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CRIMINALÍSTICA

Locais de Morte

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
CRIMINALÍSTICA
Locais de Morte
Silvio Duarte Santana

Sumário
Apresentação......................................................................................................................................................................3
Locais de Morte.................................................................................................................................................................4
Locais de Crimes Contra à Pessoa e Morte Violenta...................................................................................4
Local de Morte por Arma de Fogo...........................................................................................................................7
Local de Morte Provocada por Asfixia...............................................................................................................13
Sufocamento......................................................................................................................................................................14
Estrangulamento............................................................................................................................................................16
Resumo.................................................................................................................................................................................19
Exercícios............................................................................................................................................................................26
Gabarito...............................................................................................................................................................................40
Gabarito Comentado.....................................................................................................................................................41

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Locais de Morte
Silvio Duarte Santana

Apresentação
Salve guerreiro(a), tudo bem? Sou o professor Silvio Santana e é com imensa satisfação
que ministrarei o curso de Criminalística.
Caso você tenha Instagram, siga-me e me acompanhe nesta rede social: @profsilvio_san-
tana. Sempre posto muitos conteúdos relacionados às carreiras policiais.
Antes de você iniciar os seus estudos, irei contá-lo(a) um pouco sobre minha trajetória,
para que eu chegasse até aqui, diante de você, para contribuir com a sua futura aprovação.
Minha primeira graduação foi em Física, que me possibilitou seguir por 17 anos no magis-
tério lecionando para o Ensino Médio e Faculdades da região do Distrito Federal. Após conclu-
são de um Mestrado, dediquei-me arduamente ao ramo dos concursos públicos, onde obtive
algumas aprovações que mudaram a minha história e de minha família.
Iniciei a vida de concurseiro sendo aprovado no concurso da Secretaria de Educação do
Distrito Federal no ano de 2010, onde pude exercer a função de professor. Porém, o sangue
policial falou mais alto e em 2010 comecei o projeto visando as carreiras policiais. Procurei
graduar-me em direito e especializar-me em Direito Constitucional, onde pude lecionar direito
com foco nas carreiras policiais em diversos cursos preparatórios do Distrito Federal.
Obtive diversas aprovações, como: Oficial de Justiça, Polícia Militar do Distrito Federal, Ins-
tituto Federal de Educação e, atualmente, sou policial no Estado de Goiás.
A minha rotina de estudos e a minha guinada de vida (professor para policial) aconteceram
motivada por um sentimento ímpar de ser policial. De certo não abandonei a carreira de magis-
tério e exerço as duas funções com muito afinco e responsabilidade.

Suporte

Informo-lhe que me coloco à disposição para sanar qualquer dúvida que você tenha sobre
o conteúdo das aulas.
Ter dúvidas é muito importante. São as dúvidas que nos ajudam a evoluir, a crescer como
estudante. Tirar dúvidas é primordial. Quando você faz uma pergunta sobre algo que não com-
preendeu perfeitamente e recebe uma resposta com qualidade, que é o que farei para você,
aquele conteúdo entra em local de destaque dentro de sua memória.
Sendo assim, peço-lhe encarecidamente: tenha dúvidas; tire suas dúvidas.
Gostaria de solicitar que você avalie este material!
Vamos começar nosso estudo?
Vamos à luta?
Bons estudos!

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Locais de Morte
Silvio Duarte Santana

LOCAIS DE MORTE
Locais de Crimes Contra à Pessoa e Morte Violenta
Os crimes contra à pessoa são aqueles que afetam, imediatamente, qualquer ser humano.
Portanto, são crimes consubstanciados com a personalidade humana, como: a vida, a integri-
dade corporal, a honra e a liberdade de um indivíduo.
Para se comprovar a autoria e materialidade desses delitos é necessário que o sítio da
ocorrência seja devidamente periciado.
A análise de manchas de sangue em forma líquida ou crosta são elementares para a com-
preensão de toda dinâmica envolvida na ação criminal.
Segundo a classificação adotada pelo Criminalista Luiz Eduardo Dorea, a morfologia da
mancha diz muito a respeito do crime.
Com base nisso, é fundamental conhecer a hematologia forense, que é o ramo da biologia
forense que estuda manchas, salpicos e gotas de sangue na cena de um crime.
A hematologia forense tem o intuito de fornecer informações sobre:

Em posse dessas informações o perito criminal consegue fazer uma leitura muito especí-
fica da cena do crime e, com isso, chegar a autoria e materialidade do delito, que consiste em
obter a verdade real sobre o fato.
A hematologia analítica, que é a interpretação dos vestígios de sangue na cena do crime,
é o teste mais importante para se identificar uma mancha de sangue suspeita. A dinâmica da
mancha de sangue tem muito a dizer sobre os acontecimentos que antecederam a morte da
vítima. Essa interpretação de vestígios consiste em: testes de orientação, testes de lumines-
cência e testes de certeza e origem humana.

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Testes de
Testes de Testes de Certeza e origem
Orientação ou
Luminescência humana
Presuntivos

Verificação de gotas
Verificação se determinada amostra de
Verificação Rápida de sangue ainda que a
material biológico é sangue
superfície seja lavada

Teste de altissíma Menos sensíveis que o teste de


Teste impreciso
sensibilidade orientação

Reagente
Atividade Enzimpatica Reação de alguns compostos que
quimioluminescente
da Hemoglobina insolúveis em água formando cristais
que reage com o sangue

Principal teste:
Reagente mais
oxidação da O reagente depende do tipo de teste
conhecido: Luminol
fenolftaleína

1. Cristais de Teichman: a substância


química (Potássio + Ácido Acético)
Metodologia: pequena Metodologia: Aplica-
reagem com a hemoglobina e o
amostra de sangue se o produto na
aquecimento resultante gera CRISTAIS.
coletada + pequena superfície desejada e
2. Cristais de Takayama: a hemoglobina
gota de fenolftaleína o mesmo emitirá uma
se liga a moléculas nitrogenadas
+ gota de água luminescência vista que
formando CRISTAL.
oxigenada= POSITIVO pode ser vista a olho nu
3. Mecanismos imunológicos: reações
se coloração rósea em ambientes escuros.
de anticorpos contra componentes das
moléculas do corpo humano.

Nesse primeiro plano vimos as principais maneiras de se levantar vestígios de sangue hu-
mano em locais de crimes contra à pessoa.
Por característica, os crimes contra à pessoa deixam resíduos que podem dizer muito so-
bre a dinâmica dos fatos.
Agora, vejamos como as manchas de sangue se comportam em uma cena de crime, esta-
mos falando da Hematologia Forense Reconstrutora. Uma boa análise pericial nessa circuns-
tância levanta indícios poderosos, como: posição da vítima e do agressor, a rota de fuga, a
arma empregada, a intensidade e distância do uso de uma determinada arma e, muitas vezes,
incluir ou excluir suspeitos.

EXEMPLO
Imagine que ao se verificar as manchas de sangue em uma cena de crime foi possível consta-
tar que o agressor efetuou um disparo de arma de fogo a altura de 1,89 metros. Fica bem mais
fácil excluir ou incluir suspeitos, não é verdade?

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A Hematologia Forense Reconstrutora tem as seguintes características:


• Coloração: As manchas mais recentes apresentam um grau de umidade maior e sua colo-
ração varia do vermelho-castanho a castanho-escuro. Já as manchas menos recentes são
secas e apresentam aspecto fendilhado com escamas brilhantes e coloração esverdeada.
• Idade da Mancha: Depende basicamente de dois fatores: cor e grau de solubilidade. A
cor delimita a idade da mancha, porém essa variação depende de fatores ambientais,
tais como: umidade, temperatura, intensidade de luz, putrefação e agentes químicos en-
volvidos no local. E enquanto a solubilidade, que é a capacidade de se dissolver, quanto
mais recente for a mancha maior seu grau de solubilidade.
• Topografia das Manchas: Topologia das Manchas é a disposição ou colocação do ca-
dáver na cena do crime. Com isso é possível verificar se o cadáver foi deslocado de um
ponto a outro, se a vítima caminhou após ser ferida, quais os passos que a vítima deu,
qual posição a vítima estava, portanto, toda a dinâmica após o ferimento.
• Formas da Mancha: Determina a altura, o ângulo e a violência do que atingiu a vítima,
observe:

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• Quantidade de sangue perdido: Determina a quantidade de sangue que a vítima perdeu


no local da ocorrência, com isso, é possível inferir se houve mais de um local de atos
executórios. Numa hemorragia externa o perito, por meio de um cálculo do volume de
sangue encontrado na cena de um crime, chega à quantidade de sangue perdido.

Em suma, locais de crimes causados por morte violenta a disposição do sangue da vítima
contribui e muito para se descobrir a dinâmica dos acontecimentos dos delitos.
Tradicionalmente, as mortes violentas são classificadas em homicídio, suicídio ou aciden-
tes. Quando a doutrina Criminalística classifica o homicídio engloba os feminicídios, infanticídios,
mortes no exercício do dever, legítima defesa, mortes por necessidade e latrocínios, que embora
juridicamente não seja um crime contra à vida, encontra-se resguardado nessa classificação.

Local de Morte por Arma de Fogo


Para (Rabello, 2005) “arma é todo objeto concebido e executado com a finalidade espe-
cífica ou predominante de ser utilizada pelo homem para o ataque ou defesa”. Arma pode ser
classificada como:

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Perceba que balística, numa concepção moderna, ocupa-se quase que exclusivamente de
armas de fogo. Portanto, vejamos o conceito básico de arma de fogo:

Arma de fogo: tipo capaz de disparar um ou mais projéteis em alta velocidade


devido a ação pneumática provocada pela expansão dos gases resultantes da
queima de um propelente de alta velocidade.

Guerreiro (a), usualmente utilizamos as palavras disparo e tiro como sinônimos, certo?
Pois bem, para fins de prova da disciplina Criminalística não é bem assim que a banda toca.
Realmente é necessário separarmos quem é quem nessa farândola.

Portanto, entendam que disparo é todo o funcionamento dos mecanismos da arma, todas
as peças, todo os conjuntos necessários para que seja lançado o projétil em direção a um alvo,
que chamamos de tiro.
Porém, ressalto que é importante que o candidato(a) saiba que a balística forense tem um
pepel fundamental na elucidação de delitos praticados por armas de fogo.
Cada arma disparada deixa vestígios únicos no projétil. Essas marcas são feitas pelas
raias dos canos, que funcionam como verdadeiras impressões digitais que cada arma imprime
nos projéteis.
Com base nessas “impressões digitais” é possível determinar de qual arma foi efetuado
um disparo e, por consequência, o tiro.
Em uma ocorrência policial com auto de resistência (Art. 292, CPP) é comum que as ar-
mas dos policiais sejam apreendidas pela autoridade policial para efetuar o confronto balísti-
co. E como isso é possível?
Bem, isso é possível devido a microcomparação balística. Claro que os estriamentos são
visíveis macroscopicamente, mas uma análise mais detalhada se faz necessária através da
microcomporação balística.
Em posse de um laudo balístico é possível delimitar todas as situações de ocorrências
com arma de fogo.

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O perito ao se deparar em sítio de ocorrência que envolva morte por arma de fogo deve
trabalhar com três linhas de levantamentos: homicídio, suicídio e tiro acidental, nessa
mesma ordem.
Locais de suicídio e tiro acidental: a arma de fogo é comumente encontrada (considerando
local íntegro).
Local de homicídio: a arma de fogo é menos comum ser encontrada.

Suicídio: o gatilho é acionado pelo dedo indicador quando atingido nas regiões das têmpo-
ras (regiões laterais da cabeça), auricular ou submentoniana (abaixo do queixo ou mandíbula);
o gatilho é acionado pelo polegar quando a região atingida é o hemitórax anterior esquerda
(lado do coração) ou cavidade bucal.
O tiro constuma ser único, mas se houver uma sobrevida consciente, podem ter dois; o
espasmo cadavérico pode produzir um segundo tiro.
Com medo de não concluir o intento, o suicida pode ter mais de uma arma no sítio da ocor-
rência ou mesmo um outro método letal presente na cena, como uma faca, por exemplo.
A posição dos braços do suicida deve ser natural, confortável, sem esforço, por isso, de-
terminadas áreas são incompatíveis com o suicídio, como a nuca, as costas, a calota craniana
superior. E quando a região é compatível com suicídio, se deve verificar se o trajeto do projétil
é compatível com a posição com o membro que acionou o gatilho.
No cadáver é verficado feridas do tipo pérfuro-contusas, que serão estudas em capítulo
posterior. Os orifícios de entrada e saída podem ser percebidos se o projétil incidiu obliqua-
mente, ortogonalmente ou tangencial a pele, formando uma saliência anatômica.
As armas, muniçoes e assessórios devem ser cuidadosamente periciados e um confronto
balístico se faz necessário para confimar se a arma encontrada no sítio da ocorrência foi a que,
de fato, ceifou a vida da vítima.
O impacto produzido pelo projétil poderá ser uma amolgadura ou mossa, um orifício trans-
fixante, uma escalavradura, impactos múltiplos.

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As manchas de esfumaçamentos, devido a proximidade do disparo como o tecido atingido,


devem ser observadas. E um exame residuográfico determina as fuligens nas superfícies que
estiveram próximas ao contato e podem ser encontradas também nas mãos do atirador.
Local de Morte por Instrumentos Contundentes, Cortantes, Perfurantes ou Mistos
Os instrumentos que causam ferimentos são classificados de acordo com o tipo de lesão
que produzem sobre os tecidos orgânicos, conforme o uso para qual foram criados.
Mas é importante ressaltar que não é o instrumento que determina a lesão, e sim o tipo de
ação que o instrumento atinge os tecidos orgânicos.

EXEMPLO
Um ferimento causado por um machado pode ser classificado como corto-contuso, quando
utilizado a parte da lâmina ou contuso se o ferimento for feito pelo lado oposto ao da lâmina,
compreende?

Em suma, cada evento é peculiar e o Perito encontrará na cena do crime um cenário bem
desfavorável devido a própria característica dos instrumentos utilizados na ação. Imagine um
ferimento mortal causado por uma foice!
Cabe ao profissional da perícia não se envolver emocionalmente com o sítio da ocorrência
para evitar tomar medidas que comprometam seu laudo pericial.
Vejamos agora os tipos de lesões provocadas:
• Ação Contundente: Pressão sobre os tecidos causadas por um instrumento sem lâmina
ou gume que deixa uma lesão do tipo fechada (contusa ou contusão). Suas bordas são
irregulares, cuja dimensão preponderante é a largura.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma madeira na cabeça da vítima- paulada- fere sem abrir os tecidos.

• Ação Cortante: Pressão aplicada por um instrumento com lâmina ou gume. A ação con-
siste em deslizar o instrumento causando uma ferida aberta (ferida incisa) de bordas
regulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por um estilete.

