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ESTCE Módulo I

2023

ESTÁGIO SETORIAL
PARA AUXILIARES
DE FISCALIZAÇÃO
ADMINISTRATIVA
Módulo III – Aspectos Orçamentários e
Financeiros

5º Centro de Gestão, Contabilidade e Finanças do Exército

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ESAFA - 2023 Módulo III

Atualizações

Breve descrição da
Autor Data (dd mmm) Item alterado
alteração

(Atenção: esta apostila não deve ser usada como amparo


legal, tratando-se apenas de um material didático de apoio
para estudo e eventuais consultas)

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Sumário

INTRODUÇÃO............................................................................................................................................4
1. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA..................................................................................................................5
1.1. Nota de Movimentação de Crédito (NC).........................................................................................7

1.1.1 Analisando a estrutura de uma NC...........................................................................................7

1.1.2 Analisando a contabilização de uma NC.................................................................................13

1.2. NOTA DE EMPENHO.....................................................................................................................15

1.2.1 Possibilidade de se consultar uma NE.....................................................................................17

1.2.2 Contabilização de uma NE......................................................................................................19

1.3. NOTA DE LANÇAMENTO DE SISTEMA (NS)...................................................................................21

1.3.1 Analisando a estrutura de uma NS..........................................................................................21

1.3.2 Analisando a contabilização de uma NS..................................................................................23

1.4. RESTOS A PAGAR..........................................................................................................................24

1.4.1 Execução da inscrição em Restos a Pagar...............................................................................26

2. CADERNO DE ORIENTAÇÃO AOS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO – APOIO ADMINISTRATIVO E FUNDO


DO EXÉRCITO...........................................................................................................................................27
2.1. ASPECTOS IMPORTANTES.............................................................................................................29

2.1.1 Recursos do Apoio Administrativo..........................................................................................29

2.1.2 Fundo do Exército...................................................................................................................37

CONCLUSÃO............................................................................................................................................45
REFERÊNCIAS...........................................................................................................................................46

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INTRODUÇÃO

Prezado instruendo,

Uma das atribuições da Fiscalização Administrativa, previstas no RAE, é


relacionada com a gestão orçamentária e financeira. Assim como para o Fiscal é
interessante ter uma noção de aspectos voltados a essas áreas, para o Auxiliar da
Fiscalização Administrativa também é recomendável assimilar alguns aspectos
voltados as essas questões, já que em algumas situações poderá se deparar com a
execução de atividades voltadas a essas áreas ou, pelo menos, realizar consultas que
serão úteis para o desenvolvimento das suas atribuições.
O objetivo deste módulo é mostrar ao auxiliar da fiscalização, assuntos
relacionados com questões orçamentárias que possam auxiliar dentro de sua função
procurando, inicialmente, contextualizar de maneira bem resumida aspectos da
execução orçamentária e, no seu decorrer, abordar aspectos relacionados com as
rotinas da gestão orçamentária e financeira dentro do universo da UG.

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1. EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA

A execução orçamentária para a UG tem o seu início quando do recebimento do


crédito para a execução das despesas. Esse procedimento recebe o nome de
descentralização dos recursos. Poderá ocorrer por meio de Provisão à
descentralização interna e Destaque à descentralização externa de créditos
orçamentários às Unidades Gestoras. Os conceitos abaixo elucidarão um pouco
melhor essa terminologia:

 Dotação: É a transferência de créditos orçamentários e adicionais feitas


pelo órgão central do sistema de orçamento (Secretaria de Orçamento Federal –
SOF, do Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão – MOG) às unidades
setoriais de orçamento. No caso do Comando do Exército a Unidade Setorial de
Orçamento é a UG 160087 – EME.

 Provisão ou descentralização interna de créditos: Quando envolve


unidades gestoras de um mesmo órgão, ministério ou entidade integrantes do
Orçamento Fiscal e do Orçamento da Seguridade Social. Ex: Descentralização
de crédito da UG 160073 –

DGO diretamente para uma UG executora do Comando do Exército.

Figura 1: Nota de Crédito - Provisão

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 Destaque ou descentralização externa de créditos: Quando envolve


unidades gestoras de órgãos, ministérios ou entidades de estruturas
administrativas diferentes, ou seja, de um órgão para outro. Ex: Departamento
Nacional de Infra Estrutura e Transportes para o Comando do Exército.

Figura 2: Nota de Crédito - Destaque

Obs: Note que neste caso o DEC descentralizou um crédito oriundo de destaque
da UGR 393003 para a UG 160447.

Dessa maneira, as UG iniciam o recebimento de seus créditos para executarem


a parte do orçamento que lhes é cabida.

A maneira de se executar os créditos recebidos está inserida dentro das fases de


execução da despesa que são empenho, liquidação e pagamento.

O empenho é o primeiro estágio da despesa e precede sua realização, estando


restrito ao limite do crédito orçamentário. A formalização do empenho dá-se com a
emissão da Nota de Empenho – NE, comprometendo dessa forma os créditos
orçamentários e tornando-os indisponíveis para nova utilização.

A liquidação é o estágio que consiste na verificação do direito adquirido pelo


credor com base nos títulos e documentos devidamente atestados, que comprovem a
entrega do material ou a prestação do serviço.

O dispêndio de recursos pode ser traduzido como o último estágio da despesa: o


pagamento, consistindo na entrega de numerário ao credor, extinguindo a obrigação.

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Depois dessa introdução mais geral sobre o início da execução orçamentária


para a UG, é importante que passemos a abordar de uma maneira um pouco mais
prática alguns procedimentos e documentos relacionados a essa execução dentro da
Unidade, dos quais se torna interessante o conhecimento por parte do auxiliar da
fiscalização até para possibilitar um assessoramento mais adequado junto ao Fiscal
Administrativo, quando for o caso.

A seguir, trataremos de alguns detalhes relacionados às contas de empenho da


despesa e sua liquidação.

1.1. Nota de Movimentação de Crédito (NC)

A partir da aprovação do orçamento inicia-se o processo de execução. Como já


visto no item anterior, os créditos orçamentários dão entrada na UG por meio de
descentralizações, sendo essas realizadas pelos diversos Órgãos de Direção
Setoriais – ODS.
Essas descentralizações são realizadas via SIAFI, por meio de documento Nota
de Movimentação de Crédito (NC). Esse documento é utilizado para registrar a
movimentação interna e externa de créditos e suas anulações.

1.1.1 Analisando a estrutura de uma NC

Para entendermos de uma maneira mais prática os aspectos relacionados a este


documento, vamos analisar seu conteúdo e o que cada item significa, além de
visualizarmos sua contabilização e em quais contas seu saldo estará localizado.
Como exemplo de nossa análise, visualizaremos uma NC descentralizada pela
Diretoria de Gestão Orçamentária (DGO), destinada a atender despesas com a
administração da OM. Esse tipo de recurso foi escolhido por ser objeto de provisão
para a maioria das UG do Exército.

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Figura 3: Campos da NC

- Campo UG EMITENTE: UG que emitiu o documento NC;

- Campo UG/GESTAO FAVORECIDA: UG a quem foi descentralizado o


recurso. Note que nesse exemplo, trata-se de uma UG que possui outras OM
vinculadas a sua administração e, dessa maneira, recebeu o crédito para atender as
necessidades de si própria e suas vinculadas;

- Campo OBSERVAÇÃO: Detalha a finalidade do crédito e o prazo para


empenho;

- Campo EV. : Código de Evento SIAFI utilizado pela UG que confeccionou o


documento. Nesse caso o Evento apresentado se refere a Provisão Concedida e
realizará a contabilização automática das contas contábeis relacionadas a esse tipo
de ação;

- Campo ESF: Indica a qual esfera orçamentária se refere o crédito:


1 – Orçamento Fiscal
2 – Orçamento de Seguridade Social
3 – Orçamento de Investimento das Empresas não Dependentes
4 – Orçamento Próprio das Empresas não Dependentes

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- Campo PTRES: Indica a qual Programa de Trabalho Resumido se refere a


despesa. Corresponde à codificação própria e resumida do Programa de Trabalho, de
forma a facilitar e agilizar sua utilização, sobretudo quanto às consultas ao sistema
informatizado de administração financeira, sendo a combinação de cada PT com a
Unidade Orçamentária. Atenção para a atualização de alguns PTRES, ocorrida na
virada 2022/2023 pela incorporação do IDUSO.
Em termos práticos, essa codificação indicará que tipo de crédito pertence o
recurso. Podemos consultar por meio da transação >CONPTRES
No exemplo apresentado temos a seguinte estrutura do PTRES:

Figura 4: Estrutura do PTRES

Note que se trata de um recurso previsto na LOA de caráter discricionário e não


de caráter obrigatório. Também podemos visualizar que se trata de uma recurso
oriundo de descentralização interna e não destaque. Veja a diferença para um PTRES
referente a recurso oriundo de destaque.

