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Depois, os oficiais determinam se o lugar é uma cena de crime primária ou secundária, ou seja, se
o crime aconteceu no local ou se foi somente um lugar de passagem do criminoso. Eles também
tentam estabelecer os pontos de entrada e saída dos suspeitos.
Localizando o Vestígio
Recolhendo Vestígios
Ao chamar uma coisa qualquer de vestígio, se está admitindo que sua situação
foi originada por um agente ou um evento que a promoveu. Um vestígio,
portanto, seria o produto de um agente ou evento provocador. Nesta
dinâmica, pressupõe-se que algo provocou uma modificação no estado das
coisas de forma a alterar a localização e o posicionamento de um corpo no
espaço em relação a uma ou várias referências fora e ao redor do dele. O
correto e adequado levantamento de local de crime, por exemplo, revela uma
série de vestígios. Estes são submetidos a processos objetivos de triagem e
apuração analítica dos quais resultam diversas informações. Uma informação
de relevância primordial é aquela que atesta ou não o vínculo de tal vestígio
com o delito em questão. Uma vez confirmado objetivamente este liame, o
vestígio adquire a denominação de evidência. Nas palavras de Mallmith
(2007), "as evidências, por decorrerem dos vestígios, são elementos
exclusivamente materiais e, por conseguinte, de natureza puramente
objetiva". Portanto, evidência é o vestígio que, após avaliações de cunho
objetivo, mostrou vinculação direta e inequívoca com o evento delituoso.
Processualmente, a evidência também pode ser denominada prova material.
Assim como ocorre com o vestígio, a origem da palavra indício também vem
do latim indicium, cuja semântica é "sinal, indicação, revelação, denúncia,
descoberta, acusação, indício, prova". O próprio radical latino index, por si
só, tem sentido de "aquilo que indica" (Mazzilli, 2003). Porém, ao contrário do
vestígio e da evidência, o indício apresenta uma conceituação legal prevista
no Código de Processo Penal brasileiro. Neste sentido, indício seria uma
circunstância conhecida, provada e necessariamente relacionada com o fato
investigado, e que, como tal, permite a inferência de outra(s)
circunstância(s). O termo "circunstância" é aqui utilizado como expressão
próxima, semanticamente, de "conjuntura", como a combinação ou
concorrência de elementos em situações, acontecimentos ou condições de
tempo, lugar ou modo.
1.3 - Fotografia
Os polícias e os
detectives tomam medidas
especiais para preservar a
cena do crime exactamente como a encontraram, porque as
provas são frágeis e podem ser facilmente destruídas. Sem
provas, pode ser impossível resolver um crime e apanhar os
criminosos que o executaram.
Os policias de investigação
criminal começam por procurar
as provas que o tempo ou as
condições climatéricas poderão
destruir (ex.: marcas de pneus
na neve, etc). A seguir
procuram nas áreas que estão
associadas ao crime, como
perto do corpo quando se trata
de um homicídio. Também procuram em locais menos óbvios,
pois um suspeito pode, inconscientemente, tocar com a mão
em algum lado para se apoiar, podendo os policias encontrar
impressões digitais.
1.3 Fotografia
A máquina fotográfica é talvez a
ferramenta mais útil do cientista
forense na cena de um crime. Com
uma simples máquina fotográfica
instantânea, os cientistas forenses
fazem um registo rápido antes de
alguma coisa sofrer alterações devido
à procura de provas. No entanto nem
sempre é tão simples como parece.
Recorre-se a equipamento sofisticado
e a técnicas de iluminação especiais
para mostrar pistas que não são
visíveis a olho nu. As máquinas fotográficas também captam
provas que são demasiado grandes para serem retiradas da
cena do crime e pistas que os testes posteriores podem vir a
destruir.
No longínquo ano de 1843, apenas 4 anos após a invenção
da fotografia, a policia belga começou a fotografar criminosos
conhecidos.
Os fotógrafos forenses
incluem ainda a escala.
Também se certificam de
que a máquina está
posicionada exactamente
de acordo com o motivo
e não inclinada. Estas
precauções garantem
que a máquina
fotográfica regista a
prova o mais claramente
possível. No entanto a
tecnologia que estes cientistas usam mudou. Actualmente,
usam imagens a cores e com máquinas digitais ou filme
instantâneo podendo verificar se têm a fotografia que
querem.
A seguir, o
patologista verifica
o rigor mortis
(rigidez
cadavérica), que
torna os membros
difíceis de mover.
Começa no rosto,
espalhando-se
posteriormente pelo corpo no intervalo de 6 a 12 horas. A
rapidez com que se espalhou pode indicar a hora da morte.
O patologista também procede a um breve exame geral do
corpo, procurando apenas indícios que possam deteriorar-
se ou desaparecer. São retiradas amostras da boca e dos
outros orifícios do corpo.