.
SINTOMAS

O câncer de mama não apresentar


sintomas.
Á presença de dor em estagio
avançado
SINAIS
PREVENÇÃO/
DETECÇÂO

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