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Figura 5: PTRES - destaque

Essa é uma das maneiras de se identificar se o recurso é fruto de


descentralização interna ou externa.

- Campo FONTE: Representa com quais recursos financeiros esse tipo de


crédito será atendido. Atenção para a atualização das fontes de recursos, ocorrida na
virada 2022/2023.

- Campo ND: Indica qual Natureza de Despesa se destina o crédito.

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Figura 6: Estrutura da ND

As mais comuns são:


- 339014 – Diárias Pessoal Civil;
- 339015 – Diárias Pessoal Militar;
- 339030 – Material de Consumo;
- 339032 – Material, bem ou serviço para distribuição gratuita;
- 339033 – Passagens e despesas com locomoção;
- 339036 – Outros serviços de terceiros – pessoa física;
- 339039 – Outros serviços de terceiros – pessoa jurídica;
- 449015 - Diárias Pessoal Militar – (Despesa de Capital);
- 449030 – Material de Consumo – (Despesa de Capital);
- 449033 – Passagens e despesas com locomoção – (Despesa de Capital);
- 449039 – Outros serviços de terceiros – pessoa jurídica – (Despesa de Capital);
- 449051 – Obras e Instalações – (Despesa de Capital); e
- 449052 – Equipamentos e Material Permanente – (Despesa de Capital);

- Campo SUBITEM: Identifica a qual Subitem poderá ser empenhada a despesa.


Normalmente não vem descrito na NC, cabendo a UG identificar a qual tipo constará
na Nota de Empenho.

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Obs: O detalhamento de cada ND e seus subitens pode ser consultado por meio
da transação >CONNATSOF, no “SIAFI Tela Preta”.

- Campo UGR: Identifica a Unidade Gestora responsável pela realização de


parte do programa de trabalho por ela descentralizada. Pode ser consultada por meio
da transação >CONUG no “SIAFI Tela Preta”.

- Campo PI: Plano Interno. Identifica o detalhamento orçamentário próprio de um


órgão. Dessa maneira, o Exército possui seus próprios Planos Internos. Pode ser
consultada por meio da transação >CONPI no “SIAFI Tela Preta”.

No exemplo em questão temos a seguinte consulta de PI:

Figura 7: Consulta de PI

Qual a importância do auxiliar da fiscalização ter conhecimento da estrutura de


uma NC ?

Sendo esse agente um assessor direto do Fiscal Administrativo e que executará,


em alguns casos, documentos no SIAFI relacionados a execução da despesa, deverá
procurar analisar se esta execução está dentro da finalidade para qual o recurso foi
destinado. Essa análise torna-se de fundamental importância já que, uma vez iniciado
os procedimentos de aquisição e/ou contratação de maneira equivocada (muitas
vezes realizando procedimentos licitatórios cujo objeto está em desacordo com a fonte
de recursos previstas para o certame), caso seja plotado mais adiante que a despesa
foi executada em desacordo com a finalidade do crédito, os transtornos para sanear a
impropriedade, a qual poderá vir a se transformar em uma irregularidade, quando
possível, muitas vezes torna-se um processo custoso e desgastante para a UG,
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culminado em muitos casos com a responsabilização dos agentes por parte dos
controles internos e/ou externos.

Aqui cabe citar um velho e oportuno ditado popular para essa recomendação:

“Melhor prevenir do que remediar”

Agora que já nos familiarizamos com a estrutura de uma NC, o participante deste
estágio já tem condições de analisar e assessorar o Fiscal nas questões de
identificação e destinação dos recursos recebidos.

Mas e a questão contábil?


Onde localizar estes recursos dentro do meu plano de contas?
Estas questões trataremos no próximo tópico.

1.1.2 Analisando a contabilização de uma NC

Os saldos constantes em uma NC são de origem orçamentária. Dessa maneira,


como já estudado no módulo I, no assunto PCASP, sua contabilização movimentará
saldos em contas dos tipos 5 e 6.
Para simplificarmos a nossa análise, vamos nos ater aos recursos contabilizados
nas contas orçamentárias do tipo 6, dentro do Balancete da sua UG.
O auxiliar poderá, por meio da transação >Balancete, localizar créditos
disponíveis, bem como detalhar as NC recebidas, por meio da tecla PF2 = DETALHA,
podendo analisar a origem das mesmas, bem como sua destinação, conforme
orientado no item 1.1.1.

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Caso não saiba ou não lembre qual conta se refere o crédito disponível, como já
sabemos que esse tipo de conta é de natureza orçamentária, inciando dessa maneira
com 6, podemos realizar a seguinte consulta:

Figura 8: Consulta Crédito Disponível

Procedendo dessa maneira, podemos consultar todas as nossas contas


orçamentárias no grupo 6 e verificar onde se encontra aquela de nosso interesse,
nesse caso, crédito disponível, porém, como projetado abaixo, também aqueles que já
foram liquidados e pagos:

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Figura 9: Consulta de Contas Orçamentárias

Por meio da tecla PF4=CONRAZAO, podemos então ter acesso e realizar os


controles de nossos créditos.

Figura 10: Conrazão

1.2. NOTA DE EMPENHO

Após recebido o crédito por meio de uma NC, a Unidade estará em condições de
realizar os procedimentos para realização da despesa.

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Conforme prescreve o artigo 58 da Lei nº 4.320/64, “O empenho de despesa é o


ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de
pagamento pendente” e o artigo 61 complementa: “para cada empenho será extraído
um documento denominado nota de empenho” que indicará o nome do credor, a
representação e a importância da despesa bem como a dedução desta do saldo da
dotação própria. (grifo nosso)
Portanto, a Nota de Empenho ou NE é o documento que permite registrar o
comprometimento de despesa, bem como registrar os casos em que se faça
necessário o reforço ou a anulação desse compromisso.
Conforme item 4.8.1.4 da MACROFUNÇÃO SIAFI-WEB 020301 –
ELABORAÇÃO E EXECUÇÃO ORÇAMENTÁRIA, os empenhos, de acordo com a
sua natureza e finalidade, podem ser classificados em:

1) EMPENHO ORDINÁRIO: é utilizado para realizar despesas com montante


previamente conhecido e cujo pagamento deva ocorrer de uma só vez;

2) EMPENHO GLOBAL: atende despesas com montante também previamente


conhecido, tais como as contratuais, mas de pagamento parcelado (art. 60, 3 da Lei n
4.320/64). Exemplos: aluguéis, prestação de serviços por terceiros, vencimentos,
salários, proventos e pensões, inclusive as obrigações patronais decorrentes; e.

3) EMPENHO POR ESTIMATIVA: acolhe despesas de valor não previamente


identificável e geralmente de base periodicamente não homogênea. Exemplo: água,
luz, telefone, diárias.

Importante destacar, como já observado no módulo II, que os empenhos


relacionados a compras e contratações são realizados no Comprasnet Contratos. Já
aqueles que não envolvem compras e contratações como, por exemplo, pagamento
de taxas (DETRAN, iluminação pública, etc.), despesas com movimentação de
pessoal, despesas com auxílio-funeral, despesas com diárias, despesas de folha de
pagamento, entre outros, são confeccionados no SIAFI Web.

