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INGRESSO
O ingresso na carreira é obtido obrigatoriamente por concurso público, que pode ser de
provas ou de provas e títulos. Embora o Código de Processo Penal não faça
diferenciações entre os tipos de Peritos, comumente nas Polícias Civis dos estados eles
são divididos em Perito Criminal e Perito Legista.
O cargo de Perito Criminal ou Criminalístico (podendo ser estadual ou federal) exige
formação de nível superior em qualquer área do conhecimento, sendo que algumas
Polícias exigem formação específica, como por exemplo, Biologia, Farmácia, Química,
Biomedicina, Engenharias, Física, Matemática, dentre outras. Já o cargo de Perito Legista
geralmente subdivide-se em Perito Médico-Legista (cargo privativo de médico) e Perito
Odonto-Legista (cargo privativo de dentista). Os Peritos Criminais geralmente trabalham
em locais de crime e nos Institutos de Criminalística, enquanto os Legistas geralmente
trabalham nos Institutos Médicos Legais (IMLs).
PROVA PERICIAL
ATRIBUIÇÕES LEGAIS
São atribuições legais dos Peritos Criminais:
• Supervisionar, coordenar, controlar, orientar e executar perícias criminais em geral;
• Planejar, dirigir e coordenar as atividades científicas;
• Fornecer elementos esclarecedores para a instrução de inquéritos policiais e
processos criminais;
• Promover o trabalho especializado de investigação e pesquisa policial;
• Executar atividades técnico-científicas de nível superior de análises e pesquisas na
área forense;
• Proceder a levantamentos topográficos e fotográficos e a exames periciais,
laboratoriais, odonto-legais, químico-legais e microbalísticos;
• Emitir parecer sobre trabalhos criminalísticos;
• Produzir laudos periciais;
• Elaborar estudos estatísticos dos crimes em relação à criminalística;
• Praticar atos necessários aos procedimentos das perícias policiais criminais;
• Executar as atividades de identificação humana, relevantes para os procedimentos
pré-processuais judiciais;
• Desempenhar atividades periciais relacionadas às atribuições legalmente
reservadas às classes profissionais a que pertencem.
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
As atividades desenvolvidas pelos Peritos são de grande complexidade e de natureza
especializada, tendo por objeto executar com exclusividade os exames de corpo de delito
e todas as perícias criminais necessárias à instrução processual penal, nos termos das
normas constitucionais e legais em vigor, exercendo suas atribuições nos setores periciais
de: Acidentes de Trânsito, Auditoria Forense, Balística Forense, Documentoscopia,
Engenharia Legal, Perícias Especiais, Fonética Forense, Identificação Veicular,
Informática, Local de Crime Contra a Pessoa, Local de Crime Contra o Patrimônio, Meio
Ambiente, Multimídia, Papiloscopia, dentre outros.
REMUNERAÇÃO
O salário médio de um Perito Criminal em início de carreira no Brasil é de R$ 4492,52 -
sendo o menor salário o pago pelo Estado do Espírito Santo (R$ 2363,11) e o maior
salário o pago pela Polícia Federal (R$ 12992,70).
Por ser uma carreira de nível superior tanto quanto a de Delegado de Polícia, há tempos
os Peritos Criminais defendem a isonomia salarial e funcional entre as carreiras.
Atualmente quatro Polícias brasileiras possuem o mesmo salário para as carreiras de
Perito e Delegado: a Polícia Federal, a Polícia Civil do Distrito Federal, a Polícia Civil de
Rondônia e a Polícia Civil de São Paulo.
