Você está na página 1de 62

Análise e Estatística

Criminal
Ricardo Vilaverde
Corpo Docente:
Ricardo Vilaverde de Oliveira
Cargo: Graduação:
Escrivão de Polícia da Classe Ciência da Computação – PUC-GO
Especial I Pós-Graduação:
- MBA em Gestão de Software –
Unianhanguera/GO (2008)
Lotação:
- Pós Graduação em Análise Criminal com
Escola Superior da Polícia Civil Docência Superior – FALBE/DF (2014)
- Pós Graduação em Planejamento
Função: Estratégico – FGV/RJ (2015)
Coordenador da Divisão
Administrativa Mestrado:
-Mestre em Gestão Estratégica de Engenharia
de Software – UNINI-MEX (em andamento)
Pensamento

“A indecisão é uma Decisão tomada para não


decidir.” Messias T. Silva

“Uma decisão tomada em meio a confusão, resultará em


uma já esperada Decepção! ” Bruno Toddy

“A melhor decisão tomada não é a influenciada,


mas sim, a bem planejada. ”Thiago David Torres de Oliveira
HISTÓRIA
ANÁLISE CRIMINAL
Henry Fielding ficou conhecido por
estimular o público a denunciar
crimes e prover descrições de
criminosos, após sistematizar
tais informações.

Passou a empregar uma espécie


de policiais que tinham por missão
patrulhar as ruas de Londres e Henry Fielding
prender criminosos: os “Bow (1707-1754)
Street Runners”
Bow Street Runners

cetro
cassetete

Típico Bow Street Runner e seus equipamentos


Sir Robert Peel

- Criador da Polícia Metropolitana de


Londres (1829)

- Primeiros trabalhos de Análise criminal

- Identificação de padrões de crime


(1840)

(BRUCE, 2004).

Robert Peel
(1850)
Sir Robert Peel

- Desenvolvimento dos conceitos de


modus operandi (MO) e classificação
de crimes e criminosos

- Emprego dos conceitos de MO e


classificação de criminosos na
prevenção e investigação criminal
(segunda metade séc. XIX)

(BRUCE, 2004 e MACA, 2007).


Sir Robert Peel

Descobertas da psicologia sobre a


natureza humana permitiu o
estabelecimento de padrões de hábitos.
GOTTLIEB, S. (1998). Crime Analysis. Califórnia:
Alpha Publishing CA.
A Emulação do Modelo Londrino

- Primeiro Chefe de Polícia do


Departamento de Polícia de Berkeley, na
Califórnia.

- Comandou o departamento durante 27


anos.

-"Assumindo que exista regularidade e


similaridade na ocorrência de crimes, é
possível tabular essas ocorrências em
uma cidade e, assim, determinar os
pontos nos quais há grande perigo de
ocorrência de tais crimes e os pontos em
que o perigo é menor.”
August Vollmer
(1876-1955)
A Emulação do Modelo Londrino

- Introduziu a técnica inglesa de


classificação sistemática de criminosos
conhecidos e seus respectivos modus
operandi

- Desenvolveu a técnica de exame das


chamadas de emergência (calls-for-
service)

- Criou a técnica do "mapa de pinos"


para identificar visualmente as áreas
onde o crime e as chamadas
estavam concentradas.
August Vollmer
(1876-1955)
Uma nova vertente

Estados Unidos,
década de 20, os
reformadores da
polícia americana
começaram a
oficializar o uso da
análise criminal.
A Ascensão da Análise Criminal

- Discípulo de Vollmer;

- Trabalhou em diferentes departamentos


de polícia;

- Escreveu diversos e influentes livros;

- Primeiro a utilizar o termo "análise de


crime“;
- Criou as "fórmulas de risco" (atribuição
de pesos a várias categorias de crimes)
- Sugeriu a criação de uma unidade de Orlando Winfield Wilson
(1928-1972)
análise criminal nos departamentos de
polícias estaduais.
Orlando Winfield Wilson