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1.2.1 Possibilidade de se consultar uma NE

Como já tratado no módulo II, podemos consultar uma NE por meio do SIAFI
Web utilizando a aba “Menu Geral” - “ORÇAMENTÁRIO” - “NOTA DE EMPENHO” -
“Consultar Nota de Empenho”.

Figura 11: Consulta Nota de Empenho

Dentro da consulta, temos a possibilidade de utilizar filtros para consultas de


diversas maneiras conforme se segue:

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Figura 12: Consulta Nota de Empenho

1) Por Ano: permite visualizar todos os empenhos emitidos para o ano de


interesse selecionado;
2) Por Número: permite visualizar uma NE específica;
3) Por Esfera: permite consultar empenhos de determinadas esferas
orçamentárias de interesse. Ex: apenas empenhos do Orçamento Fiscal;
4) Por PTRES: permite consultar empenhos de determinados Programas de
Trabalho Resumidos de interesse. Ex: apenas empenhos relacionados ao PTRES
171460 – Administração da Unidade – Manutenção Geral;
5) Por Fonte de Recursos: permite consultar empenhos de determinadas fontes
de recursos de interesse.
6) Por Natureza de Despesa: permite consultar empenhos de determinada
natureza de despesa. Ex: apenas empenhos da ND 339030 – material de consumo;
7) Por UGR: permite consultar empenhos gerados com recursos de determinada
Unidade Gestora Responsável. Ex: apenas empenhos da UGR 160073 – DGO;
8) Por Plano Interno: permite consultar empenhos de determinado PI de
interesse. Ex: apenas empenhos do PI I3DAFUNADOM;
9) Por período de emissão: permite consultar empenhos emitidos em um
determinado período de interesse. Ex: Empenhos emitidos no dia 10/05/23;

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10) Por Favorecido: permite consultar empenhos emitidos a determinado CNPJ


OU CPF de interesse. Ex: apenas empenhos emitidos para uma determinada
concessionária;
11) Por tipo: permite consultar por tipo de empenho. Ex: apenas empenhos
ordinários e
12) Por Modalidade de Licitação: permite consultar empenhos de determinada
modalidade de licitação. Ex: apenas empenhos de dispensa de licitação ou apenas
empenhos decorrentes da modalidade pregão.

Existe a possibilidade de combinar os filtros para se chegar a determinada


consulta, Ex: Empenhos na ND 339030 do PI I3DAFUNADOM. Para isso basta
preencher os dois campos específicos da consulta.

1.2.2 Contabilização de uma NE

Assim como no caso da NC, os saldos que serão gerados após a confecção da
NE permanecem no grupo de contas de natureza orçamentária. Eles sairão da conta
contábil de crédito disponível da UG, os quais foram gerados quando do recebimento
da NC e passarão a compor saldo na conta contábil de empenhos a liquidar.
Sendo assim, destaca-se a seguinte contabilização das contas:

D – 6.2.2.1.1.00.00 CREDITO DISPONÍVEL (saída do saldo)


C – 6.2.2.1.3.01.00 CREDITO EMPENHADO A LIQUIDAR (entrada do saldo)
C – 6.2.2.9.2.01.01 EMPENHOS A LIQUIDAR (entrada do saldo)

Na prática, o importante é que o auxiliar identifique que o mesmo saldo saiu da


conta de crédito disponível e passou a compor as contas de empenhos a liquidar e
crédito a liquidar. Ou seja, dependendo da análise que se necessita, existem duas
possibilidades de consultas de saldos a liquidar, uma visualizando as notas de
empenhos geradas, que são as contas-correntes da conta contábil de empenhos a
liquidar e outra visualizando a estrutura que compõem a célula orçamentária oriunda

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da NC como PTRES, ESF, PI entre outras, que serão as contas corrente da conta
contábil de crédito a liquidar.
Vamos visualizar agora como consultamos essas contas dentro do Balancete da
UG:

Figura 13: Consulta Balancete

Figura 14: Consulta Balancete – Crédito empenhado

Dessa maneira, o auxiliar poderá, por meio da transação >Balancete, localizar


seus saldos de créditos e empenhos a liquidar.

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Na atual situação, com as mudanças que ocorreram em relação a emissão e


consulta de empenhos, é importante destacar que não mais constarão as notas de
empenhos emitidas dentro das contas mas sim, um documento chamado de RO, o
qual tem como função registrar o saldo da nota de empenho que foi emitida por meio
do Comprasnet Contratos ou por meio do SIAFI Web, conforme o caso. Dessa
maneira, esse documento apontará qual a NE emitida, a qual poderá ser consultada
no SIAFI Web.
Assim, após analisados os saldos nas contas, o Auxiliar da Fiscalização
Administrativa poderá ter um controle dos empenhos que estão pendentes de
liquidação e o que ainda possui de crédito disponível, caso exista, na NC que originou
o empenho.

1.3. NOTA DE LANÇAMENTO DE SISTEMA (NS)

Trata-se de um documento que permite registrar eventos contábeis de forma


automática. Um dos tipos de origem de uma NS no SIAFI é aquela que indica a
liquidação de uma despesa já empenhada.

1.3.1 Analisando a estrutura de uma NS

Esses documentos são gerados no SIAFI Web, por meio da transação Inclui
Documento Hábil – INCDH. Para os casos de liquidação e apropriação de despesas
utilizamos um Documento Hábil – DH do tipo NP e utilização de situação específica
para cada caso. Exemplo: liquidação de despesa com material para estoque: DSP101.

A seguir, vamos ilustrar uma tela do SIAFI Web contendo a situação


mencionada.

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Figura 15: SIAFI WEB - INCDH

Após a confirmação desse documento no SIAFI Web, é gerada uma NS, a qual
pode ser visualizada por meio do “SIAFI Tela preta” utilizando a transação >CONNS
ou consultando contas contábeis que movimentam o saldo.

Figura 16: >CONNS

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1.3.2 Analisando a contabilização de uma NS

Os saldos que serão gerados após a confecção da NS permanecem no grupo de


contas de natureza orçamentária. Eles sairão das contas contábeis de crédito a
liquidar e empenhos a liquidar, os quais foram gerados quando da confecção da NE e
passarão a compor saldo nas contas contábeis de créditos liquidados a pagar e
empenhos liquidados a pagar.

Sendo assim, destaca-se a seguinte contabilização das contas:

D – 6.2.2.1.3.01.00 CREDITO EMPENHADO A LIQUIDAR (saída do saldo)


D – 6.2.2.9.2.01.01 EMPENHOS A LIQUIDAR (saída do saldo)
C – 6.2.2.1.3.03.00 CREDITO EMPENHADO LIQUIDADO A PAGAR (entrada
do saldo)
C – 6.2.2.9.2.01.03 EMPENHOS LIQUIDADOS A PAGAR (entrada do saldo)

Seguindo a mesma lógica da análise da contabilização do empenho, o


importante é que o auxiliar identifique para quais contas migraram os saldos que
foram liquidados e estão pendentes de pagamento.
Vamos visualizar agora como consultamos essas contas dentro do Balancete da
UG:

Figura 17: Balancete – Crédito Empenhado e liquidado

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Dessa maneira, o auxiliar poderá, por meio da transação >Balancete, localizar


seus saldos de créditos e empenhos liquidados a pagar, bem como detalhar as NS
emitidas, por meio da tecla PF2 = DETALHA, podendo visualizar qual Documento
Hábil gerou aquela NS e assim, por meio do SIAFI Web, consultar esse documento
para verificar se o mesmo foi liquidado e apropriado na situação correta.