• ES - R$ 2363,11 (referência: 12/2005)
• MS - R$ 2580,08 (referência: 01/2008)
• MA - R$ 2608,94 (referência: 07/2006)
• RS - R$ 2771,96 (referência: 07/2008)
• PE - R$ 2806,73 (referência: 08/2006)
• PA - R$ 2965,88 (referência: 04/2007)
• RJ - R$ 3026,84 (referência: 11/2008)
• RR - R$ 3243,00 (referência: 03/2003)
• AM - R$ 3290,00 (referência: 09/2005)
• PI - R$ 3380,00 (referência: 04/2006)
• SC - R$ 3683,28 (referência: 06/2008)
• CE - R$ 3787,55 (referência: 03/2006)
• PB - R$ 3839,64 (referência: 10/2008)
• PR - R$ 3986,38 (referência: 05/2007)
• TO - R$ 4011,17 (referência: 11/2007)
• MT - R$ 4042,09 (referência: 01/2008)
• RN - R$ 4500,00 (referência: 10/2007)
• AC - R$ 4620,00 (referência: 11/2007)
• SP - R$ 4635,52 (referência: 11/2008)
• MG - R$ 4892,92 (referência: 07/2008)
• GO - R$ 5200,00 (referência: 05/2008)
• RO - R$ 5600,00 (referência: 11/2003)
• DF - R$ 12992,70 (referência: 12/2008)
• PF - R$ 12992,70 (referência: 12/2008)
AUTONOMIA HIERÁRQUICA
Como conseqüência dos protestos, bem como da supracitada valorização das carreiras
envolvidas na perícia criminal, muitos estados separaram suas Polícias Científicas das
Polícias Civis, resultando em autonomia funcional e hierárquica para os Peritos e seus
subordinados.
Exemplificando-se, no Instituto de Polícia Científica da Paraíba, cabe aos Peritos executar
atividades técnico-científicas de nível superior, de direção, coordenação, planejamento
e de controle técnico-administrativo, em conformidade com o Artigo 236 da Lei
Complementar nº. 85 de 12/08/2008, publicada no Diário Oficial do Estado em 13/08/2008
(Lei Orgânica da Polícia Civil da Paraíba).
"Ao delegado de polícia de carreira compete a direção da polícia judiciária, a ele ficando
subordinados hierarquicamente os escrivães e os agentes de polícia".
"À polícia técnico-científica compete auxiliar a polícia judiciária, realizando as perícias e
demais providências probatórias por esta requisitadas, mas sem vínculo de
subordinação hierárquica em relação aos seus integrantes".
Assim, a subordinação hierárquica entre o Perito Criminal e a Autoridade Policial
(Delegado de Polícia) é inviável, já que diversos estados adotam uma instituição distinta
da Polícia Judiciária para a realização das perícias (as chamadas Polícias Científicas) e
noutros, onde não há Peritos Oficiais suficientes, estes devem ser nomeados "ad hoc"
(Peritos Louvados).
A ausência de hierarquia não significa que os Peritos não devem respeitar seus deveres
funcionais, assim elaborações de laudos periciais requisitados pela Autoridade Policial
devem ser prontamente atendidas, sob o risco de responsabilidade administrativa (no
caso de Perito Oficial) e criminal. O mesmo serve aos Delegados de Polícia, por exemplo,
quanto à preservação de locais de crime, já que o Perito tem a possibilidade de lançar no
laudo qualquer alteração na cena do crime, trazendo isto responsabilidade criminal e
administrativa ao responsável, ou seja, ao Delegado de Polícia.
Uma observação importante é que o Perito é considerado pela Justiça como uma figura
detentora de autoridade científica, mas essa autoridade não tem qualquer semelhança
com a autoridade de funções típicas de estado, como o Delegado de Polícia (Autoridade
Policial) e o Juiz de Direito (Autoridade Judiciária). O termo autoridade denota diversos
sentidos, tendo como principais a demonstração de poder e a especialização em uma
determinada área, sendo pertinente ao Perito Criminal a segunda definição.
O que é?
A genética e biologia forense é uma das áreas da ciência
forense, que utiliza os conhecimentos e as técnicas de
genética e de biologia molecular, para apoiar e auxiliar a
justiça, a deslindar casos sob investigação policial e/ou do
Ministério Público. Esta área é também conhecida com DNA
Forense.
História...
Em que consiste?
A atividade desta área consiste:
Na recolha de vestígios orgânicos encontrados no local do crime como: fragmentos de
pele, pêlos e cabelos do agressor, manchas de sangue, sêmen, dentes, ossos, saliva e
urina (que podem ser recolhidos nos mais diversos tipos de substratos como roupas,
garrafas, talheres, pontas de cigarro, selos e preservativos.
Na análise dos mesmos, elaborando-se relatórios para apreciação dos tribunais.
OBJETIVOS
-Identificação genética no âmbito da criminalística biológica.
-Identificação biológica de parentesco (casos de filiação);
-Identificação genética individual (identificação de um corpo ou fragmentos de um corpo);
FACTOS HISTÓRICOS:
A Genética e Biologia Forense nasce quando se começam a realizar testes de
paternidade em visa de apoiar a justiça.
-Em 1980 descobrem-se regiões do DNA, capazes de individualizar uma pessoa.
