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1ºAno – Criminalística
Junho
2019
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ERISA - Exame ao local do crime – Morte com arma de fogo
1ºAno – Criminalística
Junho
2019
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ERISA - Exame ao local do crime – Morte com arma de fogo
Índice:
Introdução.............................................................................4
Ciência Forense....................................................................4
Criminalística........................................................................5
Notícia do Crime...................................................................5
Investigação Criminal...........................................................6
Exame no local do crime......................................................7
Ambiente aberto e ambiente fechado................................11
Cadeia de custódia.............................................................11
Etapas da cadeia de custódia............................................12
Recolha de vestígios..........................................................13
Tipos de vestígios...............................................................13
Procedimentos de recolha..................................................14
Contaminação.....................................................................17
Hábito externo e hábito interno ao cadáver.......................17
Diagnóstico diferencial.......................................................18
Suicídio...............................................................................18
Homicídio............................................................................19
Morte com arma de fogo....................................................21
Conclusão...........................................................................26
Sitografia:............................................................................27
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ERISA - Exame ao local do crime – Morte com arma de fogo
Introdução
Este trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Criminalística, lecionada
pelo docente Carlos Anjos, disciplina integrante do CteSP de Laboratório
Forense e Criminal no 2º semestre do 1º ano de curso.
Para a realização deste trabalho proposto pelo docente Carlos Anjos, é
necessário saber algumas bases e conceitos, tais como: Ciência forense,
criminalística e investigação criminal para desenvolver com sucesso todos os
parâmetros que são pedidos para a elaboração deste trabalho.
Este trabalho tem como tema: “exame no local do crime”, e como subtema:
“Morte com arma de fogo”, logo, ao longo deste trabalho irão ser abordados os
conceitos de local de crime, cadeia de custódia, os vários tipos de morte, neste
caso morte por arma de fogo.
Este tema também tem muitos detalhes de temos de ter em conta, porque uma
vez que não se sabe se a morte ocorreu num ambiente aberto ou fechado, é
necessário tomar as diversas providências para cada um deles. Também não
se sabe se a morte foi um suicídio ou um homicídio, ou até mesmo acidente, e
é o exame no local do crime que nos vai ajudar a decifrar essa grande
pergunta.
Se um exame no local de crime for bem conseguido é o primeiro passo para
que uma investigação tenha tudo para seguir bem orientada e ter um bom
desenvolvimento e por fim uma boa conclusão.
Ciência Forense
A ciência forense é constituída por várias áreas, tais como a Antropologia, a
criminologia, patologia, psicologia, entre outras, que em conjunto atuam de
modo a resolver casos de carácter legal. Ou seja, a ciência forense não é uma
ciência única mas sim um conjunto de áreas que sejam necessários em casos
específicos para desvendar e não só crimes, como também variados assuntos
legais. Esta ciência também é utilizada para análise de vestígios,
principalmente de crimes violentos. Cabelo, sémen, saliva, sangue são só
alguns dos vestígios que a ciência forense analisa, tal como outros tecidos que
estão entre outro tipo de evidências mais frequentemente encontrados nas
cenas do crime.
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ERISA - Exame ao local do crime – Morte com arma de fogo
Criminalística
A Criminalística é a ciência que consiste no conjunto de procedimentos
científicos de que se vale a justiça moderna (de diferentes tipos de recursos,
métodos e técnicas de investigação) para averiguar o factos delituoso e as
suas circunstâncias. Ou seja, vai ajudar a estudar todos os vestígios do crime
por meio de métodos adequados a cada crime. Como por exemplo, a
identificação, a recolha e tratamento de impressões digitais, de vestígios de
sangue, recolha e tratamento feitos através perícias forenses (exames
informáticos). Os criminalistas têm como função obter o maior número de
informações que se pode obter dos indícios encontrados, cada caso é um caso
e os criminalistas devem adaptar técnicas padrão às diferentes situações.
Notícia do Crime
A palavra crime deriva do latim Crimen que significa ofensa, acusação.
Crime é um ato que é proibido por lei e que tem uma pena determinada caso
seja realizado. É uma ação praticada por uma pessoa que vai contra a lei e
contra o senso comum que recebe uma punição.
Crime é uma atitude, que pode ser cometida por uma pessoa ou por um grupo
de pessoas que viola a lei penal e tem consequências punitivas (aplicação de
uma pena).