A execução de documentos no SIAFI é realizada por vários agentes dentro de


uma UG. Integrantes da Seção de Licitações e Contratos, Almoxarifado, Setor
Financeiro e da própria Fiscalização Administrativa poderão confeccionar notas de
empenho e notas de sistema, dependendo da situação. Dessa maneira, o objetivo
desse módulo não é ensinar o auxiliar a operacionalização de documentos no SIASG
ou SIAFI, mas mostrar como se apresentam os documentos em seus respectivos
sistemas.

1.4. RESTOS A PAGAR

Os conceitos que serão apresentados estão de acordo com o que prescreve a


Macrofunção 020317 - RESTOS A PAGAR, do SIAFI Web.
Consideram-se Restos a Pagar as despesas empenhadas, mas não pagas até
31 de dezembro, estando a sua execução condicionada aos limites fixados à conta
das fontes de recursos correspondentes, com base na legislação vigente.
Quando o pagamento deixa de ser efetuado no próprio exercício, procede-se,
então, à inscrição em Restos a Pagar. Na inscrição, os Restos a Pagar (RP) são
classificados em: Restos a Pagar Processados, Restos a Pagar não Processados em
liquidação e Restos a Pagar não Processados a liquidar:
a) RP Processados: no momento da inscrição a despesa estava empenhada e
liquidada;
b) RP Não Processados em Liquidação: no momento da inscrição a despesa
empenhada estava em processo de liquidação e sua inscrição está condicionada a
indicação pelo Ordenador de Despesa da Unidade Gestora, ou pessoa por ele
autorizada, formalmente no SIAFI em espaço próprio na tabela de UG; e

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c) RP Não Processados a liquidar: no momento da inscrição a despesa


empenhada não estava liquidada e sua inscrição está condicionada a indicação pelo
Ordenador de Despesa da Unidade Gestora, ou pessoa por ele autorizada,
formalmente no SIAFI em espaço próprio na tabela de UG.
As regras relacionadas a Restos a Pagar não serão abordadas no presente
estágio, tendo em vista que anualmente são emitidas diretrizes e orientações por
parte do Comando do Exército e dos Órgãos de Direção Setorial sobre as
especificidades daquilo que poderá ou não ser inscrito, bem como orientações sobre
cancelamentos de restos a pagar. É importante que os auxiliares fiquem atentos
anualmente, em especial nas proximidades de encerramento do exercício, sobre as
normas emitidas em relação ao assunto.
O que gostaríamos de destacar é que as contas contábeis relacionadas a Restos
a Pagar também são de caráter orçamentário e estão incluídas nos grupos de
contas tipo 5 e 6. Como nos casos anteriores, vamos nos ater a esse último tipo, para
efeitos de orientação de como controlar esses recursos.

A seguir, uma tela de Balancete com as contas relacionadas a RP:

Figura 18: Balancete – Restos a Pagar

De acordo com a macrofunção 020317 – Restos a Pagar:


“3.2 - O empenho de despesa não liquidada deverá ser anulado antes do
processo de inscrição de Restos a Pagar, salvo quando:
a) vigente o prazo para cumprimento da obrigação assumida pelo credor, nele
estabelecida;

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b) vencido o prazo de que trata o item anterior, mas esteja em curso liquidação
da despesa, ou seja, de interesse da Administração exigir cumprimento da obrigação
assumida pelo credor;
(…)”
Lembramos que os cancelamentos posteriores de RP, sem justificativa plausível,
serão considerados como “EVITÁVEIS” pelos CGCFEx. Daí a importância do
conhecimento dos saldos e onde os mesmos se encontram.

1.4.1 Execução da inscrição em Restos a Pagar

Embora muitos Ordenadores de Despesas deixem a cargo do Encarregado do


Setor Financeiro a inscrição dos empenhos em Restos a Pagar, é importante que o
auxiliar da Fiscalização administrativa tenha um conhecimento geral de como ocorre o
procedimento de inscrição de recursos em RP já que, em alguns casos, a fiscalização
poderá ficar com esta incumbência.

Importante destacar que para a execução dos procedimentos que serão


demonstrados, é de suma importância que sejam realizadas reuniões e estudos
sobre aquilo que deverá ser inscrito já que, em possíveis cancelamentos futuros de
RP, deverão existir justificativas consideradas plausíveis por parte dos CGCFEx.

Aquela situação de “marca um X em tudo e depois vemos o que fazer” deve


ser considerada como coisa do passado.

Após esse estudo sobre o empenho, liquidação da despesa e Restos a Pagar,


encerramos os procedimentos relacionados aos aspectos orçamentários e passamos
abordar os aspectos relacionados aos recursos financeiros, decorrentes do processo
de execução orçamentária e sua utilização.

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2. CADERNO DE ORIENTAÇÃO AOS AGENTES DA ADMINISTRAÇÃO – APOIO


ADMINISTRATIVO E FUNDO DO EXÉRCITO

A Diretoria de Gestão Orçamentária – DGO é o órgão de apoio técnico-


normativo, diretamente subordinado à Secretaria de Economia e Finanças – SEF, que
tem por finalidade realizar a gestão setorial dos recursos a cargo da SEF referentes
ao Apoio Administrativo, do Fundo do Exército e de Pagamento de Pessoal; o
acompanhamento da execução orçamentária do Comando do Exército; estudos
orçamentários e de gestão; e o controle de importações e exportações e das dívidas
interna e externa.

Grande parte dos assuntos e rotinas relacionadas a Fiscalização Administrativa


nas questões orçamentárias está relacionada com recursos provenientes desta
Diretoria. Para tanto, anualmente são atualizadas as Orientações aos Agentes da
Administração – OAA, que a partir de 2021, devido a centralização das orientações
pela SEF, receberam a nomenclatura de “Caderno de Orientação Aos Agentes Da
Administração – Apoio Administrativo e Fundo do Exército (disponível na biblioteca
deste módulo).

Figura 19: Capa das OAA

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Dentro deste manual, poderão ser encontrados assuntos relacionados a:

✔ PARTE I – RECURSOS DO APOIO ADMINISTRATIVO

➢ RECURSOS DESTINADOS A ATIVIDADE-MEIO

➢ FUNCIONAMENTO DA VIDA ADMINISTRATIVA

➢ CONCESSIONÁRIAS DE SERVIÇO PÚBLICO

➢ CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

➢ DESPESAS DE EXERCÍCIOS ANTERIORES

➢ RESTOS A PAGAR

✔ PARTE II – RECURSOS DO FUNDO DO EXÉRCITO

➢FUNDO DO EXÉRCITO

➢RECEITAS

➢DESPESAS

➢SUB-REPASSE

➢APLICAÇÕES FINANCEIRAS

➢AUXÍLIO EMERGENCIAL (AEF)

➢TAXA DE FISCALIZAÇÃO DOS PRODUTOS CONTROLADOS PELO


EXÉRCITO .

✔ PARTE III – IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO

➢CONTRATAÇÃO DE CÂMBIO

Com base neste caderno e em alguns conceitos relacionados a gestão


orçamentária e financeira, apresentaremos algumas orientações de interesse dos
auxiliares da Fiscalização Administrativa. Reforçando a necessidade da leitura
pormenorizada deste documento pelos agentes da Fiscalização Administrativa.
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2.1. ASPECTOS IMPORTANTES

Importante destacar que as orientações que farão parte desta seção foram, em
sua grande parte, retiradas do Caderno de Orientações aos Agentes da Administração
– Apoio Administrativo e Fundo do Exército, COAA-AAFEx (2ª Edição - 2022).
Portanto, estão relacionadas aos recursos destinados à atividade-meio da OM,
geridos pela Diretoria de Gestão Orçamentária – DGO. Em nosso estágio vamos nos
ater apenas às Partes I e II desse Caderno.
O objetivo desta seção é apresentar ao auxiliar da fiscalização, informações que
poderão ser úteis no desenvolvimento das atividades-meio da Unidade, orientando
sobre onde encontrar as mesmas e reforçando alguns pontos constantes no COAA-
AAFEx. Dessa maneira, muitos dos assuntos abordados foram transcritos exatamente
como se apresentam nas Orientações da DGO.

