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ESFC Módulo II

2022

ESTÁGIO SETORIAL
FISCAL DE
CONTRATOS

Módulo II – ATIVIDADE DO GESTOR E DE


FISCAL DE CONTRATOS

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10º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do


Exército
ESFC Módulo II

Atualizações

Breve descrição da
Autor Data (dd mmm) Item alterado
alteração

(Atenção: esta apostila não deve ser usada como amparo legal, tratando-se apenas
de um material didático de apoio para estudo e eventuais consultas)

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Sumário

1. APRESENTAÇÃO ...................................................................................................................... 4
1.1. Objetivos do Curso .............................................................................................................. 4

1.2 Objetivos de Aprendizagem do Modulo ................................................................................ 4

2.GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTATO ................................................................................ 4


3.REAJUSTE DE PREÇOS........................................................................................................... 10
4. ALTERAÇÃO CONTRATUAL.................................................................................................... 14
5. VIGÊNCIA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS ................................................................ 17
6.PROCESSO ADMINISTRATIVO ................................................................................................ 20
7.ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO, RESCISÃO OU CONCLUSÃO ..................................................... 22
8.SANÇÕES ................................................................................................................................. 24

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1. APRESENTAÇÃO

Prezado instruendo,
Esta apostila foi estruturada para servir de guia para o Estágio Setorial Fiscal de
Contratos, que será coordenado pelo 10º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do
Exército e ministrado na modalidade de Ensino a Distância (EAD).

1.1. Objetivos do Curso


De maneira geral, contribuir com o Instituto de Economia e Finanças do Exército
(IEFEx) nas atividades de ensino de interesse da Secretaria de Economia e Finanças,
desenvolvidas na modalidade de Ensino a Distância (EaD) e, principalmente
disponibilizar, aos Agentes da Administração das Unidades Gestoras do Exército, um
material didático de fácil entendimento e mais direcionado as nossas atividades.
Oferecer aos Agentes da Administração das Organizações Militares, responsáveis
pela fiscalização de contratos, a oportunidade de refletirem sobre a importância dos
mesmos na fiscalização dos contratos de aquisição ou contratação de serviços, e sobre o
quanto a fiscalização contratual adequada são cruciais para o sucesso do processo
licitatório.

1.2 Objetivos de Aprendizagem do Modulo

Ao final do Modulo, o instruindo será capaz de:


Reconhecer as principais atividades pelo Gestor de Contrato e seus assessores,
os Fiscais de contratos

2.GESTÃO E FISCALIZAÇÃO DE CONTATO

As atividades de gestão e fiscalização da execução contratual estão previstas no


art. 67 da LLC e art. 39 a 50 da IN 05/2017-PDG/MinEcon. São o conjunto de ações que
tem por objetivo aferir o cumprimento dos resultados previstos pela Administração para os
serviços contratados, verificar a regularidade das obrigações previdenciárias, fiscais e
trabalhistas, bem como prestar apoio à instrução processual e o encaminhamento da
documentação pertinente ao setor de contratos para a formalização dos procedimentos
relativos a repactuação, alteração, reequilíbrio, prorrogação, pagamento, eventual
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aplicação de sanções, extinção dos contratos, dentre outras, com vista a assegurar o
cumprimento das cláusulas avençadas e a solução de problemas relativos ao objeto.
1.1. DESIGNAÇÃO E DOCUMENTOS ESSENCIAIS
Port. 37/2020-SEF/EB90-N-08.004, art. 14 (...)
§ 5º A Administração da Unidade cientificará formalmente o gestor e o fiscal de
contratos sobre a sua designação antes de efetivamente designá-lo, o que pode ocorrer,
dependendo do tipo de contratação, já no início da fase de planejamento.
§ 6º A publicação da designação dos membros da EGFC, bem como de seus
substitutos, deve contemplar todas as atribuições inerentes a cada função, de maneira a
não deixar dúvidas quanto às ações a adotar.
(...) Art. 21. (...)
III - o fornecimento e abertura de livro para registro de ocorrências pelo fiscal
técnico do contrato, que poderá ser substituído por documento impresso ou por registro
em meio eletrônico;
IN/05/2017-SEGES, art. 42 (...)
§ 4º Para o exercício da função, os fiscais deverão receber cópias dos documentos
essenciais da contratação pelo setor de contratos, a exemplo dos Estudos Preliminares,
do ato convocatório e seus anexos, do contrato, da proposta da contratada, da garantia,
quando houver, e demais documentos indispensáveis à fiscalização.
1.2. GESTOR E FISCAIS DE CONTRATOS
IN 05/2017-PDG/MinEcon
Art. 40. O conjunto de atividades de que trata o artigo anterior compete ao gestor
da execução dos contratos, auxiliado pela fiscalização técnica, administrativa, setorial e
pelo público usuário, conforme o caso, de acordo com as seguintes disposições:
I - Gestão da Execução do Contrato: é a coordenação das atividades relacionadas
à fiscalização técnica, administrativa, setorial e pelo público usuário, bem como dos atos
preparatórios à instrução processual e ao encaminhamento da documentação pertinente
ao setor de contratos para formalização dos procedimentos quanto aos aspectos que
envolvam a prorrogação, alteração, reequilíbrio, pagamento, eventual aplicação de
sanções, extinção dos contratos, dentre outros;
II - Fiscalização Técnica: é o acompanhamento com o objetivo de avaliar a
execução do objeto nos moldes contratados e, se for o caso, aferir se a quantidade,

