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Locais de Morte
SISTEMA DE ENSINO
Livro Eletrônico
CRIMINALÍSTICA
Locais de Morte
Silvio Duarte Santana
Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Locais de Morte.................................................................................................................................................................4
Locais de Crimes Contra à Pessoa e Morte Violenta...................................................................................4
Local de Morte por Arma de Fogo...........................................................................................................................7
Local de Morte Provocada por Asfixia...............................................................................................................13
Sufocamento......................................................................................................................................................................14
Estrangulamento............................................................................................................................................................16
Resumo.................................................................................................................................................................................19
Exercícios............................................................................................................................................................................26
Gabarito...............................................................................................................................................................................40
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................41
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CRIMINALÍSTICA
Locais de Morte
Silvio Duarte Santana
Apresentação
Salve guerreiro(a), tudo bem? Sou o professor Silvio Santana e é com imensa satisfação
que ministrarei o curso de Criminalística.
Caso você tenha Instagram, siga-me e me acompanhe nesta rede social: @profsilvio_san-
tana. Sempre posto muitos conteúdos relacionados às carreiras policiais.
Antes de você iniciar os seus estudos, irei contá-lo(a) um pouco sobre minha trajetória,
para que eu chegasse até aqui, diante de você, para contribuir com a sua futura aprovação.
Minha primeira graduação foi em Física, que me possibilitou seguir por 17 anos no magis-
tério lecionando para o Ensino Médio e Faculdades da região do Distrito Federal. Após conclu-
são de um Mestrado, dediquei-me arduamente ao ramo dos concursos públicos, onde obtive
algumas aprovações que mudaram a minha história e de minha família.
Iniciei a vida de concurseiro sendo aprovado no concurso da Secretaria de Educação do
Distrito Federal no ano de 2010, onde pude exercer a função de professor. Porém, o sangue
policial falou mais alto e em 2010 comecei o projeto visando as carreiras policiais. Procurei
graduar-me em direito e especializar-me em Direito Constitucional, onde pude lecionar direito
com foco nas carreiras policiais em diversos cursos preparatórios do Distrito Federal.
Obtive diversas aprovações, como: Oficial de Justiça, Polícia Militar do Distrito Federal, Ins-
tituto Federal de Educação e, atualmente, sou policial no Estado de Goiás.
A minha rotina de estudos e a minha guinada de vida (professor para policial) aconteceram
motivada por um sentimento ímpar de ser policial. De certo não abandonei a carreira de magis-
tério e exerço as duas funções com muito afinco e responsabilidade.
Suporte
Informo-lhe que me coloco à disposição para sanar qualquer dúvida que você tenha sobre
o conteúdo das aulas.
Ter dúvidas é muito importante. São as dúvidas que nos ajudam a evoluir, a crescer como
estudante. Tirar dúvidas é primordial. Quando você faz uma pergunta sobre algo que não com-
preendeu perfeitamente e recebe uma resposta com qualidade, que é o que farei para você,
aquele conteúdo entra em local de destaque dentro de sua memória.
Sendo assim, peço-lhe encarecidamente: tenha dúvidas; tire suas dúvidas.
Gostaria de solicitar que você avalie este material!
Vamos começar nosso estudo?
Vamos à luta?
Bons estudos!
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CRIMINALÍSTICA
Locais de Morte
Silvio Duarte Santana
LOCAIS DE MORTE
Locais de Crimes Contra à Pessoa e Morte Violenta
Os crimes contra à pessoa são aqueles que afetam, imediatamente, qualquer ser humano.
Portanto, são crimes consubstanciados com a personalidade humana, como: a vida, a integri-
dade corporal, a honra e a liberdade de um indivíduo.
Para se comprovar a autoria e materialidade desses delitos é necessário que o sítio da
ocorrência seja devidamente periciado.
A análise de manchas de sangue em forma líquida ou crosta são elementares para a com-
preensão de toda dinâmica envolvida na ação criminal.
Segundo a classificação adotada pelo Criminalista Luiz Eduardo Dorea, a morfologia da
mancha diz muito a respeito do crime.
Com base nisso, é fundamental conhecer a hematologia forense, que é o ramo da biologia
forense que estuda manchas, salpicos e gotas de sangue na cena de um crime.
A hematologia forense tem o intuito de fornecer informações sobre:
Em posse dessas informações o perito criminal consegue fazer uma leitura muito especí-
fica da cena do crime e, com isso, chegar a autoria e materialidade do delito, que consiste em
obter a verdade real sobre o fato.
A hematologia analítica, que é a interpretação dos vestígios de sangue na cena do crime,
é o teste mais importante para se identificar uma mancha de sangue suspeita. A dinâmica da
mancha de sangue tem muito a dizer sobre os acontecimentos que antecederam a morte da
vítima. Essa interpretação de vestígios consiste em: testes de orientação, testes de lumines-
cência e testes de certeza e origem humana.
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Locais de Morte
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Testes de
Testes de Testes de Certeza e origem
Orientação ou
Luminescência humana
Presuntivos
Verificação de gotas
Verificação se determinada amostra de
Verificação Rápida de sangue ainda que a
material biológico é sangue
superfície seja lavada
Reagente
Atividade Enzimpatica Reação de alguns compostos que
quimioluminescente
da Hemoglobina insolúveis em água formando cristais
que reage com o sangue
Principal teste:
Reagente mais
oxidação da O reagente depende do tipo de teste
conhecido: Luminol
fenolftaleína
Nesse primeiro plano vimos as principais maneiras de se levantar vestígios de sangue hu-
mano em locais de crimes contra à pessoa.
Por característica, os crimes contra à pessoa deixam resíduos que podem dizer muito so-
bre a dinâmica dos fatos.
Agora, vejamos como as manchas de sangue se comportam em uma cena de crime, esta-
mos falando da Hematologia Forense Reconstrutora. Uma boa análise pericial nessa circuns-
tância levanta indícios poderosos, como: posição da vítima e do agressor, a rota de fuga, a
arma empregada, a intensidade e distância do uso de uma determinada arma e, muitas vezes,
incluir ou excluir suspeitos.
EXEMPLO
Imagine que ao se verificar as manchas de sangue em uma cena de crime foi possível consta-
tar que o agressor efetuou um disparo de arma de fogo a altura de 1,89 metros. Fica bem mais
fácil excluir ou incluir suspeitos, não é verdade?
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Locais de Morte
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Em suma, locais de crimes causados por morte violenta a disposição do sangue da vítima
contribui e muito para se descobrir a dinâmica dos acontecimentos dos delitos.
Tradicionalmente, as mortes violentas são classificadas em homicídio, suicídio ou aciden-
tes. Quando a doutrina Criminalística classifica o homicídio engloba os feminicídios, infanticídios,
mortes no exercício do dever, legítima defesa, mortes por necessidade e latrocínios, que embora
juridicamente não seja um crime contra à vida, encontra-se resguardado nessa classificação.
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Perceba que balística, numa concepção moderna, ocupa-se quase que exclusivamente de
armas de fogo. Portanto, vejamos o conceito básico de arma de fogo:
Guerreiro (a), usualmente utilizamos as palavras disparo e tiro como sinônimos, certo?
