O documento apresenta um resumo sobre introdução à medicina legal, abordando suas definições, divisões e histórico. Também resume a perícia criminal no Código de Processo Penal brasileiro, explicando sobre a atividade pericial, exames de corpo de delito, formulação de quesitos, requisição de peritos e laudos periciais.
O documento apresenta um resumo sobre introdução à medicina legal, abordando suas definições, divisões e histórico. Também resume a perícia criminal no Código de Processo Penal brasileiro, explicando sobre a atividade pericial, exames de corpo de delito, formulação de quesitos, requisição de peritos e laudos periciais.
O documento apresenta um resumo sobre introdução à medicina legal, abordando suas definições, divisões e histórico. Também resume a perícia criminal no Código de Processo Penal brasileiro, explicando sobre a atividade pericial, exames de corpo de delito, formulação de quesitos, requisição de peritos e laudos periciais.
CURSO DE FORMAÇÃO DE AGENTES DE POLÍCIA CIVIL 2022
DISCIPLINA: INTRODUÇÃO À MEDICINA LEGAL PROFESSOR: PERITO MÉDICO LEGAL ANTÔNIO NUNES ALUNA: ILANA MARA SOUSA COSTA
RESUMO - INTRODUÇÃO À MEDICINA LEGAL
Muitas expressões são usadas para nomear essa ciência que está a serviço de interesses sociais e jurídicos, entre elas, podemos citar: Medicina Judiciária; Biologia Legal; Antropologia jurídica; Medicina Judiciária ou dos Tribunais e Jurisprudência Médica. A Medicina Legal está para servir mais ao Direito do que para servir a medicina, já que seu objetivo é defender os interesses dos homens e da sociedade. Para o Direito Penal ela colabora no que diz respeito a lesões corporais, homicídio, sexualidade criminosa, infanticídio, tribunal do júri etc. Para o Direito Civil ela contribui no tocante à personalidade civil e direitos do nascituro, morte e investigação de paternidade etc. Com o Direito Administrativo através das perícias médicas, concedendo benefício em função de doença que impeça o servidor de trabalhar ou que possa prejudicar a saúde em razão do trabalho ou função efetuada. A Medicina Legal se divide em: 1) Antropologia Forense; 2) Psicologia Judiciária; 3) Sexologia Forense; 4) Traumatologia Forense; 5) Asfixiologia Forense; 6) Toxicologia; 7) Tanatologia. A requisição de um perito, bem como a requisição de perícia é encontrado no Código de Processo Civil, nos artigos 145 a 147 e 420 a 439; e no Código de Processo Penal, dos artigos 158 a 184. Existem dois tipos de peritos: o Perito Oficial, aquele cuja sua nomeação decorre de aprovação em concurso público, é um agente que possui fé pública; e o Perito ad hoc (não oficial), o qual é escolhido na ausência de um perito oficial e possui diploma de curso superior na área em interesse. A categoria de Perito Oficial é dividida em: Perito Médico Legista; Perito Criminal e Perito odontolegista. O Corpo de Delito é o próprio crime na sua tipicidade, ou seja, é o conjunto de vestígios materiais deixado pelo fato criminoso. Quando a perícia é requisitada, são elaborados quesitos oficiais para os peritos responderem, as perguntas variam conforme a situação do exame do corpo de delito. Os Atestados são os certificados médicos, uma afirmação simples e redigida de um fato médico e de suas possíveis consequências. São classificados em oficiosos, administrativos e judiciários. Os relatórios médico-legal são registros escriturados minudente de todos os fatos de natureza específica e caráter permanente pertinentes a uma perícia médica, requisitada por autoridade competente a peritos oficiais ou, onde não os houver, a expertus não oficiais portadores de diploma de curso superior, compromissados moralmente. Quando ele é realizado após as investigações chama-se laudo. Ele é composto de preâmbulo, quesitos, histórico, descrição, discussão, conclusão e resposta aos quesitos. A História da Medicina Legal remonta da Antiguidade, encontrada nos códigos de Hamurábi, Código de Manu, e na Lei das XII Tábuas do Império Romano; tratados chineses também continham instruções de exame post mortem; na Idade Média os julgamentos eram pautados em pareceres médicos. Em 1532 foi criado o primeiro documento ordenado de Medicina Judiciária chamado Constitutio Criminalis Carolina. Em 1575 foi lançado o primeiro tratado ocidental sobre Medicina Legal, Des Rapports et des Moyens d'Embaumer lês Corps Morts, e a França aclama seu autor como o pai da Medicina Forense. No ano de 1823, Orfila aponta a Medicina Legal como o ramo da Medicina voltado para a Justiça, ocupando-se das causas levadas aos tribunais. No Brasil, a primeira publicação de documento médico-legal data de 1814, onde Gonçalves Gomide, médico e senador do Império, contesta parecer exarado por dois outros médicos. No entanto, somente no ano de 1856 que foi regulamentada a atividade médico- legal através do Decreto n. 1.746, de 16 de abril do referido ano. E a partir de 1891, a disciplina de Medicina Legal passa a configurar como obrigatória nos cursos de Direito do país.