2.1.1 Recursos do Apoio Administrativo

a) Plano Interno (PI)

✔ visando otimizar a execução orçamentária e financeira, bem como permitir o


acompanhamento e o controle da realização das despesas, foi adotado o Plano
Interno (PI) no âmbito do Exército Brasileiro.

✔ A partir de 2018 diversos PI da Ação 2000 foram criados/reativados com a


finalidade de permitir o controle gerencial da execução orçamentária desta Ação no
tocante à aplicabilidade dos créditos.

O item 1.4 do COAA-AAFEx traz várias informações sobre como consultar um PI


no SIAFI, qual o significado da codificação, apresenta a relação de PI com créditos
descentralizados pela DGO e outros relacionados a créditos descentralizados por
outros ODS.

Já no item 2.3 do COAA-AAFEx são apresentados detalhes dos tipos de PI


exclusivos da DGO. São eles:

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✔ I3DAFUNADOM (ADMINISTRAÇÃO DA OM) - poderá ser empregado na


aquisição de materiais de consumo (prioritariamente para a reposição de estoques
de almoxarifado, como itens de expediente, limpeza e higienização, etc) e na
contratação de serviços (como Mnt de equipamentos, Mnt das instalações, Mnt de
material e Eqp de informática), bem como para contratos de pequeno vulto, tudo
obrigatoriamente relacionado à vida vegetativa da OM.

Destaca-se que a UG poderá empregar o PI I3DAFUNADOM para a contratação


de serviços de dedetização/desratização, não havendo portanto necessidade de
transposição para o PI I3DAFUNDEDE, o qual será descontinuado.

A própria UG está autorizada a realizar a mudança do PI I3DAFUNADOM, por


meio da transação DETAORC no SIAFI, exclusivamente para os PI I3DAFUNINCD,
I3DAFUNPETA, I3DAFUNCOPI, I3DAFUNLARO, I3DAFUNELEV e I3DAFUNARCO.

➢ I3DAFUNINCD (AQUISIÇÃO DE INSUMOS DE COMBATE A INCÊNDIO) -


Tem por finalidade controlar as despesas com insumos voltados para a prevenção e
combate a incêndio, como Equipamentos de Proteção Individual (EPI) (protetores
faciais, óculos de segurança, capacetes, luvas, mangas de proteção, calçados de
proteção, aparelhos de proteção respiratória, cremes protetores, aventais, jaquetas,
etc.) e demais equipamentos móveis de combate a incêndio (mangueiras, esguichos,
acessórios de corte e arrombamentos, etc.), inclusive a recarga de extintores.
Dessa forma, o PI I3DAFUNREEX será descontinuado.

Destaca-se que a descentralização de recursos para a aquisição de extintores


de incêndio é de responsabilidade da D Abast/COLOG – extintor das Instalações da
OM ou D Mat/COLOG – extintor p/ Vtr.

➢ I3DAFUNPETA (MNT DE POÇOS E TRATAMENTO DE ÁGUA) - Tem por


finalidade controlar o emprego de recursos para a manutenção de poços artesianos e
tratamento de água.

➢ I3DAFUNCOPI (SV DE MNT E LOCAÇÃO DE COPIADORA) Tem por


finalidade controlar as despesas com contratos Adm/Sv de Mnt e locação de
copiadora.

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➢ I3DAFUNINCD (AQUISIÇÃO DE INSUMOS DE COMBATE A INCÊNDIO) -


Tem por finalidade controlar as despesas com insumos voltados para a prevenção e
combate a incêndio, como Equipamentos de Proteção Individual (EPI) (protetores
faciais, óculos de segurança, capacetes, luvas, mangas de proteção, calçados de
proteção, aparelhos de proteção respiratória, cremes protetores, aventais, jaquetas,
etc.) e demais equipamentos móveis de combate a incêndio (mangueiras, esguichos,
acessórios de corte e arrombamentos, etc.), inclusive a recarga de extintores.
Dessa forma, o PI I3DAFUNREEX será descontinuado.

Destaca-se que a descentralização de recursos para a aquisição de extintores


de incêndio é de responsabilidade da D Abast/COLOG – extintor das Instalações da
OM ou D Mat/COLOG – extintor p/ Vtr.

➢ I3DAFUNLLED (AQUISIÇÃO DE LÂMPADAS DE LED) - Tem por finalidade


atender e controlar despesas com a aquisição de lâmpadas de LED, a fim de mitigar
as despesas com concessionária de energia elétrica.

➢ I3DAFUNGEEA (COMBUSTÍVEL P/ GERAÇÃO ENEL E AQUECIMENTO) -


Tem por finalidade controlar as despesas para aquisição de combustíveis
exclusivamente para a geração de eletricidade e aquecimento, como por exemplo:
óleo diesel e gasolina.

✔ I3DAFUNPUBL (PUBLICAÇÕES EBC/JORNAIS) - Tem por finalidade


controlar as despesas com a publicação de editais, avisos, convocações, extratos de
contratos e assemelhados – na EBC e jornais de grande circulação.

Destaca-se que os recursos descentralizados pela DGO no PI I3DAFUNPUBL


deverão ser empregados exclusivamente para o custeio de publicações de
processos que envolvem aquisições de produtos/prestações de serviços
referentes aos créditos oriundos desta Diretoria.

A descentralização destes recursos será realizada conforme a média histórica da


UG. Contudo, se necessário a UG poderá solicitar a transposição de crédito do PI
I3DAFUNADOM para atender eventuais demandas suplementares, e para tanto, o

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Caderno de Orientação de Apoio Administrativo apresenta neste item, um modelo de


Msg SIAFI.

➢ I3DAFUNCNPJ (CERTIFICAÇÃO DIGITAL) - Tem por finalidade controlar a


aquisição de certificação digital (tokens).

A descentralização destes recursos será realizada conforme a média histórica da


UG. Contudo, se necessário a UG poderá solicitar a transposição de crédito do PI
I3DAFUNADOM para atender eventuais demandas suplementares, e para tanto, o
Caderno de Orientação de Apoio Administrativo apresenta neste item, um modelo de
mensagem SIAFI.

➢ I3DAFUNSEGO (VTR ADMINISTRATIVAS) - Tem por finalidade controlar as


despesas com seguro obrigatório, taxas de licenciamento e serviços de
emplacamento de viaturas administrativas.

➢ I3DAFUNSUPL (PEDIDO EVENTUAL – ADMINISTRAÇÃO DA OM) - Tem por


finalidade custear despesas de caráter eventual, as quais não integram o dia-a-dia da
OM, tais como pequenas demandas de manutenção das instalações, desde que não
se configurem OBRA ou SERVIÇO DE ENGENHARIA. Todavia, a sua
descentralização ocorrerá conforme solicitação fundamentada da UG e mediante
disponibilidade orçamentária.

Obs: “A DGO não descentraliza créditos de diárias e passagens às UG/OM.


Necessidades de tal natureza devem seguir o rito próprio estabelecido pelo DGP e
Regiões Militares (utilização do SIPEO).”

b) Natureza de Despesa (ND) E Subitem (SI)

No item 2.4 do COAA-AAFEx são apresentadas todas as ND e SI que poderão


ser utilizados com recursos descentralizados pela DGO (160073).

c) DETAORC

O item 2.5 do COAA-AAFEx explica sobre a transação DETAORC da seguinte


maneira:

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A transação DETAORC permite o detalhamento dos créditos orçamentários em


nível de Fontes de Recursos, UGR e PI por meio de uma Nota de Dotação (ND).

A SGS/DGO descentraliza recursos para o custeio do funcionamento da OM, em


regra, na ND 339000 ou 449000 (ND de origem).

Dessa maneira, após receber o recurso, é necessária a utilização dessa


transação para o correto enquadramento da natureza da despesa. A figura a seguir
representa recurso descentralizado por uma NC que necessitará ser realizado o
procedimento de DETAORC.