• Ação Perfurante: Ação de intensa pressão sobre o tecido, aplicado por instrumento pon-
tiagudo que produz uma lesão aberta (ferida punctória) de bordas regulares, cuja dimen-
são preponderante é a profundidade.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por um espeto de churrasco.
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• Ação dilacerante: Ação de maior deslizamento e menor pressão sobre o tecido, pro-
vocada por um instrumento cortante que rasga o tecido produzindo uma lesão aberta
(ferida lacerada ou dilacerada) de bordas irregulares, cuja dimensão preponderante é o
comprimento.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma superfície áspera.

• Agora, vejamos as lesões mistas:


• Ação Corto-contundente: Ação de grande pressão sobre o tecido provocada por instru-
mento com lâmina ou gume, que corta o tecido e produz lesão aberta (ferida corto-con-
tusa) de bordas irregulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma foice.

• Ação Perfuro-contundente: Ação de pressão sobre o tecido provocada por um instru-


mento sem ponta e sem lâmina ou gume, produzindo uma lesão aberta (ferida pérfuro-
-contusa) de bordas regulares, cuja dimensão preponderante é a profundidade.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por um tiro (projétil de arma de fogo).

• Ação Perfuro-cortante: Ação de pressão sobre o tecido provocada por um instrumento


de ponta e com lâmina ou gume, produzindo uma lesão aberta (ferida pérfuro–incisa)
de bordas regulares, cuja dimensão preponderante é a profundidade.

EXEMPLO
Uma punhalada.

• Ação Lacero–contundente: Ação de maior pressão e menor deslizamento sobre o teci-


do, aplicada por um instrumento sem lâmina ou gume que rasga o tecido, produzindo
uma lesão aberta (ferida Lacero-contusa) de bordas irregulares e dimensão variável.

EXEMPLO
Uma paulada com abertura do tecido.

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• Ação Constritora: Ação de pressão contínua sobre o tecido, aplicada por um instrumen-
to sem lâmina ou gume de formato linear e flexível, produzindo uma lesão fechada (sul-
co) de bordas regulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.

EXEMPLO
Um enforcamento.

• Ação Tratora: Tração e/ou torção do tecido, aplicada por um instrumento sem lâmina
ou gume, rasgando tecido, produzindo uma lesão aberta (ferida por arrancamento) de
bordas irregulares, de dimensões variáveis.

EXEMPLO
Uma pessoa tem seu braço preso a uma máquina industrial.

• Ação Compressora: Ação contínua sobre o tecido, aplicada por um instrumento sem
lâmina ou gume, de formato plano, produzida uma lesão fechada (esmagamento) de
bordas regulares, cuja dimensão preponderante é a largura.

EXEMPLO
Uma vítima de um deslizamento de terras o desabamento.

• Ações Complexas ou Simultâneas: Vários tipos de ações e energias simultâneas que


fica impossível delimitar qual tipo de ação é mais presente na vítima.

EXEMPLO
Uma vítima triturada em uma máquina industrial.

DICA

Ação Contundente Ação Cortante Ação Perfurante


Ação Constritora Ação dilacerante Ação Perfuro-contundente
Ação Compressora Ação Corto-contundente Ação Perfurocortante

Largura Comprimento Profundidade

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Local de Morte Provocada por Asfixia


(Brenner, 2004) define que asfixia tem dupla definição:

A falta de oxigênio pode ser total ou parcial:

Os sinais claros de asfixia são a congestão visceral, que é a formação de petéquias (peque-
nas manchas vermelhas aglomeradas) e a cianose (descoloração azulada da pele e mucosas)
A morte por asfixia pode ser classificada como suicídios, homicídios ou acidentes.
(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 244) ensina que a asfixia pode ser classificada em três cate-
gorias, observe:

Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

Sufocamento
Confinamento
Sufocamento propriamente dito
Sufocamento por oclusão
Estrangulamento
interna
Enforcamento
Asfixia por compressão
Estrangulamento com laço Asfixia Química
Asfixia traumática
Estrangulamento manual
Asfixia posicional
Esmagamento por pessoas
Asfixia por compressão
combinada com sufocamento
Sufocamento por gases

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Compreendida as três categorias de asfixia resta sabermos que cada sítio de ocorrência
dependerá, exclusivamente, do tipo de asfixia apresentada.
Vamos trazer à tona algumas formas de asfixia mais cobradas em provas.

Sufocamento
Oxigênio impedido de entrar em contato com o sangue. Didaticamente temos 6 modos de
sufocamento que o perito pode se deparar no sítio da ocorrência.
• 1. Confinamento: relacionados à locais fechados, onde lentamente o oxigênio vai se
esgotando. Esse tipo de morte é na maioria das vezes acidental.

EXEMPLO
Uma criança brincando de esconde-esconde em um baú antigo.

• 2. Sufocamento propriamente dito: a morte é causada por obstrução das vias respirató-
rias externas (nariz e boca). Esse tipo de morte são geralmente homicídios ou suicídios.

EXEMPLO
Uma pessoa morre com um saco plástico na cabeça.

• 3. Sufocamento por oclusão interna: a morte é causada por obstrução de objetos no


interior das vias aéreas. Esse tipo de morte pode ser natural, homicídio ou suicídio.

EXEMPLO
Uma pessoa morre engasgada com um pedaço de carne.

• 4. Asfixia por compressão: a morte é causada por uma pressão que impede a respiração
em um movimento de fora para dentro. A maioria dos casos são acidentes, mas homi-
cídios podem ocorrer.

(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 247) divide asfixia por compressão em três tipos, observe:

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EXEMPLO
Após confusão generalizada em um estádio de futebol as pessoas correm em direção a única
saída, provocando empilhamento de pessoas umas sobre as outras.

• 5. Asfixia por compressão mecânica combinada com sufocamento: a morte é causada


pela combinação da restrição dos movimentos respiratórios com impedimento de entra-
da de ar nos pulmões. Esse tipo de morte pode ser homicídio ou acidente.

EXEMPLO
Uma mãe, cansada da dura rotina, coloca seu bebê para dormir em sua cama. Durante a noite
ela se deita, acidentalmente, sobre o bebê, causando sua morte.

• 6. Sufocamento por gases: a morte ocorre pela redução do oxigênio no ambiente e au-
mento do dióxido de carbono ou metano, que são os asfixiantes mais comuns.

Esse tipo de morte pode ocorrer por homicídio, suicídio ou acidente.

EXEMPLO
Um trabalhador, em uma mina de carvão, tem diminuído paulatinamente o oxigênio do local de
exploração. Essa relação de diminuição associada ao aumento de gases asfixiantes produzem
o resultado morte.

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DICA

Asfixia por
compressão
Sufocamento
Sufocamento Asfixia por mecânica Sufocamento
Confinamento por oclusão
propriamente dito compressão combinada por gases
interna
com
sufocamento

Obstrução
Substituição
Aprisionamento Obstrução das Pressão de das vias
do oxigênio
em locais vias aéreas Engasgamento fora para aéreas com
pelo dióxido
fechados externas dentro pressão
de carbono
externa

Estrangulamento
É a oclusão das veias e artérias que existem na região do pescoço, que são responsáveis
por irrigar a região da cabeça.
(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 249) apontam três formas de estrangulamento:
• 1. Estrangulamento com laço ou estrangulamento propriamente dito: a morte é causa-
da por um laço amarrado envolta do pescoço e apertado por uma força externa, mui-
tas vezes formando um plano horizontal sobrepondo a laringe ou à traqueia superior.
Nessa modalidade é comum um sulco, normalmente na região da nuca, onde fica as
mãos do agressor. Assim como, escoriações e contusões no pescoço, causados tanto
pelo agressor quanto pela vítima em um movimento de defesa. A doutrina Criminalística
aponta que suicídio por estrangulamento é extremamente raro. Já o estrangulamento
acidental pode ocorrer, embora menos frequente, quando uma pessoa tem uma peça de
vestuário presa a uma máquina de tração, por exemplo.

EXEMPLO
Uma vítima tem o seu pescoço envolto por um fio e o agressor puxa com o intuito de matar.

• 2. Estrangulamento manual (Esganadura): a morte é produzida pelas mãos do assassi-


no, pelo antebraço (vulgo mata-leão) ou mesmo por membros, ocluindo (bloqueando)
as artérias carótidas. Em tese, todos os estrangulamentos manuais são homicídios. Em
alguns casos de esganadura o agressor emprega uma força excessiva com a finalidade
de dominar a vítima. A doutrina Criminalística registra que casais durante o ato sexual
podem incorrer nessa prática.

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Na maioria dos casos existem escoriações provocadas pelas unhas em um clássico movi-
mento de defesa.
Existem muitos métodos de esganadura, cada um deixa um vestígio diferente no sítio da
ocorrência e nas vítimas. Observe:

• 3. Enforcamento: a morte é produzida pela obstrução parcial ou total das vias respira-
tórias, venosas e arteriais da região do pescoço. Ocorre pela pressão externa produzida
pela ação da gravidade. A pessoa enforcada tem a morte ocasionada pela falta de oxi-
gênio no cérebro.

(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 262) ensinam que o bloqueio das vias aéreas superiores não é
condição necessária para produzir o enforcamento.
(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 249) apontam que fraturas são raras em enforcamentos ex-
trajudiciais. Já nos enforcamentos judiciais a altura da queda somada a pesos acoplados ao
corpo pode ocorrer até mesmo a decapitação.
Sítios de ocorrência de enforcamento:
a) Aspectos externos: no suicídio a vítima usa um nó corrediço no pescoço e a outra ponta
fixa em um local rígido que a permita apoiar seu peso total ou parcialmente. Pode ser usado
vários instrumentos, como: cordas, lenções, cintos, fios elétricos e por aí vai. A lesão (sulco) na
região do pescoço depende do material utilizado. Se for um material macio quase não há e se
for um material mais rígido o sulco pode ser maior.
(Shkrum & Ramsay, 2007, pp. 65, 83) ensinam que escoriações e lesões adjacentes são
sinais de estrangulamento. Faz muito sentido, pois tais sinais são de luta, resistência ou opo-
sição a morte, que são incompatíveis com suicídio.
Nós e cordas utilizados no enforcamento: são os objetos que, no sítio da ocorrência, me-
recem mais atenção por parte do perito.
As duas extremidades da corda devem ser analisadas, caso haja sinais de cortes recentes,
a parte excluída deve ser procurada no sítio da ocorrência. Assim como deve ser localizado o
instrumento que foi utilizado para cortar a corda (tesoura, faca, estilete)

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(StarK, 2005, p. 341) ensina que o indivíduo no intento suicida deverá ser capaz de colocar-
-se de maneira que o próprio peso possa ser utilizado para tensionar o laço e aplicar a pressão
necessária no pescoço.
No sítio da ocorrência o perito, montando o quebra-cabeça dos acontecimentos, deve de-
mostrar se a vítima tinha condições de executar os laços por si só e utilizar sozinha os móveis
usados para uma eventual escalada. Como poderia ser suicídio se a vítima não era capaz de
subir numa geladeira sozinha? Entende?
Ainda no sítio da ocorrência, analisando o nó utilizado na corda, o perito deve ter uma boa
compreensão dos diversos tipos de nós, assim como, levantar se a vítima era capaz de fazer
determinado nó. E ficar atento a nós profundamente elaborados, que não parecem ser de al-
guém que está se preparando para um evento tão crítico, o suicídio.
Um grande problema que o perito pode encontrar no sítio da ocorrência é quando familia-
res rompem o nó e cortam a corda com a finalidade de auxiliar o parente naquela situação.
O laço pode ser simples, dando apenas uma volta no pescoço ou múltiplas voltas, ocor-
rendo desde nós simples até mesmo nós mais elaborados que necessitam de um prévio co-
nhecimento.
(Shkrum & Ramsay, 2007, pp. 70, 77) ensinam que os cabelos também devem ser observa-
dos pelos peritos, pois cabelo preso pelo laço é um vestígio que há possibilidade de haver um
homicídio mascarado de suicídio. Pois entendem que a vítima, ao cometer suicídio, tendem a
colocar os cabelos por cima dos nós pela questão do conforto.
Em suicídios com suspensão total do corpo da vítima o perito deve buscar uma rota com
qual a vítima subiria sozinha até o local do enforcamento-rota de escalada.
b) Aspectos internos: tais aspectos são amplamente compreendidos na disciplina de Me-
dicina Legal. Porém, para efeito didático, falarei sobre os primeiros resultados esperados du-
rante a execução do enforcamento.
Com o corpo suspenso totalmente, a vítima pode perder a consciência dentro de 15-20
segundos e sofre danos cerebrais irreversíveis em 4-6 minutos.
O enforcamento é o tipo mais comum de morte por compressão do pescoço. Consiste na
compressão do pescoço por um laço ajustável e a outra extremidade colocada em um ponto
fixo que aguente o deslocamento do corpo da vítima. De resto, a gravidade se encarrega de
garantir a morte da vítima.

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RESUMO
Locais de Crimes Contra à Pessoa e Morte Violenta

Os crimes contra à pessoa são aqueles que afetam, imediatamente, qualquer ser humano.
Portanto, são crimes consubstanciados com a personalidade humana, como: a vida, a integri-
dade corporal, a honra e a liberdade de um indivíduo.
Segundo a classificação adotada pelo Criminalista Luiz Eduardo Dorea, a morfologia da
mancha diz muito a respeito do crime.
Com base nisso, é fundamental conhecer a hematologia forense, que é o ramo da biologia
forense que estuda manchas, salpicos e gotas de sangue na cena de um crime.
Tradicionalmente, as mortes violentas são classificadas em homicídio, suicídio ou aci-
dentes. Quando a doutrina Criminalística classifica o homicídio engloba os feminicídios, infan-
ticídios, mortes no exercício do dever, legítima defesa, mortes por necessidade e latrocínios,
que embora juridicamente não seja um crime contra à vida, encontra-se resguardado nessa
classificação.

Local de Morte por Arma de Fogo

Perceba que balística, numa concepção moderna, ocupa-se quase que exclusivamente de
armas de fogo. Portanto, vejamos o conceito básico de arma de fogo:

Arma de fogo: tipo capaz de disparar um ou mais projéteis em alta velocidade


devido a ação pneumática provocada pela expansão dos gases resultantes da
queima de um propelente de alta velocidade.

Cada arma disparada deixa vestígios únicos no projétil. Essas marcas são feitas pelas
raias dos canos, que funcionam como verdadeiras impressões digitais que cada arma imprime
nos projéteis.
Com base nessas “impressões digitais” é possível determinar de qual arma foi efetuado
um disparo e, por consequência, o tiro.

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O perito ao se deparar em sítio de ocorrência que envolva morte por arma de fogo deve
trabalhar com três linhas de levantamentos: homicídio, suicídio e tiro acidental, nessa
mesma ordem.

Suicídio: o gatilho é acionado pelo dedo indicador quando atingido nas regiões das têmpo-
ras (regiões laterais da cabeça), auricular ou submentoniana (abaixo do queixo ou mandíbula);
o gatilho é acionado pelo polegar quando a região atingida é o hemitórax anterior esquerda
(lado do coração) ou cavidade bucal.
No cadáver é verficado feridas do tipo pérfuro-contusas, que serão estudas em capítulo
posterior. Os orifícios de entrada e saída podem ser percebidos se o projétil incidiu obliqua-
mente, ortogonalmente ou tangencial a pele, formando uma saliência anatômica.
As manchas de esfumaçamentos, devido a proximidade do disparo como o tecido atingido,
devem ser observadas. E um exame residuográfico determina as fuligens nas superfícies que
estiveram próximas ao contato e podem ser encontradas também nas mãos do atirador.

