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Medicina Legal
ÍNDICE
MEDICINA LEGAL
1. Tipos de morte 3
2. Sinais precoces de morte 4
3. Certificado de óbito 4
4. Autópsias 5
5. Identificação do cadáver 7
6. Sinais tardios de morte 8
7. Fenómenos destruidores 13
8. Fenómenos conservadores
15
9. Lesões 16
10. Tipos de lesões 17
11. Contusões 20
12. Ferimentos cortantes-perfurantes-mistos 21
13. Instrumentos mecânicos 22
14. Ferimentos por arma de fogo 23
MEDICINA LEGAL
Não esquecer que em torno da peritagem médica e mais concretamente das suas
conclusões, existem outros peritos relacionados com aspectos administrativos
(segurança social, seguros, pensões diversas, etc.) que se subordinam também à
disciplina médico-legal, no tocante aos processos que lhes dizem respeito.
Num sentido mais restrito, podemos considerar este ramo científico como sendo a
aplicação dos conhecimentos da Medicina na ocasião do procedimento penal.
Estatisticamente o fenómeno das causas da morte tem sido tratado ao longo dos
anos e actualmente tem-se como dado adquirido que, em regra, os casos de morte
apresentam-se tipificados da seguinte forma:
NATURAL
(80% dos casos)
ä î Homicídio
MORTE VIOLENTA Suicídio
æ Æ ( 10% dos Acidente
casos )
SUSPEITA
(20% dos casos)
Ä
SÚBITA
( 10% dos
casos )
Na presença de um corpo a confirmação da morte deve ser feita pela pesquisa dos
sinais precoces de morte que representam a cessação das funções vitais e
consequentemente a morte. Saliente-se, que a morte é um fenómeno de difícil
leitura, podendo a vítima estar, em determinadas situações, em morte aparente.
CIRCULATÓRIA Pulso
CERTIFICADO DE ÓBITO
ì
REGULAMENTARES - nas mortes súbitas de origem
MÉDICO- è aparentemente não criminosa, em que o objectivo é
LEGAIS excluir a possível intervenção criminosa.
î
JUDICIAIS - quando se presume a existência de
acção criminosa, em que o objectivo é identificar a/s
causa/s da morte.
© Conclusões.
Ø Violência externa;
Ø Intenção.
externo do cadáver.
IDENTIFICAÇÃO DO CADÁVER
F FÓRMULA DACTILOSCÓPICA -
F OUTROS ELEMENTOS -
AUTÓLISE
ä
FENÓMENOS DE DESTRUIÇÃO à PUTREFACÇÃO
æ
INSECTOS E OUTROS
ä ADIPOCERO
FENÓMENOS DE CONSERVAÇÃO
æ MUMIFICAÇÃO
TEMPERATURA
Tal como todos os outros sinais pode dar uma indicação aproximada da hora da
morte, através da determinação do arrefecimento do cadáver que acontece,
aproximadamente, entre 1 a 8 horas. Contudo, deve ter-se em atenção, que a
temperatura do cadáver pode sofrer variações importantes em função dos seguintes
factores:
Ä Do local da morte - residência, rua...
Ä Das condições ambientais - frio, calor, imersão em água...
Ä Do próprio cadáver - magro, gordo, agasalhado...
A temperatura pode ser obtida através de dois processos:
MORTE TEMPERATURA
De notar que estes valores são indicativos para situações em que a vítima está
completamente vestida, dentro de um quarto com uma temperatura confortável.
RIGIDEZ CADAVÉRICA
A rigidez cadavérica pode ser desfeita, motivo porque uma distribuição assimétrica
no corpo permite suspeitar que foi movimentado depois de morto.
Começa a manifestar-se:
12 a 18 horas ð Completa
LIVORES CADAVÉRICOS
Com a morte há a paragem circulatória e a consequente acumulação de sangue nas
zonas mais baixas do corpo por acção da gravidade. Nestas zonas, o corpo adquire
uma coloração purpúrea.
Os sinais tardios de morte podem e devem ser utilizados, quando existam, para a
determinação aproximada da hora da morte, bem como para verificar se as
modificações que o cadáver apresenta, serão sinais suspeitos que indiciem crime.
Membros Superiores
8 Pele Fria
Membros Inferiores
12
Mais ou Menos
Completo
18
FENÓMENOS DESTRUIDORES
A decomposição de um cadáver é um fenómeno natural composto por factores
externos e internos ao próprio corpo. São estes factores que vão afectar o ritmo de
decomposição, sendo disto exemplo:
Ä A decomposição é em geral mais rápida entre as
temperaturas de 20ºC a 38ºC e retardada para as
temperaturas abaixo e acima destes valores;
FENÓMENOS CONSERVADORES
São considerados de excepcionais o aparecimento das circunstâncias de
conservação dos cadáveres, pois, este tipo de situações são raras e pontuais.
