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GED MEDICINA LEGAL

PROFESSOR: VICTOR HUGO


MONITORA: DAIANE BATISTA
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA
MEDICINA LEGAL
MEDICINA MEDICINA
MEDICINA LEGAL
CURATIVA PREVENTIVA
MEDICINA LEGAL

DIVISÃO DA
DEFINIÇÃO SINONÍMIA
É a arte de fazer relatório
MEDICINA LEGAL
médico na justiça.
(Ambroise Paré)
• MEDICINA
LEGAL GERAL

• MEDICINA
LEGAL
ESPECIAL
MEDICINA LEGAL GERAL

DEONTOLOGIA DICEOLOGIA

ESTUDA AS NORMAS  É A PARTE QUE TRATA DOS


DIREITOS DOS PROFICIONAIS
ÉTICAS E MORAIS QUE DA MEDICINA, POR
REGULAM O EXEMPLO, HONORÁRIOS,
EXERCÍCIO DA HORÁRIOS DE TRABALHO,
REPRESENTAÇÃO E
MEDICINA LEGAL. TRATAMENTO PROTOCOLAR.
MEDICINA LEGAL ESPECIAL

ANTROPOLOGIA ANTROPOLOGIA TRAUMATOLOGIA


FORENSE FORENSE FORENSE
• IDENTIFICAÇÃO MEDICO • IDENTIFICAÇÃO JUDICIAL
LEGAL
MEDICIMA LEGAL ESPECIAL

SEXOLOGIA
INFORTUNÍSTICA TANATOLOGIA
FORENSE
MEDICINA LEGAL ESPECIAL

CRIMINOLOGIA VITIMOLOGIA PSICOLOGIA


MEDICINA LEGAL ESPECIAL

PSIQUIATRIA TOXICOLOGIA
SÍNTESE HISTÓRICA

Período Antigo: Não existiam médicos

Período Romano: reforma de Justiniano incluiu a intervenção do médico na prática forense .

Período Médio: interferência médica em matéria jurídica. As leis Sálica, Germânica e as Capitulares
de Carlos Magno (detalhes de anatomia sobre ferimentos, reparação devida conforme sede e
gravidade.

Período Canônico: (1200 – 1600) exercício prático da Medicina Legal ( Código Criminal Carolino, de
Carlos V)

Período Moderno ou Científico : 1602 c/o 1º livro de Medicina Legal,(Fortunato Fidélis.)


HISTÓRIA DA MEDICINA LEGAL NO BRASIL

HISTÓRIA DA MEDICINA LEGAL NO BRASIL

FASE ESTRANGEIRA: ATÉ 1877

FASE SOUZA LIMA: ENSINO PRÁTICO DA ML DESENVOLVEU


LABORATÓRIOS, 1º CURSO PRÁTICO DE TANATOLOGIA FORENSE

FASE NINA RODRIGUES


Importância da Medicina Legal para o Direito e para a Medicina
RELAÇÃO DA MEDICINA LEGAL COM OS RAMOS DO
DIREITO

Direito Administrativo Direito Constitucional


Direito dos Desportos Direito Internacional Privado
Direito Canônico Direito Internacional Público
Direito Civil Direito Penal
Direito Comercial Direito Processual Civil
Direito Administrativo Direito Processual Penal
Direito dos Desportos Direito do Trabalho
Direito Canônico Lei das Contravenções Penais
Direito Civil Direito Penitenciário
Direito Comercial
RELAÇÃO DA MEDICINA LEGAL COM OS RAMOS DO
DIREITO

História natural - no estudo de Antropologia, nos problemas de identificação


médico legal e no estudo da Entomologia, no processo de determinação
do tempo de morte pela fauna cadavérica.

Química, a Física, a Toxicologia, a Balística, a Dactiloscopia e a


Documentoscopia; com a Sociologia e a Economia, no estudo do
desenvolvimento e nos aspectos da natalidade.
TANATOLOGIA FORENSE
MEDICINA LEGAL
PROFESSOR VICTOR HUGO
MONITORA DAIANE BATISTA
O QUE É?

ESTUDO DA MORTE, DO MORTO


E DE SUAS REPERCUÇÕES NO
ÂMBITO JURÍDICO-SOCIAL.
MORTE

MORTE É O FIM DA MORTE...

DR. IVAN MOURA FÉ


MORTE CEREBRAL?
MORTE

Recomendamos a escolha da expressão "morte encefálica", e não "morte


cerebral", porque, entre outros, assim referem -se a Lei n° 9.434/97, que
trata dos transplantes de órgãos e tecidos e a Resolução CFM n° 1.480, e
que se reporta aos parâmetros clínicos e subsidiários para a
comprovação da morte.