Local de Morte por Instrumentos Contundentes, Cortantes, Perfurantes ou


Mistos

Os instrumentos que causam ferimentos são classificados de acordo com o tipo de lesão
que produzem sobre os tecidos orgânicos, conforme o uso para qual foram criados.
• Ação Contundente: Pressão sobre os tecidos causadas por um instrumento sem lâmina
ou gume que deixa uma lesão do tipo fechada (contusa ou contusão). Suas bordas são
irregulares, cuja dimensão preponderante é a largura.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma madeira na cabeça da vítima — paulada — fere sem abrir os
tecidos.

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• Ação Cortante: Pressão aplicada por um instrumento com lâmina ou gume. A ação con-
siste em deslizar o instrumento causando uma ferida aberta (ferida incisa) de bordas
regulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por um estilete.

• Ação Perfurante: Ação de intensa pressão sobre o tecido, aplicado por instrumento pon-
tiagudo que produz uma lesão aberta (ferida punctória) de bordas regulares, cuja dimen-
são preponderante é a profundidade.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por um espeto de churrasco.

• Ação dilacerante: Ação de maior deslizamento e menor pressão sobre o tecido, provocada
por um instrumento cortante que rasga o tecido produzindo uma lesão aberta (ferida lace-
rada ou dilacerada) de bordas irregulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma superfície áspera.

Agora, vejamos as lesões mistas:


• Ação Corto-contundente: Ação de grande pressão sobre o tecido provocada por instru-
mento com lâmina ou gume, que corta o tecido e produz lesão aberta (ferida corto-con-
tusa) de bordas irregulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por uma foice.

• Ação Perfuro-contundente: Ação de pressão sobre o tecido provocada por um instru-


mento sem ponta e sem lâmina ou gume, produzindo uma lesão aberta (ferida pérfuro-
-contusa) de bordas regulares, cuja dimensão preponderante é a profundidade.

EXEMPLO
Uma lesão provocada por um tiro (projétil de arma de fogo).

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• Ação Perfuro-cortante: Ação de pressão sobre o tecido provocada por um instrumento


de ponta e com lâmina ou gume, produzindo uma lesão aberta (ferida pérfuro-incisa) de
bordas regulares, cuja dimensão preponderante é a profundidade.

EXEMPLO
Uma punhalada.

• Ação Lacero-contundente: Ação de maior pressão e menor deslizamento sobre o teci-


do, aplicada por um instrumento sem lâmina ou gume que rasga o tecido, produzindo
uma lesão aberta (ferida Lacero-contusa) de bordas irregulares e dimensão variável.

EXEMPLO
Uma paulada com abertura do tecido.

• Ação Constritora: Ação de pressão contínua sobre o tecido, aplicada por um instrumen-
to sem lâmina ou gume de formato linear e flexível, produzindo uma lesão fechada (sul-
co) de bordas regulares, cuja dimensão preponderante é o comprimento.

EXEMPLO
Um enforcamento.

• Ação Tratora: Tração e/ou torção do tecido, aplicada por um instrumento sem lâmina
ou gume, rasgando tecido, produzindo uma lesão aberta (ferida por arrancamento) de
bordas irregulares, de dimensões variáveis.

EXEMPLO
Uma pessoa tem seu braço preso a uma máquina industrial.

• Ação Compressora: Ação contínua sobre o tecido, aplicada por um instrumento sem
lâmina ou gume, de formato plano, produzida uma lesão fechada (esmagamento) de
bordas regulares, cuja dimensão preponderante é a largura.

EXEMPLO
Uma vítima de um deslizamento de terras o desabamento.

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• Ações Complexas ou Simultâneas: Vários tipos de ações e energias simultâneas que


fica impossível delimitar qual tipo de ação é mais presente na vítima.

EXEMPLO
Uma vítima triturada em uma máquina industrial.

Local de Morte Provocada por Asfixia

(Brenner, 2004) define que a asfixia tem dupla definição:

(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 244) ensina que a asfixia pode ser classificada em três cate-
gorias, observe:

Categoria 1 Categoria 2 Categoria 3

Sufocamento
Confinamento
Sufocamento
propriamente dito
Sufocamento por oclusão
interna Estrangulamento
Asfixia por compressão Enforcamento
Asfixia Química
Asfixia traumática Estrangulamento com laço
Asfixia posicional Estrangulamento manual
Esmagamento por pessoas
Asfixia por compressão
combinada com
sufocamento
Sufocamento por gases

Oxigênio impedido de entrar em contato com o sangue. Didaticamente temos 6 modos de


sufocamento que o perito pode se deparar no sítio da ocorrência.

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• 1. Confinamento: relacionados à locais fechados, onde lentamente o oxigênio vai se


esgotando. Esse tipo de morte é na maioria das vezes acidental.

EXEMPLO
Uma criança brincando de esconde-esconde em um baú antigo.

• 2. Sufocamento propriamente dito: a morte é causada por obstrução das vias respirató-
rias externas (nariz e boca). Esse tipo de morte são geralmente homicídios ou suicídios.

EXEMPLO
Uma pessoa morre com um saco plástico na cabeça.

• 3. Sufocamento por oclusão interna: a morte é causada por obstrução de objetos no


interior das vias aéreas. Esse tipo de morte pode ser natural, homicídio ou suicídio.

EXEMPLO
Uma pessoa morre engasgada com um pedaço de carne.

• 4. Asfixia por compressão: a morte é causada por uma pressão que impede a respiração
em um movimento de fora para dentro. A maioria dos casos são acidentes, mas homi-
cídios podem ocorrer.

EXEMPLO
Após confusão generalizada em um estádio de futebol as pessoas correm em direção a única
saída, provocando empilhamento de pessoas umas sobre as outras.

• 5. Asfixia por compressão mecânica combinada com sufocamento: a morte é causada


pela combinação da restrição dos movimentos respiratórios com impedimento de entra-
da de ar nos pulmões. Esse tipo de morte pode ser homicídio ou acidente.

EXEMPLO
Uma mãe, cansada da dura rotina, coloca seu bebê para dormir em sua cama. Durante a noite
ela se deita, acidentalmente, sobre o bebê, causando sua morte.

• 6. Sufocamento por gases: a morte ocorre pela redução do oxigênio no ambiente e au-
mento do dióxido de carbono ou metano, que são os asfixiantes mais comuns.

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Esse tipo de morte pode ocorrer por homicídio, suicídio ou acidente.

EXEMPLO
Um trabalhador, em uma mina de carvão, tem diminuído paulatinamente o oxigênio do local de
exploração. Essa relação de diminuição associada ao aumento de gases asfixiantes produzem
o resultado morte.

(Di Maio & Di Maio, 2001, p. 249) apontam três formas de estrangulamento:
• 1. Estrangulamento com laço ou estrangulamento propriamente dito: a morte é causa-
da por um laço amarrado envolta do pescoço e apertado por uma força externa, mui-
tas vezes formando um plano horizontal sobrepondo a laringe ou à traqueia superior.
Nessa modalidade é comum um sulco, normalmente na região da nuca, onde fica as
mãos do agressor. Assim como, escoriações e contusões no pescoço, causados tanto
pelo agressor quanto pela vítima em um movimento de defesa. A doutrina Criminalística
aponta que suicídio por estrangulamento é extremamente raro. Já o estrangulamento
acidental pode ocorrer, embora menos frequente, quando uma pessoa tem uma peça de
vestuário presa a uma máquina de tração, por exemplo.

EXEMPLO
Uma vítima tem o seu pescoço envolto por um fio e o agressor puxa com o intuito de matar.

• 2. Estrangulamento manual (Esganadura): a morte é produzida pelas mãos do assassi-


no, pelo antebraço (vulgo mata-leão) ou mesmo por membros, ocluindo (bloqueando)
as artérias carótidas. Em tese, todos os estrangulamentos manuais são homicídios. Em
alguns casos de esganadura o agressor emprega uma força excessiva com a finalidade
de dominar a vítima. A doutrina Criminalística registra que casais durante o ato sexual
podem incorrer nessa prática.

Na maioria dos casos existem escoriações provocadas pelas unhas em um clássico movi-
mento de defesa.
Existem muitos métodos de esganadura, cada um deixa um vestígio diferente no sítio da
ocorrência e nas vítimas.
• 3. Enforcamento: a morte é produzida pela obstrução parcial ou total das vias respira-
tórias, venosas e arteriais da região do pescoço. Ocorre pela pressão externa produzida
pela ação da gravidade. A pessoa enforcada tem a morte ocasionada pela falta de oxi-
gênio no cérebro.

O enforcamento é o tipo mais comum de morte por compressão do pescoço. Consiste na


compressão do pescoço por um laço ajustável e a outra extremidade colocada em um ponto
fixo que aguente o deslocamento do corpo da vítima. De resto, a gravidade se encarrega de
garantir a morte da vítima.
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EXERCÍCIOS
Responda TODAS as questões de acordo com os Conceitos iniciais sobre Criminalística.
Algumas questões das principais bancas e outras de autoria própria, tudo isso para ajudá-los
a massificar o conteúdo.

001. (CESPE/DELEGADO/PCSE/2020) Com relação à investigação em local de crime, julgue


o item que se segue.
Acerca dos objetivos da investigação pericial em locais de crime contra a vida, julgue o
próximo item.
O levantamento de evidências que contribuam com a investigação possibilita o estabelecimen-
to da dinâmica dos acontecimentos.

002. (CESPE/DELEGADO/PCSE/2020) Com relação à investigação em local de crime, julgue


o item que se segue.
O relatório de investigação de um local de crime, destinado a instruir e orientar a investigação
de seguimento, baseia-se exclusivamente no relato técnico e nas impressões captadas pelos
peritos responsáveis pelo exame do local.

003. (CESPE/DELEGADO/PCSE/2020) Com relação à investigação em local de crime, julgue


o item que se segue.
Vestígio coletado em local de crime será qualificado como uma evidência após a competente
análise pericial e a constatação de sua relação com o fato delituoso.

004. (CESPE/DELEGADO/PCSE/2020) Acerca dos meios de provas, suas espécies, classifi-


cação e valoração, julgue o item a seguir.
Laudo pericial produzido por apenas um perito ad hoc, quando a lei exige a participação de dois
peritos na elaboração da prova técnica, deve ser desentranhado dos autos, porque constitui
prova ilícita, constitucionalmente vedada.

005. (CESPE/MÉDICO-LEGISTA/PCRR/2003) Com relação aos documentos médico-legais,


julgue o item que se segue.
Para a justiça, um depoimento oral prestado por perito será peça de inestimável valia, pois for-
necerá subsídio seguro para o julgador e poderá substituir o laudo pericial.

006. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Sobre os tipos de vestígio e a diferença


entre vestígio e evidência pericial, considera-se que:
a) evidência é o material constatado e recolhido em local de crime para posterior análise na
sessão competente do Instituto de Criminalística.

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b) vestígio verdadeiro é aquele produzido com propósito antecipado de ludibriar os investiga-


dores em busca de esclarecimento do fato.
c) vestígio forjado é aquele encontrado em local de homicídio, sem que tenha sido produzido
com a intenção de induzir alguém a erro.
d) evidência é o resultado da análise pericial revelando a ligação do material examinado pelos
peritos com o fato investigado.

007. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) O isolamento e a preservação dos lo-


cais de crimes:
a) resultam em um item obrigatório a ser inserido nos laudos periciais de exame de local, con-
forme previsão expressa do Código de Processo Penal.
b) estão inseridos na cultura geral e na tradição do brasileiro, sendo raríssimos os episódios de
locais de crime prejudicados pela população que, naturalmente, ao se deparar com um cenário
de crime, evita a aproximação ou, mesmo, o deslocamento por entre os vestígios.
c) são de responsabilidade apenas do primeiro policial que chega ao cenário, não havendo
qualquer responsabilidade posterior para as autoridades policiais e os agentes sob sua direta
subordinação.
d) não encontram qualquer respaldo na legislação processual penal brasileira.

008. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Sobre locais de crime de homicídio, ve-


rifica-se que:
a) local relacionado é aquele fisicamente separado do lugar onde está o corpo de delito, mas a
ele ligado por algum detalhe relevante para a investigação.
b) local imediato é o espaço físico diverso do lugar onde se encontram o corpo da vítima e os
vestígios do homicídio, porém a ele ligado fisicamente.
c) local externo é o ambiente onde o homicídio foi cometido e que apresenta lados e parte su-
perior delimitados por obras naturais ou humanas.
d) local interno é o lugar no qual foi praticado crime de homicídio e se caracteriza pela ausên-
cia de barreiras físicas naturais ou humanas em suas laterais e ponto superior.

009. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) “Circunstância conhecida e provada que,


tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias.”
A frase citada expressa o conceito de:
a) pista.
b) indício.
c) vestígio.
d) evidência.

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010. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Quanto à natureza do fato, locais de


furto e de dano classificam-se do seguinte modo:
a) locais de crimes de trânsito.
b) locais de crimes contra a pessoa.
c) locais de crimes contra o patrimônio.
d) locais de crimes contra a incolumidade pública.

011. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Locais de crimes podem ser considera-


dos idôneos ou inidôneos, conforme o caso concreto. As referidas classificações referem-se:
a) à preservação.
b) ao isolamento.
c) à natureza do fato.
d) à disposição dos vestígios.

012. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Quanto à disposição dos vestígios, os


cenários de crimes podem ser:
a) internos ou externos.
b) idôneos ou inidôneos.
c) imediatos, mediatos ou relacionados.
e) idôneos, mistos ou relacionados.

013. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Segundo o estudioso de criminalística


Edmond Locard, o tempo consome os vestígios, as evidências e dificulta a busca da verdade.
Esse pensamento resume um princípio aplicável às investigações de homicídios, qual seja:
a) princípio da indisponibilidade.
b) princípio da ocasionalidade.
c) princípio da oportunidade.
d) princípio da oficiosidade.

014. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) A garantia de total proteção aos ele-


mentos encontrados e que terão um caminho a percorrer, passando por manuseio de pessoas,
análise, estudos, experimentações e apresentações até o final do processo criminal refere-se a:
a) reprodução simulada.
b) laudo pericial.
c) cadeia de custódia.
d) crime e ocorrência de trânsito.

015. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Consideram-se elementos imprescindí-


veis à existência do crime de homicídio:

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a) autor, vítima, premeditação, motivo.


b) vítima, testemunha, lugar, motivo.
c) vítima, instrumento, lugar, tempo.
d) testemunha, instrumento, tempo.

016. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) O conceito de preservação pode ser do


seguinte modo:
a) o ato de proteger os locais de crimes, permitindo assim que as pessoas não autorizadas se
aproximem do local onde ocorreu o delito.
b) permitir que as pessoas fiquem a uma distância segura para que os peritos desempenhem
suas funções.
c) o ato de isolar o local quando os peritos comparecerem para realização de seu levantamento.
d) o ato de não alterar o estado original das coisas encontradas no local do delito.

017. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Os locais de crimes podem ser classifi-


cados quanto
a) à preservação dos vestígios, quanto ao ambiente e quanto à arma e/ou ao instrumen-
to do crime.
b) à natureza do fato, quanto à disposição dos vestígios e quanto à preservação dos vestígios.
c) ao ambiente, quanto ao isolamento e quanto à preservação dos vestígios.
d) à natureza do fato, quanto ao ambiente e quanto ao estado dos vestígios.

018. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) A Criminalística é a ciência sobre a qual se


apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento científico, a Crimi-
nalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com uma caracterís-
tica singular: o lastro da cientificidade.
a) O uso do conhecimento científico para a produção da prova é anterior ao século 19. Entre-
tanto, a sistematização da matéria ocorreu apenas em meados do século 20, com Edmond
Locard, após a publicação do respectivo livro Criminal Investigation, que foi traduzido para o
português como Manual para Juízes de Instrução. O livro tinha a finalidade de mostrar a aplica-
ção da ciência na investigação criminal, facilitando, assim, o trabalho dos juízes no processo
decisório.
b) “Todo contato deixa uma marca”. Com essa afirmação, o austríaco Hans Gross apresentou
para a comunidade científica o que ficou conhecido como princípio da troca, que até os dias de
hoje serve como orientação para o trabalho pericial nos locais de crime.
c) A Criminalística surge nas universidades, portanto, em um contexto totalmente diferente
do ambiente policial. Entretanto, em 1910, surge, em Lyon, na França, o primeiro laboratório
forense dentro da estrutura organizacional da polícia, graças ao trabalho de Hans Gross. A ex-
periência se mostrou bem-sucedida, uma vez que a prova pericial passou a ser produzida por

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profissionais que viviam a realidade da polícia, e, em pouco tempo, outros departamentos de


polícia levaram para o interior das próprias organizações os laboratórios forenses e os respec-
tivos especialistas.
d) Após consolidação da Criminalística como ciência, novos saberes foram desenvolvidos,
e, com base nesses saberes, surgiram outras ciências, como a sociologia, a psicologia e a
criminologia.
e) O perito criminal é o profissional que utiliza o próprio conhecimento científico para produzir
a prova pericial, que deve ser imparcial e isenta de vícios. Por apresentar essas características,
a prova pericial possui a propriedade da transversalidade, ou seja, trata-se de um elemento
utilizado não somente na fase do inquérito policial, mas também na fase processual da perse-
cução penal.

019. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) O perito criminal averiguou que determinado


acidente de trânsito com vítima fatal ocorreu em razão do incorreto posicionamento da coluna
do viaduto com relação à pista de rolamento, associado à falta de sinalização adequada.
Nesse caso, a causa do acidente está relacionada a
a) falha do homem.
b) falha da máquina.
c) reação tardia.
d) falha mecânica.
e) falha do meio.

020. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) Quanto à produção de vestígios de pegadas


em locais de crime, assinale a alternativa correta.
a) As marcas positivas são figuras formadas por compressão ou depressão sobre o suporte
que recebe o objeto que as produz, como terra ou qualquer outro suporte macio.
b) Apenas as marcas de pegadas no local mediato devem ser avaliadas.
c) Apenas as marcas de pegadas no local imediato devem ser avaliadas.
d) As marcas latentes de pegadas não podem ser avaliadas.
e) As marcas negativas podem ser transportadas por meio da modelagem.

021. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) Quanto a locais de suicídio por arma de fogo,


bem como às manchas de sangue observadas nesse tipo de local, assinale a alternativa correta.
a) Os locais envolvendo supostos suicídios por armas de fogo e por armas brancas seguem
uma dinâmica diversa daquela adotada em locais de homicídio, usando um rigor analítico me-
nor, uma vez que não se trata de um crime.
b) Quando houver armas de fogo em locais de suicídio, os peritos criminais devem encaminhar
o instrumento em questão da maneira como foi encontrado, sem que ocorra manipulação.

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c) É preciso um cuidado na análise da possiblidade de a vítima operar (sozinha) a arma em


questão. Para isso, será necessário observar as características gerais de acionamento da arma
analisada.
d) As manchas de sangue observadas no local, bem como aquelas dispostas sobre o cadáver,
merecem uma atenção especial, sobretudo se forem encontradas sobre os membros inferio-
res da vítima. Manchas produzidas por contato e por arrastamento indicam o sentido de pro-
dução da(s) ferida(s).
e) Esfregaços (suabes) para a realização de exames de constatação da presença de material
genético (DNA de contato) no cabo e na lâmina (armas brancas); no gatilho, no tambor e no
dedal serrilhado (revólveres); no ferrolho e no retém do carregador (pistolas); e em todas as re-
giões em que a constatação de tal material seja provável serão coletados na seção de balística
forense, nunca pelos peritos de local durante a realização dos exames.

022. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) A perícia criminal não se restringe a exames


externos, em locais onde supostamente dado delito ocorreu. Ela tem, por outro lado, uma área
de atuação muito ampla. Nesse contexto, assinale a alternativa correta.
a) Em um exame de local de crime, basicamente sete perguntas devem ser respondidas pelos
peritos que processam a cena: o que aconteceu, como aconteceu, quando, onde, por que, qual
o meio empregado e quem é o autor.
b) As perícias externas são os exames periciais realizados em espaços físicos localizados em
ambientes externos (vias públicas, áreas de vegetação, áreas submersas), enquanto as perí-
cias internas são aquelas realizadas em edificações e (ou) em veículos.
c) O princípio da troca de Edmond Locard indica que, sempre que alguém (com exceção da
autoridade policial e dos peritos criminais) adentra um espaço físico, essa pessoa o altera,
mesmo que inconscientemente. Algo é deixado por esse ator e, da mesma forma, algo é leva-
do com ele.
d) Os peritos criminais, em regra, são os profissionais responsáveis por processar a cena do
crime. Não obstante, eles não são os primeiros a tomar conhecimento da cena, nem são os
primeiros a chegar ao local dos exames.
e) Local de crime imediato é aquele onde a ação principal ocorreu. Por sua vez, o local mediato
é aquele que guarda relação com o imediato, mas que tem um caráter de acessório em relação
ao outro. Cada cena de crime só pode ter um local imediato combinado com um local mediato.

023. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) O Título VII do Código de Processo Penal versa


a respeito das provas e, mais especificamente, dos meios de prova que devem ser utilizados na
solução de uma lide pelo magistrado. Quanto ao Capítulo II do referido título, “DO EXAME DO
CORPO DE DELITO E DAS PERÍCIAS EM GERAL”, assinale a alternativa correta.
a) O artigo 158 explicita que, quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, podendo, entretanto, supri-lo a confissão do acusado.

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b) O artigo 184 estabelece que, salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade
policial negará a perícia requerida pelas partes quando esta não for necessária ao esclareci-
mento da verdade.
c) O artigo 169, parágrafo único, impõe à autoridade policial a responsabilidade de registrar
qualquer alteração na cena do crime e quais são as suas consequências diretas na produção
da prova material.
d) O artigo 178 determina que o exame de corpo de delito e as demais perícias podem, em
casos definidos, ser solicitados diretamente a um perito específico.
e) O artigo 182 define que o juiz ficará adstrito ao laudo, devendo aceitá-lo no todo ou, ao me-
nos, em parte.

024. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) Qualquer elemento material que possa ter rela-
ções com a infração penal ou com o fato sob análise, cuja condição e posição no local inves-
tigado são resultantes da conduta humana, por ação ou omissão, corresponde a um vestígio.
BRASIL. Ministério da Justiça. Diretoria Técnico-Científica. Glossário de Ciências Forenses. Bra-
sil. Brasília-DF, 2016.
Com base na explicação apresentada, é correto afirmar que vestígios
a) verdadeiros ou associativos são aqueles que foram dispostos pelo autor para induzir o peri-
to criminal a descrever uma dinâmica diferente do fato real ocorrido.
b) ilusórios ou não associativos são aqueles que, de forma intencional, são colocados na cena
de crime para induzir uma dinâmica diferente do fato real ocorrido.
c) associativos ou verdadeiros são aqueles encontrados na cena de crime, mas que, porém,
não têm relação com o fato que se investiga.
d) ilusórios são aqueles encontrados na cena do crime que, todavia, não apresentam nenhuma
relação com o fato investigado.
e) forjados são aqueles que mantêm relação de causa e efeito com o ato criminoso e (ou) com
a dinâmica deste ou guardam, ainda, uma relação de identidade com a(s) vítima(s) e (ou) com
o(s) autor(es).

025. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) Qualquer Pela definição usual, ao ser afastada


a causa determinante, o acidente
a) ocorreria.
b) poderia ocorrer.
c) poderia não ocorrer.
d) não ocorreria.
e) às vezes ocorreria.

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026. (INSTITUTO AOCP/POLÍCIA LEGISLATIVA- CÂMARA DE RIO BRANCO-AC/2016) O


que é Criminalística?
a) É o estudo da investigação criminal. Ciência que objetiva o esclarecimento dos casos
criminais.
b) É o estudo da investigação que objetiva o esclarecimento dos casos de crimes somente
contra o patrimônio.
c) É o estudo criminal. Ciência que objetiva o esclarecimento dos casos de crimes contra o
patrimônio público.
d) É o estudo da investigação criminal que estuda só crimes contra a vida.
e) É a Ciência da investigação criminal. Estudo que objetiva o esclarecimento crimes contra a
vida pública.

027. (INSTITUTO AOCP/AGENTE TÉCNICO FORENSE/ITEP/2018) Historicamente, a Crimi-


nalística recebeu muitos nomes sinonímicos, como Polícia Técnica, Policiologia e Ciência Po-
licial. Porém começou a prevalecer o nome “criminalística” após ter sido o termo cunhado por
a) Oscar Freire.
b) Paul L. Kirk.
c) Edmond Locard.
d) Hans Gross.
e) Gilberto Porto.

028. (INSTITUTO AOCP/AGENTE TÉCNICO FORENSE/ITEP/2018) Sobre o isolamento


e a preservação de local de crime, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta
as corretas.
I – Visam garantir que o estado das coisas não seja alterado, proporcionando fidedignidade ao
local e aos vestígios ali presentes, viabilizando sua idoneidade.
II – São de responsabilidade do perito criminal requisitado para o levantamento do local de crime.
III – Estão legalmente previstos, devendo ser providenciados pela autoridade policial.
IV – Constituem o início da Cadeia de Custódia. V. Idealmente, devem ser realizados mediante
o impedimento do acesso físico de pessoas não autorizadas ao local de crime.
a) Apenas I e II.
b) Apenas I, III, IV e V.
c) Apenas II, III e V.
d) Apenas II, IV e V.
e) Apenas I, II, III e IV.

029. (INSTITUTO AOCP/AGENTE DE NECRÓPSIA- ITEP/2018) Preencha as lacunas e assi-


nale a alternativa correta.
____________, ao postular que “todo contato deixa uma marca”, consagrou o Princípio____________,
aplicável nas perícias de locais de crime e que, diante da doutrina da criminalística brasileira,
ficou também conhecido como Princípio____________.

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a) Edmond Locard/da Transferência/da Observação


b) Hans Gross/da Troca/Fundamental da Criminalística
c) Alexandre Lacassagne/do Contato/da Análise
d) Paul Kirk/da Troca/da Interpretação
e) James T. Kirk/do Espaço/da Iniciativa

030. (UEG/ESCRIVÃO DE POLÍCIA-PCGO/2013) O Perito Oficial faz exame em um objeto ou


material bruto, constatado e/ou recolhido em local de crime para análise posterior. Como esse
objeto é denominado?
a) Prova imaterial
b) Prova indireta
c) Evidência
d) Vestígio

031. (IDADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019- QUESTÃO ADAPTADA) Informações para


responder à questão.

A fotografia apresentada retrata o local de um acidente de trânsito com vítima fatal em que o
automóvel cinza (seta) saiu da pista e colidiu contra um poste de energia, produzido em con-
creto, assumindo a respectiva posição de repouso final alguns metros além do poste. Essa
pista de interesse é asfaltada, de mão dupla de direção, composta por uma faixa de trânsito
para cada sentido, separadas por linha simples seccionada de cor amarela e delimitada por
acostamento seguido de margem, em ambos os bordos. Considerando o sentido norte-sul,
havia uma ciclovia na margem esquerda.
Considere, para esse caso, a tabela fictícia de coeficientes de arraste/atrito específicos para o
local examinado, a seguir.
Considerando os vestígios materiais visíveis na fotografia, qual é a causa determinante mais
provável desse acidente?

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a) Desvio de direção
b) Ausência de reação
c) Reação tardia
d) Entrada inopinada
e) Perda de controle de direção

032. (IDADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) A respeito dos vestígios produzidos pelos


pneumáticos de um automóvel, assinale a alternativa correta.
a) Frenagens escuras, em razão da fusão da borracha dos pneus, podem ter trajetória curva.
b) Marcas de frenagem produzidas pelo travamento das rodas apresentam escurecimento
progressivo.
c) Com o sistema ABS operando corretamente, as marcas de frenagem são escuras, em razão
da fusão da borracha dos pneus.
d) Sem o sistema ABS, as marcas de frenagem apresentam clareamento progressivo.
e) Marcas de aceleração são mais escuras no final da respectiva extensão.

033. (IDADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) A respeito dos vestígios em locais de crime,


é correto afirmar que
a) as impressões de aceleração produzidas com os pneumáticos em processo giratório em
forte aceleração não reproduzem os desenhos das bandas de rodagem e, portanto, não devem
ser consideradas vestígios.
b) geralmente as marcas deixadas pelo uso de ferramentas em locais de crime são latentes.
c) o processo de transporte de uma pegada positiva latente sobre uma folha de revista é dife-
rente do transporte de uma impressão digital.
d) o processo de transporte de uma pegada negativa pode ser feito por meio de modelagem.
e) as impressões latentes apresentam dificuldade para a respectiva análise digital.

034. (IDADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) Acerca das abordagens recomendadas em


locais de morte violenta, assinale a alternativa correta.
a) O levantamento de local de homicídio, ou qualquer outro a rigor, começa quando a equipe
pericial chega ao destino que será examinado, momento em que o perito verifica quais equi-
pamentos serão necessários, a gravidade da situação, as condições de segurança, a acessi-
bilidade ao local e a possibilidade de demandar auxílio de outras forças ou órgãos (Corpo de
Bombeiros e companhia de saneamento ou de fornecimento elétrico, por exemplo).
b) O perito criminal deve sempre ter uma abordagem de desconfiança para com as condições
do local e as informações que coletou previamente. Não é incomum que solicitações de exa-
mes inicialmente identificadas como um determinado tipo de local se revelem como sendo
outro, como cenas de aparente suicídio ou acidente que posteriormente se revelam um homi-
cídio, ou o inverso.