Pois bem, para fins de prova da disciplina Criminalística não é bem assim que a banda toca.
Realmente é necessário separarmos quem é quem nessa farândola.
Portanto, entendam que disparo é todo o funcionamento dos mecanismos da arma, todas
as peças, todo os conjuntos necessários para que seja lançado o projétil em direção a um alvo,
que chamamos de tiro.
Porém, ressalto que é importante que o candidato(a) saiba que a balística forense tem um
pepel fundamental na elucidação de delitos praticados por armas de fogo.
Cada arma disparada deixa vestígios únicos no projétil. Essas marcas são feitas pelas
raias dos canos, que funcionam como verdadeiras impressões digitais que cada arma imprime
nos projéteis.
Com base nessas “impressões digitais” é possível determinar de qual arma foi efetuado
um disparo e, por consequência, o tiro.
Em uma ocorrência policial com auto de resistência (Art. 292, CPP) é comum que as ar-
mas dos policiais sejam apreendidas pela autoridade policial para efetuar o confronto balísti-
co. E como isso é possível?
Bem, isso é possível devido a microcomparação balística. Claro que os estriamentos são
visíveis macroscopicamente, mas uma análise mais detalhada se faz necessária através da
microcomporação balística.
Em posse de um laudo balístico é possível delimitar todas as situações de ocorrências
com arma de fogo.
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O perito ao se deparar em sítio de ocorrência que envolva morte por arma de fogo deve
trabalhar com três linhas de levantamentos: homicídio, suicídio e tiro acidental, nessa
mesma ordem.
Locais de suicídio e tiro acidental: a arma de fogo é comumente encontrada (considerando
local íntegro).
Local de homicídio: a arma de fogo é menos comum ser encontrada.
Suicídio: o gatilho é acionado pelo dedo indicador quando atingido nas regiões das têmpo-
ras (regiões laterais da cabeça), auricular ou submentoniana (abaixo do queixo ou mandíbula);
o gatilho é acionado pelo polegar quando a região atingida é o hemitórax anterior esquerda
(lado do coração) ou cavidade bucal.
O tiro constuma ser único, mas se houver uma sobrevida consciente, podem ter dois; o
espasmo cadavérico pode produzir um segundo tiro.
Com medo de não concluir o intento, o suicida pode ter mais de uma arma no sítio da ocor-
rência ou mesmo um outro método letal presente na cena, como uma faca, por exemplo.
A posição dos braços do suicida deve ser natural, confortável, sem esforço, por isso, de-
terminadas áreas são incompatíveis com o suicídio, como a nuca, as costas, a calota craniana
superior. E quando a região é compatível com suicídio, se deve verificar se o trajeto do projétil
é compatível com a posição com o membro que acionou o gatilho.
No cadáver é verficado feridas do tipo pérfuro-contusas, que serão estudas em capítulo
posterior. Os orifícios de entrada e saída podem ser percebidos se o projétil incidiu obliqua-
mente, ortogonalmente ou tangencial a pele, formando uma saliência anatômica.
As armas, muniçoes e assessórios devem ser cuidadosamente periciados e um confronto
balístico se faz necessário para confimar se a arma encontrada no sítio da ocorrência foi a que,
de fato, ceifou a vida da vítima.
O impacto produzido pelo projétil poderá ser uma amolgadura ou mossa, um orifício trans-
fixante, uma escalavradura, impactos múltiplos.
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EXEMPLO
Um ferimento causado por um machado pode ser classificado como corto-contuso, quando
utilizado a parte da lâmina ou contuso se o ferimento for feito pelo lado oposto ao da lâmina,
compreende?
Em suma, cada evento é peculiar e o Perito encontrará na cena do crime um cenário bem
desfavorável devido a própria característica dos instrumentos utilizados na ação. Imagine um
ferimento mortal causado por uma foice!
Cabe ao profissional da perícia não se envolver emocionalmente com o sítio da ocorrência
para evitar tomar medidas que comprometam seu laudo pericial.
Vejamos agora os tipos de lesões provocadas:
• Ação Contundente: Pressão sobre os tecidos causadas por um instrumento sem lâmina
ou gume que deixa uma lesão do tipo fechada (contusa ou contusão). Suas bordas são
irregulares, cuja dimensão preponderante é a largura.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma madeira na cabeça da vítima- paulada- fere sem abrir os tecidos.
• Ação Cortante: Pressão aplicada por um instrumento com lâmina ou gume. A ação con-
siste em deslizar o instrumento causando uma ferida aberta (ferida incisa) de bordas
regulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por um estilete.
• Ação Perfurante: Ação de intensa pressão sobre o tecido, aplicado por instrumento pon-
tiagudo que produz uma lesão aberta (ferida punctória) de bordas regulares, cuja dimen-
são preponderante é a profundidade.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por um espeto de churrasco.
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• Ação dilacerante: Ação de maior deslizamento e menor pressão sobre o tecido, pro-
vocada por um instrumento cortante que rasga o tecido produzindo uma lesão aberta
(ferida lacerada ou dilacerada) de bordas irregulares, cuja dimensão preponderante é o
comprimento.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma superfície áspera.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma foice.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por um tiro (projétil de arma de fogo).
EXEMPLO
Uma punhalada.
EXEMPLO
Uma paulada com abertura do tecido.
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• Ação Constritora: Ação de pressão contínua sobre o tecido, aplicada por um instrumen-
to sem lâmina ou gume de formato linear e flexível, produzindo uma lesão fechada (sul-
co) de bordas regulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.
EXEMPLO
Um enforcamento.
• Ação Tratora: Tração e/ou torção do tecido, aplicada por um instrumento sem lâmina
ou gume, rasgando tecido, produzindo uma lesão aberta (ferida por arrancamento) de
bordas irregulares, de dimensões variáveis.
EXEMPLO
Uma pessoa tem seu braço preso a uma máquina industrial.
• Ação Compressora: Ação contínua sobre o tecido, aplicada por um instrumento sem
lâmina ou gume, de formato plano, produzida uma lesão fechada (esmagamento) de
bordas regulares, cuja dimensão preponderante é a largura.
EXEMPLO
Uma vítima de um deslizamento de terras o desabamento.
EXEMPLO
Uma vítima triturada em uma máquina industrial.
DICA
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Locais de Morte
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Os sinais claros de asfixia são a congestão visceral, que é a formação de petéquias (peque-
nas manchas vermelhas aglomeradas) e a cianose (descoloração azulada da pele e mucosas)
A morte por asfixia pode ser classificada como suicídios, homicídios ou acidentes.
(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 244) ensina que a asfixia pode ser classificada em três cate-
gorias, observe:
Sufocamento
Confinamento
Sufocamento propriamente dito
Sufocamento por oclusão
Estrangulamento
interna
Enforcamento
Asfixia por compressão
Estrangulamento com laço Asfixia Química
Asfixia traumática
Estrangulamento manual
Asfixia posicional
Esmagamento por pessoas
Asfixia por compressão
combinada com sufocamento
Sufocamento por gases
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Compreendida as três categorias de asfixia resta sabermos que cada sítio de ocorrência
dependerá, exclusivamente, do tipo de asfixia apresentada.
