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PSICOLOGIA FORENSE
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Sumário
INTRODUÇÃO..........................................................................................3
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL.....................................................................4
LEGISLAÇÃO..........................................................................................17
TÉCNICAS..............................................................................................21
COMPETÊNCIA.....................................................................................25
PSICOLOGIA FORENSE.......................................................................28
REFERÊNCIAS.......................................................................................41
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NOSSA HISTÓRIA
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INTRODUÇÃO
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E isso dentro de objetivos mais amplos, em respeito inclusive ao caráter
pragmático e utilitário das investigações criminais, como uma otimização do
serviço afeto aos órgãos investigativos, a facilitação do exercício da ação penal,
e, pari passu, o resgate da eficiência das instituições de justiça na punição dos
criminosos.
INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
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elucidação daqueles crimes que ocorrem à revelia de testemunhas e que
oferecem uma resistência à investigação, com especial destaque para a tortura.
E isso dentro de objetivos mais amplos, em respeito inclusive ao caráter
pragmático e utilitário das investigações criminais, como uma otimização do
serviço afeto aos órgãos investigativos, a facilitação do exercício da ação penal,
e, pari passu, o resgate da eficiência das instituições de justiça na punição dos
criminosos.
Da investigação
Tipos de Investigação
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absurda, presunção, hipótese, convicção e certeza, e, segundo Luiz Carlos da
Rocha:
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Cobra define como pressentimento, que pode ser sensível: ocorre
através da comunicação do homem com o meio, através dos sentidos ou
insensível: um presságio, palpite ou adivinhação.
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os depoimentos e confissão, agregados ao estudo, coroarão com êxito os
trabalhos de Polícia Judiciária.
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Outro meio dinâmico de Investigação é a Penetração e a Infiltração.
Também são recursos que o policial civil pode fazer uso, mas ambas são
atividades de alto risco.
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Da Nova Tecnologia
Ambas agrupadas numa única base de dados. Duas funções podem ser
executadas pelo AFIS:
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Segundo a Senasp os sistemas biométricos são “os métodos
automatizados para a verificação ou reconhecimento da identidade de uma
pessoa viva baseado numa característica física ou comportamental.”
Traz em seu bojo desde o local, hora, dia do fato e da semana como
também condições climáticas então existentes, além de acrescentar subsídios
coletados junto às testemunhas e pessoas que tenham ciência dos
acontecimentos.
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DAS FERRAMENTAS DISPONÍVEIS
São elas:
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criminal, civil, Detran, permitindo consultas de CNH (Carteiras Nacionais de
Habilitação), placas de veículos e situação administrativa dos mesmos etc.
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indivíduos criminalmente identificados, de armas de fogo, de veículos, de
condutores, de Cadastro de Pessoas físicas (CPF) e de Cadastro de Pessoas
Jurídicas (CNPJ), entre todas as Unidades da Federação. É um programa do
Ministério da Justiça, que permite o acesso ao cadastro de contribuintes da
Receita Federal.
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Patrulhamento (CPP), para que as viaturas patrulhem a área com maior
incidência criminal.
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LEGISLAÇÃO
Quanto à Polícia Civil, menciona a Lei Maior o seguinte: “às polícias civis,
dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações
penais, exceto as militares”.
Nessa esteira, ainda, refere o artigo 4°, caput, do Código Penal que “a
polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas
respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da
sua autoria”.
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da investigação criminal por meio de inquérito policial ou outro procedimento
previsto em lei, que tem como objetivo a apuração das circunstâncias, da
materialidade e da autoria das infrações penais" .
Veja-se que quando a Lei Maior faz essa afirmativa, de forma clara, ela
está dizendo que a atividade investigativa, no âmbito criminal, será realizada
pelas instituições que carregam em seu bojo as atividades de polícia judiciária,
i.e., a Polícia Federal e as Polícias Civis, nas suas respectivas áreas de atuação.
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ao modelo padrão. Conforme sinalizamos, a Constituição não conferiu o
monopólio da investigação criminal à polícia judiciária, havendo duas exceções,
nas quais a atividade de investigação criminal poderá não ser desempenhada
pela polícia judiciária, quais sejam: a apuração das infrações penais militares e
as apurações das comissões parlamentares de inquérito. Diz-se derivada porque
deriva do modelo padrão e possui, igualmente, sustentação constitucional.
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Insta referir que a Constituição Federal prevê apenas duas exceções à
regra dos §§1° e 4° do artigo 144, nas quais a "atividade de investigação criminal"
poderá não ser desempenhada pela polícia judiciária: a apuração das infrações
penais militares (art. 144, §4°) e as apurações das comissões parlamentares de
inquérito (art. 58, §3°).