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c) O período de deslocamento até o local é importante para que sejam repassadas informa-
ções à equipe, bem como para que se possa acordar quaisquer procedimentos considerados
necessários de acordo com as peculiaridades já sabidas a respeito do local. É recomendável
que a hora de chegada seja registrada quando os peritos retornarem ao Instituto de Criminalís-
tica, ao final do plantão.
d) Durante o processamento do local, seguido à busca inicial, inicia-se uma busca mais minu-
ciosa, comumente definida como busca detalhada. Existem técnicas de busca detalhada que
auxiliam em uma varredura eficiente da área de interesse, como a busca em espiral, por qua-
drante e em linha. A técnica adequada é sempre pré-determinada de acordo com o estipulado
nos procedimentos operacionais padrão (POP) da seção e não muda de acordo com os locais.
e) Usualmente, o exame perinecroscópico, em conjunto com o exame das vestes que trajavam
o cadáver, são os primeiros a serem realizados pelos peritos no local, pois a perinecroscopia
revela ao perito possíveis movimentações da vítima ou entre está e os respectivos agressores,
no caso do homicídio, o tipo de instrumento usado e o local da morte, entre diversas outras
informações importantes.

035. (IDADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) Em relação às mortes aparentemente natu-


rais e às mortes acidentais, assinale a alternativa correta.
a) As mortes decorrentes de acidente não podem ser consideradas violentas, pois, por elas se
tratarem de casos fortuitos, não produzem consequências penais.
b) Os locais de morte aparentemente natural costumam ser escassos em vestígios, já que
normalmente há uma única pessoa envolvida (a própria vítima) e ela não contribui intencional-
mente para o resultado.
c) Nos casos de morte aparentemente natural, o exame perinecroscópico deve ser realizado
de forma mais superficial e rápida, já que se trata apenas de uma constatação da ausência
de um crime.
d) O exame de um local de acidente deve seguir a mesma dinâmica do exame de um local de
homicídio, de modo a se usar o mesmo rigor analítico, uma vez que os vestígios encontrados
costumam ser semelhantes.
e) É comum encontrar vestígios de arrombamento em locais de morte aparentemente natural.
O perito criminal não deve se apegar a esses elementos, já que eles podem ser explicados pelo
fato de que vizinhos e (ou) parentes costumam buscar contato por meio do acesso à residên-
cia da suposta vítima.

036. (CESPE/PRF/2015) O levantamento de dados e a coleta de vestígios do local de acidente


de trânsito são de suma importância para o perfeito entendimento da(s) causa(s) determinan-
te(s) do acontecimento. No que se refere a cena, sinalização e isolamento do local de acidente
de trânsito, julgue o item que se segue.

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Nos acidentes em que há derramamento ou vazamento de produtos perigosos, a área a ser


isolada ficará a critério da equipe da PRF que primeiro chegar ao local, sendo recomendado,
principalmente o uso de fitas zebradas para delimitar o espaço.

037. (CESPE/PERITO CRIMINAL/PCMA/2018) Com relação a local de crime e a exame peri-


cial, assinale a opção correta.
a) O exame pericial de local destina-se, precipuamente, a determinar a causa da morte da vítima.
b) A vítima de homicídio, em regra, deve ser individualizada ainda no local do crime e antes do
exame pericial.
c) Local relacionado abrange o corpo de delito, seu entorno e espaços que contenham vestí-
gios materiais do crime.
d) O local do crime é dividido, para efeitos de preservação, apenas em local imediato e em local
relacionado.
e) Em casos de morte violenta, o exame perinecroscópico deve ser realizado pelo perito crimi-
nal ainda no local do crime.

038. (IESES/PERITO CRIMINAL/IGP-SC/2017) Ernesto, membro de uma facção extremista,


decide praticar um ato terrorista na Prefeitura de São Paulo. Para tal, preparou, em um quarto
do Hotel Ibis, no município de São José/SC, vários cartões de Natal eletrônicos, nos quais ane-
xou folhas de material explosivo denominado C4, transformando estes cartões em artefatos
explosivos. Logo após, ele os enviou à prefeitura citada. Dois dias depois, quando os funcioná-
rios abriram os cartões, os artefatos foram detonados, causando um desastre de proporções
assustadoras. Para a análise pericial, quanto à classificação do local em termos espaciais, o
quarto no Hotel Ibis onde o dispositivo foi montado, é reputado como:
a) Local mediato.
b) Local relacionado.
c) Local externo.
d) Local imediato.

039. (IESES/IGP-SC/PAPILOSCOPISTA/2017) Considerando um local de crime, os termos


vestígio ou evidência ou indício são mais adequadamente exemplificados na alternativa:
a) Os técnicos periciais analisam evidências no local de crime, elaborando laudo que as mate-
rializam em indícios.
b) A marca da planta do pé na parede, indicando uma escalada é uma evidência.
c) Uma impressão datiloscópica é um indício e o trabalho pericial a transforma em vestígio.
d) A impressão papilar é um vestígio e após a revelação pericial e documentação se transfor-
ma em evidência.

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040. (IESES/IGP-SC/PAPILOSCOPISTA/2017) Qual alternativa indica uma situação em que


NÃO haveria a necessidade de exame de local de crime?
a) Uma morte no interior de uma instalação penitenciária pública, causada pelos pró-
prios detentos.
b) Um local de morte violenta que não foi adequadamente preservado pela autoridade policial.
c) Quando uma criança é dada como desaparecida pela família.
d) Uma plantação de maconha no interior da mata.

041. (FUNDATEC/IGP-RS/TÉCNICO EM PERÍCIAS/2017) São exemplos de vestígios e evi-


dências biológicas de interesse pericial:
a) Sangue e projéteis de arma de fogo.
b) Fios de cabelo e fibras de tecido.
c) Vestes e sêmen.
d) Material fetal e saliva.
e) Ossos e resíduos de chumbo.

042. (INÉDITA/2022) Em locais de crimes contra à pessoa, em especial os crimes violentos,


as manchas de sangue e a disposição em que foram encontradas podem trazer indícios para
elucidar a dinâmica dos eventos. Para se fazer uma correta análise dessas gotas temos vários
testes. O teste de Luminescência utiliza reagentes químicos para descobrir possíveis vestígios
de sangue no local do crime, sendo o mais conhecido o Luminol. Porém esse teste é menos
preciso que o teste de orientação, pois o Luminol reage a compostos insolúveis em água for-
mando cristais.

043. (INÉDITA/2022) As lesões podem ser provocadas por diversos objetos. Alguns desses
objetos não necessariamente foram criados para tais fim, como é o caso das foices e macha-
dos. Se um perito in loco se depara com uma vítima decapitada por uma foice, podemos dizer
que a vítima foi lesionada mortalmente por um objeto de ação corto-contundente.

044. (INÉDITA/2022) Um perito em um sítio de ocorrência constata que a vítima estava com
uma corda envolta ao pescoço. Observando mais atentamente viu que a vítima apresentava
lesão em formato linear, flexível, fechada e bordas regulares. O perito está diante de uma lesão
por natureza Constritora.

045. (INÉDITA/2022) No estrangulamento manual ou esganadura a lesão provocada pelas


mãos, antebraços ou qualquer outro membro tem como característica escoriações provoca-
das pelas unhas da vítima devido ao movimento natural de defesa.

046. (INÉDITA/2022) A doutrina Criminalística separa o enforcamento em dois grupos: o judi-


cial e extrajudicial. O enforcamento judicial, dentro dos parâmetros de determinada Lei de pa-
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íses que adotam essa prática, não ocorre a decapitação. Já o enforcamento extrajudicial, por
ser realizado às margens da legalidade, provocam a decapitação devido a somatória da altura
da queda aos pesos acoplados ao corpo da vítima.

047. (INÉDITA/2022) Na asfixia por gases, o sufocamento ocorre pela mistura indiscriminada
por produtos químicos asfixiantes.

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GABARITO
1. C 37. e
2. E 38. b
3. C 39. d
4. E 40. c
5. E 41. d
6. d 42. E
7. a 43. C
8. a 44. C
9. b 45. C
10. c 46. E
11. a 47. E
12. c
13. c
14. c
15. c
16. d
17. b
18. e
19. e
20. e
21. c
22. d
23. b
24. d
25. d
26. a
27. d
28. b
29. a
30. d
31. e
32. b
33. d
34. b
35. b
36. E

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GABARITO COMENTADO
001. (CESPE/DELEGADO/PCSE/2020) Com relação à investigação em local de crime, julgue
o item que se segue.
Acerca dos objetivos da investigação pericial em locais de crime contra a vida, julgue o
próximo item.
O levantamento de evidências que contribuam com a investigação possibilita o estabelecimen-
to da dinâmica dos acontecimentos.

O objeto da investigação policial é sempre do levantamento das evidências, que determinam a


dinâmica dos acontecimentos, fundamentais na elucidação dos delitos que deixam vestígios.
Certo.

002. (CESPE/DELEGADO/PCSE/2020) Com relação à investigação em local de crime, julgue


o item que se segue.
O relatório de investigação de um local de crime, destinado a instruir e orientar a investigação
de seguimento, baseia-se exclusivamente no relato técnico e nas impressões captadas pelos
peritos responsáveis pelo exame do local.

O relatório de local de crime é um documento que registra os gráficos com informações tanto
objetivas quanto subjetivas de um crime sob a perspectiva dos investigadores e coordenados
pela autoridade policial.
Quando a questão se limita ao relato técnico é a mesma coisa de dizer: “o que vale é a palavra
do perito”. Pois bem, as conjecturas sobre o delito são construídas tanto pela autoridade poli-
cial e seus subordinados quanto pelo próprio perito por meio de análises, utilizando o método
científico (Princípio da Análise) para tal.
Errado.

003. (CESPE/DELEGADO/PCSE/2020) Com relação à investigação em local de crime, julgue


o item que se segue.
Vestígio coletado em local de crime será qualificado como uma evidência após a competente
análise pericial e a constatação de sua relação com o fato delituoso.

Para resolver essa questão o candidato deve diferenciar vestígios, evidências e indícios. Observe:
Certo.

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004. (CESPE/DELEGADO/PCSE/2020) Acerca dos meios de provas, suas espécies, classifi-


cação e valoração, julgue o item a seguir.
Laudo pericial produzido por apenas um perito ad hoc, quando a lei exige a participação de dois
peritos na elaboração da prova técnica, deve ser desentranhado dos autos, porque constitui
prova ilícita, constitucionalmente vedada.

Em primeiro lugar, relembremos o que diz o Artigo 159 e o Artigo 159, §1º, CPP:

Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, portador
de diploma de curso superior.
§ 1º Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, portadoras de
diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as que tiverem habilitação
técnica relacionada com a natureza do exame.

Em segundo lugar, relembremos o que diz a doutrina no conceito de Ada Pellegrini:


• Prova ilegítima: Viola norma de Direito Processual –nesse caso pode ser corrigida.
• Prova ilícita: Viola norma legal (material) – nesse caso deve ser desentranhada do pro-
cesso.
No caso houve violação de preceito procedimental, que é sanável, portanto, viola Norma
Processual.
Errado.

005. (CESPE/MÉDICO-LEGISTA/PCRR/2003) Com relação aos documentos médico-legais,


julgue o item que se segue.
Para a justiça, um depoimento oral prestado por perito será peça de inestimável valia, pois for-
necerá subsídio seguro para o julgador e poderá substituir o laudo pericial.

Perceba o entendimento do STJ:

JURISPRUDÊNCIA
Segundo a pacífica jurisprudência desta Corte Superior, quando a conduta deixar ves-
tígios, o exame de corpo de delito é indispensável à comprovação da materialidade do
crime. O laudo pericial somente poderá ser substituído por outros elementos de prova se
os vestígios tiverem desaparecido por completo ou o lugar se tenha tornado impróprio
para a constatação dos peritos (AgRg REsp 1.622.139/MG, j. 22/05/2018)

Em suma, não existe hierarquia. Porém, o perito pode ser chamado para esclarecer questões
técnicas do laudo.
Errado.

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006. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Sobre os tipos de vestígio e a diferença


entre vestígio e evidência pericial, considera-se que:
a) evidência é o material constatado e recolhido em local de crime para posterior análise na
sessão competente do Instituto de Criminalística.
b) vestígio verdadeiro é aquele produzido com propósito antecipado de ludibriar os investiga-
dores em busca de esclarecimento do fato.
c) vestígio forjado é aquele encontrado em local de homicídio, sem que tenha sido produzido
com a intenção de induzir alguém a erro.
d) evidência é o resultado da análise pericial revelando a ligação do material examinado pelos
peritos com o fato investigado.

Primeiro, vamos relembrar o conceito de vestígio que está lá no Art. 158, § 3º, do CPP:

CPP, Art. 158, § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou recolhi-
do, que se relaciona à infração penal.

Agora, diferenciando os tipos de vestígios temos:


Por último, temos que evidência é o Material bruto que passou por análise de um perito e pos-
sui relação direta com o delito.
Embora a Letra “C” não esteja totalmente incorreta a banca deu a Letra “D” como verdadeira.
Letra d.

007. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) O isolamento e a preservação dos lo-


cais de crimes:
a) resultam em um item obrigatório a ser inserido nos laudos periciais de exame de local, con-
forme previsão expressa do Código de Processo Penal.
b) estão inseridos na cultura geral e na tradição do brasileiro, sendo raríssimos os episódios de
locais de crime prejudicados pela população que, naturalmente, ao se deparar com um cenário
de crime, evita a aproximação ou, mesmo, o deslocamento por entre os vestígios.
c) são de responsabilidade apenas do primeiro policial que chega ao cenário, não havendo qualquer
responsabilidade posterior para as autoridades policiais e os agentes sob sua direta subordinação.
d) não encontram qualquer respaldo na legislação processual penal brasileira.

A cadeia de custódia encontra base na legislação processual, vejamos:

CPP, Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I – Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas,
até a chegada dos peritos criminais;

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Art. 158-B. A cadeia de custódia compreende o rastreamento do vestígio nas seguintes etapas:
II – Isolamento: ato de evitar que se altere o estado das coisas, devendo isolar e preservar o am-
biente imediato, mediato e relacionado aos vestígios e local de crime.

Portanto, existe obrigatoriedade normativa para que se isole os locais de crimes.


Por se tratar de uma cadeia de custódia o primeiro policial a se deparar com a cena de crime, a
autoridade policial responsável por conduzir as investigações e os peritos criminais possuem
responsabilidades sobre o sítio da ocorrência.
Letra a.

008. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Sobre locais de crime de homicídio, ve-


rifica-se que:
a) local relacionado é aquele fisicamente separado do lugar onde está o corpo de delito, mas a
ele ligado por algum detalhe relevante para a investigação.
b) local imediato é o espaço físico diverso do lugar onde se encontram o corpo da vítima e os
vestígios do homicídio, porém a ele ligado fisicamente.
c) local externo é o ambiente onde o homicídio foi cometido e que apresenta lados e parte su-
perior delimitados por obras naturais ou humanas.
d) local interno é o lugar no qual foi praticado crime de homicídio e se caracteriza pela ausên-
cia de barreiras físicas naturais ou humanas em suas laterais e ponto superior.