Figura 20: DETAORC

d) Recolhimento de Créditos

O item 2.7 do COAA-AAFEx orienta sobre como proceder para recolher os


créditos que não serão mais utilizados.

Para fins de recolhimento do crédito descentralizado, faz-se necessário que a


UG disponibilize o recurso a ser recolhido na estrutura orçamentária recebida,
ou seja, retornando para o PI e ND de origem, caso tenha alterado.

IMPORTANTE: A DGO informa que há necessidade da UG solicitar o


recolhimento de eventuais sobras de NC ao longo do ano, para que sejam
recolhidas de forma imediata, por meio de mensagem SIAFI.

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e) Concessionárias de Serviços Públicos

Este é um tema que a Fiscalização Administrativa precisa estar muito atenta pois
envolve uma série de detalhes e um grande volume de recursos descentralizados
para as UG. Para se ter uma ideia, a DGO dedicou um capítulo inteiro do COAA-
AAFEx para tratar do assunto. O Capítulo III trata de vários aspectos conforme se
segue:

✔ Concessionárias custeadas pela DGO:

a. água e esgoto (PI – I3DACSPAGES);

b. energia elétrica (PI – I3DACSPENEL);

c. serviços postais/correios (PI – I3DACSPCORR);

d. telefonia fixa (PI – I3DACSPTELF);

e. telefonia móvel (PI – I3DACSPTELM); e

f. telefonia satelital (PI – I3DACSPTELS)

✔ Racionalização das despesas:

O item 3.3 das COAA-AAFEx traz uma série de orientações sobre como
racionalizar as despesas.

Além disso existe o Caderno de Orientação aos Agentes da Administração –


Medidas de Racionalização de Despesas com Atividades de Apoio Administrativo,
disponibilizado pela SEF na intranet, também disponível na biblioteca deste módulo, a
qual deve ser objeto de leitura por parte do Fiscal e de seus agentes.

✔ Recomendações para cada tipo de despesa:

Os itens 3.4 ao 3.9 apresentam uma série de recomendações a respeito das


despesas com água e esgoto, energia elétrica, serviços postais, telefonia fixa,
telefonia móvel e telefonia satelital.

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Por meio desses itens o auxiliar da Fiscalização Administrativa poderá encontrar


informações referentes a PI, ND, SI e objetivo, além de inúmeras recomendações
relevantes como:

➢ solicitação de recurso emergencial;

➢ orientações sobre controle e racionalização das despesas; e

➢ informações sobre multas e juros.

✔ Transposição de Plano Interno (PI):

A DGO informa que não realiza a transposição de eventual saldo de crédito de


determinado PI de concessionária para outros PI, sejam de concessionárias, de
contratos ou de FUNADOM.
Todavia, caso a UG necessite de recurso suplementar para a liquidação e
pagamento de fatura de concessionária, faz-se necessário que a UG solicite o valor
exato pendente da fatura em aberto, abatendo o saldo disponível (crédito disponível,
empenhado a liquidar e/ou RP), por meio de Msg SIAFI, com todas as informações
constantes do modelo previsto no Anexo F daquele Caderno.

f) Contratos Administrativos
Este é outro tema que a Fiscalização Administrativa precisa estar muito atenta e,
no qual, a DGO também dedicou um capítulo inteiro do COAA-AAFEx para tratar do
assunto.
A DGO (UGR 160073) é a seção responsável pela gestão dos contratos
administrativos relacionados ao funcionamento da vida vegetativa da OM, os quais
têm por finalidade a prestação de serviços voltados ao apoio administrativo.
Observe-se que os contratos podem ser divididos em dois grupos, a saber
Contratos de Grande Vulto e Contratos de Pequeno Vulto, e em cada grupo
observamos diferentes Tipos de Contratos.
Exemplo de Tipos de Contratos de Grande Vulto: Limpeza e Conservação,
Manutenção de Bens Imóveis e Manutenção de Bens Móveis.

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O Capítulo IV trata de vários aspectos como por exemplo os procedimentos para


a celebração, renovação, repactuação ou reajuste de contratos.

IMPORTANTE: Sempre que o Contrato/Termo Aditivo sofrer


REPACTUAÇÃO/REAJUSTE, a UG deverá encaminhar Msg para a DGO o mais
breve possível, preenchendo todas as informações constantes do modelo de Msg
disponibilizado na internet/intranet da DGO para esta finalidade.

Também é apresentado quadro com informações a respeito das ND e SI a serem


utilizados em cada caso.

Obs: Mais uma vez reforçamos a leitura pormenorizada desta parte do COAA-
AAFEx a fim de se inteirar sobre as especificidades de cada tipo de contrato.

No SIAFI Web, por meio de situações específicas, deverão ser registrados


saldos nas seguintes contas contábeis de controle, conforme cada caso:

➢ 81.231.01.01 - Contratos de Seguros

➢ 81.231.02.01 – Contratos de Serviços

➢ 81.231.03.01 – Contratos de Aluguéis

➢ 81.231.04.01 – Contratos de Fornecimento

Também é importante destacar que as garantias referentes aos contratos,


quando existirem, também precisam estar registradas no SIAFI, por meio das
seguintes contas contábeis de controle, conforme cada caso:

➢ 81.111.01.04 – Fiança a Executar

➢ 81.111.01.10 – Seguro Garantia a Executar

➢ 81.111.01.13 – Caução a Executar

g) Despesa com Exercícios Anteriores

Além de observar a Portaria - C Ex n° 1.746, de 19 de maio de 2022, (disponível


no link http://www.sgex.eb.mil.br/sg8/005_normas/01_normas_diversas/01_comando_do_exercito/
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port_n_1746_cmdo_eb_19maio2022.html), o auxiliar tem a sua disposição um capítulo


específico no Caderno de Orientação aos Agentes da Administração “Apoio
Administrativo” sobre despesas de exercícios anteriores referentes a recursos da
DGO. Lembrando que alguns ODS possuem recomendações específicas sobre esses
processos em seus âmbitos.

No capítulo V do COAA-AAFEx, o auxiliar poderá encontrar além das


orientações, as impropriedades mais comuns cometidos nesses tipos de processos.

h) Restos a Pagar

Além do material já apresentado no item 1.4 deste módulo, o Capítulo VI do


COAA-AAFEx também trata sobre Restos a Pagar. Recomenda-se sua leitura a fim de
complementar as orientações já transmitidas por meio daquele item.

2.1.2 Fundo do Exército

Basicamente a Parte II do COAA-AAFEx apresenta orientações sobre Receitas e


Despesas. Não serão tratados todos os assuntos devido alguns não estarem
relacionados diretamente com Seção de Fiscalização Administrativa, sendo que
existem outros mais relacionados a outras seções como o Setor Financeiro, por
exemplo. Porém, recomenda-se a leitura de toda esta parte na medida do possível.

a) Origem dos Recursos Financeiros

O item 7.2 do COAA-AAFEx apresenta os tipos de origem dos recursos


financeiros do Fundo do Exército:

✔ Receitas próprias diretamente arrecadadas: são as receitas geradas pelas


Unidades Gestoras decorrentes de suas atividades, tais como: exploração econômica
de bens, prestação de serviços, alienação de bens e outras.

✔ Receitas próprias oriundas das aplicações financeiras: são os rendimentos


provenientes das aplicações financeiras, os quais são destinados à Reserva do
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Comandante do Exército, exceto os rendimentos dos recursos de saúde FUSEx e


PASS), que são alocados integralmente na fonte de origem e dos recursos próprios
das UG.

✔ Receitas vinculadas: são as receitas vinculadas ao Fundo do Exército cujo


recolhimento é feito ao caixa único do Tesouro Nacional, a exemplo da Taxa de
Fiscalização de Produtos Controlados, ou recolhidos diretamente ao Fundo do
Exército mas com aplicação vinculada, a exemplo das receitas de apropriação
indébita, multas por ocupação irregular de PNR, entre outras.