(FRANÇA, 2015)
DESTINOS DO CADÁVER

INUMAÇÃO PÓS INUMAÇÃO APÓS


INUMAÇÃO SIMPLES NECRÓPSIA EMBALSAMAMENTO
DESTINOS DO CADÁVER

DESTRUIÇÃO POR
IMERÇÃO ANIMAIS CREMAÇÃO
DESTINOS DO CADÁVER

OSSÁRIOS DOAÇÃO DE CADÁVER AMPUTAÇÕES


Lei 8.501 de 30/12/1992 Peças anatômicas ou
dispõe sobre a utilização de membros amputados não
cadáver não reclamado junto às necessitam de declaração
autoridades públicas, para fins de de óbito, apenas um relatório
estudos ou pesquisas científicas. para o cemitério.
Art. 2o - O cadáver não
reclamado junto às autoridades Peças anatômicas ou
públicas, no prazo de trinta dias, membros amputados não
poderá ser destinado às escolas necessitam de declaração
de medicina, para fins de ensino de óbito, apenas um relatório
e de pesquisa de caráter para o cemitério.
científico.
TIPOS DE MORTE

MORTE NATURAL MORTE NATURAL


É a morte por
antecedentes
patológicos. É aquela
oriunda de um estado
mórbido adquirido ou
uma perturbação
congênita
TIPOS DE MORTE

MORTE NATURAL MORTE NATURAL


É a morte por antecedentes
patológicos. É aquela oriunda
de um estado mórbido
adquirido ou uma
perturbação congênita.
TIPOS DE MORTE

MORTE VIOLENTA MORTE VIOLENTA


É a morte que tem origem por
ação externa ou com nexo de
causalidade com uma
violência, na qual se incluem o
homicídio, o suicídio e o
acidente.
TIPOS DE MORTE

MORTE SUSPEITA MORTE SUSPEITA


É a morte que ocorre de
forma duvidosa e sobre a
qual não se tem evidência
de ter sido de causa
natural ou de causa
violenta.
TIPOS DE MORTE

MORTE SÚBITA MORTE SÚBITA

A de efeito imediato e
instantâneo, é a morte
repentina, imprevista.
TIPOS DE MORTE

MORTE MEDIATA MORTE IMEDIATA


A que ocorre após um
período de sobrevivência
proporcionado por
qualquer providência
tomada.
TIPOS DE MORTE

MORTE AGÔNICA OU TARDIA MORTE AGÔNICA OU TARDIA


A que contém um espaço
de tempo de dias ou
semanas entre a eclosão
da causa básica e seu
acontecimento.
TANATOGNOSE

TANATO + GNOSE
TANATOGNOSE

Fenômenos abióticos imediatos

- perda da consciência;
- perda da sensibilidade;
- abolição da motilidade e do tônus muscular;
- relaxamento muscular (midríase, abertura palpebral, do ânus, queda da
mandíbula, eliminação de esperma;
- cessação da respiração e da circulação;
- cessação da atividade encefálica.
TANATOGNOSE

Fenômenos abióticos consecutivos (mediatos)

- desidratação (perda de peso, pergaminhamento da pele,


dessecamento das mucosas, olhos);
- resfriamento do corpo;
- manchas de hipóstase (livor mortis);
- rigidez cadavérica (algor mortis);
- espasmo cadavérico.
TANATOGNOSE

Fenômenos abióticos consecutivos (mediatos)

- desidratação (perda de peso, pergaminhamento da pele,


dessecamento das mucosas, olhos);
- resfriamento do corpo;
- manchas de hipóstase (livor mortis);
- rigidez cadavérica (algor mortis);
- espasmo cadavérico.
TANATOGNOSE

Fenômenos transformativos destrutivos e conservadores


Fenômenos destrutivos
1) autólise;
2) putrefação (período cromático, período gasoso, período coliquativo ou
dissolução pútrida do cadáver e período de esqueletização;
3) maceração.
TANATOGNOSE

Fenômenos conservadores

1) Saponificação ou adipocera: concorrendo para este efeito a água


estagnada, o solo argiloso, úmido, de difícil acesso ao ar
atmosférico, caracterizando-se pela transformação do cadáver
em substância de consistência untosa, mole e quebradiça, de
tonalidade amarelo-escura, dando uma aparência de cera ou
sabão.
TANATOGNOSE

Fenômenos conservadores

2) A mumificação pode ser artificial ou natural. A mumificação por


processo natural ocorre em regiões de clima quente e seco, onde
o cadáver permanece exposto ao ar, perdendo água
rapidamente e impedindo a putrefação, sofrendo acentuado
dessecamento, ficando com a pele seca e conservando os traços
fisionômicos.
TANATOGNOSE

MUMIFICAÇÃO ARTIFICIAL
A mumificação por processo artificial é o mesmo
que embalsamamento que consiste na
aplicação de substâncias químicas (formol,
acetato sódio, glicerina, álcool, etc.), para
retardar a putrefação
TANATOGNOSE

Fenômenos conservadores

3) CALCIFICAÇÃO: petrificação ou calcificação do


corpo. Ocorre mais nos fetos mortos retidos, sendo
chamados litopédios – crianças de pedra
TANATOGNOSE

Fenômenos conservadores

4) CORIFICAÇÃO: raro e descrito em cadáveres inumados em


urnas metálicas fechadas hermeticamente, principalmente de
zinco. A pele tem cor e aspecto de couro curtido recentemente
TANATOGNOSE

Fenômenos conservadores

5) CONGELAÇÃO: - 40oC pode preservar


indefinidamente.
TANATOGNOSE

Fenômenos conservadores

5) FOSSILIZAÇÃO: O corpo mantem a forma mas não


conserva sua estrutura orgânica.