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qualidade, tempo e modo da prestação dos serviços estão compatíveis com os


indicadores de níveis mínimos de desempenho estipulados no ato convocatório, para
efeito de pagamento conforme o resultado, podendo ser auxiliado pela fiscalização de que
trata o inciso V deste artigo;
Portaria 37/2020 - SEF
Art. 16. Ao Fiscal Técnico do Contrato incumbe:
I - comparecer ao local da prestação do serviço, da realização da obra ou da
entrega do material, confrontando a execução com as condições avençadas, como, por
exemplo, especificação do objeto, forma de execução dos serviços e prazos;
II - ler minuciosamente o contrato, conhecer o objeto e todos os serviços descritos
no Projeto Básico/Termo de Referência e seus apensos;
III - comunicar formalmente ao Gestor do Contrato as ocorrências, faltas ou
defeitos observados, sugerindo, de forma clara e objetiva, as medidas necessárias para o
fiel cumprimento do objeto;
IV - conferir, nos aspectos quantitativos e qualitativos, o objeto contratual,
avaliando o atendimento dos seguintes aspectos, quando for o caso:
a. os resultados alcançados em relação ao contratado, com a verificação dos
prazos de execução e da qualidade demandada;
b. os materiais empregados;
c. a adequação dos serviços prestados à rotina de execução estabelecida;
d. o cumprimento das demais obrigações executivas decorrentes do contrato; e
e. a satisfação do público usuário.
V - rejeitar bens e serviços que estejam em desacordo com as especificações do
objeto, conforme constante do contrato e do Projeto Básico/Termo de Referência,
devendo atentar, também, para os prazos contratuais estabelecidos;
VI - conferir a relação de materiais, máquinas e equipamentos, conforme previsto
em contrato;
VII - atestar, quando do recebimento provisório, as faturas/notas fiscais
correspondentes às etapas executadas do contrato, após a verificação da conformidade
dos serviços/obras, em coordenação, quando for o caso, com a Comissão de
Recebimento e Exame, instituída conforme o disposto no Regulamento de Administração
do Exército (RAE);

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VIII - confeccionar o Termo de Recebimento Provisório, quando da entrega do


objeto, resultante de cada Ordem de Serviço ou de Fornecimento de Bens;
IX - certificar-se se o número de empregados alocados ao serviço pela empresa
contratada, para cada função em particular, está de acordo com o contrato firmado,
mantendo sempre atualizada a respectiva relação nominal;
X - manter, em formulário próprio (diário de obras/livro de fiscalização ou
instrumento equivalente), o registro de todas as ocorrências relacionadas à execução
contratual;
XI - verificar se o contratado respeita as normas de segurança do trabalho, quando
for o caso; e
XII - Receber, ao término do contrato, o termo de quitação do contrato, assinado
pela contratada, encaminhando-o ao Fiscal Administrativo, para posterior autuação nos
autos do processo licitatório.
III - Fiscalização Administrativa: é o acompanhamento dos aspectos administrativos
da execução dos serviços nos contratos com regime de dedicação exclusiva de mão de
obra quanto às obrigações previdenciárias, fiscais e trabalhistas, bem como quanto às
providências tempestivas nos casos de inadimplemento;
Portaria 37/2020 - SEF:
Art. 18. Ao Fiscal Administrativo do Contrato incumbe:
I - para os contratos com dedicação exclusiva de mão de obra, exigir do contratado
os comprovantes de pagamento dos salários, vales-transporte e auxílio-alimentação dos
empregados, bem como prova do recolhimento dos encargos trabalhistas, previdenciários
e tributários;
II - elaborar a planilha-resumo do contrato, contendo as informações sobre todos
os empregados terceirizados que prestam serviços na unidade, com os seguintes dados:
nome completo, número de inscrição no CPF, função exercida, salário, adicionais,
gratificações, benefícios recebidos, sua especificação e quantidade (vale-transporte,
auxílio-alimentação), horário de trabalho, férias, licenças, faltas, ocorrências e horas
extras trabalhadas;
III - verificar a planilha de frequência dos empregados da contratada e o
recolhimento dos encargos trabalhistas, previdenciários e tributários, além das
respectivas obrigações acessórias, nos casos dos contratos de prestação de serviços de