O crime é caracterizado por uma atitude que causa um dano a um bem que é
protegido pela lei, como a vida e propriedade privada. O bem protegido pela lei
é chamado de bem jurídico.
A gestão do local do crime começa com a notícia do crime.
A notícia do crime é o conhecimento espontâneo ou provocado, por parte da
autoridade policial, de facto aparentemente criminoso. É com base nisto que se
dá início às investigações.
A notícia do crime pode ser classificada como:
Cognição imediata ou espontânea;
Cognição mediata ou provocada;
Cognição forçada ou coercitiva.
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ERISA - Exame ao local do crime – Morte com arma de fogo
Investigação Criminal
A investigação criminal é definida no plano normativo no artigo 1º da Lei de
Organização da Investigação Criminal (Lei 49/2008 de 27 de Agosto) como:
“Conjunto de diligências que, nos termos da lei processual penal, se destinam a
averiguar a existência de um crime, determinar os seus agentes e a sua
responsabilidade, descobrir e recolher as provas, no âmbito do processo”. Ou
seja, é um processo que permite verificar se um crime aconteceu ou não, quem
e em que circunstâncias o cometeram, levar à responsabilização dos autores.
Esta ciência tem o objetivo de responder a diversas questões tais como: “
O quê? O que aconteceu naquele local;
Quem? Quem é a vítima e por sua vez quem é o autor;
Onde? Onde ocorreu o crime;
Quando? Quando ocorreu o crime/factos;
Como? Como aconteceu o crime/factos;
Porquê? O porquê do acontecimento do crime/factos.
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ERISA - Exame ao local do crime – Morte com arma de fogo
A entrada no local deve ser feita no ponto mais acessível e sempre pela
mesma trajetória, caso na cena do crime haja alguma vítima que necessite de
ajuda médica, deixamos os bombeiros atuarem, mas observamos todos os
seus movimentos e trajetos para que esses mesmos não atrapalhem a
investigação da cena de crime nem eventuais vestígios que possam ser
mudados de sítios ou danificados, ou seja, há sempre que ter atenção, há que
anotar e transmitir essa informação para que tenha menos interferência
possível com o local do crime.
Depois de deparados com todas as circunstâncias presentes temos de fazer de
imediato um cordão de segurança, um perímetro de segurança para impedir
que outras pessoas exteriores ao crime se aproximem do local de crime
durante a investigação. Há que marcar um ponto de encontro na área perto do
local do crime para colocar todos os materiais que são e que possam ser
necessários para a investigação do crime, tal como o depósito de material
logístico, esclarecimentos e apresentação dos elementos da equipa que se
encontra a fazer a investigação criminal e o exame no local do crime.
Os registos da inspeção são:
Fotográficos;
Videográficos (Croqui, escrita).
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Cadeia de custódia
A cadeia de custódia é um processo de documentar a história cronológica das
amostras biológicas, esse processo visa garantir o rastreamento dos vestígios
utilizadas em processos judiciais, registar quem teve acesso ou realizou
manuseio desses mesmos vestígios.
Para que a amostra biológica seja válida deve-se mete-la num contentor
adequado, fechado e selado, a manutenção deve ser feita num local seguro. O
contentor deve estar bem identificado com o nome da pessoa que a recolheu,
qual o seu conteúdo e a hora e local de recolha.
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Recolha da amostra:
Transporte ao laboratório:
Firma de receção;
Correio de segurança.
Manipulação no laboratório:
Áreas de acesso;
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Informação:
Arquivos:
Recolha de vestígios
A recolha dos vestígios é um aspeto fundamental numa investigação criminal,
mas antes de o realizarmos é bastante importante registarmos tudo o que
encontramos na cena de crime. Para fazermos esse registo utilizamos a
fotografia, o vídeo e os croquis do local do crime. Estes são muito importantes,
porque servem para termos sempre acesso à cena do crime, para caso de
querermos voltar a visionar a cena no exato estado em que a encontrámos.
É nesta etapa que todos os vestígios do crime têm de ser bem recolhidos e
transportados para que não possam futuramente com as análises induzir em
erro e deixar inconclusiva a investigação.
Tipos de vestígios
Os vestígios podem ser classificados como macroscópicos ou microscópicos.
Os macroscópicos são os objetos que são vistos a olho nu, como um cigarro,
por exemplo.