“A seção de análise criminal estuda os relatórios diários de crimes


graves para determinar a localização, tempo [dia e hora],
características especiais, similaridades com outros crimes, e vários
fatos significantes que possam ajudar a identificar ou o criminoso,
ou a existência de um padrão de atividade criminal. Tal informação
é útil no planejamento de operações de uma divisão ou distrito.”
(MACA, 2007)
Conceito

Análise de Crimes (Análise Criminal) é o estudo


sistemático de problemas de crime e desordem,
bem como outros relacionados à segurança
pública, incluindo fatores sociodemográficos,
espaciais e temporais, para apoiar os órgãos de
segurança pública na prevenção e redução de
crime e desordem, na prisão de criminosos e na
avaliação da eficácia de medidas e ações
segurança pública (Boba, 2009).
Conceito

▪ A Análise Criminal é uma disciplina orientada ao


detalhe através da qual o analista se empenha na
busca da verdade de uma determinada situação,
utilizando métodos e informações boas para
confirmar a verdade de forma que um plano de
ação efetivo possa ser formulado.
▪ Todos os autores concordam que a análise
criminal dá suporte às missões policiais, utiliza
métodos sistemáticos e informações, e gera
conhecimento para diversos usuários.
Conceito
▪ Está focada em:
• Estudos de eventos criminais;
• Identificação de padrões;
• Tendências;
• Problemas específicos;
• Disseminar informação que auxilie a agência policial a
desenvolver estratégias para solucionar os padrões,
tendências e problemas.

▪ É, primariamente, um processo de solução de


problemas com o objetivo de prevenir e/ou reduzir
crime, violência e desordem.
Análise Criminal – Classificação Clássica

Análise de
Crimes

Análise de Análise
Operações Investigativa
Policiais de Crimes
Análise de
Segurança
Pública

Análise
Administrativa Análise de
Inteligência
de Crimes

BAKER, 2005; BRUCE, 2008; BOBA, 2009


Análise Criminal - Vertentes

BAKER, 2005; BRUCE, 2008; BOBA, 2009

Análise de Crimes
(Análise Criminal)
Análise Investigativa de Crimes
Análise Estratégica de Crimes
(Análise Criminal Investigativa)
(Análise Criminal Estratégica)

Análise Tática de Crimes


(Análise Criminal Tática)

Análise Administrativa de Crimes


Análise de Inteligência
(Análise Criminal Administrativa)

Análise de Operações
Análise Criminal - Vertentes

❖ Análise Tática de Crimes:


o Incidentes criminais recentes
o Atividade criminal potencial
o Identificação e análise de padrões

❖ Análise Estratégica de Crimes:


o Padrão de atividades de longo prazo
o Problemas de crimes nas comunidades
o Procedimentos e capacidade de resposta do poder público
(ações de governo e políticas públicas)
Análise Criminal - Vertentes

• Análise de Operações:
– Análise dos serviços prestados.
– Provimento de base científica para tomada de decisões sobre
qualidade das operações policiais, alocação de recursos e
previsões orçamentárias e logísticas.

• Análise Administrativa de Crimes:


– Apresentação de estudos analíticos ou resultados de pesquisas,
relacionados à segurança pública, com base em questões
legais, políticas e práticas
– Informa diferentes públicos em relação a crime, desordem,
questões conexas.
Análise de Crimes
Perguntas

Por que fazer análise de crime,


ou Análise Criminal?
Antes me responda...
Por que um médico
encaminha um paciente
para realizar exames de
sangue quando este
apresenta estado febril, por
exemplo?
Agora sim... Me responda a
pergunta...
Por que então fazer análise criminal?

• Análise de Crimes não é operação ou ação de


segurança pública propriamente dita.

• É atividade de apoio, de suporte, por excelência.

• Sua função é produzir informação e conhecimento


sobre crime, violência e desordem, através de análises
qualitativas e quantitativas.