Vamos trazer à tona algumas formas de asfixia mais cobradas em provas.
Sufocamento
Oxigênio impedido de entrar em contato com o sangue. Didaticamente temos 6 modos de
sufocamento que o perito pode se deparar no sítio da ocorrência.
• 1. Confinamento: relacionados à locais fechados, onde lentamente o oxigênio vai se
esgotando. Esse tipo de morte é na maioria das vezes acidental.
EXEMPLO
Uma criança brincando de esconde-esconde em um baú antigo.
• 2. Sufocamento propriamente dito: a morte é causada por obstrução das vias respirató-
rias externas (nariz e boca). Esse tipo de morte são geralmente homicídios ou suicídios.
EXEMPLO
Uma pessoa morre com um saco plástico na cabeça.
EXEMPLO
Uma pessoa morre engasgada com um pedaço de carne.
• 4. Asfixia por compressão: a morte é causada por uma pressão que impede a respiração
em um movimento de fora para dentro. A maioria dos casos são acidentes, mas homi-
cídios podem ocorrer.
(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 247) divide asfixia por compressão em três tipos, observe:
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EXEMPLO
Após confusão generalizada em um estádio de futebol as pessoas correm em direção a única
saída, provocando empilhamento de pessoas umas sobre as outras.
EXEMPLO
Uma mãe, cansada da dura rotina, coloca seu bebê para dormir em sua cama. Durante a noite
ela se deita, acidentalmente, sobre o bebê, causando sua morte.
• 6. Sufocamento por gases: a morte ocorre pela redução do oxigênio no ambiente e au-
mento do dióxido de carbono ou metano, que são os asfixiantes mais comuns.
EXEMPLO
Um trabalhador, em uma mina de carvão, tem diminuído paulatinamente o oxigênio do local de
exploração. Essa relação de diminuição associada ao aumento de gases asfixiantes produzem
o resultado morte.
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DICA
Asfixia por
compressão
Sufocamento
Sufocamento Asfixia por mecânica Sufocamento
Confinamento por oclusão
propriamente dito compressão combinada por gases
interna
com
sufocamento
Obstrução
Substituição
Aprisionamento Obstrução das Pressão de das vias
do oxigênio
em locais vias aéreas Engasgamento fora para aéreas com
pelo dióxido
fechados externas dentro pressão
de carbono
externa
Estrangulamento
É a oclusão das veias e artérias que existem na região do pescoço, que são responsáveis
por irrigar a região da cabeça.
(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 249) apontam três formas de estrangulamento:
• 1. Estrangulamento com laço ou estrangulamento propriamente dito: a morte é causa-
da por um laço amarrado envolta do pescoço e apertado por uma força externa, mui-
tas vezes formando um plano horizontal sobrepondo a laringe ou à traqueia superior.
Nessa modalidade é comum um sulco, normalmente na região da nuca, onde fica as
mãos do agressor. Assim como, escoriações e contusões no pescoço, causados tanto
pelo agressor quanto pela vítima em um movimento de defesa. A doutrina Criminalística
aponta que suicídio por estrangulamento é extremamente raro. Já o estrangulamento
acidental pode ocorrer, embora menos frequente, quando uma pessoa tem uma peça de
vestuário presa a uma máquina de tração, por exemplo.
EXEMPLO
Uma vítima tem o seu pescoço envolto por um fio e o agressor puxa com o intuito de matar.
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Na maioria dos casos existem escoriações provocadas pelas unhas em um clássico movi-
mento de defesa.
Existem muitos métodos de esganadura, cada um deixa um vestígio diferente no sítio da
ocorrência e nas vítimas. Observe:
• 3. Enforcamento: a morte é produzida pela obstrução parcial ou total das vias respira-
tórias, venosas e arteriais da região do pescoço. Ocorre pela pressão externa produzida
pela ação da gravidade. A pessoa enforcada tem a morte ocasionada pela falta de oxi-
gênio no cérebro.
(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 262) ensinam que o bloqueio das vias aéreas superiores não é
condição necessária para produzir o enforcamento.
(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 249) apontam que fraturas são raras em enforcamentos ex-
trajudiciais. Já nos enforcamentos judiciais a altura da queda somada a pesos acoplados ao
corpo pode ocorrer até mesmo a decapitação.
Sítios de ocorrência de enforcamento:
a) Aspectos externos: no suicídio a vítima usa um nó corrediço no pescoço e a outra ponta
fixa em um local rígido que a permita apoiar seu peso total ou parcialmente. Pode ser usado
vários instrumentos, como: cordas, lenções, cintos, fios elétricos e por aí vai. A lesão (sulco) na
região do pescoço depende do material utilizado. Se for um material macio quase não há e se
for um material mais rígido o sulco pode ser maior.
(Shkrum & Ramsay, 2007, pp. 65, 83) ensinam que escoriações e lesões adjacentes são
sinais de estrangulamento. Faz muito sentido, pois tais sinais são de luta, resistência ou opo-
sição a morte, que são incompatíveis com suicídio.
Nós e cordas utilizados no enforcamento: são os objetos que, no sítio da ocorrência, me-
recem mais atenção por parte do perito.
As duas extremidades da corda devem ser analisadas, caso haja sinais de cortes recentes,
a parte excluída deve ser procurada no sítio da ocorrência. Assim como deve ser localizado o
instrumento que foi utilizado para cortar a corda (tesoura, faca, estilete)
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(StarK, 2005, p. 341) ensina que o indivíduo no intento suicida deverá ser capaz de colocar-
-se de maneira que o próprio peso possa ser utilizado para tensionar o laço e aplicar a pressão
necessária no pescoço.
No sítio da ocorrência o perito, montando o quebra-cabeça dos acontecimentos, deve de-
mostrar se a vítima tinha condições de executar os laços por si só e utilizar sozinha os móveis
usados para uma eventual escalada. Como poderia ser suicídio se a vítima não era capaz de
subir numa geladeira sozinha? Entende?
Ainda no sítio da ocorrência, analisando o nó utilizado na corda, o perito deve ter uma boa
compreensão dos diversos tipos de nós, assim como, levantar se a vítima era capaz de fazer
determinado nó. E ficar atento a nós profundamente elaborados, que não parecem ser de al-
guém que está se preparando para um evento tão crítico, o suicídio.
Um grande problema que o perito pode encontrar no sítio da ocorrência é quando familia-
res rompem o nó e cortam a corda com a finalidade de auxiliar o parente naquela situação.
O laço pode ser simples, dando apenas uma volta no pescoço ou múltiplas voltas, ocor-
rendo desde nós simples até mesmo nós mais elaborados que necessitam de um prévio co-
nhecimento.
(Shkrum & Ramsay, 2007, pp. 70, 77) ensinam que os cabelos também devem ser observa-
dos pelos peritos, pois cabelo preso pelo laço é um vestígio que há possibilidade de haver um
homicídio mascarado de suicídio. Pois entendem que a vítima, ao cometer suicídio, tendem a
colocar os cabelos por cima dos nós pela questão do conforto.