✔ Receitas do Tesouro Nacional: receitas recebidas do Tesouro Nacional para


o reforço de ações orçamentárias com dotações insuficientes ou para programas
específicos.

Destacamos que, devido a padronização das fontes de recursos, a partir de 1º


de janeiro de 2023, o “Caderno de Orientações aos Agentes de Administração – DGO
1”, será atualizado pela DGO, bem como a legislação do Fundo do Exército,
notadamente a Portaria nº 089/SEF - C Ex, de 20 OUT 22, que “Aprova as Normas
para a Administração das Receitas Geradas pelas Unidades Gestoras do Comando
do Exército (EB90-N-03.003), 1ª Edição, 2020”, considerando que não haverá
destinação e vinculação de receitas às suas respectivas origens, a partir do exercício
financeiro de 2023.

b) Ações Orçamentárias

Atualmente, o Fundo é responsável pelas seguintes Ações Orçamentárias:

➢ 2004 - Assistência Médica e Odontológica aos Servidores Civis, Empregados,


Militares e seus Dependentes (FUSEx/PASS);
➢ 2522 – Produtos Farmacêuticos, Medicamentos e Fitoterápicos;
➢ 2000 – Administração da Unidade;
➢ 15F1 – Disponibilização de Próprios Nacionais Residenciais para os
Comandos Militares;
➢ 2919 – Registro e Fiscalização de Produtos Controlados; e
➢ 21D0 – Reforma, Manutenção e Readequação de Próprios Nacionais
Residenciais para os Comandos Militares.
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c) Receitas
O assunto envolvendo Receitas arrecadadas pelas UG envolvem, em grande
parte, atribuições atinentes a Fiscalização Administrativa e Setor Financeiro da UG.
A Portaria nº 89-SEF/C Ex, de 19 de outubro de 2020 (disponível no link
http://www.sef.eb.mil.br/images/ass2/portarias/port_n_089_sef_19out2020.html), é
quem trata sobre o assunto. Esta Portaria aprova as Normas para a Administração
das Receitas Geradas pelas Unidades Gestoras do Comando do Exército (EB90-N-
03.003). Basicamente estas normas tratam das receitas patrimoniais, referentes a
alienação de bens, oriundas de serviços e outras receitas correntes. Recomendamos
a sua leitura por parte do Fiscal e seus auxiliares.
Após a realização da leitura das normas citadas acima, o auxiliar deve inteirar-se
do que prescrevem o Caderno de Orientação aos Agentes da Administração – Apoio
Administrativo e Fundo do Exército.
As receitas administradas pelo F Ex são aquelas arrecadadas por suas
Unidades Gestoras em razão da exploração de bens móveis e imóveis, da prestação
de serviços e comercialização de produtos, da alienação de bens, do rendimento das
aplicações financeiras e de outras fontes (doações, indenizações, multas e
restituições).

✔ Cadastramento de Receitas:

O item 8.3 do COAA-AAFEx apresenta orientações sobre o cadastramento de


receitas arrecadadas no Sistema de Informações Gerenciais e Acompanhamento
Orçamentário (SIGA), o qual possui um módulo específico para isso que é o módulo
“Receita”.

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Figura 21: SIGA - Receitas

Conforme consta nas orientações da DGO, após realizar o cadastro das receitas,
o militar com perfil de “Validador de Receitas” realizará a conferência de todos os
dados cadastrados pela UG e procederá a validação, garantindo assim que as
informações registradas estão de acordo com os instrumentos contratuais.
Após a validação não será possível nenhuma modificação no “status”, bem como
nos valores, tipo de contrato ou tipo de receita. Qualquer alteração de dados será
realizada somente pelo Fundo do Exército, conforme solicitação da UG, por meio de
Mensagem Comunica ao Fundo do Exército (UG 167086).
Esse cadastro é levado em consideração para estimar a arredação anual da UG,
que por sua vez, serve de parâmetro à concessão de crédito nas fontes pares.
Os itens 8.4 a 8.7 do COAA-AAFEx, os quais tratam de informações sobre GRU,
acompanhamento da arrecadação das receitas, Pag Tesouro (utilização de cartão de
crédito e do PIX), tipos de GRU, transferência de numerário entre UG e Taxa de
Ocupação de PNR, são mais específicos para conhecimento do Encarregado do Setor
Financeiro mas também podem ser objeto de leitura por parte do Auxiliar da
Fiscalização.

IMPORTANTE: Recomenda-se que os auxiliares da Fiscalização Administrativa


leiam com atenção o assunto contido no item 8.4.1 – Pag Tesouro, a fim de

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coordenar, com o Setor Financeiro, cadastro e utilização do sistema, permitindo


pagamentos por meio de cartão de crédito e PIX.

d) Despesas
O Capítulo IX do COAA-AAFEx trata especificamente sobre aspectos
relacionados a despesa, voltados a Unidade Orçamentária Fundo do Exército. Ele
apresenta alguns conceitos e orientações que são interessantes para o Fiscal
Administrativo e seus auxiliares.

✔ Crédito com sub-repasse:

O item 9.2 do COAA-AAFEx trata sobre esses tipos de crédito. Basicamente, os


créditos com sub-repasse da Unidade Orçamentária Fundo do Exército são provisões
concedidas às UG, por meio dos Órgãos de Direção Setorial (ODS), com recursos
geridos pelos mesmos e recebidos do Fundo do Exército.

✔ Crédito sem sub-repasse:

Já o item 9.3 do COAA-AAFEx, explica essa modalidade consiste na


descentralização de créditos, sem sub-repasse de numerário, às UG para aplicação
em despesas, prioritariamente, em benefício dos bens e atividades nas quais foram
arrecadadas. A critério do Ordenador de Despesas, os recursos poderão ser aplicados
em outras atividades da UG, desde que haja saldo de disponibilidade financeira não
aplicada na atividade de origem.
Mais uma vez reforçamos a necessidade da leitura destes assuntos para um
maior entendimento sobre as orientações específicas para cada caso.

✔ Bens móveis para PNR funcional de Comandante, Chefe ou Diretor:

Assunto relevante para o Fiscal e seus auxiliares, o qual é tratado no item 9.5 do
COAA-AAFEx.

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Basicamente apresenta orientações sobre a fonte de recursos que será


destinada para esse tipo de aquisição, lista de itens que podem ser adquiridos bem
como os procedimentos para aquisição de itens não previstos na lista. É muito
importante o Fiscal se inteirar dessas orientações.

✔ Manutenção e conservação de PNR:


Mais um assunto de interesse da Fiscalização Administrativa que pode ser
consultado por meio do item 9.6 do COAA-AAFEx. Conforme previsto no art. 32 da
Portaria n° 277/Cmt Ex, de 30 abr 08 (IG 50-01), as necessidades de recursos para a
conservação de PNR deverão ser encaminhadas ao Departamento de Engenharia e
Construção, por intermédio do Sistema OPUS. Caso os recursos arrecadados pela
UG não sejam suficientes para realizar a manutenção dos PNR sob sua
responsabilidade, a complementação deverá, também, ser solicitada ao DEC.

✔ Cerimonial Militar:

Ás orientações para esse tipo de despesa constam no item 9.7 do COAA-AAFEx.


Basicamente, o crédito deve ser solicitado junto a Diretoria de Abastecimento - D
Abst, por intermédio da RM de vinculação.
Esse item também orienta sobre a aquisição de bebidas alcoólicas. A UG deverá
seguir o contido no DIEx nº 212-ASSE2/SSEF/SEF, de 20 de junho de 2018,
disponível na biblioteca deste módulo.
Deverá utilizar recursos próprios da fonte 0250270002 (Exploração Econômica
de Bens); caso a UG não disponha de recurso próprio, poderá solicitar ao Fundo do
Exército crédito com sub-repasse, por meio de DIEx, ficando o atendimento sujeito à
disponibilidade de crédito.
Para outras despesas de pequeno vulto em apoio ao evento (ornamentação de
mesas, sonorização, entre outros), poderá utilizar, a critério do OD, recursos próprios
da fonte de recursos 0250270002 (Exploração Econômica de Bens); caso a UG não
disponha de recurso próprio, poderá solicitar ao Fundo do Exército crédito com sub-
repasse, por meio de DIEx, ficando o atendimento sujeito à disponibilidade de crédito.
Atenção as atualizações advindas da padronização das fontes de recursos a
partir de janeiro de 2023.
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✔ Recursos para obras emergenciais:


O item 9.8 do COAA-AAFEx aponta quais seriam os casos de obra emergencial,
orientando que a UG deverá solicitar o crédito ao Departamento de Engenharia e
Construção, de acordo com as orientações contidas na Portaria n° 001/DEC, de 29
mar 02 (N 50-1).

