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TANATOLOGIA

FORENSE

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Introdução

Tanatologia Forense é o capítulo da


Medicina Legal que estuda a morte e seus
aspectos médico-legais.
Morte é um processo gradativo em que
ocorre a cessação dos fenômenos vitais,
como as funções cerebral, circulatória e
respiratória.
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CONCEITO DE MORTE

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DESTINOS DO CADÁVER

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MORTE X TEMPO
Morte súbita: a de efeito imediato e instantâneo,
é a morte repentina, imprevista.
Morte mediata: a que ocorre após um período de
sobrevivência proporcionado por qualquer
providência tomada.
Morte agônica ou tardia: a que contém um
espaço de tempo de dias ou semanas entre a
eclosão da causa básica e seu acontecimento.

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TANATOGNOSE
Fenômenos abióticos imediatos

perda da consciência, perda da sensibilidade,


abolição da motilidade e do tônus muscular,
relaxamento muscular (midríase, abertura
palpebral, dilatação do ânus, queda da
mandíbula, presença de esperma no canal uretral
ou até mesmo extra corpóreo), cessação da
respiração e da circulação, o espasmo cadavérico
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TANATOGNOSE
Fenômenos abióticos consecutivos (mediatos)

desidratação;
resfriamento do corpo;
manchas de hipóstase;
rigidez cadavérica

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TANATOGNOSE
Fenômenos transformativos destrutivos e
conservadores
Fenômenos destrutivos
1)autólise;
2) putrefação (período de coloração – mancha
verde abdominal, período gasoso, período
coliquativo (dissolução pútrida do cadáver),
e período de esqueletização;
3) maceração,
TANATOGNOSE
Fenômenos conservadores
1) Saponificação: concorrendo para este
efeito a água estagnada, o solo argiloso,
úmido, de difícil acesso ao ar atmosférico,
caracterizando-se pela transformação do
cadáver em substância de consistência
untosa, mole e quebradiça, de tonalidade
amarelo-escura, dando uma aparência de
cera ou sabão.
TANATOGNOSE
Fenômenos conservadores

2) A mumificação pode ser artificial ou


natural. A mumificação por processo natural
ocorre em regiões de clima quente e seco, onde
o cadáver permanece exposto ao ar, perdendo
água rapidamente e impedindo a putrefação,
sofrendo acentuado dessecamento, ficando com
a pele seca e conservando os traços
fisionômicos.
MUMIFICAÇÃO ARTIFICIAL

A mumificação por processo artificial é o mesmo


que embalsamamento que consiste na aplicação
de substâncias químicas (formol, acetato sódio,
glicerina, álcool, etc.), para retardar a putrefação
POSSE DO CADÁVER

INDIVÍDUO

FAMILIA

SOCIEDADE (ESTADO)
CRONOTANATOGNOSE
Determinação do tempo de morte

resfriamento do cadáver, livores das hipóstases,


rigidez cadavérica, gazes de putrefação, perda de
peso, mancha verde abdominal, putrefação dos
cristais sanguíneos, crioscopia do sangue,
crescimento de pelos, conteúdo estomacal e fauna
cadavérica.
CRONOTANATOGNOSE
Determinação do tempo de morte

Nas primeiras duas horas, o cadáver apresenta


o corpo flácido, quente, sem livores. A rigidez da
nuca e mandíbula e esboço dos livores ocorrem
entre duas e quatro horas após a morte. De
quatro a seis horas, ocorre rigidez dos membros
superiores, da nuca e da mandíbula e os livores
são mais acentuados.
CRONOTANATOGNOSE
Determinação do tempo de morte

Entre oito e vinte e quatro horas após a morte, a


rigidez se generaliza e são verificadas manchas
de hipóstase. Entre vinte e quatro e trinta e seis
horas, surgem a mancha verde abdominal e a
flacidez, que se generalizam depois do segundo
dia.
CRONOTANATOGNOSE
Determinação do tempo de morte

A mancha verde que inicialmente surge na fossa


ilíaca direita, estende-se por todo o corpo, entre o
terceiro e o quinto dias.
Com dois a três anos, desaparecem as partes
moles do corpo, consumidas pela fauna e flora
cadavérica. A esqueletização completa ocorre
após o terceiro ano de morte.
COMORIÊNCIA e PREMORIÊNCIA

Comoriência é prevista no Art. 8º do Código


Civil: "Se dois ou mais indivíduos faleceram na
mesma ocasião, não se podendo averiguar se
algum dos comorientes precedeu aos outros,
presumir-se-ão simultaneamente mortos".
Primoriência é a morte de um dos participantes
do mesmo fato, instantes anteriores à dos
demais.
CAUSA JURÍDICA DA MORTE

CRIME

SUICÍDIO

ACIDENTE
TIPOS DE NECROPSIAS

ANÁTOMOCLÍNICA

SANITÁRIA

FORENSE
DECLARAÇAO DE ÓBITO

SECRETARIA DE SAÚDE

CARTÓRIO DE REGISTRO CIVIL

UNIDADE DE SAÚDE
DESTINOS DO CADÁVER

inumação simples,
inumação após necropsia,
inumação após embalsamamento,
imersão,
destruição por animais,
cremação,
doação (Lei 8.501 de 30/12/1992)
DOAÇÃO DE CADÁVER

Lei 8.501 de 30/12/1992


dispõe sobre a utilização de cadáver não
reclamado junto às autoridades públicas, para
fins de estudos ou pesquisas científicas. Art. 2o -
O cadáver não reclamado junto às autoridades
públicas, no prazo de trinta dias, poderá ser
destinado às escolas de medicina, para fins de
ensino e de pesquisa de caráter científico.
EXUMAÇÃO

Constitui o desenterramento do cadáver após


inumação para esclarecimento de um detalhe
sobre a morte ou confirmação de uma
identidade, a pedido de reclame da Justiça.

(Art. 163 do Código de Processo Penal)


EXUMAÇÃO
Art. 163. Em caso de exumação para exame
cadavérico, a autoridade providenciará para que,
em dia e hora previamente marcados, se realize a
diligência, da qual se lavrará auto circunstanciado.
Parágrafo único. O administrador de cemitério
público ou particular indicará o lugar da
sepultura, sob pena de desobediência. No caso de
recusa ou de falta de quem indique a sepultura, ou
de encontrar-se o cadáver em lugar não destinado
a inumações, a autoridade procederá às pesquisas
necessárias, o que tudo constará do auto.

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