Nos termos do art. 124 da CF, infere-se que as infrações penais militares
serão julgadas pela Justiça Militar. E, nos termos dos artigos 7°, 8° e 9° do
Código de Processo Penal Militar, extrai-se que a apuração das infrações penais
militares será feita por autoridades militares que atuarão fazendo as vezes de
polícia judiciária. Trata-se, portanto, de verdadeira investigação criminal. Assim,
classificamos como investigação criminal derivada própria ou propriamente dita.
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TÉCNICAS
Como tal, por não ser processo, não se faz presente o princípio da
publicidade, que é próprio dos processos, assim como outros princípios balizares
como o da ampla defesa e do contraditório, que são garantias norteadoras de
um Estado Democrático de Direito.
Aliás, o Estatuto da Advocacia, Lei 8.906/94, em seu artigo 7º, inciso XV,
estatui que é direito do advogado examinar em qualquer repartição policial,
mesmo sem procuração, autos de flagrante e de inquérito policial, findos ou em
andamento, ainda que conclusos a autoridade, podendo copiar peças e tomar
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apontamentos. Ali não se faz qualquer distinção entre inquéritos sigilosos e não
sigilosos.
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d) ouvir o ofendido;
e) ouvir o indiciado;
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Mas o indiciado tem o direito de silêncio(artigo 5º, LXIII), de não se
autoacusar, merecendo ter a sua integridade física preservada, podendo
constituir advogado para acompanhar a investigação e ter a sua imagem
preservada. O seu silencio não poderá ser interpretado contra si, daí porque a
antiga redação do artigo 186 do Código de Processo Penal choca-se com a
Constituição, quando dizia que ¨o seu silêncio poderá ser interpretado em
prejuízo de sua própria defesa¨.
a) carteira de identidade;
b) carteira de trabalho;
c) carteira profissional;
d) passaporte;
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COMPETÊNCIA
Não se desconhece que o artigo 4º, parágrafo único do CPP dispõe que
a competência de apuração de infrações penais “não excluirá a de autoridades
administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função”. Uma leitura rasa
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e isolada do dispositivo da Lei de 1941 levaria a acreditar na existência de
diversas leis que autorizam outros órgãos a realizarem investigação criminal.
De outro lado, a apuração de ilícitos não penais pode ser feita por
diversos órgãos públicos. Evidentemente, a investigação não criminal é bem
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diferente da investigação criminal. Não cabe, por exemplo, a adoção de medidas
cautelares como a prisão e a liberdade provisória, técnicas investigativas como
a interceptação telefônica, e decisões como o indiciamento. Claro que ambas
consistem em atividade de coleta de informações a fim de demonstrar um fato;
mas os mecanismos e requisitos legais para essas tarefas são distintos e
inconfundíveis.
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PSICOLOGIA FORENSE
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1994). Nesse caso, é necessário conhecer um pouco da vida do acusado. A
Psicologia forense também é bastante útil na elaboração de pareceres acerca
da exploração sexual e de maus-tratos.
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pessoal. Naturalmente que existirão vários pontos em comum, mas
definitivamente não terão uma visão idêntica do mesmo objeto. Isso mostra,
entre outras coisas, que as relações entre predisposições afetivas e as
categorias perceptivas são íntimas: em situações extremas, tal processo pode
originar pseudopercepções:
Não apenas é certo que vemos as coisas como gostaríamos que fossem, mas que
também, em determinadas circunstâncias, as vemos como gostaríamos que não fossem, [...] e
isso constitui o que é a denominada alucinação. (LÓPEZ, 1945, p. 183, tradução nossa)
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ser relativamente incompleto e muitas vezes inconsistente e, além disso, pode
ter “idas e vindas”, a narração pode ser desuniforme e multilinear. Em síntese,
os dados coligidos pelos interrogatórios direcionados costumam ser mais
concretos, mas, ao mesmo tempo, menos ricos. As narrações livres, por seu
turno, são mais extensas, tem mais meandros, por isso mesmo podem ser mais
confusas.
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integralmente. A prática forense ainda aconselha que, caso se queira saber se
alguém esteve realmente ou não no local de um crime, ao contrário de perguntar-
lhe diretamente, pode-se perguntar sobre algum aspecto secundário do lugar e,
de acordo com a resposta, é lícito deduzir se ela esteve lá ou não.
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Pesquisas também têm demonstrado que o sexo do entrevistado
influencia nas declarações, visto que o tipo de socialização diferenciada pela
qual passam homens e mulheres desde a infância faz com que os primeiros
sejam mais diretos, todavia menos ricos em pormenores, enquanto que as
mulheres são mais complexas com suas narrações, contudo, mais confusas e
sinuosas. Como saber com exatidão quando a testemunha está dizendo a
verdade ou não? Essa questão vem sendo uma das demandas mais freqüentes
do Direito em relação à Psicologia.