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execução indireta, na forma do Decreto nº 9507/2018, devendo atentar para eventual


subcontratação não autorizada;
IV - propor, quando necessário, notificações ao contratado e acompanhar os
prazos de cumprimento daquelas, a fim de subsidiar, se for o caso, os processos de
aplicação de sanções administrativas por inexecução parcial ou total do contrato;
V - registrar no Sistema de Cadastro Unificado de Fornecedores do Governo
Federal (SICAF) eventuais sanções administrativas aplicadas ao contratado;
VI - verificar a manutenção das condições de habilitação do contratado a cada
pagamento a ser realizado em seu favor; e
VII - juntar ao processo de pagamento as certidões negativas do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e de débitos tributários, fiscais e trabalhistas,
conforme os critérios exigidos na fase de habilitação do certame originário da contratação.
IV - Fiscalização Setorial: é o acompanhamento da execução do contrato nos
aspectos técnicos ou administrativos quando a prestação dos serviços ocorrer
concomitantemente em setores distintos ou em unidades desconcentradas de um mesmo
órgão ou entidade; e
V - Fiscalização pelo Público Usuário: é o acompanhamento da execução
contratual por pesquisa de satisfação junto ao usuário, com o objetivo de aferir os
resultados da prestação dos serviços, os recursos materiais e os procedimentos utilizados
pela contratada, quando for o caso, ou outro fator determinante para a avaliação dos
aspectos qualitativos do objeto.
(...)
Art. 50. Exceto nos casos previstos no art. 74 da Lei n.º 8.666, de 1993, ao realizar
o recebimento dos serviços, o órgão ou entidade deve observar o princípio da segregação
das funções e orientar-se pelas seguintes diretrizes:
I – o recebimento provisório será realizado pelo fiscal técnico, fiscal administrativo,
fiscal setorial ou equipe de fiscalização, nos seguintes termos:
a) elaborar relatório circunstanciado, em consonância com as suas atribuições,
contendo o registro, a análise e a conclusão acerca das ocorrências na execução do
contrato e demais documentos que julgarem necessários, devendo encaminhá-los ao
gestor do contrato para recebimento definitivo; e

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b) quando a fiscalização for exercida por um único servidor, o relatório


circunstanciado deverá conter o registro, a análise e a conclusão acerca das ocorrências
na execução do contrato, em relação à fiscalização técnica e administrativa e demais
documentos que julgar necessários, devendo encaminhá-los ao gestor do contrato para
recebimento definitivo;
Observar o previsto no art. 14 da Portaria 37/2020 -SEF:
VII - atestar, quando do recebimento provisório, as faturas/notas fiscais
correspondentes às etapas executadas do contrato, após a verificação da conformidade
dos serviços/obras, em coordenação, quando for o caso, com a Comissão de
Recebimento exame, instituída conforme o disposto no Regulamento de Administração do
Exército (RAE);
II - o recebimento definitivo pelo gestor do contrato, ato que concretiza o ateste da
execução dos serviços, obedecerá às seguintes diretrizes:
a) realizar a análise dos relatórios e de toda a documentação apresentada pela
fiscalização técnica e administrativa e, caso haja irregularidades que impeçam a
liquidação e o pagamento da despesa, indicar as cláusulas contratuais pertinentes,
solicitando à contratada, por escrito, as respectivas correções;
b) emitir termo circunstanciado para efeito de recebimento definitivo dos serviços
prestados, com base nos relatórios e documentação apresentados; e
c) comunicar a empresa para que emita a Nota Fiscal ou Fatura com o valor exato
dimensionado pela fiscalização com base no Instrumento de Medição de Resultado (IMR),
observado o Anexo VIII-A ou instrumento substituto, se for o caso.
Lei 8.666/1993
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um
representante da Administração especialmente designado, permitida a contratação de
terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa atribuição.
§ 1º O representante da Administração anotará em registro próprio todas as
ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o que for necessário
à regularização das faltas ou defeitos observados.
§ 2º As decisões e providências que ultrapassarem a competência do
representante deverão ser solicitadas os seus superiores em tempo hábil para a adoção
das medidas convenientes.

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3. REAJUSTE DE PREÇOS
Reajuste de preços não caracteriza alteração contratual por estar previsto no
contrato, podendo ser feito por apostila mento. A repactuação é um tipo de reajuste para
os contratos de cessão de mão de obra, previsto na IN 05/2017-SEGES/PDG/MinEcon
onde o reajuste é feito o salário da categoria.
Algumas vezes vemos a expressão realinhamento de preços, porém esse termo
não é utilizado na nossa legislação, por isso gera a dúvida quando utilizado pois não fica
claro se um tipo de reajuste, reequilíbrio ou atualização financeira.
Lei 10.192/2001
Art. 3o Os contratos em que seja parte órgão ou entidade da Administração Pública
direta ou indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, serão
reajustados ou corrigidos monetariamente de acordo com as disposições desta Lei, e, no
que com ela não conflitarem, da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
§ 1o A periodicidade anual nos contratos de que trata o caput deste artigo será
contada a partir da data limite para apresentação da proposta ou do orçamento a que
essa se referir.
Lei 8.666/1993
Art. 40. O edital ... Indicará, obrigatoriamente, o seguinte:
XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação efetiva do custo de
produção, admitida a adoção de índices específicos ou setoriais, desde a data prevista
para apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa proposta se referir, até a
data do adimplemento de cada parcela;
Art. 65
§ 8o A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços previsto
no próprio contrato, as atualizações, compensações ou penalizações financeiras
decorrentes das condições de pagamento nele previstas, bem como o empenho de
dotações orçamentárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, não
caracterizam alteração do mesmo, podendo ser registrados por simples apostila,
dispensando a celebração de aditamento.
Decreto 7.892/2013