LESÕES
As lesões encontradas no corpo podem ser internas ou externas e têm que ser
explicadas quanto à maneira como foram produzidas, o seu tipo, distribuição pelo
corpo e ainda, o possível mecanismo das causas. Este trabalho é feito pelos peritos
médico-legistas que do exame efectuado concluem pela presunção, ou não, da
intenção de matar.
No exame das lesões externas da vítima devem ser considerados no seu conjunto
os seguintes elementos:
TIPOS DE LESÕES
Na sua actividade quotidiana o homem vai sofrendo lesões que face à sua
gravidade, assim têm, ou não, recuperação, podendo chegar ao ponto de ser
irreversíveis e mesmo mortais.
Pode, numa determinada situação de uma queixa crime contra a integridade física,
o investigador ter que, sumariamente, aquilatar da data da produção das lesões. É
que a suposta vítima pode afirmar que o crime ocorreu em determinado dia e a
coloração do ferimento apontar em sentido contrário. Relembra-se que a
determinação e interpretação da lesão é da competência exclusiva do perito
médico-legal. Contudo, para a análise e correlação dos factos, poderá ser
importante para o agente que proceda à investigação, ter capacidade para
interpretar a coloração apresentada pela ferida com a sua antiguidade.
1º Avermelhada
3º Violácea
4º Azul esverdeada
9º Amarelada
Entre o
CONTUSOS
ì
PERFURANTES
CONTUSÕES
São ferimentos que consistem na dilaceração dos tecidos, com bordas irregulares,
provocado pelo impacto duma superfície. As contusões são de diversos tipos:
POLÍCIA DA REPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE Pá gina 20
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
Medicina Legal
§ Escoriações cutâneas;
§ Equimoses e hematomas;
§ Luxações de articulações;
Na Cabeça
INTRA CRANIANAS
* Hematomas
CRÂNEO * Lesões Meningo-Encefálicas
Fracturas - Manifestam-se por
vezes com hemorragias
externas ( canais auditivos, COURO CABELUDO
fossas nasais ... ), podendo ser: * Ferimentos Contusos
* Directas * Escalpe
* Indirectas
* Múltiplas
INSTRUMENTOS MECÂNICOS
Quanto aos vestígios deixados pelos instrumentos em materiais não orgânicos, já foi
feita referência em apontamentos anteriores.
Abordemos então a sua tipologia recorrendo ao seguinte quadro:
CORTO-CONTUNDUNTES
Ø Ex: Machados, sabres, catanas, sachos ...
reúnem em
CORTO-PERFURANTES simultâneo as
MISTOS Ø Ex: Punhais, faca de cozinha, canivetes … característic
as dos dois
PERFURO-CONTUNDENTES instrumentos
Ø Ex: Ponteira de guarda-chuva, dentes de
ancinho ...
Ü Orifício de Entrada
ª Da distância do disparo;
ª De eventuais ricochetes;
O trajecto seguido por um projéctil pode ser único ou múltiplo. Neste último
caso, devido à fragmentação do projéctil ou ao ricochete nos ossos.
Recorde-se que, os trajectos múltiplos são também típicos no tiro de
caçadeira.
Ü Orifícios de Saída
O orifício de saída pode não existir, em virtude do projéctil ter ficado retido
dentro do corpo numa estrutura dura que se opôs ao seu avanço, ou ainda,
por perda de velocidade e poder de penetração.
Quando existe, distingue-se do orifício de entrada pelas seguintes
características:
A precisão da distância a que foi feito um determinado disparo com arma de fogo é
de difícil determinação. No caso das caçadeiras, ainda que por comparação dos
alvos, é possível por aproximação lá chegar, sendo, de qualquer forma uma
distância média aquela a que os peritos determinam.
ä De contacto
ä À queima roupa
Disparos à A curta distância
æ A longa distância
æ De caçadeira
w Orla de limpeza , que nem sempre aparece ( pode o cano da arma estar
limpo e/ou a interposição do vestuário filtrar as sujidades );
ORIFÍCIO CIRCULAR
TIRO PERPENDICULAR
ORLA DE LIMPEZA
ORLA DE CONTUSÃO
TATUAGEM
TIRO OBLÍQUO
ORLA DE CONTUSÃO
DIRECÇÃO DO DISPARO
ORLA DE LIMPEZA
ORIFÍCIO OVAL
ORIFÍCIO OVAL
ORLA DE CONTUSÃO
Refira-se, que os ferimentos por armas de fogo podem ser confundidos com
aqueles que são produzidos por instrumentos mecânicos, sendo de extrema
importância para a Investigação Criminal a definição de qual o meio que foi utilizado
na produção destes. De entre os instrumentos que podem dar origem a ferimentos
semelhantes aos produzidos por projécteis de armas de fogo salientam-se :
Ä Os instrumentos perfurantes;