-Depois da descoberta dos grupos sanguíneos, este fator foi utilizado em exames de
paternidade. (exemplo: um pai O não poderia ter um filho AB)
-Em 1984,na Inglaterra, o médico Alec Jeffreys, elaborou um método de identificar as
pessoas por meio de fragmentos do seu material genético.
-Em 1985, no Reino Unido, foi pela primeira vez efetuada a análise do DNA com aplicação
médico -legal.
-Em 1988 o FBI realiza casos através do DNA.
-Na década de 90,houve uma grande a evolução tecnológica e científica que levou à
popularização da técnica da PCR e um desenvolvimento de técnicas cada vez mais
sensíveis, capazes de identificar a origem de amostras biológicas com pouco DNA.
Dentro de poucos anos, os cientistas esperam obter a partir do material genético dados
sobre a aparência de um suspeito que permitam montar um retrato fiel.
EM PORTUGAL:
Devido aos avanços científicos, esta área tem-se desenvolvido bastante em todo o
mundo. Em Portugal há inúmeros laboratórios que realizam testes de paternidade,
exames de identificação genética, etc.
Bibliografia:
http://jn.sapo.pt/2005/09/07/sociedade/genetica_forense_servico_justica.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gen%C3%A9tica_forense
http://vestibular.uol.com.br/ultnot/resumos/ult2774u40.jhtm
http://medicina.med.up.pt/legal/IntroducaoML.pdf
Anexo:
ESPECIALIZAÇÃO EM CIÊNCIA FORENSE
APRESENTAÇÃO
O Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Ciência Forense, na modalidade de
Educação a Distância pela Internet, tem como objetivo principal oferecer uma visão
teórico-prática sobre a aplicação das ciências na produção de provas materiais que
poderão ser utilizadas em investigações cíveis e criminais.
O curso inicia-se com uma abordagem sobre a cena do crime, descrevendo o
comportamento adotado por um perito criminal no levantamento dos vestígios, os
cuidados com sua coleta, identificação e transporte. Sempre contextualizando o
conhecimento apresentado com situações reais, as grandes áreas de conhecimento da
ciência forense são abordadas de modo multidisciplinar, desenvolvendo um raciocínio
crítico e habilidades para solucionar problemas, juntamente com a oferta de uma sólida
fundamentação teórica em biologia, química, documentoscopia e balística aplicadas.
Associada à teoria, práticas simulando casos forenses reais serão oferecidas ao final de
algumas disciplinas. Nas aulas práticas o estudante utilizará os conhecimentos
construídos para solucionar litígios cíveis e crimes simulados.
Além da abordagem multidisciplinar contextualizada na cena do crime, o curso
apresenta os seguintes diferenciais:
1. Seu quadro de professores-tutores é formado por peritos criminais expoentes nas suas
respectivas áreas de atuação, com pelo menos quatorze anos de experiência.
2. A carga horária para atividades práticas é superior a dos demais cursos oferecidos na
modalidade de educação à distância.
3. Seu formato tem potencial de atrair profissionais da área que desejam aprimorar seus
conhecimentos.
4.
PÚBLICO-ALVO
CARGA HORÁRIA
O curso tem carga horária total de 436h, assim distribuídas:
• 360 horas correspondentes às disciplinas, das quais 312 horas serão realizadas a
distância e 48 horas realizadas presencialmente por meio de atividades práticas em
laboratório;
• 60 horas voltadas à elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso;
• 16 horas referentes aos encontros presenciais de abertura e de encerramento.
PROGRAMA
O material didático do curso é organizado em seis Unidades de Estudo Autônomo
(UEAs), que são as disciplinas, constituídas de hipertexto e disponibilizadas por meio da
internet.
• A Cena de Crime – 30h
• Documentoscopia Forense – 60h
• Biologia e DNA Forense – 90h (66h a distância e 24h presenciais para práticas)
• Balística Forense – 90h
• Química Forense – 90h (66h a distância e 24h presenciais para práticas)
• Metodologia da Pesquisa Científica – 60h voltadas à elaboração da monografia.
Além das disciplinas do curso, o estudante tem a possibilidade de cursar uma disciplina
optativa: Metodologia do Ensino Superior. Para cursá-la, o aluno deverá arcar com o ônus
financeiro equivalente a uma disciplina regular do curso, de acordo com os valores
vigentes à época da solicitação de matrícula.