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Art. 12.O prazo de validade da ata de registro de preços não será superior a doze
meses, incluídas eventuais prorrogações, conforme o inciso III do § 3º do art. 15 da Lei nº
8.666, de 1993.
§ 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de
preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será
definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666,
de 1993.
§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços poderão ser
alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado
no prazo de validade da ata de registro de preços.

a. Repactuação de preços
IN 05/2017-SEGES/MDG
Art. 53. O ato convocatório e o contrato de serviço continuado deverão indicar o
critério de reajustamento de preços, que deverá ser sob a forma de reajuste em sentido
estrito, com a previsão de índices específicos ou setoriais, ou por repactuação, pela
demonstração analítica da variação dos componentes dos custos.
Art. 54. A repactuação de preços, como espécie de reajuste contratual, deverá ser
utilizada nas contratações de serviços continuados com regime de dedicação exclusiva de
mão de obra, desde que seja observado o interregno mínimo de um ano das datas dos
orçamentos aos qual a proposta se referir.
§ 1º A repactuação para fazer face à elevação dos custos da contratação,
respeitada a anualidade disposta no caput, e que vier a ocorrer durante a vigência do
contrato, é direito do contratado e não poderá alterar o equilíbrio econômico e financeiro
dos contratos, conforme estabelece o inciso XXI do art. 37 da Constituição da República
Federativa do Brasil, sendo assegurado ao prestador receber pagamento mantidas as
condições efetivas da proposta.
§ 2º A repactuação poderá ser dividida em tantas parcelas quanto forem
necessárias, em respeito ao princípio da anualidade do reajuste dos preços da
contratação, podendo ser realizada em momentos distintos para discutir a variação de

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custos que tenham sua anualidade resultante em datas diferenciadas, tais como os
custos decorrentes da mão de obra e os custos decorrentes dos insumos necessários à
execução do serviço.
§ 3º Quando a contratação envolver mais de uma categoria profissional, com
datas-bases diferenciadas, a repactuação deverá ser dividida em tantos quanto forem os
Acordos, Convenções ou Dissídios Coletivos de Trabalho das categorias envolvidas na
contratação.
§ 4º A repactuação para reajuste do contrato em razão de novo Acordo,
Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho deve repassar integralmente o aumento de
custos da mão de obra decorrente desses instrumentos.
Art. 55. O interregno mínimo de um ano para a primeira repactuação será contado
a partir:
I – da data limite para apresentação das propostas constante do ato convocatório,
em relação aos custos com a execução do serviço decorrentes do mercado, tais como o
custo dos materiais e equipamentos necessários à execução do serviço; ou
II - da data do Acordo, Convenção, Dissídio Coletivo de Trabalho ou equivalente
vigente à época da apresentação da proposta quando a variação dos custos for
decorrente da mão de obra e estiver vinculada às datas-bases destes instrumentos.
Art. 56. Nas repactuações subsequentes à primeira, a anualidade será contada a
partir da data do fato gerador que deu ensejo à última repactuação.
Art. 57. As repactuações serão precedidas de solicitação da contratada,
acompanhada de demonstração analítica da alteração dos custos, por meio de
apresentação da planilha de custos e formação de preços ou do novo Acordo, Convenção
ou Dissídio Coletivo de Trabalho que fundamenta a repactuação, conforme for a variação
de custos objeto da repactuação.
§ 1º É vedada a inclusão, por ocasião da repactuação, de benefícios não previstos
na proposta inicial, exceto quando se tornarem obrigatórios por força de instrumento legal,
Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho, observado o disposto no art. 6º
desta Instrução Normativa.
§ 2º A variação de custos decorrente do mercado somente será concedida
mediante a comprovação pelo contratado do aumento dos custos, considerando-se:
I - os preços praticados no mercado ou em outros contratos da Administração;

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II - as particularidades do contrato em vigência;