Os microscópicos são aqueles que só são detetados com luz forense, tal como
manchas de sangue que tenham sido limpas e que não se vê a olho nu.
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Mas para além deste aspeto importante dos vestígios também podemos
encontrar numa cena de crime 3 tipos de vestígios.
Vestígios verdadeiros;
Vestígios falsos ou simulados;
Pseudo-vestígios.
Procedimentos de recolha
Os vestígios são o mais importante numa cena de crime para averiguar se
existiu mesmo um crime, permitindo a reconstituição da cena de crime,
reconstituição de factos, e a identificação dos suspeitos e permitindo assim
bases para formular uma acusação contra esses mesmos, permitindo que haja
punição do culpado.
Os procedimentos de recolha dos vestígios devem sempre ser os mais corretos
e que evitem a contaminação das amostras recolhidas, para tal deve seguir-se
sempre os protocolos dos procedimentos de recolha de vestígios, seguir a
informação dada e antes adquirida e os concelhos do comandante da equipa.
Primeiro de tudo, para começar a recolha dos vestígios é necessário levar o
equipamento devido para a equipa de investigação utilizar no local do crime,
para evitar a contaminação dos vestígios que são necessários para o
desenvolvimento da investigação. É necessário que antes da recolha haja a
sessão de registo fotográfico e videográfico para mais detalhes que possam
não ser observados no exato momento, e para ter o registo fotográfico e
videográfico da cena do crime.
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ERISA - Exame ao local do crime – Morte com arma de fogo
Acesso à vítima pelo lado “mais limpo”, ou seja, com menos vestígios;
Local de apoio logístico afastado do local;
Manter sempre o mesmo caminho no local, para evitar dispersão dos
vestígios;
Se a vítima estiver em estado cadáver, não tocar no corpo e isolar de
imediato;
Não deslocar objetos ou vestígios, pois todos estes são importantes
para a investigação e resolução do caso;
Em caso de interação com o local do crime, reportar a situação ao chefe
da equipa de investigação;
Preservação de vestígios no local do crime seguindo os procedimentos
necessários.
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ERISA - Exame ao local do crime – Morte com arma de fogo
Devemos ter especial atenção às mãos da vítima, pois este trabalho é sobre a
morte com arma de fogo, e as mãos são a extremidade mais exposta, que
podem conter: Sangue, pele, cabelos, e pólvora se se tratar de um suicídio,
sinais de luta. Portanto não se deve limpar as mãos da vítima, porque é muito
importante a análise e tratamento destas mesmas que contém imensos
vestígios que nem sempre conseguem ser vistas a olho nu, deve-se sempre
proteger as mãos da vítima.
Ou seja, os procedimentos de recolha de vestígios, basicamente são
necessários para localização, registo, preservação dos mesmos, recolha e
transporte destes que devem ser realizados por um perito específico de cada
tipo de vestígio, se possível.
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Contaminação
A contaminação é a principal ameaça para a integridade dos vestígios, pois
quando esta acontece não há volta a dar e toda a investigação é influenciada e
leva a más interpretações e assim poderá levar no caminho oposto à verdade e
o que aconteceu no crime.
A contaminação pode ocorrer durante a investigação, através da má recolha
das amostras, no seu mau acondicionamento e no transporte da mesma que
leva a sua análise em laboratório. Devem entrar no cenário de crime o menor
número de elementos possíveis, para não haver a contaminação no local do
crime.
Para obviar a possibilidade de corrupção do local, além das proteções que
devem munir os membros da equipa, nada deve ser deslocado ou tocado,
antes de examinado, registado e recolhido.
É no local do crime que devem começar as medidas contra a contaminação,
devendo prosseguir até que os elementos de prova dêem entrada no L.P.C. ou
no INML.
Se houver contaminação, a transferência pode implicar a destruição dos
vestígios e a credibilidade da diligência.
Como referido anteriormente, pode haver contaminação por todos aqueles que
estão a trabalhar para a investigação ou no caso da vítima se encontrar ainda
com vida, os socorristas podem deixar as suas marcas e aí contaminam os
vestígios, pois têm de dar prioridade ao salvamento da vítima.