• Produtos: análises e recomendações para apoiar a


tomada de decisão com menor grau de incerteza.
Processo de Análise Criminal

Produzir
Analisar a Apoiar
Coletar dados Informação e
Conhecimento Informação Decisão
Teorias da Análise Criminal
Triângulo do Crime
Triângulo do Evento Teoria da Atividade de Rotina
Prevenção Situacional de Crime
Criminal

(Clark & Eck, 2003)


Teorias da Análise Criminal
Triângulo do Crime

o O crime só ocorre quando um criminoso e uma


vítima ou alvo “se encontram” em um lugar
particular.

o O triângulo externo representa certos tipos de


pessoas que podem prover controle sobre os três
elementos: vítima, lugar e criminoso.

o De acordo com a Criminologia Ambiental:


▪ A falta de controle desses três elementos é que produz as
oportunidades para o crime.
▪ Legislação descreve o que é crime.
Teorias da Análise Criminal
Teoria da Escolha Racional

o Pessoas normais 1. Acesso fácil. Alguém


que roubam/furtam já quebrou e entrou.
em situações de
calamidade – 2. Baixa possibilidade
saques. de ser pego.

o Por quê? 3. Por quê não? Todo


mundo está fazendo.

O anonimato muda a forma de agir das pessoas.


• Experiência de psicologia social desenvolvida pela Universidade de Stanford
(EUA);

A experiência foi abandonar dois carros da mesma marca, modelo e cor,


abandonados na rua. Nos seguintes locais:
Qual a conclusão que
• Bronx, zona pobre e conflituosa de Nova York poderíamos chegar com
• Palo Alto, zona rica e tranquila da Califórnia o experimento se ele
terminasse aqui?

Resultado:
• No Bronx em poucas horas o carro foi vandalizado, roubadas rodas, motor,
espelhos, rádio. O que não foi roubado, foi destruído.
•Em Palo Alto depois de uma semana o carro continuava intacto.
Teoria das Janelas Quebradas

Depois de uma semana, quebraram um vidro do veículo em Palo Alto.

Resultado:
• Foi desencadeado o mesmo processo ocorrido no Bronx.

Conclusão:
• O processo delituoso é consequência da pobreza do local?
•Evidentemente que não.
•Tem a ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

Um vidro quebrado numa viatura abandonada transmite uma ideia


de deterioração, de desinteresse, de despreocupação. Faz quebrar
os códigos de convivência, faz supor que a lei encontra-se ausente,
que naquele lugar não existem normas ou regras. Um vidro
quebrado induz ao "vale-tudo".
Teoria das Janelas Quebradas
Sua conclusão é que o delito é maior nas
zonas onde o descuido, a sujeira, a
desordem e o maltrato são maiores. Se
por alguma razão racha o vidro de uma
janela de um edifício e ninguém o repara,
muito rapidamente estarão quebrados
todos os demais. Se uma comunidade
exibe sinais de deterioração, e esse fato
parece não importar a ninguém, isso
fatalmente será fator de geração de
delitos.

A Teoria das Janelas Quebradas definiu um novo marco no estudo da criminalidade ao apontar
que a relação de causalidade entre a criminalidade e outros fatores sociais, tais como a pobreza
ou a "segregação racial" é menos importante do que a relação entre a desordem e a
criminalidade.
Teorias da Análise Criminal
Teoria do Padrão de Crimes

Clube Social
Lazer

Casa

Criminoso

Vítima

Trabalho Recreação
Os eventos criminais mais provavelmente ocorrerão em áreas onde
o espaço de atividade do criminoso se encontra com o da vítima.
Policiamento Orientado para Problemas

Década de 90

A publicação, em 1990, do livro


"Policiamento Orientado para a
Solução de Problemas" (Problem-
Oriented Policing) por Herman
Goldstein, que trabalhou com Wilson
em Chicago
Compstat

Já ouviu falar de
Tolerância Zero?