III - a nova planilha com variação dos custos apresentada;
IV - indicadores setoriais, tabelas de fabricantes, valores oficiais de referência,
tarifas públicas ou outros equivalentes; e
V - a disponibilidade orçamentária do órgão ou entidade contratante.
§ 3º A decisão sobre o pedido de repactuação deve ser feita no prazo máximo de
sessenta dias, contados a partir da solicitação e da entrega dos comprovantes de
variação dos custos.
§ 4º As repactuações, como espécie de reajuste, serão formalizadas por meio de
apostila mento, exceto quando coincidirem com a prorrogação contratual, em que deverão
ser formalizadas por aditamento.
§ 5º O prazo referido no § 3º deste artigo ficará suspenso enquanto a contratada
não cumprir os atos ou apresentar a documentação solicitada pela contratante para a
comprovação da variação dos custos.
§ 6º O órgão ou entidade contratante poderá realizar diligências para conferir a
variação de custos alegada pela contratada.
§ 7º As repactuações a que o contratado fizer jus e que não forem solicitadas
durante a vigência do contrato serão objeto de preclusão com a assinatura da
prorrogação contratual ou com o encerramento do contrato.
Art. 58. Os novos valores contratuais decorrentes das repactuações terão suas
vigências iniciadas da seguinte forma:
I - a partir da ocorrência do fato gerador que deu causa à repactuação, como regra
geral;
II - em data futura, desde que acordada entre as partes, sem prejuízo da
contagem de periodicidade e para concessão das próximas repactuações futuras; ou
III - em data anterior à ocorrência do fato gerador, exclusivamente quando a
repactuação envolver revisão do custo de mão de obra em que o próprio fato gerador, na
forma de Acordo, Convenção ou Dissídio Coletivo de Trabalho, contemplar data de
vigência retroativa, podendo esta ser considerada para efeito de compensação do
pagamento devido, assim como para a contagem da anualidade em repactuações futuras.

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Parágrafo único. Os efeitos financeiros da repactuação deverão ocorrer


exclusivamente para os itens que a motivaram e apenas em relação à diferença
porventura existente.
Art. 59. As repactuações não interferem no direito das partes de solicitar, a
qualquer momento, a manutenção do equilíbrio econômico dos contratos com base no
disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.

4. ALTERAÇÃO CONTRATUAL
Nos contratos administrativos existem as tais cláusulas exorbitantes, que
estabelecem poderes diferenciados para a Administração em relação ao contratado,
destacam-se:
Alteração unilateral;
Rescisão unilateral;
Fiscalização;
Aplicação de penalidades;
Anulação;
Retomada do objeto;
Restrições ao uso do princípio da exceptio non adimpleti contractus (exceção do
contrato não cumprido), ou seja, a Administração pode exigir que o outro contratante
cumpra a sua parte no contrato sem que ela própria tenha cumprido a sua.
No art. 58 verificamos algumas dessas cláusulas:
Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta Lei
confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:
I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às finalidades de
interesse público respeitado os direitos do contratado;
II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especificados no inciso I do art. 79
desta Lei;
III - fiscalizar-lhes a execução;
IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou parcial do ajuste;
V - nos casos de serviços essenciais, ocuparem provisoriamente bens móveis,
imóveis, pessoal e serviços vinculados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade
de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais pelo contratado, bem como na
hipótese de rescisão do contrato administrativo.
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§ 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias dos contratos


administrativos não poderão ser alteradas sem prévia concordância do contratado.
§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-financeiras do
contrato deverão ser revistas para que se mantenha o equilíbrio contratual.
As alterações contratuais estão previstas no art. 65 da Lei 8.666/1993. Os
reajustes não são considerados alterações por estarem previstos no contrato.
Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as devidas
justificativas, nos seguintes casos:
I - unilateralmente pela Administração:
a) quando houver modificação do projeto ou das especificações, para melhor
adequação técnica aos seus objetivos;
b) quando necessária a modificação do valor contratual em decorrência de
acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
II - por acordo das partes:
a) quando conveniente a substituição da garantia de execução;
b) quando necessária a modificação do regime de execução da obra ou serviço,
bem como do modo de fornecimento, em face de verificação técnica da inaplicabilidade
dos termos contratuais originários;
c) quando necessária a modificação da forma de pagamento, por imposição de
circunstâncias superveniente mantida o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do
pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a correspondente
contraprestação de fornecimento de bens ou execução de obra ou serviço;
a. Alteração por reequilíbrio
Lei 8.666/1993, art. 65/II
d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram inicialmente entre os
encargos do contratado e a retribuição da administração para a justa remuneração da
obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio econômico-
financeiro inicial do contrato, na hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis
porém de consequências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do
ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe,
configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.