Em suicídios com suspensão total do corpo da vítima o perito deve buscar uma rota com
qual a vítima subiria sozinha até o local do enforcamento-rota de escalada.
b) Aspectos internos: tais aspectos são amplamente compreendidos na disciplina de Me-
dicina Legal. Porém, para efeito didático, falarei sobre os primeiros resultados esperados du-
rante a execução do enforcamento.
Com o corpo suspenso totalmente, a vítima pode perder a consciência dentro de 15-20
segundos e sofre danos cerebrais irreversíveis em 4-6 minutos.
O enforcamento é o tipo mais comum de morte por compressão do pescoço. Consiste na
compressão do pescoço por um laço ajustável e a outra extremidade colocada em um ponto
fixo que aguente o deslocamento do corpo da vítima. De resto, a gravidade se encarrega de
garantir a morte da vítima.
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RESUMO
Locais de Crimes Contra à Pessoa e Morte Violenta
Os crimes contra à pessoa são aqueles que afetam, imediatamente, qualquer ser humano.
Portanto, são crimes consubstanciados com a personalidade humana, como: a vida, a integri-
dade corporal, a honra e a liberdade de um indivíduo.
Segundo a classificação adotada pelo Criminalista Luiz Eduardo Dorea, a morfologia da
mancha diz muito a respeito do crime.
Com base nisso, é fundamental conhecer a hematologia forense, que é o ramo da biologia
forense que estuda manchas, salpicos e gotas de sangue na cena de um crime.
Tradicionalmente, as mortes violentas são classificadas em homicídio, suicídio ou aci-
dentes. Quando a doutrina Criminalística classifica o homicídio engloba os feminicídios, infan-
ticídios, mortes no exercício do dever, legítima defesa, mortes por necessidade e latrocínios,
que embora juridicamente não seja um crime contra à vida, encontra-se resguardado nessa
classificação.
Perceba que balística, numa concepção moderna, ocupa-se quase que exclusivamente de
armas de fogo. Portanto, vejamos o conceito básico de arma de fogo:
Cada arma disparada deixa vestígios únicos no projétil. Essas marcas são feitas pelas
raias dos canos, que funcionam como verdadeiras impressões digitais que cada arma imprime
nos projéteis.
Com base nessas “impressões digitais” é possível determinar de qual arma foi efetuado
um disparo e, por consequência, o tiro.
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O perito ao se deparar em sítio de ocorrência que envolva morte por arma de fogo deve
trabalhar com três linhas de levantamentos: homicídio, suicídio e tiro acidental, nessa
mesma ordem.
Suicídio: o gatilho é acionado pelo dedo indicador quando atingido nas regiões das têmpo-
ras (regiões laterais da cabeça), auricular ou submentoniana (abaixo do queixo ou mandíbula);
o gatilho é acionado pelo polegar quando a região atingida é o hemitórax anterior esquerda
(lado do coração) ou cavidade bucal.
No cadáver é verficado feridas do tipo pérfuro-contusas, que serão estudas em capítulo
posterior. Os orifícios de entrada e saída podem ser percebidos se o projétil incidiu obliqua-
mente, ortogonalmente ou tangencial a pele, formando uma saliência anatômica.
As manchas de esfumaçamentos, devido a proximidade do disparo como o tecido atingido,
devem ser observadas. E um exame residuográfico determina as fuligens nas superfícies que
estiveram próximas ao contato e podem ser encontradas também nas mãos do atirador.
Os instrumentos que causam ferimentos são classificados de acordo com o tipo de lesão
que produzem sobre os tecidos orgânicos, conforme o uso para qual foram criados.
• Ação Contundente: Pressão sobre os tecidos causadas por um instrumento sem lâmina
ou gume que deixa uma lesão do tipo fechada (contusa ou contusão). Suas bordas são
irregulares, cuja dimensão preponderante é a largura.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma madeira na cabeça da vítima — paulada — fere sem abrir os
tecidos.
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• Ação Cortante: Pressão aplicada por um instrumento com lâmina ou gume. A ação con-
siste em deslizar o instrumento causando uma ferida aberta (ferida incisa) de bordas
regulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por um estilete.
• Ação Perfurante: Ação de intensa pressão sobre o tecido, aplicado por instrumento pon-
tiagudo que produz uma lesão aberta (ferida punctória) de bordas regulares, cuja dimen-
são preponderante é a profundidade.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por um espeto de churrasco.
• Ação dilacerante: Ação de maior deslizamento e menor pressão sobre o tecido, provocada
por um instrumento cortante que rasga o tecido produzindo uma lesão aberta (ferida lace-
rada ou dilacerada) de bordas irregulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma superfície áspera.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma foice.
EXEMPLO
Uma lesão provocada por um tiro (projétil de arma de fogo).
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EXEMPLO
Uma punhalada.
EXEMPLO
Uma paulada com abertura do tecido.
• Ação Constritora: Ação de pressão contínua sobre o tecido, aplicada por um instrumen-
to sem lâmina ou gume de formato linear e flexível, produzindo uma lesão fechada (sul-
co) de bordas regulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.
EXEMPLO
Um enforcamento.
• Ação Tratora: Tração e/ou torção do tecido, aplicada por um instrumento sem lâmina
ou gume, rasgando tecido, produzindo uma lesão aberta (ferida por arrancamento) de
bordas irregulares, de dimensões variáveis.
EXEMPLO
Uma pessoa tem seu braço preso a uma máquina industrial.
• Ação Compressora: Ação contínua sobre o tecido, aplicada por um instrumento sem
lâmina ou gume, de formato plano, produzida uma lesão fechada (esmagamento) de
bordas regulares, cuja dimensão preponderante é a largura.
EXEMPLO
Uma vítima de um deslizamento de terras o desabamento.
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EXEMPLO
Uma vítima triturada em uma máquina industrial.
(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 244) ensina que a asfixia pode ser classificada em três cate-
gorias, observe:
Sufocamento
Confinamento
Sufocamento
propriamente dito
Sufocamento por oclusão
interna Estrangulamento
Asfixia por compressão Enforcamento
Asfixia Química
Asfixia traumática Estrangulamento com laço
Asfixia posicional Estrangulamento manual
Esmagamento por pessoas
Asfixia por compressão
combinada com
sufocamento
Sufocamento por gases
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EXEMPLO
Uma criança brincando de esconde-esconde em um baú antigo.
• 2. Sufocamento propriamente dito: a morte é causada por obstrução das vias respirató-
rias externas (nariz e boca). Esse tipo de morte são geralmente homicídios ou suicídios.
EXEMPLO
Uma pessoa morre com um saco plástico na cabeça.
EXEMPLO
Uma pessoa morre engasgada com um pedaço de carne.
• 4. Asfixia por compressão: a morte é causada por uma pressão que impede a respiração
em um movimento de fora para dentro. A maioria dos casos são acidentes, mas homi-
cídios podem ocorrer.