Tafonomia forense é o estudo de todas as fases por que


passa o ser humano desde a morte até a fossilização.
TANATOGNOSE

Fenômenos conservadores

6) CABEÇA REDUZIDA (aborígenes do Equador,


Colômbia e Peru): retirada dos ossos da cabeça e
colocação de pedra quente, areia, ervas.
DE QUEM É O CADÁVER?

POSSE DO CADÁVER

SOCIEDADE (ESTADO)

FAMÍLIA

INDIVÍDUO
CRONOTANATOGNOSE

DETERMINAÇÃO DO DETERMINAÇÃO DO DETERMINAÇÃO DO


TEMPO DE MORTE TEMPO DE MORTE TEMPO DE MORTE
-resfriamento do cadáver, -crioscopia do sangue, -restauração da pressão
intraocular,
-livores das hipóstases, -crescimento de pelos da
barba, -concentração pós morte de K
-rigidez cadavérica, gases no humor vítreo,
da putrefação, -conteúdo do estômago,
-fauna cadavérica,
-perda de peso, -conteúdo vesical,
-flora cadavérica,
-mancha verde abdominal, -fundo de olho (desaparece
arteríolas – vênulas - artérias – -fenômenos de
-cristais no sangue putrefeito veias), sobrevivência: movimentos
(Westenhöffer Rocha Valverde fibrilares do epitélio respiratório
(após 3º dia de morte). -líquido cefaloraquidiano. presentes até 13h após a morte.
CRONOTANATOGNOSE

DETERMINAÇÃO DO DETERMINAÇÃO DO DETERMINAÇÃO DO


TEMPO DE MORTE TEMPO DA MORTE TEMPO DA MORTE
-fenômenos de sobrevivência -fenômenos de sobrevivência Nas primeiras duas horas, o
(CONT.): (CONT.): cadáver apresenta o corpo
movimentos de flácido, quente, sem livores. A
espermatozoides presentes -a córnea tem vitalidade
rigidez da nuca e mandíbula e
até 36h após a morte; integral até 6h após a esboço dos livores ocorrem entre
morte; duas e quatro horas após a
-resposta muscular a estímulo
elétrico ou mecânico até 6h - 8% dos leucócitos mortos morte. De quatro a seis horas,
após a morte; nas 5 1as horas, 58% ocorre rigidez dos membros
-dilatação das pupilas com em 30h e 95% em 70h após superiores, da nuca e da
atropina até 4h após a morte; a morte. mandíbula e os livores são mais
acentuados.
-reação das glândulas
sudoríparas até 30h após;
CRONOTANATOGNOSE

DETERMINAÇÃO DO TEMPO DA DETERMINAÇÃO DA CAUSA DA


MORTE MORTE
Entre oito e vinte e quatro horas após A mancha verde que inicialmente
a morte, a rigidez se generaliza e são surge na fossa ilíaca direita, estende-
se por todo o corpo, entre o terceiro e
verificadas manchas de hipóstase. o quinto dias.
Entre vinte e quatro e trinta e seis
Com dois a três anos, desaparecem
horas, surgem a mancha verde as partes moles do corpo, consumidas
abdominal e a flacidez, que se pela fauna e flora
generalizam depois do segundo dia. cadavérica. A esqueletização
completa ocorre após o terceiro ano
de morte.
COMORIÊNCIA X PREMORIÊNCIA

COMORIÊNCIA PREMORIÊNCIA
Comoriência é prevista no Art. 8º Premoriência é a morte de
do Código Civil: "Se dois ou mais
indivíduos faleceram na um dos participantes do
mesma ocasião, não se podendo mesmo fato, ou não,
averiguar se algum dos instantes anteriores à dos
comorientes precedeu aos outros,
presumir-se-ão simultaneamente
demais.
mortos".
CAUSA JURÍDICA DA MORTE

• CRIME
• SUICÍDIO
• ACIDENTE
TIPOS DE NECROPSIA

• ANATOMOCLÍNICA
• SANITÁRIA
• FORENSE
EXUMAÇÃO

Constitui o desenterramento do
cadáver após inumação para
esclarecimento de um detalhe
sobre a morte ou confirmação de
uma identidade, a pedido de
reclame da Justiça.

(Art. 163 do Código de Processo


Penal)
EXUMAÇÃO

Art. 163. Em caso de


exumação para exame
cadavérico, a autoridade
providenciará para que, em
dia e hora previamente
marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará
auto circunstanciado.
EXUMAÇÃO

Parágrafo único. O administrador de


cemitério público ou particular
indicará o lugar da sepultura, sob
pena de desobediência. No caso de
recusa ou de falta de quem indique a
sepultura, ou de encontrar-se o
cadáver em lugar não destinado a
inumações, a autoridade procederá
às pesquisas necessárias, o que tudo
constará do auto.

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