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Decreto 7.892/2013
Art. 17. Os preços registrados poderão ser revistos em decorrência de eventual
redução dos preços praticados no mercado ou de fato que eleve o custo dos serviços ou
bens registrados, cabendo ao órgão gerenciador promover as negociações junto aos
fornecedores, observadas as disposições contidas na alínea “d” do inciso II do caput do
art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 22/AGU, DE 01ABR2009
O reequilíbrio econômico-financeiro pode ser concedido a qualquer tempo,
independentemente de previsão contratual, desde que verificadas as circunstâncias
elencadas na letra "d" do inc. II do art. 65, da lei no 8.666, de 1993.
b. Acréscimos ou supressões
Lei 8.666/1993, art. 65
§ 1oO contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas condições contratuais, os
acréscimos ou supressões que se fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte
e cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso particular de reforma
de edifício ou de equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus
acréscimos.
Decreto 7.892/2013
Art. 12. O prazo de validade da ata de registro de preços não será superior a doze
meses, incluídas eventuais prorrogações, conforme o inciso III do § 3º do art. 15 da Lei nº
8.666, de 1993.
§ 1º É vedado efetuar acréscimos nos quantitativos fixados pela ata de registro de
preços, inclusive o acréscimo de que trata o § 1º do art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será
definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666,
de 1993.
§ 3º Os contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços poderão ser
alterados, observado o disposto no art. 65 da Lei nº 8.666, de 1993.
§ 4º O contrato decorrente do Sistema de Registro de Preços deverá ser assinado
no prazo de validade da ata de registro de preços.

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5. VIGÊNCIA DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS


Quanto à vigência dos contratos devem ser considerados os prazos para execução
do objeto e pagamento, muitas vezes é colocado como vigência apenas o prazo de
execução em função de conceitos orçamentários.
Essa falha conceitual leva o agente a cometer erros, pois após a execução existe
um prazo de medição, pagamento.
Para a vigência dos contratos pode ser considerado a validade do empenho,
considerando a possibilidade de inscrição em restos, até 30 de junho do segundo ano
subsequente, conforme o art. 68 do Decreto 93.872/1986.
Os contratos enquadrados nos incisos do art. 57 da Lei 8.666/1993 podem ser
prorrogados até os limites previstos.
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à vigência dos
respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos relativos:
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas estabelecidas no
Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados se houver interesse da Administração
e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório;
II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua, que poderão
ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de
preços e condições mais vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática,
podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o
início da vigência do contrato.
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art. 24, cujos
contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da
administração.
§ 2º Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada por escrito e previamente
autorizada pela autoridade competente para celebrar o contrato.
§ 3º É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.
§ 4º Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante autorização da
autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser
prorrogado por até doze meses.
DECRETO 7.892/2013

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Art. 12.
(...)
§ 2º A vigência dos contratos decorrentes do Sistema de Registro de Preços será
definida nos instrumentos convocatórios, observado o disposto no art. 57 da Lei nº 8.666,
de 1993.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 39/AGU, DE 13DEZ2011
A vigência dos contratos regidos pelo art. 57, caput, da lei 8.666, de 1993, pode
ultrapassar o exercício financeiro em que celebrados, desde que as despesas a eles
referentes sejam integralmente empenhadas até 31 de dezembro, permitindo-se,assim,
sua inscrição em restos a pagar.
2) CONSTITUIÇÃO 1988
Art. 167. São vedados:
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os
créditos orçamentários ou adicionais;
(...)
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício financeiro
em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos
quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
Na interpretação do art. 167/§2º da Constituição, observar:
Lei 4.320/1964
Art. 36.
(...)
Parágrafo único. Os empenhos que sorvem a conta de créditos com vigência
plurienal, que não tenham sido liquidados, só serão computados como Restos a Pagar no
último ano de vigência do crédito.

ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 38/AGU, DE 13DEZ2011


Nos contratos de prestação de serviços de natureza continuada deve-se observar
que:
a) o prazo de vigência originário, de regra, é de até 12 meses;

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b) excepcionalmente, este prazo poderá ser fixado por período superior a 12


meses nos casos em que, diante da peculiaridade e/ou complexidade do objeto, fique
tecnicamente demonstrado o benefício advindo para a administração; e
c) é juridicamente possível a prorrogação do contrato por
Prazo diverso do contratado originariamente.
a. Vigências diferenciadas
Nesses casos não é observado o art. 57 da Lei 8.666/193, como é o caso dos
contratos de locação imobiliária, que segue a lei do inquilinato, e serviços públicos
concedidos.
Lei 8.666/1993, art. 62
§ 3º Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e demais normas gerais,
no que couber:
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação em que o Poder Público
seja locatário, e aos demais cujo conteúdo seja regido, predominantemente, por norma de
direito privado;
II - aos contratos em que a Administração for parte como usuária de serviço
público.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 36/AGU, DE 13DEZ2011
A Administração pode estabelecer a vigência por prazo indeterminado nos
contratos em que seja usuária de serviços públicos essenciais de energia elétrica, água e
esgoto, serviços postais monopolizados pela ECT (Empresa Brasileira de Correios e
Telégrafos) e ajustes firmados com a imprensa nacional, desde que no processo da
contratação estejam explicitados os motivos que justificam a adoção do prazo
indeterminado e comprovadas, a cada exercício financeiro, a estimativa de consumo e a
existência de previsão de recursos orçamentários.
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 9/AGU, DE 01ABR2009
A comprovação da regularidade fiscal na celebração do contrato ou no pagamento
de serviços já prestados, no caso de empresas que detenham o monopólio de serviço
público, pode ser dispensada em caráter excepcional, desde que previamente autorizada
pela autoridade maior do órgão contratante e concomitantemente, a situação de
irregularidade seja comunicada ao agente arrecadador e à agência reguladora.