EXEMPLO
Após confusão generalizada em um estádio de futebol as pessoas correm em direção a única
saída, provocando empilhamento de pessoas umas sobre as outras.
EXEMPLO
Uma mãe, cansada da dura rotina, coloca seu bebê para dormir em sua cama. Durante a noite
ela se deita, acidentalmente, sobre o bebê, causando sua morte.
• 6. Sufocamento por gases: a morte ocorre pela redução do oxigênio no ambiente e au-
mento do dióxido de carbono ou metano, que são os asfixiantes mais comuns.
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EXEMPLO
Um trabalhador, em uma mina de carvão, tem diminuído paulatinamente o oxigênio do local de
exploração. Essa relação de diminuição associada ao aumento de gases asfixiantes produzem
o resultado morte.
(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 249) apontam três formas de estrangulamento:
• 1. Estrangulamento com laço ou estrangulamento propriamente dito: a morte é causa-
da por um laço amarrado envolta do pescoço e apertado por uma força externa, mui-
tas vezes formando um plano horizontal sobrepondo a laringe ou à traqueia superior.
Nessa modalidade é comum um sulco, normalmente na região da nuca, onde fica as
mãos do agressor. Assim como, escoriações e contusões no pescoço, causados tanto
pelo agressor quanto pela vítima em um movimento de defesa. A doutrina Criminalística
aponta que suicídio por estrangulamento é extremamente raro. Já o estrangulamento
acidental pode ocorrer, embora menos frequente, quando uma pessoa tem uma peça de
vestuário presa a uma máquina de tração, por exemplo.
EXEMPLO
Uma vítima tem o seu pescoço envolto por um fio e o agressor puxa com o intuito de matar.
Na maioria dos casos existem escoriações provocadas pelas unhas em um clássico movi-
mento de defesa.
Existem muitos métodos de esganadura, cada um deixa um vestígio diferente no sítio da
ocorrência e nas vítimas.
• 3. Enforcamento: a morte é produzida pela obstrução parcial ou total das vias respira-
tórias, venosas e arteriais da região do pescoço. Ocorre pela pressão externa produzida
pela ação da gravidade. A pessoa enforcada tem a morte ocasionada pela falta de oxi-
gênio no cérebro.
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EXERCÍCIOS
Responda TODAS as questões de acordo com os Conceitos iniciais sobre Criminalística.
Algumas questões das principais bancas e outras de autoria própria, tudo isso para ajudá-los
a massificar o conteúdo.
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b) O artigo 184 estabelece que, salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade
policial negará a perícia requerida pelas partes quando esta não for necessária ao esclareci-
mento da verdade.
c) O artigo 169, parágrafo único, impõe à autoridade policial a responsabilidade de registrar
qualquer alteração na cena do crime e quais são as suas consequências diretas na produção
da prova material.
d) O artigo 178 determina que o exame de corpo de delito e as demais perícias podem, em
casos definidos, ser solicitados diretamente a um perito específico.
e) O artigo 182 define que o juiz ficará adstrito ao laudo, devendo aceitá-lo no todo ou, ao me-
nos, em parte.
024. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) Qualquer elemento material que possa ter rela-
ções com a infração penal ou com o fato sob análise, cuja condição e posição no local inves-
tigado são resultantes da conduta humana, por ação ou omissão, corresponde a um vestígio.
BRASIL. Ministério da Justiça. Diretoria Técnico-Científica. Glossário de Ciências Forenses. Bra-
sil. Brasília-DF, 2016.
Com base na explicação apresentada, é correto afirmar que vestígios
a) verdadeiros ou associativos são aqueles que foram dispostos pelo autor para induzir o peri-
to criminal a descrever uma dinâmica diferente do fato real ocorrido.
b) ilusórios ou não associativos são aqueles que, de forma intencional, são colocados na cena
de crime para induzir uma dinâmica diferente do fato real ocorrido.
c) associativos ou verdadeiros são aqueles encontrados na cena de crime, mas que, porém,
não têm relação com o fato que se investiga.
d) ilusórios são aqueles encontrados na cena do crime que, todavia, não apresentam nenhuma
relação com o fato investigado.
e) forjados são aqueles que mantêm relação de causa e efeito com o ato criminoso e (ou) com
a dinâmica deste ou guardam, ainda, uma relação de identidade com a(s) vítima(s) e (ou) com
o(s) autor(es).
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A fotografia apresentada retrata o local de um acidente de trânsito com vítima fatal em que o
automóvel cinza (seta) saiu da pista e colidiu contra um poste de energia, produzido em con-
creto, assumindo a respectiva posição de repouso final alguns metros além do poste. Essa
pista de interesse é asfaltada, de mão dupla de direção, composta por uma faixa de trânsito
para cada sentido, separadas por linha simples seccionada de cor amarela e delimitada por
acostamento seguido de margem, em ambos os bordos. Considerando o sentido norte-sul,
havia uma ciclovia na margem esquerda.
Considere, para esse caso, a tabela fictícia de coeficientes de arraste/atrito específicos para o
local examinado, a seguir.
Considerando os vestígios materiais visíveis na fotografia, qual é a causa determinante mais
provável desse acidente?
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a) Desvio de direção
b) Ausência de reação
c) Reação tardia
d) Entrada inopinada
e) Perda de controle de direção
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c) O período de deslocamento até o local é importante para que sejam repassadas informa-
ções à equipe, bem como para que se possa acordar quaisquer procedimentos considerados
necessários de acordo com as peculiaridades já sabidas a respeito do local. É recomendável
que a hora de chegada seja registrada quando os peritos retornarem ao Instituto de Criminalís-
tica, ao final do plantão.
d) Durante o processamento do local, seguido à busca inicial, inicia-se uma busca mais minu-
ciosa, comumente definida como busca detalhada. Existem técnicas de busca detalhada que
auxiliam em uma varredura eficiente da área de interesse, como a busca em espiral, por qua-
drante e em linha. A técnica adequada é sempre pré-determinada de acordo com o estipulado
nos procedimentos operacionais padrão (POP) da seção e não muda de acordo com os locais.
e) Usualmente, o exame perinecroscópico, em conjunto com o exame das vestes que trajavam
o cadáver, são os primeiros a serem realizados pelos peritos no local, pois a perinecroscopia
revela ao perito possíveis movimentações da vítima ou entre está e os respectivos agressores,
no caso do homicídio, o tipo de instrumento usado e o local da morte, entre diversas outras
informações importantes.
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043. (INÉDITA/2022) As lesões podem ser provocadas por diversos objetos. Alguns desses
objetos não necessariamente foram criados para tais fim, como é o caso das foices e macha-
dos. Se um perito in loco se depara com uma vítima decapitada por uma foice, podemos dizer
que a vítima foi lesionada mortalmente por um objeto de ação corto-contundente.
044. (INÉDITA/2022) Um perito em um sítio de ocorrência constata que a vítima estava com
uma corda envolta ao pescoço. Observando mais atentamente viu que a vítima apresentava
lesão em formato linear, flexível, fechada e bordas regulares. O perito está diante de uma lesão
por natureza Constritora.