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Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial é feito em conjunto pelo perito, investigador e pelo
médico legista, uma vez que se trata de se aferir a causa da morte da vítima. O
diagnóstico diferencial, como o próprio nome indica consegue diferenciar vários
tipo de morte, neste caso específico se a morte violenta com arma de fogo foi
um homicídio ou um suicídio.
A posição da vítima, a roupa, as lesões, o número de vezes que a vítima foi
baleada (pela contagem do número de perfurações que a vítima apresenta), o
tipo de arma de fogo que foi utilizada (se for possível identificar pelas munições
que possam estar presentes no corpo da vítima, ou até mesmo munições
perdidas no local do crime). Todos estes indicadores são extremamente
importantes para o diagnóstico diferencial.
Suicídio
O suicídio é quando a pessoa tora a sua própria vida, por vezes pode ser por
impulso ou até por estar mentalmente instável, é sempre necessário saber a
história clinica da pessoa nomeadamente a história clínica na parte da
psiquiatria, saber se já houve tentativas de suicídio anteriores a esta e se sim
as datas e os métodos que esta usou para tentar. Saber se a vítima estava
sobre o efeito de algum tóxico que possa ter ingerido e ter levado a que
comete-se suicídio.
Quando se trata de um suicídio com arma de fogo, normalmente as zonas onde
a vítima se alvejou são zonas que a vítima pode alcançar. Com isto, as zonas
de eleição do disparo geralmente são num dos lados da cabeça entre o osso
temporal e parietal do crânio do lado em que a pessoa tenha mais destreza, ou
seja, se a pessoa for esquerdina irá ter mais destreza com a mão esquerda,
logo irá pegar a arma com essa mão e disparar no lado esquerdo da cabeça,
enquanto uma pessoa que seja destra acontece o contrário, como tem mais
destreza com a mão direita irá alvejar-se no lado direito do crânio, por pegar na
arma com a mão direita.
Se a vítima for destra e se tiver um orifício de entrada do disparo no lado
contrário da cabeça é suspeito, é possível, apesar de ser mais difícil, mas
também pode ser um homicídio disfarçado de suicídio.
É de notar que quando se trata de um suicídio, o disparo é realizado junto ao
corpo, a distância é um bom indicador para descobrir se se trata de um suicídio
ou um homicídio. Mas é de notar que pode também haver homicídios em que o
disparo tenha sido junto ao corpo da vítima.
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Homicídio
Um homicídio é um crime onde uma pessoa tira a vida a outra pessoa. Em
Portugal este crime é punido com uma pena de prisão entre 1 a 25 anos,
depende da gravidade e das intenções do culpado. O homicídio pode ter sido
por defesa ou macabro por vingança, daí variar entre 1 a 25 anos de prisão.
Em casos de homicídio por arma de fogo, geralmente, o local onde foram
alvejados não é acessível pela vítima e os disparos são dados a alguma
distância. Quanto maior o número de perfurações encontradas no corpo e às
vezes dispersos, revela que o culpado que cometeu o crime tinha algum tipo de
raiva e vontade de assassinar a vítima. Se se tratar de um homicídio por pura
defesa, existirão poucas perfurações no corpo da vítima.
Se o orifício de entrada for na parte de trás da cabeça, nas costas, são sítios
onde a vítima tem pouco alcance são bons indicadores de homicídio.
Se a vítima for destra e se tiver um orifício de entrada do disparo no lado
contrário da cabeça é suspeito, é possível, apesar de ser mais difícil, mas
também pode ser um homicídio disfarçado de suicídio.
Se houver marcas de arrastamento onde a vítima se encontra é um forte
indicador que é um homicídio.
É de notar que quando se trata de um homicídio, o disparo é realizado a
alguma distância. A distância é um bom indicador para descobrir se se trata de
um suicídio ou um homicídio. Mas é de notar que pode também haver
homicídios em que o disparo tenha sido junto ao corpo da vítima.
Para tal é necessário analisar as mãos da vítima, se houver não vestígios de
pólvora na mão da vítima, então aí , podemos comprovar que o tiro tenha sido
dado por outra pessoa e que assim se trata de um homicídio.
No código Penal português encontramos vários tipos de homicídios, em que
cada um tem as suas penas e o seu tratamento, como:
Homicídio qualificado: É aquele que a morte foi mesmo com a intenção
de matar, por vingança, racismo ou mediante pagamento, se foi um caso
com uso de emboscada ou outro recurso que tenha impedido vítima de
se defender, entre outros aspetos que acabam por declarar o homicídio
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como classificado. Este tipo de homicídio é o mais grave e por isso tem
uma pena de prisão que varia entre os 12 a 25 anos de cadeia.