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6. PROCESSO ADMINISTRATIVO
A Lei 9.784/1999 é a Lei do Processo Administrativo – LPA e seus princípios
devem ser observados em todas as decisões administrativas:
Art. 2o A Administração Pública obedecerá, dentre outros, aos princípios da
legalidade, finalidade, motivação, razoabilidade, proporcionalidade, moralidade, ampla
defesa, contraditório, segurança jurídica, interesse público e eficiência.
A composição dos processos de licitação está previstas no art. 38 da Lei
8.666/1993 e no art. 8º do Decreto 10.024/2019:
Art. 8º O processo relativo ao pregão, na forma eletrônica, será instruído com os
seguintes documentos, no mínimo:
I - estudo técnico preliminar, quando necessário;
II - termo de referência;
III - planilha estimativa de despesa;
IV - previsão dos recursos orçamentários necessários, com a indicação das
rubricas, exceto na hipótese de pregão para registro de preços;
V - autorização de abertura da licitação;
VI - designação do pregoeiro e da equipe de apoio;
VII - editais e respectivos anexos;
VIII - minuta do termo do contrato, ou instrumento equivalente, ou minuta da ata de
registro de preços, conforme o caso;
IX - parecer jurídico;
X - documentação exigida e apresentada para a habilitação;
XI- proposta de preços do licitante;
XII - ata da sessão pública, que conterá os seguintes registros, entre outros:
a) os licitantes participantes;
b) as propostas apresentadas;
c) os avisos, os esclarecimentos e as impugnações;
d) os lances ofertados, na ordem de classificação;
e) a suspensão e o reinício da sessão se forem o caso;
f) a aceitabilidade da proposta de preço;
g) a habilitação;

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h) a decisão sobre o saneamento de erros ou falhas na proposta ou na


documentação;
i) os recursos interpostos, as respectivas análises e as decisões; e
j) o resultado da licitação;
XIII - comprovantes das publicações:
a) do aviso do edital;
b) do extrato do contrato; e
c) dos demais atos cuja publicidade seja exigida; e
XIV - ato de homologação.
§ 1º A instrução do processo licitatório poderá ser realizada por meio de sistema
eletrônico, de modo que os atos e os documentos de que trata este artigo, constantes dos
arquivos e registros digitais, serão válidos para todos os efeitos legais, inclusive para
comprovação e prestação de contas.
A organização do processo administrativo referente a contratos deve considerar o
previsto na Lei 9.784/1999 e da Portaria Normativa 1.243/2006-MD, gestão de processos,
além do seguinte:
ORIENTAÇÃO NORMATIVA Nº 2/AGU, DE 01ABR2009
Os instrumentos dos contratos, convênios e demais ajustes, bem como os
respectivos aditivos, devem integrar um único processo administrativo, devidamente
autuado em sequência cronológica, numerado, rubricado, contendo cada volume os
respectivos termos de abertura e encerramento.
INSTRUÇÃO NORMATIVA 06/2007-STN
Art. 15 Os processos e documentos relativos a licitações dispensam,
inexigibilidade, contratos, suprimento de fundos, convênios e/ou similares serão
arquivados em ordem cronológica nas respectivas Unidades Gestoras Executora,
separadamente, por modalidade de licitação, conforme registro contábil.
§ 1º Os processos e documentos resultantes de aditamentos a instrumentos
formalizados, quer sejam contratos, convênios e/ou similares, deverão ser apensados aos
processos originais e mantidos em arquivos, nas respectivas unidades gestoras
executoras, na mesma ordem cronológica.

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7.ANULAÇÃO, REVOGAÇÃO, RESCISÃO OU CONCLUSÃO


Para a anulação de um ato deve ser dada a mesma publicidade do próprio ato. Os
eventos de anulação e revogação devem ser registrados no processo licitatório e os
eventos de rescisão e retificação devem ser registrados no Comprasnet Contratos.
Todo o contrato deve ter um final, que pode ser uma rescisão ou conclusão.
Art. 49.A autoridade competente para a aprovação do procedimento somente
poderá revogar a licitação por razões de interesse público decorrente de fato
superveniente devidamente comprovado, pertinente e suficiente para justificar tal conduta,
devendo anulá-la por ilegalidade, de ofício ou por provocação de terceiros, mediante
parecer escrito e devidamente fundamentado.
§ 1º A anulação do procedimento licitatório por motivo de ilegalidade não gera
obrigação de indenizar, ressalvado o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 2º A nulidade do procedimento licitatório induz à do contrato, ressalvado o
disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
§ 3º No caso de desfazimento do processo licitatório, fica assegurado o
contraditório e a ampla defesa.
§ 4º O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se aos atos do procedimento
de dispensa e de inexigibilidade de licitação.