RESUMO - A PERÍCIA CRIMINAL DO CPP
A atividade pericial de cunho técnico-científico está prevista no Código de Processo Penal, do artigo 155 a 184. O artigo 155 determina a discricionariedade do juiz na formação de sua convicção o qual não pode fundamentá-la somente nos elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas não repetíveis, cautelares e antecipadas. As provas podem ser não-repetíveis (ex. exame de corpo de delito) e cautelares (outras perícias). A atividade é exercida pelo perito oficial, responsável pela produção da prova material, consubstanciada em laudo pericial, após a devida identificação, coleta, processamento e correta interpretação dos vestígios dentro dos limites estabelecidos pela ciência. Sempre que uma infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito não podendo suprir a confissão do acusado. No entanto, caso não haja a possibilidade de exame de corpo de delito a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. A lei determina que autoridade policial deve se dirigir ao local de crime logo que tiver conhecimento da prática de infração penal, providenciando o isolamento para que não se altere o estado das coisas, apreendendo os objetos relacionados após liberação pelos peritos e determinação, a depender do caso, que se realize o exame de corpo de delito ou quaisquer outras perícias. O perito deve relatar a forma em que foi encontrado o estado das coisas a fim de discutir as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos. O exame de corpo de delito deve ser requisitado pela autoridade e o laudo deverá ser juntado ao processo. A formulação de quesitos poderá ser feita até o ato da diligência pelo Ministério Público, assistente de acusação, ofendido ou acusado. É permitido durante o curso do processo judicial a requisição de oitiva dos peritos para esclarecimento das provas e respostas do laudo, além da indicação de assistente técnico pelas partes. Em casos de perícias complexas pode ser necessário a designação de mais de um perito e a parte indicar mais de um assistente técnico. O exame de corpo de delito pode ser feito a qualquer dia e hora, já a autópsia será feita pelo menos 6 horas depois do ocorrido. Deve ser feita imagem fotográfica do cadáver de todos os ângulos e posições em que foi encontrado, a fim de representar as lesões encontradas para juntar ao laudo. Crimes cometidos com rompimento de obstáculos a perícia terá a descrição dos vestígios deixados, os instrumentos e meios utilizados e em que época presumem ter ocorrido. É feita a avalição de coisas destruídas e deterioradas. Já em casos de incêndio, verificação da causa e possível lugar de começo, o perigo que ele causou para a vida ou para o patrimônio, extensão do dano entre outras para esclarecimento do fato. Em crimes relacionados a escritos, proceder a reconhecimento e comparações com documentos de autoria conhecida. Em caso de divergências entre as perícias, a autoridade poderá ordenar que se proceda a novo exame, por outros peritos, se julgar conveniente. O juiz não tem obrigação de se ater ao laudo, podendo rejeitá-lo.
DISCURSOS SOBRE O ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER NO BRASIL E A (NÃO) APLICAÇÃO DA SUSPENSÃO CONDICIONAL DO PROCESSO - Alberto Carvalho Amaral