Homicídio por negligência: Ocorre quando alguém mata uma pessoa por
negligência, isto é, quando alguém cria, assume ou potencia um perigo
para a vida de outro por imprudência ou extrema imprevisão, ou ainda
por grave violação do dever de cuidado ou omissão das cautelas
necessárias. Este crime é punido com pena de prisão até 3 anos ou com
pena de multa.
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As munições expansíveis são muito mais leves que outras munições hollow-
points, são lançadas a grande velocidade e fragmentam-se completamente
quando atinge o alvo. As esferas de chumbo que estão dentro da munição,
continuam o seu trajeto, assim espalhando-se causando ferimentos graves.
Este projétil não transpassa o alvo nem ricocheteia.
As munições que são perfurantes possuem mais velocidade. Evitam a
acumulação de resíduos de chumbo no raiamento. A munição é penetrante por
excelência penetrando até os coletes de proteção policial, é ideal contra alvos
protegidos.
Os cartuchos de chumbo ao serem disparados lançam chumbos numa
trajetória em forma de cone para atingir uma área dispersa (razão pela qual são
utilizadas na caça).
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Conclusão
Na realização deste trabalho foquei-me numa cena de crime específica que foi
uma morte com arma de fogo. Neste trabalho fiz uma abordagem de todos os
aspetos que achei necessários, como: uma pequena introdução, explicar o
significado de ciência forense, criminalística, notícia do crime, investigação
criminal, exame no local do crime, cadeia de custódia, etapas da cadeia de
custódia, recolha de vestígios, tipo de vestígios, procedimentos de recolha,
contaminação, diagnóstico diferencial, suicídio, homicídio, morte com arma de
fogo, diferentes tipos de armas, munições e registo de armas.
Com a elaboração deste trabalho, posso concluir que numa investigação ao
local do crime não existe de todo passou mais ou menos importantes, porque
todos eles são muito importantes no decorrer da investigação.
Numa investigação no local do crime é necessário proceder consoante as
normas estipuladas de modo a que a cena do crime não sofra nenhum tipo de
contaminação. O local do crime tem de ser mantido tal e qual como foi
encontrado para uma melhor investigação.
Para salvaguardar toda a integridade de todas as provas recolhidas é
necessário cumprir com a cadeia de custódia, caso exista algum vestígio
perdido ou algum erro no vestígio, pode perder a credibilidade não podendo ser
assim usado como prova final em tribunal.
Quando se trata de um local de crime provocado por uma arma de fogo, tem de
se ter em conta a arma presente, o tipo de arma, o número de perfurações que
a vítima presenta, o local anatómico dos mesmos, a dispersão dos mesmos,
porque todos estes pormenores vão contribuir para o diagnóstico diferencial.
Num crime que haja morte com arma de fogo há aspetos que têm de ser
mesmo analisados, registados e preservados, como: numero de ferimentos e a
localização anatómica desses mesmo, orifícios de entrada, saída, tangenciais,
características dos disparos face à distância que foram feitos, lesões de
defesa, elementos municiais retirados nas vestes do cadáver, existência ou não
de outros ferimentos, sinais de arrastamento, a presença ou ausência da arma
no local do crime, a propriedade onde a vítima se encontra, a situação da arma
e características das mesmas, munições encontradas no cadáver ou munições
perdidas, marcas de embate, objetos no local do crime, sinais de violência,
história clinica, tentativas de suicídio anteriores, tóxicos que possam ter sido
usados, preservação da arma, elementos municiais, mãos da vítima e as
roupas da mesma.
Esta área da criminalista é algo que é muito interessante e que envolve uma
dinâmica muito grande tanto em termos de elementos de equipa como as
diversas áreas que abrange. É uma área em que temos de estar preparados
para tudo e sempre dispostos e prontos a trabalhar para que nenhum crime
passe em branco e se possa fazer justiça.
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Sitografia:
https://dre.pt/web/guest/legislacao-
consolidada/-/lc/107981223/201708230200/73474029/diploma/indice, consultado a
30/06/2019.
PowerPoints fornecidos pelo docente Carlos Anjos, consultados dia 30/06/2019.
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