✔ Despesas com o funcionamento dos Hotéis de Trânsito e aquisição de


bebidas alcoólicas nestes locais:
O item 9.9 e 9.10 do COAA-AAFEx orientam sobre o assunto. Basicamente
deverão ser utilizados os recursos próprios da fonte 0150270006, que é destinada a
arrecadação de receitas com hospedagem na OM. O item apresenta as despesas que
poderão ser custeadas nessa fonte bem como os procedimentos para reformas de
pequeno porte e para a aquisição de móveis, aparelhos e utensílios, necessários ao
melhor funcionamento do HT, as quais deverão ser solicitados à DCIPAS/DGP, por
meio do Programa Pé-na-Estrada, instituído pela Portaria 098 - DGP, de 20 de maio
de 2013.
As aquisições de bebidas alcoólicas para utilização em Hotéis de Trânsito podem
ser realizadas, desde que em quantidades adequadas para o funcionamento do
“serviço de frigobar”. Nesse caso, quando da elaboração da nota de empenho, a qual
deverá ser feita na UG 167xxx – (fonte de recurso 0150270006 – Meios de
Hospedagem) Fundo do Exército, a UG deverá utilizar a Rubrica Hospedagem e
descrever, obrigatoriamente, no campo descrição do empenho, a citação: “Bens
destinados ao Hotel de Trânsito”.

✔ Aquisição de viaturas administrativas:


Basicamente, para aquisição de viaturas administrativas com recursos próprios,
a UG deverá solicitar a autorização prévia e expressa do Comando Logístico
(COLOG), gestor da atividade. As demais orientações, caso a aquisição seja
autorizada pelo COLOG, encontram-se no Item 9.13 do COAA-AAFEx.

✔ Aquisição de material permanente para PNR:

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Assunto tratado no item 9.14 do COAA-AAFEx. As solicitações de recursos para


aquisição de material permanente para PNR (fonte 0150270010), deverão ser
encaminhadas, por DIEx, ao Subdiretor de Gestão Orçamentária, informando a
natureza de despesa, o valor e a especificação do material permanente a ser
adquirido. Após a análise, em caso de deferimento do pleito, a UG será provisionada
com o crédito. Em caso de indeferimento, a UG será informada com o motivo do não
atendimento do pleito.

✔ Contratação de serviços e/ou aquisição de bens de TI e comunicação:


Os recursos destinados à contratação de serviços e/ou aquisição de bens de
tecnologia da informação são, normalmente, atendidos pelo Departamento de Ciência
e Tecnologia (DCT), por meio da Diretoria de Material de Comunicações, Eletrônica e
Informática (DMCEI). Caso não exista possibilidade desse atendimento, o item 9.15
do Caderno de Orientação de Apoio Administrativo orienta sobre como proceder.

✔ Prazo para emissão da Nota de Empenho (NE):


Assunto tratado no item 9.17 do Caderno de Orientação de Apoio Administrativo,
muito importante e que requer um controle por parte da Fiscalização Administrativa
junto as seções responsáveis pela emissão de empenhos.
Após o recebimento do crédito solicitado ao Fundo do Exército, a UG terá o
prazo de 30 (trinta) dias para emitir a Nota de Empenho (NE) podendo, após o término
deste prazo, os créditos serão recolhidos e disponibilizados a outras finalidades.
O Ordenador de Despesas da UG poderá solicitar a prorrogação do prazo para a
emissão da Nota de Empenho (NE), ao Subdiretor de Gestão Orçamentária, por meio
de DIEx ou Msg SIAFI, com a exposição de motivos que embasem a solicitação.

Ao chegar no final desta seção, orientamos aos participantes que realizem uma
leitura completa do COAA-AAFEx já que, devido se tratar de um assunto muito
extenso, não foi possível abordar todo o seu conteúdo. Além disso, algumas
orientações foram repassadas de uma maneira mais genérica, necessitando de uma
leitura mais detalhada dentro das Orientações da DGO.

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CONCLUSÃO

Caros participantes, chegamos ao final deste módulo. Espero que o mesmo


tenha cumprido a finalidade de ambientá-los sobre alguns aspectos relacionados as
questões orçamentárias e financeiras que devem ser de conhecimento do Auxiliar da
Fiscalização Administrativa.
A intenção inicial deste módulo foi de ambientar o Auxiliar da Fiscalização
Administrativa sobre aspectos relacionados a execução orçamentária da UG,
permitindo familiarizar este agente em relação a algumas questões contábeis e
possibilidades proporcionadas pelo SIAFI para auxiliá-lo no controle dos recursos à
disposição da UG. Por fim tendo em vista a importância do desenvolvimento das
atividades-meio da OM para a Fiscalização Administrativa, apresentamos alguns
detalhes sobre as orientações emitidas pela DGO, abordando assuntos constantes no
COAA-AAFEx, documento elaborado por aquela Diretoria anualmente com a
finalidade de melhor capacitar os agentes da administração na correta utilização dos
recursos por ela geridos.
Obviamente que o objetivo deste módulo não foi o de aprofundar o auxiliar sobre
todas as questões tratadas, mas sim, procurar direcioná-lo sobre alguns temas e onde
melhor consultá-los. Importante destacar que em alguns casos, existem outros
agentes da UG mais familiarizados com determinadas áreas. Faz-se necessário
reforçar que muitas dessas ações, realizadas nas fases orçamentárias e financeiras,
ocasionarão reflexos futuros nas contas contábeis patrimoniais, as quais deverão ter
atenção especial desse agente.
No próximo módulo trataremos de aspectos patrimoniais, assunto esse de
extrema importância para a função de Auxiliar da Fiscalização Administrativa.

Realizaremos uma avaliação somativa que fará parte da


nota final do estágio

Bons estudos! Maj Bisler

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REFERÊNCIAS

- BRASIL. Constituição Federal 1988. Brasília, DF, 1988.

- BRASIL. Exército. Portaria Nº 89-SEF, de 19 de outubro de 2020. Aprova as


Normas para a Administração das Receitas Geradas pelas Unidades Gestoras
do Comando do Exército (EB90-N-03.003). Brasília, DF, 2020.

- BRASIL. Exército. Portaria Nº 1.746, de 19 de maio de 2022. Aprova as Normas


para o Pagamento de Despesas de Exercícios Anteriores no Âmbito do
Comando do Exército. Brasília, DF, 2022.

- BRASIL. Lei N° 4.320, de 17 de março de 1964. Estatui Normas Gerais de Direito


Financeiro para elaboração e contrôle dos orçamentos e balanços da União, dos
Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. Presidência da República, Brasília,
DF, 1964.

- BRASIL. Tesouro Nacional. Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público –


9ª Edição. Brasília, DF, Ed. 2021.

- BRASIL. Tesouro Nacional. Manual SIAFI. Disponível em


<https://manuais.tesouro.gov.br/siafi> Acesso em: 22 dezembro 2022.

- Caderno de Orientações aos Agentes da Administração – Apoio Administrativo


e Fundo do Exército. Brasília. Secretaria de Economia e Finanças. 2ª Edição: 2022.
Disponível em <http://intranet.sef.eb.mil.br/memento.html> Acesso em: 22 dezembro
2022.

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