Nesse sentido, a seguir são descritas algumas das técnicas mais comuns
que permitem identificar elementos comportamentais e verbais acerca do grau
de veracidade de um depoimento. (VITACCO; ROGERS, 2001).
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c) Análise do Conteúdo: esse método diz respeito à análise de entrevistas
transcritas. Fundamenta-se em dezenove indicadores de realidade
estabelecidos por Steller e Kohenken (apud VITACCO; ROGERS, 2001) –
estrutura lógica, elaboração desestruturada ou não, quantidade de detalhes,
articulação contextual, descrição das interações, reprodução de diálogos,
contradições, apresentação de elementos não usuais, apresentação de
elementos supérfluos, detalhes incompreensíveis, associação do fato com
eventos externos, descrição de estados mentais subjetivos, descrição do estado
mental do autor do delito, autocorreções espontâneas, aceitação da ausência de
memória sobre certos episódios, dúvidas sobre o próprio testemunho,
autodesaprovação, comiseração ao autor do crime, detalhes sobre a ofensa. Tal
conjunto de quesitos surgiu na Alemanha, nos anos 1950, e tinha como objetivo
estrito a verificação da fidedignidade dos relatos de crianças abusadas
sexualmente. A crítica que sofre essa técnica é que muitos critérios não seriam
quantificáveis (como medir, por exemplo, o índice de afeto do acusado?), ficando
dependentes da subjetividade do profissional forense.
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sustenta que as avaliações e gostos subjetivos são, em grande medida,
influenciados pela cultura, não existindo, em nenhum campo da ação humana,
neutralidade absoluta.
Ele defende que o corpo de jurados, enquanto grupo (ainda que provisório
e constituído ad hoc) é sujeito a ser influenciado por estereótipos, manipulações
e outras interferências que venham enviesar a apreensão de informações
realmente relevantes sobre o caso e sobre o réu. Pesquisas vêm demonstrando
que juízes e jurados têm discordado do veredicto em aproximadamente 20% dos
casos. Ademais, é comprovado que os jurados podem, consciente ou
inconscientemente, lançar mão de certo número de dados externos à questão
propriamente dita no intuito de elaborar seus pareceres. Isso foi descoberto após
estudos psicológicos terem aventado a possibilidade de fatores socioculturais de
jurados, juízes, réus e advogados estarem manipulando, indiretamente, o
processo de julgamento.
Outro dado concreto que corrobora tal hipótese é que nos estados
sulistas dos Estados Unidos, onde existe pena de morte para o estupro seguido
de assassinato, sentenciados negros cujas vítimas eram brancas foram
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condenados dezoito vezes mais do que qualquer outra combinação étnica:
acusado branco e vítima branca, acusado negro e vítima negra e acusado branco
e vítima negra. Também nas questões que envolvem classe social algum viés
aparece: em geral o júri concede penas mais severas a acusados com status
social mais baixo.
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Outro ponto a ressaltar é que os jurados que têm fé num mundo melhor
estão mais predispostos a sustentar que as vítimas “respeitáveis” não mereciam,
sob nenhuma hipótese, ter sofrido o que sofreram, ao passo que crêem,
sutilmente, que as pessoas rotuladas como denegridas (prostitutas, por
exemplo) de certo modo procuram ser vitimadas ou tornam isso fácil. Skolnick
(apud DECAIRE, 1998) sugere que uma maior tendência à culpabilização e sua
contrapartida, ao inocentamento, varia quando os jurados participam ou
assistem a um crime considerado leve ou bárbaro, alternadamente. Dessa
forma, quando primeiro fazem parte de um veredicto sobre estupro, por exemplo,
posteriormente tendem a julgar um simples delito de vandalismo de maneira
bastante rigorosa. Já com outro grupo de jurados, submetido a um experimento
oposto, ocorreu o contrário, ou seja, eles aplicaram uma pena um pouco mais
branda do que deveria ser para um caso considerado grave após terem
deliberado sobre uma “mera” baderna em espaço público.
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Já a teoria da Psicologia social sobre grupos prediz que quando os
membros de um júri discutem entre si suas visões, vagamente parecidas umas
com as outras, isso pode favorecer que uma sólida posição única surja daí,
reforçando a decisão comum de todos e, habitualmente, tal opinião pode chegar
a níveis exagerados. Myers e Kaplan (apud DECAIRE, 1998) investigaram este
tema a polarização grupal e argumentaram que a deliberação judicial em grupo
tem seus benefícios: favorece que os estereótipos se enfraqueçam.
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REFERÊNCIAS
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