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íses que adotam essa prática, não ocorre a decapitação. Já o enforcamento extrajudicial, por
ser realizado às margens da legalidade, provocam a decapitação devido a somatória da altura
da queda aos pesos acoplados ao corpo da vítima.
047. (INÉDITA/2022) Na asfixia por gases, o sufocamento ocorre pela mistura indiscriminada
por produtos químicos asfixiantes.
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GABARITO
1. C 37. e
2. E 38. b
3. C 39. d
4. E 40. c
5. E 41. d
6. d 42. E
7. a 43. C
8. a 44. C
9. b 45. C
10. c 46. E
11. a 47. E
12. c
13. c
14. c
15. c
16. d
17. b
18. e
19. e
20. e
21. c
22. d
23. b
24. d
25. d
26. a
27. d
28. b
29. a
30. d
31. e
32. b
33. d
34. b
35. b
36. E
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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/DELEGADO/PCSE/2020) Com relação à investigação em local de crime, julgue
o item que se segue.
Acerca dos objetivos da investigação pericial em locais de crime contra a vida, julgue o
próximo item.
O levantamento de evidências que contribuam com a investigação possibilita o estabelecimen-
to da dinâmica dos acontecimentos.
O relatório de local de crime é um documento que registra os gráficos com informações tanto
objetivas quanto subjetivas de um crime sob a perspectiva dos investigadores e coordenados
pela autoridade policial.
Quando a questão se limita ao relato técnico é a mesma coisa de dizer: “o que vale é a palavra
do perito”. Pois bem, as conjecturas sobre o delito são construídas tanto pela autoridade poli-
cial e seus subordinados quanto pelo próprio perito por meio de análises, utilizando o método
científico (Princípio da Análise) para tal.
Errado.
Para resolver essa questão o candidato deve diferenciar vestígios, evidências e indícios. Observe:
Certo.
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Em primeiro lugar, relembremos o que diz o Artigo 159 e o Artigo 159, §1º, CPP:
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador
de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de
diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.
JURISPRUDÊNCIA
Segundo a pacífica jurisprudência desta Corte Superior, quando a conduta deixar ves-
tígios, o exame de corpo de delito é indispensável à comprovação da materialidade do
crime. O laudo pericial somente poderá ser substituído por outros elementos de prova se
os vestígios tiverem desaparecido por completo ou o lugar se tenha tornado impróprio
para a constatação dos peritos (AgRg REsp 1.622.139/MG, j. 22/05/2018)
Em suma, não existe hierarquia. Porém, o perito pode ser chamado para esclarecer questões
técnicas do laudo.
Errado.
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Primeiro, vamos relembrar o conceito de vestígio que está lá no Art. 158, § 3º, do CPP:
CPP, Art. 158, § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhi-
do, que se relaciona à infração penal.
CPP, Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais;
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Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas:
II – Isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o am-
biente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime.
CPP, Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o
fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.
Vale relembrar:
Letra b.
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Essa questão cobrou do candidato o conhecimento do Capítulo dos crimes contra o patrimô-
nio, que são eles:
• roubo;
• furto;
• furto qualificado;
• extorsão;
• extorsão mediante sequestro;
• dano;
• dano qualificado;
• apropriação indébita.
Lembrando que em crimes contra o patrimônio os vestígios são comumente encontrados atra-
vés dos danos que os criminosos causam ao violar o bem jurídico em tela. Os vestígios deixa-
dos pela jornada criminosa auxiliam na compreensão da dinâmica dos fatos.
Letra c.
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Falou em preservação, proteção, tutela ou qualquer outro sinônimo disso você deve associar a
CADEIA DE CUSTÓDIA, que é o conjunto de cautela que os profissionais da segurança pública
devem tomar para não contaminar o local de crime.
Letra c.
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O homicídio (Art. 121, CP) é um crime material, ou seja, necessita de um resultado naturalísti-
co, que no caso é a morte da vítima. Bem, se tem uma vítima obrigatoriamente tem um autor
do delito. Esse autor empregou um meio (instrumento) para se alcançar o resultado pretendi-
do-morte. O fato ocorreu em algum local e em um determinado tempo. Testemunha e preme-
ditação são dispensáveis.
Letra c.
Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com
procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
Letra d.
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Questão bem complexa que exigiu do candidato conhecimentos sobre os momentos históri-
cos que envolveram a Criminalística.
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a) Errada. O Código de Hamurabi (1800 A.C.) já apontava que a mera suspeita não poderia ser
capaz de imputar a alguém o cometimento de um delito, era necessário materialmente con-
feccionar provas para não haver nenhuma dúvida sobre a autoria e materialidade de um delito.
Apesar disso, a doutrina entende que o nascimento da Criminalística é atribuído a Hans Gross,
na sua obra Kriminalistik, no ano de 1893. Edmond Locard foi o primeiro a produzir provas
que foram aceitas em um tribunal, quando provou a morte de uma vítima por envenenamento
por nicotina.
b) Errada. Hans Gross foi muito importante no campo da Criminalística, mas a questão erra ao
atribuir o Princípio das Trocas a ele, pois quem formulou tal princípio foi o Edmond Locard –
Princípio das Trocas de Locard.
c) Errada. O primeiro laboratório forense dentro da estrutura da polícia foi criado em 1910 pelo
Edmond Locard, que passou a desenvolver atividades relacionadas à Criminalística em Lyon,
na França.
d) Errada. A Criminalística tem como base a Física, Química, Biologia, Geologia e Matemática,
que são consideradas como ciências naturais, assim como a própria Criminalística.
e) Certa.
Letra e.
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Silvio Duarte Santana
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a) Errada. Ao mencionar “rigor analítico menor” a questão incorre em erro, pois ainda é prema-
turo dizer se houve homicídio ou suicídio.
b) Errada. Encaminhar o instrumento da maneira em que foi encontrado pode gerar perigo a
todos os envolvidos na operação. Por exemplo, e se a arma estiver municiada? Por isso, deve
ser realizado todos os procedimentos de segurança com o armamento.
c) Certa.
d) Errada. Manchas encontrada sob os membros inferiores da vítima torna a assertiva incorre-
ta. Nos membros superiores ficaria mais correta.
e) Errada. O erro da questão é dizer que (suabes: chumaço de algodão ou qualquer outro
material absorvente) utilizado para coletar materiais genéticos, por exemplo, não podem ser
coletados no sítio da ocorrência.
Letra c.
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EXEMPLO
Imagine um homicídio onde a vítima fora morta sob tortura em vários locais antes do desfecho
final.
Letra d.
Existe uma forte tendência que as provas de concursos para os cargos de perito cobrem a Le-
gislação que envolva o rito processual da perícia, perceba:
a) Errada.
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.
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b) Certa.
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
c) Errada.
Art. 169. Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e
discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
d) Errada.
Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição,
juntando-se ao processo o laudo assinado pelos peritos.
e) Errada.
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Letra b.
024. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) Qualquer elemento material que possa ter rela-
ções com a infração penal ou com o fato sob análise, cuja condição e posição no local inves-
tigado são resultantes da conduta humana, por ação ou omissão, corresponde a um vestígio.