Art. 78.Constituem motivo para rescisão do contrato:


I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos;
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e
prazos;
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a
impossibilidade da conclusão da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos
estipulados;
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento;
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia
comunicação à Administração;
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado
com outrem, a cessão ou transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou
incorporação, não admitidas no edital e no contrato;

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VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para


acompanhar e fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do §
1o do art. 67 desta Lei;
IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil;
X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado;
XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa,
que prejudique a execução do contrato;
XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento,
justificados e determinados pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está
subordinado o contratante e exaradas no processo administrativo a que se refere o
contrato;
XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras,
acarretando modificação do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do
art. 65 desta Lei;
XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por
prazo superior a 120 (cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave
perturbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repetidas suspensões que totalizem
o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório de indenizações pelas
sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras
previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do
cumprimento das obrigações assumidas até que seja normalizada a situação;
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela
Administração decorrentes de obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já
recebidos ou executados, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da
ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de optar pela suspensão do
cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação;
XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para
execução de obra, serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes
de materiais naturais especificadas no projeto;
XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada,
impeditiva da execução do contrato.

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Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados


nos autos do processo, assegurado o contraditório e a ampla defesa.
XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das
sanções penais cabíveis.
Lei 9.784/1999
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício
de legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade,
respeitados os direitos adquiridos.
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos de que
decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco anos, contados da data
em que foram praticados, salvo comprovada má-fé.
§ 1o No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência contar-se-á
da percepção do primeiro pagamento.
§ 2o Considera-se exercício do direito de anular qualquer medida de autoridade
administrativa que importe impugnação à validade do ato.

8.SANÇÕES
As sanções são uma das características dos contratos administrativos que
caracterizam a supremacia de poder.
Para aplicação de sanções a UG deve elaborar um processo administrativo,
conforme a Lei 9.784/1999, de forma a permitir o contraditório e amplo defesa. A UG deve
observar a dosimetria da pena, que deve estar prevista no edital, de forma a evitar a
aplicação de critérios subjetivos e desproporcionais.
Lei 8.666/1993
Art. 86.O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o contratado à
multa de mora, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato.
§ 1º A multa a que alude este artigo não impede que a Administração rescinda
unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei.
§ 2º A multa, aplicada após regular processo administrativo, será descontada da
garantia do respectivo contratado.
§ 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada, além da perda
desta, responderá o contratado pela sua diferença, a qual será descontada dos
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pagamentos eventualmente devidos pela Administração ou ainda, quando for o caso,


cobrada judicialmente.
Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração poderá,
garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes sanções:
I - advertência;
II - multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no contrato;
III - suspensão temporária de participação em licitação e impedimento de contratar
com a Administração, por prazo não superior a 2 (dois) anos;
Art. 6º Para os fins desta Lei, considera-se:
XI - Administração Pública - a administração direta e indireta da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, abrangendo inclusive as entidades com
personalidade jurídica de direito privado sob controle do poder público e das fundações
por ele instituídas ou mantidas;
XII - Administração - órgão, entidade ou unidade administrativa pela qual a
Administração Pública opera e atua concretamente;
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a Administração
Pública enquanto perdurarem os motivos determinantes da punição ou até que seja
promovida a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será
concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes
e após decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso anterior.
§ 1º Se a multa aplicada for superior ao valor da garantia prestada, além da perda
desta, responderá o contratado pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos
eventualmente devidos pela Administração ou cobrada judicialmente.
§ 2º As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste artigo poderão ser aplicadas
juntamente com a do inciso II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo
processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis.
§ 3º A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é de competência exclusiva do
Ministro de Estado, do Secretário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a
defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de 10 (dez) dias da abertura de
vista, podendo a reabilitação ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação.(Vide art
109 inciso III)

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Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do artigo anterior poderão também
ser aplicadas às empresas ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos por
esta Lei:
I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios dolosos, fraude
fiscal no recolhimento de quaisquer tributos;
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da licitação;
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a Administração em
virtude de atos ilícitos praticados.
Lei 10.520/2002
Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade da sua proposta, não
celebrar o contrato, deixar de entregar ou apresentar documentação falsa exigida para o
certame, ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver a proposta,
falhar ou fraudar na execução do contrato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer
fraude fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Estados, Distrito Federal
ou Municípios e, será descredenciado no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de
fornecedores a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo prazo de até 5 (cinco)
anos, sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e das demais
cominações legais.
Lei 9.784/1999
Art. 2º
VI - adequação entre meios e fins, vedada a imposição de obrigações, restrições e
sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do
interesse público;
Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e
dos fundamentos jurídicos, quando:
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses;
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções;
O impedimento aplicado por um órgão da União só impede a contratação com a
União.
A suspensão temporária é aplicada apenas dentro do órgão conforme o art. 6º/XII
da Lei 8.666/1993.

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