Relembremos os tipos de locais de crimes:


Letra a.

009. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) “Circunstância conhecida e provada que,


tendo relação com o fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras
circunstâncias.”
A frase citada expressa o conceito de:
a) pista.
b) indício.
c) vestígio.
d) evidência.

O Artigo 239, CPP nos traz o conceito de indícios:

CPP, Art. 239. Considera-se indício a circunstância conhecida e provada, que, tendo relação com o
fato, autorize, por indução, concluir-se a existência de outra ou outras circunstâncias.

Vale relembrar:
Letra b.

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010. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Quanto à natureza do fato, locais de


furto e de dano classificam-se do seguinte modo:
a) locais de crimes de trânsito.
b) locais de crimes contra a pessoa.
c) locais de crimes contra o patrimônio.
d) locais de crimes contra a incolumidade pública.

Essa questão cobrou do candidato o conhecimento do Capítulo dos crimes contra o patrimô-
nio, que são eles:
• roubo;
• furto;
• furto qualificado;
• extorsão;
• extorsão mediante sequestro;
• dano;
• dano qualificado;
• apropriação indébita.
Lembrando que em crimes contra o patrimônio os vestígios são comumente encontrados atra-
vés dos danos que os criminosos causam ao violar o bem jurídico em tela. Os vestígios deixa-
dos pela jornada criminosa auxiliam na compreensão da dinâmica dos fatos.
Letra c.

011. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Locais de crimes podem ser considera-


dos idôneos ou inidôneos, conforme o caso concreto. As referidas classificações referem-se:
a) à preservação.
b) ao isolamento.
c) à natureza do fato.
d) à disposição dos vestígios.

Essa classificação diz respeito à preservação, que pode ser:


• IDÔNEO: é aquele que não foi violado, que não sofreu nenhuma alteração desde a ocor-
rência do fato
• INIDÔNEO: é aquele que foi violado, que sofreu alguma alteração após a ocorrência do fato.
Classificação muito cobrada em provas de concursos. Como vimos anteriormente, a cadeia de
custódia é fundamental para que se possa garantir uma cena de crime idônea e só é possível
isso garantindo a preservação do sítio da ocorrência.
Letra a.

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012. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Quanto à disposição dos vestígios, os


cenários de crimes podem ser:
a) internos ou externos.
b) idôneos ou inidôneos.
c) imediatos, mediatos ou relacionados.
e) idôneos, mistos ou relacionados.

Essa é a classificação quanto à disposição de vestígios, que pode ser:


Letra c.

013. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Segundo o estudioso de criminalística


Edmond Locard, o tempo consome os vestígios, as evidências e dificulta a busca da verdade.
Esse pensamento resume um princípio aplicável às investigações de homicídios, qual seja:
a) princípio da indisponibilidade.
b) princípio da ocasionalidade.
c) princípio da oportunidade.
d) princípio da oficiosidade.

Para a criminalística o princípio da oportunidade ensina que: a equipe de investigação, com


plano breve e seguro, deverá conceber o momento mais favorável, mais conveniente para ini-
ciar o processo de busca dos elementos objetivos e subjetivos.
Letra c.

014. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) A garantia de total proteção aos ele-


mentos encontrados e que terão um caminho a percorrer, passando por manuseio de pessoas,
análise, estudos, experimentações e apresentações até o final do processo criminal refere-se a:
a) reprodução simulada.
b) laudo pericial.
c) cadeia de custódia.
d) crime e ocorrência de trânsito.

Falou em preservação, proteção, tutela ou qualquer outro sinônimo disso você deve associar a
CADEIA DE CUSTÓDIA, que é o conjunto de cautela que os profissionais da segurança pública
devem tomar para não contaminar o local de crime.
Letra c.

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015. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Consideram-se elementos imprescindí-


veis à existência do crime de homicídio:
a) autor, vítima, premeditação, motivo.
b) vítima, testemunha, lugar, motivo.
c) vítima, instrumento, lugar, tempo.
d) testemunha, instrumento, tempo.

O homicídio (Art. 121, CP) é um crime material, ou seja, necessita de um resultado naturalísti-
co, que no caso é a morte da vítima. Bem, se tem uma vítima obrigatoriamente tem um autor
do delito. Esse autor empregou um meio (instrumento) para se alcançar o resultado pretendi-
do-morte. O fato ocorreu em algum local e em um determinado tempo. Testemunha e preme-
ditação são dispensáveis.
Letra c.

016. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) O conceito de preservação pode ser do


seguinte modo:
a) o ato de proteger os locais de crimes, permitindo assim que as pessoas não autorizadas se
aproximem do local onde ocorreu o delito.
b) permitir que as pessoas fiquem a uma distância segura para que os peritos desempenhem
suas funções.
c) o ato de isolar o local quando os peritos comparecerem para realização de seu levantamento.
d) o ato de não alterar o estado original das coisas encontradas no local do delito.

Preservação é diferente de isolamento. O primeiro refere-se aos cuidados indispensáveis para


que não se altere o local do crime e está previsto no Art. 158-A, § 1º do CPP, já o segundo refe-
re-se a impedir que pessoas estranhas ao acontecido, curiosos ou pessoas mal-intencionadas
adentre ao sítio da ocorrência.

Art. 158-A, § 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com
procedimentos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
Letra d.

017. (UEG/AGENTE DE POLÍCIA CIVIL/PCGO/2013) Os locais de crimes podem ser classifi-


cados quanto
a) à preservação dos vestígios, quanto ao ambiente e quanto à arma e/ou ao instrumen-
to do crime.
b) à natureza do fato, quanto à disposição dos vestígios e quanto à preservação dos vestígios.
c) ao ambiente, quanto ao isolamento e quanto à preservação dos vestígios.
d) à natureza do fato, quanto ao ambiente e quanto ao estado dos vestígios.

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Relembremos a classificação dos locais de crime:


Portanto, a Letra “B” evidencia as classificações de maneira adequada.
Letra b.

018. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) A Criminalística é a ciência sobre a qual se


apoia a prova pericial. Com base nos ramos mais diversos do conhecimento científico, a Crimi-
nalística atua no sentido de reconstruir um fato do passado, mas sempre com uma caracterís-
tica singular: o lastro da cientificidade.
a) O uso do conhecimento científico para a produção da prova é anterior ao século 19. Entre-
tanto, a sistematização da matéria ocorreu apenas em meados do século 20, com Edmond
Locard, após a publicação do respectivo livro Criminal Investigation, que foi traduzido para o
português como Manual para Juízes de Instrução. O livro tinha a finalidade de mostrar a aplica-
ção da ciência na investigação criminal, facilitando, assim, o trabalho dos juízes no processo
decisório.
b) “Todo contato deixa uma marca”. Com essa afirmação, o austríaco Hans Gross apresentou
para a comunidade científica o que ficou conhecido como princípio da troca, que até os dias de
hoje serve como orientação para o trabalho pericial nos locais de crime.
c) A Criminalística surge nas universidades, portanto, em um contexto totalmente diferente
do ambiente policial. Entretanto, em 1910, surge, em Lyon, na França, o primeiro laboratório
forense dentro da estrutura organizacional da polícia, graças ao trabalho de Hans Gross. A ex-
periência se mostrou bem-sucedida, uma vez que a prova pericial passou a ser produzida por
profissionais que viviam a realidade da polícia, e, em pouco tempo, outros departamentos de
polícia levaram para o interior das próprias organizações os laboratórios forenses e os respec-
tivos especialistas.
d) Após consolidação da Criminalística como ciência, novos saberes foram desenvolvidos,
e, com base nesses saberes, surgiram outras ciências, como a sociologia, a psicologia e a
criminologia.
e) O perito criminal é o profissional que utiliza o próprio conhecimento científico para produzir
a prova pericial, que deve ser imparcial e isenta de vícios. Por apresentar essas características,
a prova pericial possui a propriedade da transversalidade, ou seja, trata-se de um elemento
utilizado não somente na fase do inquérito policial, mas também na fase processual da perse-
cução penal.

Questão bem complexa que exigiu do candidato conhecimentos sobre os momentos históri-
cos que envolveram a Criminalística.

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a) Errada. O Código de Hamurabi (1800 A.C.) já apontava que a mera suspeita não poderia ser
capaz de imputar a alguém o cometimento de um delito, era necessário materialmente con-
feccionar provas para não haver nenhuma dúvida sobre a autoria e materialidade de um delito.
Apesar disso, a doutrina entende que o nascimento da Criminalística é atribuído a Hans Gross,
na sua obra Kriminalistik, no ano de 1893. Edmond Locard foi o primeiro a produzir provas
que foram aceitas em um tribunal, quando provou a morte de uma vítima por envenenamento
por nicotina.
b) Errada. Hans Gross foi muito importante no campo da Criminalística, mas a questão erra ao
atribuir o Princípio das Trocas a ele, pois quem formulou tal princípio foi o Edmond Locard –
Princípio das Trocas de Locard.
c) Errada. O primeiro laboratório forense dentro da estrutura da polícia foi criado em 1910 pelo
Edmond Locard, que passou a desenvolver atividades relacionadas à Criminalística em Lyon,
na França.
d) Errada. A Criminalística tem como base a Física, Química, Biologia, Geologia e Matemática,
que são consideradas como ciências naturais, assim como a própria Criminalística.
e) Certa.
Letra e.

019. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) O perito criminal averiguou que determinado


acidente de trânsito com vítima fatal ocorreu em razão do incorreto posicionamento da coluna
do viaduto com relação à pista de rolamento, associado à falta de sinalização adequada.
Nesse caso, a causa do acidente está relacionada a
a) falha do homem.
b) falha da máquina.
c) reação tardia.
d) falha mecânica.
e) falha do meio.

A doutrina criminalística entende que um acidente de trânsito pode ocorrer por:


• Falha do homem ou falha humana: fato ocorrido pela falha do condutor do veículo.
• Falha da máquina ou mecânica: fato decorrido a partir da falha de algum componente
do veículo.
• Falha do meio: fato ocorrido pela falha da engenharia de tráfico das estradas e rodovias.
Portanto, falou em pista de rolamento, viadutos, pontes, sinalizações e componentes viários
estamos falando em FALHA DO MEIO.
Letra e.

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020. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) Quanto à produção de vestígios de pegadas


em locais de crime, assinale a alternativa correta.
a) As marcas positivas são figuras formadas por compressão ou depressão sobre o suporte
que recebe o objeto que as produz, como terra ou qualquer outro suporte macio.
b) Apenas as marcas de pegadas no local mediato devem ser avaliadas.
c) Apenas as marcas de pegadas no local imediato devem ser avaliadas.
d) As marcas latentes de pegadas não podem ser avaliadas.
e) As marcas negativas podem ser transportadas por meio da modelagem.

A questão cobrou o entendimento dos tipos de pegadas, veja:


Outro conhecimento importante é o de Modelagem: que é a técnica que consiste em modelar
as pegadas utilizando qualquer material (líquido ou pastoso) que permite com exatidão as
marcas deixadas no sítio da ocorrência. Pode ser utilizado: argila, gesso ou qualquer material
que seca rápido.
a) Errada. Conceito de marcas negativas.
b) Errada. Tanto o local imediato quanto o local mediato devem ser avaliados.
c) Errada.
d) Errada. As marcas positivas latentes quanto as visíveis podem ser avaliadas.
e) Certa.
Letra e.

021. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) Quanto a locais de suicídio por arma de fogo,


bem como às manchas de sangue observadas nesse tipo de local, assinale a alternativa correta.
a) Os locais envolvendo supostos suicídios por armas de fogo e por armas brancas seguem
uma dinâmica diversa daquela adotada em locais de homicídio, usando um rigor analítico me-
nor, uma vez que não se trata de um crime.
b) Quando houver armas de fogo em locais de suicídio, os peritos criminais devem encaminhar
o instrumento em questão da maneira como foi encontrado, sem que ocorra manipulação.
c) É preciso um cuidado na análise da possiblidade de a vítima operar (sozinha) a arma em
questão. Para isso, será necessário observar as características gerais de acionamento da arma
analisada.
d) As manchas de sangue observadas no local, bem como aquelas dispostas sobre o cadáver,
merecem uma atenção especial, sobretudo se forem encontradas sobre os membros inferio-
res da vítima. Manchas produzidas por contato e por arrastamento indicam o sentido de pro-
dução da(s) ferida(s).
e) Esfregaços (suabes) para a realização de exames de constatação da presença de material
genético (DNA de contato) no cabo e na lâmina (armas brancas); no gatilho, no tambor e no
dedal serrilhado (revólveres); no ferrolho e no retém do carregador (pistolas); e em todas as re-
giões em que a constatação de tal material seja provável serão coletados na seção de balística
forense, nunca pelos peritos de local durante a realização dos exames.

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a) Errada. Ao mencionar “rigor analítico menor” a questão incorre em erro, pois ainda é prema-
turo dizer se houve homicídio ou suicídio.
b) Errada. Encaminhar o instrumento da maneira em que foi encontrado pode gerar perigo a
todos os envolvidos na operação. Por exemplo, e se a arma estiver municiada? Por isso, deve
ser realizado todos os procedimentos de segurança com o armamento.
c) Certa.
d) Errada. Manchas encontrada sob os membros inferiores da vítima torna a assertiva incorre-
ta. Nos membros superiores ficaria mais correta.
e) Errada. O erro da questão é dizer que (suabes: chumaço de algodão ou qualquer outro
material absorvente) utilizado para coletar materiais genéticos, por exemplo, não podem ser
coletados no sítio da ocorrência.
Letra c.

022. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) A perícia criminal não se restringe a exames


externos, em locais onde supostamente dado delito ocorreu. Ela tem, por outro lado, uma área
de atuação muito ampla. Nesse contexto, assinale a alternativa correta.
a) Em um exame de local de crime, basicamente sete perguntas devem ser respondidas pelos
peritos que processam a cena: o que aconteceu, como aconteceu, quando, onde, por que, qual
o meio empregado e quem é o autor.
b) As perícias externas são os exames periciais realizados em espaços físicos localizados em
ambientes externos (vias públicas, áreas de vegetação, áreas submersas), enquanto as perí-
cias internas são aquelas realizadas em edificações e (ou) em veículos.
c) O princípio da troca de Edmond Locard indica que, sempre que alguém (com exceção da
autoridade policial e dos peritos criminais) adentra um espaço físico, essa pessoa o altera,
mesmo que inconscientemente. Algo é deixado por esse ator e, da mesma forma, algo é leva-
do com ele.
d) Os peritos criminais, em regra, são os profissionais responsáveis por processar a cena do
crime. Não obstante, eles não são os primeiros a tomar conhecimento da cena, nem são os
primeiros a chegar ao local dos exames.
e) Local de crime imediato é aquele onde a ação principal ocorreu. Por sua vez, o local mediato
é aquele que guarda relação com o imediato, mas que tem um caráter de acessório em relação
ao outro. Cada cena de crime só pode ter um local imediato combinado com um local mediato.

a) Errado. Estamos diante do chamado HEPTÂMETRO DE QUINTILIANO, filósofo Italiano que


criou uma metodologia aplicada para apurar o fato na fase investigativa, respondendo a sete
perguntas: Que? Quem? Quando? Por quê? Como? Onde? E com que auxílio?
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Dizer que a perícia responde “o porquê” deixa a questão incorreta.


b) Errado. As perícias externas são classificadas em:
E os LOCAIS INTERNOS são os Institutos de Criminalística e seus laboratórios.
c) Errada. Pelo Princípio das Trocas de Locard todos, sem exceção, podem contaminar a
cena do crime.
d) Certa.
e) Errada. Cada local de crime imediato não precisa, necessariamente ter um único lo-
cal mediato.