✓ O desenvolvimento do sistema CompStat, utilizado para a


implementação de estratégias de gestão por resultados em
segurança pública, no Departamento de Polícia de Nova
Iorque, a partir de 1994.

✓ Os processos do sistema CompStat estão baseados


fortemente em mapeamento e análise criminal e na Teoria
das Janelas Quebradas.
Policiamento Orientado a Problema
(POP)
“Uma espécie de policiamento no qual algumas partes
do foco da atuação policial (cada um consistindo de
um grupo de incidentes similares, seja crime ou
simples atos de desordem) seja alvo de um exame
microscópico (realizado por analistas criminais com
habilidade para gerenciar o efetivo operacional) na
esperança de usar o que se pode aprender de cada
problema para descobrir novas e mais efetivas
estratégias para lidar com ele.”
– Herman Goldstein, Center for Problem-Oriented Policing, 2001
Policiamento Orientado a Problema
(POP)

• O que é analisar?
- Análise: problema solução.
- Problema: Dois ou mais incidentes, similares em sua
natureza, que chamam a atenção (preocupam) a
polícia e a comunidade (GOLDSTEIN, 1990).
- Solução de problemas: Conjunto de métodos e
técnicas utilizadas para descoberta de padrões e
tendências que podem estar causando o problema
(GOLDSTEIN, 1990).
Policiamento Orientado a Problema
(POP)
• Assim, análise é: uma sondagem profunda das
características de um problema e dos fatores que
contribuem para sua manifestação.
• A análise requer informações detalhadas sobre:
– infrator, vítimas e outras pessoas que podem
estar envolvidas na manifestação do problema;
– quando e onde ocorre o problema;
– características do ambiente onde ocorre, objetos
envolvidos;
– consequências do problema.
Policiamento Orientado a Problema
(POP)
Segundo Goldstein, a análise deve orientar-se pelos
seguintes princípios: É baseada no senso comum
e no raciocínio lógico. Não requer gênios.
– Inclui metodologia da pesquisa e estatística,
porém requer experiência e perspicácia;
– Demanda compreensão do problema e atenção a
todos os fatores a ele relacionados;
– Requer criatividade, bom senso e raciocínio lógico
para identificar dados necessários e linhas de
ação possíveis.
Metodologia IARA (model SARA)

•Ela foi formulada por policiais e pesquisadores no


projeto Newport News, na década de 1970 nos EUA.
•Formulado em forma de quatro propostas que fazem
parte das ações a serem desenvolvidas pelo POP.
Metodologia IARA (model SARA)

•IDENTIFICAÇÃO
• Identificados os problemas através de análise
estatística e geoprocessamento de dados.
• É recomendável utilizar informações de bases
oficiais, como sistemas de informação, expertise de
policiais, pesquisas de vitimização e autores, dentre
outras.
Metodologia IARA (model SARA)

•ANÁLISE
•Baseia-se no pensamento lógico e inclui revisão,
seleção, comparação e interpretação de
informações utilizadas na fase anterior, podendo
ainda utilizar novas fontes de dados que se fizerem
necessárias.
•Um dos resultados dessa etapa é a formulação de
hipóteses claras sobre o problema em foco.
Metodologia IARA (model SARA)

•RESPOSTA
•procurar o meio mais efetivo de lidar com o
problema, desenvolver ações adequadas ao custo /
benefício.
•Neste estágio do modelo IARA, focaliza o
desenvolvimento e a implementação de respostas
para o problema.
Metodologia IARA (model SARA)

•AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO
•será realizada a avaliação do processo de
implementação e de impacto das respostas e
acompanhamento sistemático das ações
implementadas, evitando que o problema surja
novamente.
O que é Estatística?