BRASIL. Ministério da Justiça. Diretoria Técnico-Científica. Glossário de Ciências Forenses. Bra-
sil. Brasília-DF, 2016.
Com base na explicação apresentada, é correto afirmar que vestígios
a) verdadeiros ou associativos são aqueles que foram dispostos pelo autor para induzir o peri-
to criminal a descrever uma dinâmica diferente do fato real ocorrido.
b) ilusórios ou não associativos são aqueles que, de forma intencional, são colocados na cena
de crime para induzir uma dinâmica diferente do fato real ocorrido.
c) associativos ou verdadeiros são aqueles encontrados na cena de crime, mas que, porém,
não têm relação com o fato que se investiga.
d) ilusórios são aqueles encontrados na cena do crime que, todavia, não apresentam nenhuma
relação com o fato investigado.
e) forjados são aqueles que mantêm relação de causa e efeito com o ato criminoso e (ou) com
a dinâmica deste ou guardam, ainda, uma relação de identidade com a(s) vítima(s) e (ou) com
o(s) autor(es).
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Estamos diante das chamadas causas imediatas, diretas ou perpetuantes, que guardam uma
íntima e determinante relação com o ocorrido, estão diretamente ligadas ao tempo, lugar e
grau com o resultado. Conditio sine qua non = Condição sem a qual, não.
Portanto, ao ser afastada a causa determinante o fato não ocorria.
Letra d.
Criminalística é uma ciência natural que se apoia em outras ciências naturais (Física, Química
e Biologia) sobre a qual recai a prova pericial. E sua finalidade é demonstrar materialmente a
dinâmica dos fatos que servirão para qualquer tipo de crime que deixe vestígios.
Letra a.
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d) Hans Gross.
e) Gilberto Porto.
Candidatos, é imprescindível que memorizem dois nomes muito importantes para a Criminalís-
tica: Hans Gross e Edmond Locard. O primeiro é considerado o pai da Criminalística. O segun-
do criou o “Princípio das Trocas de Locard”. Saliento que cada um nome apresentado nessa
questão contribuiu sensivelmente para a Criminalística moderna, perceba:
• Oscar Freire: Foi também o sucessor de Nina Rodrigues na cátedra de Medicina Legal,
lente da Faculdade de Medicina e diretor do Serviço Médico Legal da Polícia. Em 1912,
juntamente com Alfredo Britto, diretor da mesma Faculdade, e com a ajuda de Josino
Cotias, pôs em execução o plano de Nina Rodrigues, que era a construção de um institu-
to médico-legal. Criou-se, assim o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Freire
• Edmond Locard: Foi um pioneiro da Ciência Forense, conhecido também como o Sher-
lock Holmes da França. Formulou o princípio básico de ciência forense: “Todo contato
deixa uma marca”, que ficou conhecido como o princípio de Troca de Locard. Como todo
princípio, baseia-se em uma ideia simples, mas de grande profundidade.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Edmond_Locard
• Hans Gross: Foi um jurista e criminalista austríaco, criador da estratégia de perfil crimi-
nal, técnica utilizada para identificar possíveis suspeitos e para ligar crimes que podem
ter sidos cometidos pela mesma pessoa. Para ele, a Criminalística era uma ciência auxi-
liar ao sistema jurídico penal.
Fonte: https://sindpericiasgo.com.br/hans-gross-o-pai-da-criminalistica-como-conhecemos/
• Gilberto Porto: Autor de vários livros e ensaios nos campos do Processo Civil, Processo
Constitucional e Direito Civil. Agraciado com diversos prêmios profissionais e comen-
das. Consultor e Advogado com atuação nos Tribunais do RS, STJ e STF.
Fonte: http://lattes.cnpq.br/3003836743283862
Letra d.
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Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para
manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes,
para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimen-
tos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da
prova pericial fica responsável por sua preservação.
Portanto, estão todas as assertivas corretas, exceto o item II, que diz que a responsabilidade é
do perito. Como vimos a responsabilidade da cadeia de custódia passa pelo primeiro policial a
chegar no sítio da ocorrência, pela autoridade policial e, após isso, o perito.
Letra b.
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“Todo contato deixa uma marca” consagrou o Princípio da Troca de Locard, criado por Ed-
mond Locard. Perceba que em várias bancas examinadoras esse princípio é cobrado, tornando
um dos mais importantes da Criminalística para fins de provas.
Letra a.
Toda MATÉRIA BRUTA, após depuração, que guarda relação com o fato é chamada de VES-
TÍGIOS. VESTÍGIOS é encontrado no local do crime e após análise e interpretação dos peritos
pode vir a ser uma PROVA.
Observe o que temos na Legislação:
CPP, Art. 158-A, § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou reco-
lhido, que se relaciona à infração penal.
Letra d.
A fotografia apresentada retrata o local de um acidente de trânsito com vítima fatal em que o
automóvel cinza (seta) saiu da pista e colidiu contra um poste de energia, produzido em con-
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creto, assumindo a respectiva posição de repouso final alguns metros além do poste. Essa
pista de interesse é asfaltada, de mão dupla de direção, composta por uma faixa de trânsito
para cada sentido, separadas por linha simples seccionada de cor amarela e delimitada por
acostamento seguido de margem, em ambos os bordos. Considerando o sentido norte-sul,
havia uma ciclovia na margem esquerda.
Considere, para esse caso, a tabela fictícia de coeficientes de arraste/atrito específicos para o
local examinado, a seguir.
Considerando os vestígios materiais visíveis na fotografia, qual é a causa determinante mais
provável desse acidente?
a) Desvio de direção
b) Ausência de reação
c) Reação tardia
d) Entrada inopinada
e) Perda de controle de direção
Observando a fotografia note que houve uma abrupta mudança de direção, que fica evidente
pelas marcas na pista. Pela condição da pista molhada, possivelmente, houve aquaplanagem
— “fenômeno” em que o carro começa a deslizar sobre uma camada de água, perdendo o con-
tato com o solo —, por isso, perda do controle da direção causou o acidente fatal.
Letra e.
a) Errada. As marcas escuras, devido ao atrito da borracha dos pneus com a malha asfáltica,
aliados à trajetória curva, indicam derrapagem.
b) Certa.
c) Errada. O Sistema ABS (Anti-lock Braking System) que é um sistema eletrônico que evita
justamente que as rodas travem durante a derrapagem, fornece um padrão de marcas intermi-
tentes, ou seja, ocorrem de maneira “picotada”.
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EXEMPLO
Argila, gesso, cimento etc.
E o nome da principal técnica (existem outras que geralmente não são cobradas em provas)
para levantamento dessas pegadas é a modelagem.
Letra d.