EXEMPLO
Imagine um homicídio onde a vítima fora morta sob tortura em vários locais antes do desfecho
final.
Letra d.

023. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) O Título VII do Código de Processo Penal versa


a respeito das provas e, mais especificamente, dos meios de prova que devem ser utilizados na
solução de uma lide pelo magistrado. Quanto ao Capítulo II do referido título, “DO EXAME DO
CORPO DE DELITO E DAS PERÍCIAS EM GERAL”, assinale a alternativa correta.
a) O artigo 158 explicita que, quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de
corpo de delito, direto ou indireto, podendo, entretanto, supri-lo a confissão do acusado.
b) O artigo 184 estabelece que, salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade
policial negará a perícia requerida pelas partes quando esta não for necessária ao esclareci-
mento da verdade.
c) O artigo 169, parágrafo único, impõe à autoridade policial a responsabilidade de registrar
qualquer alteração na cena do crime e quais são as suas consequências diretas na produção
da prova material.
d) O artigo 178 determina que o exame de corpo de delito e as demais perícias podem, em
casos definidos, ser solicitados diretamente a um perito específico.
e) O artigo 182 define que o juiz ficará adstrito ao laudo, devendo aceitá-lo no todo ou, ao me-
nos, em parte.

Existe uma forte tendência que as provas de concursos para os cargos de perito cobrem a Le-
gislação que envolva o rito processual da perícia, perceba:
a) Errada.

Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de delito, direto
ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado.

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b) Certa.

Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial negará a perícia
requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento da verdade.
c) Errada.

Art. 169. Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e
discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.
d) Errada.

Art. 178. No caso do art. 159, o exame será requisitado pela autoridade ao diretor da repartição,
juntando-se ao processo o laudo assinado pelos peritos.
e) Errada.

Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou em parte.
Letra b.

024. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) Qualquer elemento material que possa ter rela-
ções com a infração penal ou com o fato sob análise, cuja condição e posição no local inves-
tigado são resultantes da conduta humana, por ação ou omissão, corresponde a um vestígio.
BRASIL. Ministério da Justiça. Diretoria Técnico-Científica. Glossário de Ciências Forenses. Bra-
sil. Brasília-DF, 2016.
Com base na explicação apresentada, é correto afirmar que vestígios
a) verdadeiros ou associativos são aqueles que foram dispostos pelo autor para induzir o peri-
to criminal a descrever uma dinâmica diferente do fato real ocorrido.
b) ilusórios ou não associativos são aqueles que, de forma intencional, são colocados na cena
de crime para induzir uma dinâmica diferente do fato real ocorrido.
c) associativos ou verdadeiros são aqueles encontrados na cena de crime, mas que, porém,
não têm relação com o fato que se investiga.
d) ilusórios são aqueles encontrados na cena do crime que, todavia, não apresentam nenhuma
relação com o fato investigado.
e) forjados são aqueles que mantêm relação de causa e efeito com o ato criminoso e (ou) com
a dinâmica deste ou guardam, ainda, uma relação de identidade com a(s) vítima(s) e (ou) com
o(s) autor(es).

Assunto bastante recorrente em provas exigindo do candidato a classificação dos vestí-


gios, relembre:
Letra d.

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025. (IADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) Qualquer Pela definição usual, ao ser afastada


a causa determinante, o acidente
a) ocorreria.
b) poderia ocorrer.
c) poderia não ocorrer.
d) não ocorreria.
e) às vezes ocorreria.

Estamos diante das chamadas causas imediatas, diretas ou perpetuantes, que guardam uma
íntima e determinante relação com o ocorrido, estão diretamente ligadas ao tempo, lugar e
grau com o resultado. Conditio sine qua non = Condição sem a qual, não.
Portanto, ao ser afastada a causa determinante o fato não ocorria.
Letra d.

026. (INSTITUTO AOCP/POLÍCIA LEGISLATIVA- CÂMARA DE RIO BRANCO-AC/2016) O


que é Criminalística?
a) É o estudo da investigação criminal. Ciência que objetiva o esclarecimento dos casos
criminais.
b) É o estudo da investigação que objetiva o esclarecimento dos casos de crimes somente
contra o patrimônio.
c) É o estudo criminal. Ciência que objetiva o esclarecimento dos casos de crimes contra o
patrimônio público.
d) É o estudo da investigação criminal que estuda só crimes contra a vida.
e) É a Ciência da investigação criminal. Estudo que objetiva o esclarecimento crimes contra a
vida pública.

Criminalística é uma ciência natural que se apoia em outras ciências naturais (Física, Química
e Biologia) sobre a qual recai a prova pericial. E sua finalidade é demonstrar materialmente a
dinâmica dos fatos que servirão para qualquer tipo de crime que deixe vestígios.
Letra a.

027. (INSTITUTO AOCP/AGENTE TÉCNICO FORENSE/ITEP/2018) Historicamente, a Crimi-


nalística recebeu muitos nomes sinonímicos, como Polícia Técnica, Policiologia e Ciência Po-
licial. Porém começou a prevalecer o nome “criminalística” após ter sido o termo cunhado por
a) Oscar Freire.
b) Paul L. Kirk.
c) Edmond Locard.

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d) Hans Gross.
e) Gilberto Porto.

Candidatos, é imprescindível que memorizem dois nomes muito importantes para a Criminalís-
tica: Hans Gross e Edmond Locard. O primeiro é considerado o pai da Criminalística. O segun-
do criou o “Princípio das Trocas de Locard”. Saliento que cada um nome apresentado nessa
questão contribuiu sensivelmente para a Criminalística moderna, perceba:
• Oscar Freire: Foi também o sucessor de Nina Rodrigues na cátedra de Medicina Legal,
lente da Faculdade de Medicina e diretor do Serviço Médico Legal da Polícia. Em 1912,
juntamente com Alfredo Britto, diretor da mesma Faculdade, e com a ajuda de Josino
Cotias, pôs em execução o plano de Nina Rodrigues, que era a construção de um institu-
to médico-legal. Criou-se, assim o Instituto Médico Legal Nina Rodrigues.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Oscar_Freire

• Paul L. Kirk: Era um bioquímico, criminalista e participante do Projeto Manhattan, es-


pecializado em microscopia. Ele também investigou o quarto em que Sam Sheppard
supostamente assassinou sua esposa e forneceu as principais evidências de respingos
de sangue que o levaram à absolvição em um novo julgamento 12 anos após o assassi-
nato. A maior homenagem que se pode receber na seção de criminalística da Academia
Americana de Ciências Forenses leva o nome de Kirk.
Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Paul_L._Kirk

• Edmond Locard: Foi um pioneiro da Ciência Forense, conhecido também como o Sher-
lock Holmes da França. Formulou o princípio básico de ciência forense: “Todo contato
deixa uma marca”, que ficou conhecido como o princípio de Troca de Locard. Como todo
princípio, baseia-se em uma ideia simples, mas de grande profundidade.
Fonte:https://pt.wikipedia.org/wiki/Edmond_Locard

• Hans Gross: Foi um jurista e criminalista austríaco, criador da estratégia de perfil crimi-
nal, técnica utilizada para identificar possíveis suspeitos e para ligar crimes que podem
ter sidos cometidos pela mesma pessoa. Para ele, a Criminalística era uma ciência auxi-
liar ao sistema jurídico penal.
Fonte: https://sindpericiasgo.com.br/hans-gross-o-pai-da-criminalistica-como-conhecemos/

• Gilberto Porto: Autor de vários livros e ensaios nos campos do Processo Civil, Processo
Constitucional e Direito Civil. Agraciado com diversos prêmios profissionais e comen-
das. Consultor e Advogado com atuação nos Tribunais do RS, STJ e STF.
Fonte: http://lattes.cnpq.br/3003836743283862

Letra d.

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028. (INSTITUTO AOCP/AGENTE TÉCNICO FORENSE/ITEP/2018) Sobre o isolamento e a pre-


servação de local de crime, analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I – Visam garantir que o estado das coisas não seja alterado, proporcionando fidedignidade ao
local e aos vestígios ali presentes, viabilizando sua idoneidade.
II – São de responsabilidade do perito criminal requisitado para o levantamento do local de crime.
III – Estão legalmente previstos, devendo ser providenciados pela autoridade policial.
IV – Constituem o início da Cadeia de Custódia. V. Idealmente, devem ser realizados mediante
o impedimento do acesso físico de pessoas não autorizadas ao local de crime.
a) Apenas I e II.
b) Apenas I, III, IV e V.
c) Apenas II, III e V.
d) Apenas II, IV e V.
e) Apenas I, II, III e IV.

Essa questão cobrou do candidato o conhecimento do Art. 158-A do CPP, vejamos:

Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos utilizados para
manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em locais ou em vítimas de crimes,
para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu reconhecimento até o descarte.
§ 1º O início da cadeia de custódia dá-se com a preservação do local de crime ou com procedimen-
tos policiais ou periciais nos quais seja detectada a existência de vestígio.
§ 2º O agente público que reconhecer um elemento como de potencial interesse para a produção da
prova pericial fica responsável por sua preservação.

Portanto, estão todas as assertivas corretas, exceto o item II, que diz que a responsabilidade é
do perito. Como vimos a responsabilidade da cadeia de custódia passa pelo primeiro policial a
chegar no sítio da ocorrência, pela autoridade policial e, após isso, o perito.
Letra b.

029. (INSTITUTO AOCP/AGENTE DE NECRÓPSIA- ITEP/2018) Preencha as lacunas e assi-


nale a alternativa correta.
____________, ao postular que “todo contato deixa uma marca”, consagrou o Princípio____________,
aplicável nas perícias de locais de crime e que, diante da doutrina da criminalística brasileira,
ficou também conhecido como Princípio____________.
a) Edmond Locard/da Transferência/da Observação
b) Hans Gross/da Troca/Fundamental da Criminalística
c) Alexandre Lacassagne/do Contato/da Análise
d) Paul Kirk/da Troca/da Interpretação
e) James T. Kirk/do Espaço/da Iniciativa

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“Todo contato deixa uma marca” consagrou o Princípio da Troca de Locard, criado por Ed-
mond Locard. Perceba que em várias bancas examinadoras esse princípio é cobrado, tornando
um dos mais importantes da Criminalística para fins de provas.
Letra a.

030. (UEG/ESCRIVÃO DE POLÍCIA-PCGO/2013) O Perito Oficial faz exame em um objeto ou


material bruto, constatado e/ou recolhido em local de crime para análise posterior. Como esse
objeto é denominado?
a) Prova imaterial
b) Prova indireta
c) Evidência
d) Vestígio

Toda MATÉRIA BRUTA, após depuração, que guarda relação com o fato é chamada de VES-
TÍGIOS. VESTÍGIOS é encontrado no local do crime e após análise e interpretação dos peritos
pode vir a ser uma PROVA.
Observe o que temos na Legislação:

CPP, Art. 158-A, § 3º Vestígio é todo objeto ou material bruto, visível ou latente, constatado ou reco-
lhido, que se relaciona à infração penal.
Letra d.

031. (IDADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019- QUESTÃO ADAPTADA) Informações para


responder à questão.

A fotografia apresentada retrata o local de um acidente de trânsito com vítima fatal em que o
automóvel cinza (seta) saiu da pista e colidiu contra um poste de energia, produzido em con-
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creto, assumindo a respectiva posição de repouso final alguns metros além do poste. Essa
pista de interesse é asfaltada, de mão dupla de direção, composta por uma faixa de trânsito
para cada sentido, separadas por linha simples seccionada de cor amarela e delimitada por
acostamento seguido de margem, em ambos os bordos. Considerando o sentido norte-sul,
havia uma ciclovia na margem esquerda.
Considere, para esse caso, a tabela fictícia de coeficientes de arraste/atrito específicos para o
local examinado, a seguir.
Considerando os vestígios materiais visíveis na fotografia, qual é a causa determinante mais
provável desse acidente?
a) Desvio de direção
b) Ausência de reação
c) Reação tardia
d) Entrada inopinada
e) Perda de controle de direção

Observando a fotografia note que houve uma abrupta mudança de direção, que fica evidente
pelas marcas na pista. Pela condição da pista molhada, possivelmente, houve aquaplanagem
— “fenômeno” em que o carro começa a deslizar sobre uma camada de água, perdendo o con-
tato com o solo —, por isso, perda do controle da direção causou o acidente fatal.
Letra e.

032. (IDADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) A respeito dos vestígios produzidos pelos


pneumáticos de um automóvel, assinale a alternativa correta.
a) Frenagens escuras, em razão da fusão da borracha dos pneus, podem ter trajetória curva.
b) Marcas de frenagem produzidas pelo travamento das rodas apresentam escurecimento
progressivo.
c) Com o sistema ABS operando corretamente, as marcas de frenagem são escuras, em razão
da fusão da borracha dos pneus.
d) Sem o sistema ABS, as marcas de frenagem apresentam clareamento progressivo.
e) Marcas de aceleração são mais escuras no final da respectiva extensão.

a) Errada. As marcas escuras, devido ao atrito da borracha dos pneus com a malha asfáltica,
aliados à trajetória curva, indicam derrapagem.
b) Certa.
c) Errada. O Sistema ABS (Anti-lock Braking System) que é um sistema eletrônico que evita
justamente que as rodas travem durante a derrapagem, fornece um padrão de marcas intermi-
tentes, ou seja, ocorrem de maneira “picotada”.

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d) Errada. Sem o ABS as marcas pneumáticas fornecem um escurecimento progressivo.


e) Errada. As marcas de aceleração (variação de velocidade) são mais escuras no início, pois é
onde agem as maiorias das forças físicas resultantes do pneu com o asfalto, gerando a quei-
ma da borracha, que produz as marcas no asfalto.
Letra b.

033. (IDADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) A respeito dos vestígios em locais de crime,


é correto afirmar que
a) as impressões de aceleração produzidas com os pneumáticos em processo giratório em
forte aceleração não reproduzem os desenhos das bandas de rodagem e, portanto, não devem
ser consideradas vestígios.
b) geralmente as marcas deixadas pelo uso de ferramentas em locais de crime são latentes.
c) o processo de transporte de uma pegada positiva latente sobre uma folha de revista é dife-
rente do transporte de uma impressão digital.
d) o processo de transporte de uma pegada negativa pode ser feito por meio de modelagem.
e) as impressões latentes apresentam dificuldade para a respectiva análise digital.

Como vimos, as pegadas podem ser classificadas em positivas e negativas.