A Estatística está presente em todas as áreas da ciência


que envolvam o planejamento do experimento, a
construção de modelos, a coleta, o processamento e a
análise de dados e sua consequente transformação em
informação, para postular, refutar ou validar hipóteses
científicas sobre um fenômeno observável.

Desta forma, a Estatística pode ser pensada


como a ciência de aprendizagem a partir de
dados.
O que é Estatística?

O aprendizado a partir de dados é um dos desafios


mais relevantes da era da informação em que vivemos.

Em linhas gerais, podemos dizer que a Estatística, com


base na Teoria das Probabilidades, fornece técnicas e
métodos de análise de dados que auxiliam o processo
de tomada de decisão nos mais variados problemas
onde existe incerteza. (CORDEIRO, 2006)
O que é Estatística?

A Estatística moderna é uma tecnologia quantitativa para


a ciência experimental e observacional que permite
avaliar e estudar as incertezas e os seus efeitos no
planejamento e interpretação de experiências e de
observações de fenômenos da natureza e da sociedade.

Raul Yukihiro Matsushita


Departamento de Estatística
Universidade de Brasília
Estatística e Segurança Pública

As estatísticas não podem ser compreendidas como uma


cópia da realidade, mas sim como sínteses construídas a
partir da observação das realidades.
Há três tipos de mentiras: mentiras, mentiras horríveis
e... estatísticas.
Benjamim Disraeli

“Números não mentem, mas mentirosos manipulam


números.”
Popular

“...algumas pessoas usam a estatística como bêbados


usam os postes – para apoio, mais que para iluminação”
Andrew Lang

“...a estatística pode ser usada para apoiar qualquer


coisa – especialmente estatísticos”
Franklin P. Jones
Estatística e Segurança Pública

• Produzir conhecimento sobre violência, desordem social,


operações policiais e criminalidade;
• Orientar os gestores na tomada de decisão baseada em
conhecimento;
• Como consequência, mitigar a desordem pública,
minimizar a violência e controlar a criminalidade;
• Subsidiar o planejamento estratégico, incluindo orçamentos;
• Auxiliar na elaboração de políticas públicas de segurança
pública e outras áreas de inferências.
Desafios da Estatística na Segurança Pública
• Não-cultura de produção e compartilhamento de conhecimento;
• Ausência de processos formais de gestão do conhecimento;
• Despreparo do pessoal na coleta de dados;
• Falta de sistema de informação adequado e eficiente (processos, pessoas e
tecnologia;
• Falta de analistas para o trato de dados e produção de conhecimento ou
inteligência acionável;
• Tomadores de decisão não confiantes em relatórios e informações geradas
no interior das instituições de Segurança Pública.
Exemplos de Estatística
Criminal
Acompanha a evolução de
homicídios durante um
período

Taxa e Número de Homicídios no Brasil


(HOM./100 MIL HAB.) – 1979/2011

Análise de perfil de vítimas


Total de Drogas apreendidas em Goiás em 2018
Total de Drogas apreendidas em Goiânia em 2018
Geoprocessamento
• É o conjunto de técnicas computacionais relacionadas com a coleta,
armazenamento e tratamento de informações espaciais ou
georreferenciadas, para serem utilizadas em sistemas específicos a
cada aplicação que, de alguma forma, se utiliza do espaço físico
geográfico.

Mapa de
Georreferenciamento das
ocorrências do RAI.
Ponto Quente (Hot Spot)
ATIVIDADE
• Dividir a turma em 2 grupos.
• Será apresentado 2 estudos de caso com dados
estatísticos de fatos diferentes para analisar o problema
e utilizando do POP pelo Método IARA propor uma
ação a ser realizada para combate do problema
apresentado.
• Lembre de analisar o problema e das teorias de crimes
que analisamos.
• Ao final um representante de cada grupo irá apresentar
qual o Plano de Ação a ser realizado no enfrentamento
do problema
Tempo: 35 min
MUITO OBRIGADO!

email: rvilaverde@gmail.com

Você também pode gostar