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mes inicialmente identificadas como um determinado tipo de local se revelem como sendo
outro, como cenas de aparente suicídio ou acidente que posteriormente se revelam um homi-
cídio, ou o inverso.
c) O período de deslocamento até o local é importante para que sejam repassadas informa-
ções à equipe, bem como para que se possa acordar quaisquer procedimentos considerados
necessários de acordo com as peculiaridades já sabidas a respeito do local. É recomendável
que a hora de chegada seja registrada quando os peritos retornarem ao Instituto de Criminalís-
tica, ao final do plantão.
d) Durante o processamento do local, seguido à busca inicial, inicia-se uma busca mais minu-
ciosa, comumente definida como busca detalhada. Existem técnicas de busca detalhada que
auxiliam em uma varredura eficiente da área de interesse, como a busca em espiral, por qua-
drante e em linha. A técnica adequada é sempre pré-determinada de acordo com o estipulado
nos procedimentos operacionais padrão (POP) da seção e não muda de acordo com os locais.
e) Usualmente, o exame perinecroscópico, em conjunto com o exame das vestes que trajavam
o cadáver, são os primeiros a serem realizados pelos peritos no local, pois a perinecroscopia
revela ao perito possíveis movimentações da vítima ou entre está e os respectivos agressores,
no caso do homicídio, o tipo de instrumento usado e o local da morte, entre diversas outras
informações importantes.
a) Errada. A cadeia de custódia começa quando o primeiro policial chegar ao local do possí-
vel delito.
b) Certa.
c) Errada. A chegada deve ser registrada quando os peritos retornarem ao Instituto de Crimi-
nalística e não ao término do plantão. Isso para que o lapso temporal não o faça esquecer de
algum detalhe importante.
d) Errada. As técnicas de varredura mudam de acordo com cada sítio de ocorrência. É inviável
se adotar as mesmas técnicas para locais diferentes.
EXEMPLO
Um quarto de hotel é diferente de uma margem de um rio, logo, deve-se adotar técnicas distintas.
e) Errada. O exame perinecroscópico é muito importante, pois através dele é possível colher
vestígios no próprio cadáver para tentar conhecer a dinâmica dos fatos. Agora, não necessa-
riamente deve ser o primeiro a ser realizado.
Letra b.
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a) As mortes decorrentes de acidente não podem ser consideradas violentas, pois, por elas se
tratarem de casos fortuitos, não produzem consequências penais.
b) Os locais de morte aparentemente natural costumam ser escassos em vestígios, já que
normalmente há uma única pessoa envolvida (a própria vítima) e ela não contribui intencional-
mente para o resultado.
c) Nos casos de morte aparentemente natural, o exame perinecroscópico deve ser realizado
de forma mais superficial e rápida, já que se trata apenas de uma constatação da ausência
de um crime.
d) O exame de um local de acidente deve seguir a mesma dinâmica do exame de um local de
homicídio, de modo a se usar o mesmo rigor analítico, uma vez que os vestígios encontrados
costumam ser semelhantes.
e) É comum encontrar vestígios de arrombamento em locais de morte aparentemente natural.
O perito criminal não deve se apegar a esses elementos, já que eles podem ser explicados pelo
fato de que vizinhos e (ou) parentes costumam buscar contato por meio do acesso à residên-
cia da suposta vítima.
a) Errada. Os locais de acidentes podem ser considerados violentos, pois não são exatamente
as consequências penais que classificam tais locais e, sim, as circunstâncias fáticas que en-
volvem o evento.
b) Certa. Em mortes comprovadamente naturais o fator surpresa é determinante, pois em regra
não existem atos executórios para chegar ao resultado morte, como no caso de um homicídio.
c) Errada. Tanto em mortes aparentemente naturais quanto em homicídios o exame no cadá-
ver (perinecroscópico) deve ser realizado com o mesmo rigor analítico, pois até então não é
sabido a causa da morte (causa mortis).
d) Errada. Realmente o rigor analítico em ambos os cenários devem ser os mesmos, agora,
dizer que deixam vestígios semelhantes a questão pecou mortalmente.
e) Errada. Na verdade é incomum encontrar arrombamento em locais de morte natural, pois a
morte é inesperada e, via de regra, não há atos executórios voluntários para que se chegue ao
resultado morte.
Letra b.
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Mais uma questão da Banca Cespe/Cebraspe cobrando do candidato sobre a Cadeia de Custó-
dia, que se inicia a partir da chegada do primeiro policial ao local da ocorrência – Art. 158-A, CPP.
Errado.
a) Errada. O exame de corpo de delito por meio da autópsia é que se destina a apontar a causa
morte (causa mortis), que deve ser realizado no Instituto de Medicina Legal – Art. 162, CPP.
b) Errada. Durante o próprio exame pericial ocorre a individualização da vítima.
c) Errada. O local relacionado que abrange o entorno do exame de corpo de delito é denomina-
do imediato.
d) Errada. Os locais de crimes, no aspecto espacial, podem ser classificados em local imediato,
mediato e relacionado.
e) Certa. Art. 162, PU, CPP.
Art. 162, PU, Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem
precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.
Letra e.
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Letra b.
Sobre a alternativa “B” – Ainda que haja interação entre os policiais envolvidos na ocorrência e
o delito é necessário haver o exame de local de crime, porém, cabe aos próprios peritos apon-
tarem no relatório o grau de comprometimento.
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Sobre a alternativa “C” – Ainda não ocorreu de fato um crime que deixa vestígio (não transeun-
tes), portanto, não há necessidade de realização de exame de local de crime sem um crime.
Sobre a alternativa “D” – A própria Lei n. 11.343/06 (Lei de Drogas) diz que as plantações de-
vem ser destruídas imediatamente e recolhidas porções suficientes para realização de exames
periciais e, além do mais, a própria mata é o local do cometimento do crime.
Letra c.
O Luminol é um teste de altíssima sensibilidade que reage em superfícies ainda que tenham
sido lavadas por produtos químicos. Atualmente, é o método de interpretação de vestígios de
sangue mais usuais no mundo da perícia.
Errado.
043. (INÉDITA/2022) As lesões podem ser provocadas por diversos objetos. Alguns desses
objetos não necessariamente foram criados para tais fim, como é o caso das foices e macha-
dos. Se um perito in loco se depara com uma vítima decapitada por uma foice, podemos dizer
que a vítima foi lesionada mortalmente por um objeto de ação corto-contundente.
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044. (INÉDITA/2022) Um perito em um sítio de ocorrência constata que a vítima estava com
uma corda envolta ao pescoço. Observando mais atentamente viu que a vítima apresentava
lesão em formato linear, flexível, fechada e bordas regulares. O perito está diante de uma lesão
por natureza Constritora.
Ocorre justamente o contrário. No enforcamento judicial a vítima tem somado ao corpo pesos
para garantir uma morte mais rápida. No enforcamento extrajudicial não ocorre tal preocupa-
ção, embora o intento morte seja o ponto em comum entre essas duas modalidades.
Errado.
047. (INÉDITA/2022) Na asfixia por gases, o sufocamento ocorre pela mistura indiscriminada
por produtos químicos asfixiantes.
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A asfixia por gases ocorre pela diminuição do oxigênio no ambiente e aumento do dióxido de
carbono ou metano. Com isso, lentamente, o ambiente vai sendo tomado por esses gases
asfixiantes.
Errado.
Obrigado.
Boa sorte em sua jornada!
Até a próxima.
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