• Positivas: revelam o desenho do pé ou calçado por meio de uma tinta ou substância
análoga. Assim, deixa a pegada impressa por onde pisou. E mais, as marcas positivas
podem ser divididas em latentes (que não são visíveis) e visíveis.
• Negativas: produzidas por uma substância que assume o formato do pé.

EXEMPLO
Argila, gesso, cimento etc.
E o nome da principal técnica (existem outras que geralmente não são cobradas em provas)
para levantamento dessas pegadas é a modelagem.
Letra d.

034. (IDADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2019) Acerca das abordagens recomendadas em


locais de morte violenta, assinale a alternativa correta.
a) O levantamento de local de homicídio, ou qualquer outro a rigor, começa quando a equipe
pericial chega ao destino que será examinado, momento em que o perito verifica quais equi-
pamentos serão necessários, a gravidade da situação, as condições de segurança, a acessi-
bilidade ao local e a possibilidade de demandar auxílio de outras forças ou órgãos (Corpo de
Bombeiros e companhia de saneamento ou de fornecimento elétrico, por exemplo).
b) O perito criminal deve sempre ter uma abordagem de desconfiança para com as condições
do local e as informações que coletou previamente. Não é incomum que solicitações de exa-

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mes inicialmente identificadas como um determinado tipo de local se revelem como sendo
outro, como cenas de aparente suicídio ou acidente que posteriormente se revelam um homi-
cídio, ou o inverso.
c) O período de deslocamento até o local é importante para que sejam repassadas informa-
ções à equipe, bem como para que se possa acordar quaisquer procedimentos considerados
necessários de acordo com as peculiaridades já sabidas a respeito do local. É recomendável
que a hora de chegada seja registrada quando os peritos retornarem ao Instituto de Criminalís-
tica, ao final do plantão.
d) Durante o processamento do local, seguido à busca inicial, inicia-se uma busca mais minu-
ciosa, comumente definida como busca detalhada. Existem técnicas de busca detalhada que
auxiliam em uma varredura eficiente da área de interesse, como a busca em espiral, por qua-
drante e em linha. A técnica adequada é sempre pré-determinada de acordo com o estipulado
nos procedimentos operacionais padrão (POP) da seção e não muda de acordo com os locais.
e) Usualmente, o exame perinecroscópico, em conjunto com o exame das vestes que trajavam
o cadáver, são os primeiros a serem realizados pelos peritos no local, pois a perinecroscopia
revela ao perito possíveis movimentações da vítima ou entre está e os respectivos agressores,
no caso do homicídio, o tipo de instrumento usado e o local da morte, entre diversas outras
informações importantes.

a) Errada. A cadeia de custódia começa quando o primeiro policial chegar ao local do possí-
vel delito.
b) Certa.
c) Errada. A chegada deve ser registrada quando os peritos retornarem ao Instituto de Crimi-
nalística e não ao término do plantão. Isso para que o lapso temporal não o faça esquecer de
algum detalhe importante.
d) Errada. As técnicas de varredura mudam de acordo com cada sítio de ocorrência. É inviável
se adotar as mesmas técnicas para locais diferentes.

EXEMPLO
Um quarto de hotel é diferente de uma margem de um rio, logo, deve-se adotar técnicas distintas.
e) Errada. O exame perinecroscópico é muito importante, pois através dele é possível colher
vestígios no próprio cadáver para tentar conhecer a dinâmica dos fatos. Agora, não necessa-
riamente deve ser o primeiro a ser realizado.
Letra b.

035. (IDADES/PERITO CRIMINAL/PCDF/2017) Em relação às mortes aparentemente natu-


rais e às mortes acidentais, assinale a alternativa correta.

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a) As mortes decorrentes de acidente não podem ser consideradas violentas, pois, por elas se
tratarem de casos fortuitos, não produzem consequências penais.
b) Os locais de morte aparentemente natural costumam ser escassos em vestígios, já que
normalmente há uma única pessoa envolvida (a própria vítima) e ela não contribui intencional-
mente para o resultado.
c) Nos casos de morte aparentemente natural, o exame perinecroscópico deve ser realizado
de forma mais superficial e rápida, já que se trata apenas de uma constatação da ausência
de um crime.
d) O exame de um local de acidente deve seguir a mesma dinâmica do exame de um local de
homicídio, de modo a se usar o mesmo rigor analítico, uma vez que os vestígios encontrados
costumam ser semelhantes.
e) É comum encontrar vestígios de arrombamento em locais de morte aparentemente natural.
O perito criminal não deve se apegar a esses elementos, já que eles podem ser explicados pelo
fato de que vizinhos e (ou) parentes costumam buscar contato por meio do acesso à residên-
cia da suposta vítima.

a) Errada. Os locais de acidentes podem ser considerados violentos, pois não são exatamente
as consequências penais que classificam tais locais e, sim, as circunstâncias fáticas que en-
volvem o evento.
b) Certa. Em mortes comprovadamente naturais o fator surpresa é determinante, pois em regra
não existem atos executórios para chegar ao resultado morte, como no caso de um homicídio.
c) Errada. Tanto em mortes aparentemente naturais quanto em homicídios o exame no cadá-
ver (perinecroscópico) deve ser realizado com o mesmo rigor analítico, pois até então não é
sabido a causa da morte (causa mortis).
d) Errada. Realmente o rigor analítico em ambos os cenários devem ser os mesmos, agora,
dizer que deixam vestígios semelhantes a questão pecou mortalmente.
e) Errada. Na verdade é incomum encontrar arrombamento em locais de morte natural, pois a
morte é inesperada e, via de regra, não há atos executórios voluntários para que se chegue ao
resultado morte.
Letra b.

036. (CESPE/PRF/2015) O levantamento de dados e a coleta de vestígios do local de acidente


de trânsito são de suma importância para o perfeito entendimento da(s) causa(s) determinan-
te(s) do acontecimento. No que se refere a cena, sinalização e isolamento do local de acidente
de trânsito, julgue o item que se segue.
Nos acidentes em que há derramamento ou vazamento de produtos perigosos, a área a ser
isolada ficará a critério da equipe da PRF que primeiro chegar ao local, sendo recomendado,
principalmente o uso de fitas zebradas para delimitar o espaço.

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Mais uma questão da Banca Cespe/Cebraspe cobrando do candidato sobre a Cadeia de Custó-
dia, que se inicia a partir da chegada do primeiro policial ao local da ocorrência – Art. 158-A, CPP.
Errado.

037. (CESPE/PERITO CRIMINAL/PCMA/2018) Com relação a local de crime e a exame peri-


cial, assinale a opção correta.
a) O exame pericial de local destina-se, precipuamente, a determinar a causa da morte da vítima.
b) A vítima de homicídio, em regra, deve ser individualizada ainda no local do crime e antes do
exame pericial.
c) Local relacionado abrange o corpo de delito, seu entorno e espaços que contenham vestí-
gios materiais do crime.
d) O local do crime é dividido, para efeitos de preservação, apenas em local imediato e em local
relacionado.
e) Em casos de morte violenta, o exame perinecroscópico deve ser realizado pelo perito crimi-
nal ainda no local do crime.

a) Errada. O exame de corpo de delito por meio da autópsia é que se destina a apontar a causa
morte (causa mortis), que deve ser realizado no Instituto de Medicina Legal – Art. 162, CPP.
b) Errada. Durante o próprio exame pericial ocorre a individualização da vítima.
c) Errada. O local relacionado que abrange o entorno do exame de corpo de delito é denomina-
do imediato.
d) Errada. Os locais de crimes, no aspecto espacial, podem ser classificados em local imediato,
mediato e relacionado.
e) Certa. Art. 162, PU, CPP.

Art. 162, PU, Parágrafo único. Nos casos de morte violenta, bastará o simples exame externo do
cadáver, quando não houver infração penal que apurar, ou quando as lesões externas permitirem
precisar a causa da morte e não houver necessidade de exame interno para a verificação de alguma
circunstância relevante.
Letra e.

038. (IESES/PERITO CRIMINAL/IGP-SC/2017) Ernesto, membro de uma facção extremista,


decide praticar um ato terrorista na Prefeitura de São Paulo. Para tal, preparou, em um quarto
do Hotel Ibis, no município de São José/SC, vários cartões de Natal eletrônicos, nos quais ane-
xou folhas de material explosivo denominado C4, transformando estes cartões em artefatos
explosivos. Logo após, ele os enviou à prefeitura citada. Dois dias depois, quando os funcioná-

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rios abriram os cartões, os artefatos foram detonados, causando um desastre de proporções


assustadoras. Para a análise pericial, quanto à classificação do local em termos espaciais, o
quarto no Hotel Ibis onde o dispositivo foi montado, é reputado como:
a) Local mediato.
b) Local relacionado.
c) Local externo.
d) Local imediato.

Letra b.

039. (IESES/IGP-SC/PAPILOSCOPISTA/2017) Considerando um local de crime, os termos


vestígio ou evidência ou indício são mais adequadamente exemplificados na alternativa:
a) Os técnicos periciais analisam evidências no local de crime, elaborando laudo que as mate-
rializam em indícios.
b) A marca da planta do pé na parede, indicando uma escalada é uma evidência.
c) Uma impressão datiloscópica é um indício e o trabalho pericial a transforma em vestígio.
d) A impressão papilar é um vestígio e após a revelação pericial e documentação se transfor-
ma em evidência.

Existe uma ordem de acontecimentos, relembre:


1º – Vestígio: ocorre na fase da cadeia de custódia
2º – Evidência: surge após analisado os vestígios
3º – Indício: (Art. 239, CPP) – Circunstância conhecida e provada que se relaciona com o caso
Letra d.

040. (IESES/IGP-SC/PAPILOSCOPISTA/2017) Qual alternativa indica uma situação em que


NÃO haveria a necessidade de exame de local de crime?
a) Uma morte no interior de uma instalação penitenciária pública, causada pelos pró-
prios detentos.
b) Um local de morte violenta que não foi adequadamente preservado pela autoridade policial.
c) Quando uma criança é dada como desaparecida pela família.
d) Uma plantação de maconha no interior da mata.

Sobre a alternativa “B” – Ainda que haja interação entre os policiais envolvidos na ocorrência e
o delito é necessário haver o exame de local de crime, porém, cabe aos próprios peritos apon-
tarem no relatório o grau de comprometimento.

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Sobre a alternativa “C” – Ainda não ocorreu de fato um crime que deixa vestígio (não transeun-
tes), portanto, não há necessidade de realização de exame de local de crime sem um crime.
Sobre a alternativa “D” – A própria Lei n. 11.343/06 (Lei de Drogas) diz que as plantações de-
vem ser destruídas imediatamente e recolhidas porções suficientes para realização de exames
periciais e, além do mais, a própria mata é o local do cometimento do crime.
Letra c.

041. (FUNDATEC/IGP-RS/TÉCNICO EM PERÍCIAS/2017) São exemplos de vestígios e evi-


dências biológicas de interesse pericial:
a) Sangue e projéteis de arma de fogo.
b) Fios de cabelo e fibras de tecido.
c) Vestes e sêmen.
d) Material fetal e saliva.
e) Ossos e resíduos de chumbo.

a) Errada. Projéteis de arma de fogo não são biológicos.


b) Errada. Fibras de tecidos não são biológicas.
c) Errada. Vestes não são biológicas.
d) Certa.
e) Errada. Chumbo não é biológico.
Letra d.

042. (INÉDITA/2022) Em locais de crimes contra à pessoa, em especial os crimes violentos, as


manchas de sangue e a disposição em que foram encontradas podem trazer indícios para eluci-
dar a dinâmica dos eventos. Para se fazer uma correta análise dessas gotas temos vários testes.
O teste de Luminescência utiliza reagentes químicos para descobrir possíveis vestígios de san-
gue no local do crime, sendo o mais conhecido o Luminol. Porém esse teste é menos preciso que
o teste de orientação, pois o Luminol reage a compostos insolúveis em água formando cristais.

O Luminol é um teste de altíssima sensibilidade que reage em superfícies ainda que tenham
sido lavadas por produtos químicos. Atualmente, é o método de interpretação de vestígios de
sangue mais usuais no mundo da perícia.
Errado.

043. (INÉDITA/2022) As lesões podem ser provocadas por diversos objetos. Alguns desses
objetos não necessariamente foram criados para tais fim, como é o caso das foices e macha-
dos. Se um perito in loco se depara com uma vítima decapitada por uma foice, podemos dizer
que a vítima foi lesionada mortalmente por um objeto de ação corto-contundente.
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Os objetos corto–contundentes utilizados em delitos são caracterizados por produzirem feri-


das corto-contusas, onde a dimensão preponderante é o comprimento.
Certo.

044. (INÉDITA/2022) Um perito em um sítio de ocorrência constata que a vítima estava com
uma corda envolta ao pescoço. Observando mais atentamente viu que a vítima apresentava
lesão em formato linear, flexível, fechada e bordas regulares. O perito está diante de uma lesão
por natureza Constritora.

Esse é exatamente o padrão de lesão esperado para um enforcamento.


Certo.

045. (INÉDITA/2022) No estrangulamento manual ou esganadura a lesão provocada pelas


mãos, antebraços ou qualquer outro membro tem como característica escoriações provoca-
das pelas unhas da vítima devido ao movimento natural de defesa.

Reação da vítima é compatível com as possíveis escoriações encontradas na região do pescoço.


Certo.

046. (INÉDITA/2022) A doutrina Criminalística separa o enforcamento em dois grupos: o judi-


cial e extrajudicial. O enforcamento judicial, dentro dos parâmetros de determinada Lei de pa-
íses que adotam essa prática, não ocorre a decapitação. Já o enforcamento extrajudicial, por
ser realizado às margens da legalidade, provocam a decapitação devido a somatória da altura
da queda aos pesos acoplados ao corpo da vítima.

Ocorre justamente o contrário. No enforcamento judicial a vítima tem somado ao corpo pesos
para garantir uma morte mais rápida. No enforcamento extrajudicial não ocorre tal preocupa-
ção, embora o intento morte seja o ponto em comum entre essas duas modalidades.
Errado.

047. (INÉDITA/2022) Na asfixia por gases, o sufocamento ocorre pela mistura indiscriminada
por produtos químicos asfixiantes.

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CRIMINALÍSTICA
Locais de Morte
Silvio Duarte Santana

A asfixia por gases ocorre pela diminuição do oxigênio no ambiente e aumento do dióxido de
carbono ou metano. Com isso, lentamente, o ambiente vai sendo tomado por esses gases
asfixiantes.
Errado.

Obrigado.
Boa sorte em sua jornada!
Até a próxima.

Silvio Duarte Santana


Graduado em Física pela UFG, pós-graduado em Direito Constitucional e Docência do Ensino Superior,
mestre em Física Aplicada. Professor há 17 anos na rede pública e privada de ensino e em diversos cursos
preparatórios no Brasil inteiro. Labuta na área dos concursos públicos desde o ano de 2012, com inúmeras
aprovações em diversos certames, como: Secretaria de Estado da Educação do Distrito Federal, Oficial de
Justiça Avaliador, Polícia Militar do Distrito Federal e, atualmente, policial penal no Estado de Goiás.

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