Você está na página 1de 65

12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Site: AVA EBAula - Centro de Educação a Distância do Exército Impresso por: 1º Sgt THALES - THALES ROCHA LULA PEREIRA
2024 - IEFEx - SEF - ESASF - Estágio Setorial para Auxiliar Data: terça, 12 mar 2024, 15:32
Curso:
de Setor Financeiro
Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos
Livro:
Recursos da UG

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 1/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Índice

1. Introdução

2. Registro da Liquidação e Pagamento da Despesa


2.1. Conceitos
2.2. Acesso e Funcionamento
2.3. Tipos de Documentos Hábeis
2.4. Pagamento da Despesa

3. Retenção de Tributos Federais na Fonte


3.1. Retenção na Fonte do IR, PIS, COFINS e CSLL da Pessoa Jurídica
3.2. Retenção na Fonte do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF)
3.3. Retenção na Fonte da Contribuição ao INSS
3.4. A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb)

4. Suprimento de Fundos

5. Solicitação e Devolução de Recursos

6. Conclusão

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 2/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

1. Introdução

Nesta Unidade vamos explorar os tópicos da Execução Financeira da UG, detalhando os procedimentos para a liquidação da despesa, a
retenção de tributos, os registros de Suprimento de Fundos, solicitação e devolução de recursos, e como fazer o acompanhamento de todo
esse processo.

O objetivo é orientar o Financeiro a identificar os passos práticos de sua função, assim como oferecer a base para a solução de possíveis
dificuldades e casos atípicos.

Vamos iniciar com o Planejamento da Execução Financeira.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 3/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

2. Registro da Liquidação e Pagamento da Despesa

Para o registro da Liquidação da Despesa temos que compreender o sistema que permite esses lançamentos.

O CPR - Contas a Pagar e a Receber - é um subsistema (Módulo) do SIAFI que permite o gerenciamento de compromissos de pagamento e
recebimento, a partir do registro dos documentos que os originam, tais como notas fiscais, recibos, autorizações de diárias e suprimentos de
fundos. O CPR possibilita ainda a emissão automática das ordens bancárias e dos documentos de recolhimento de tributos e contribuições
correspondentes aos compromissos.

O CPR permite o cadastramento de contratos, notas fiscais, recibos e outros documentos origem, cuja contabilização é efetuada por eventos
de sistema após o efetivo registro dos documentos hábeis. Estes documentos geram compromissos de pagamento e de recebimento que
montarão o fluxo financeiro.

As consultas, tanto ao fluxo de caixa como ao demonstrativo consolidado dos compromissos, podem ser direcionadas por diversas chaves de
seleção e classificação (fonte/categoria de gasto, credor/devedor, UGR, Recurso, Natureza da Despesa, PTRES, Vinculação, etc) por meio
das transações DEMCOMP - Demonstrativo de Compromissos; e GERCOMP Gerenciar Compromissos.

A partir da consulta ao demonstrativo dos compromissos, o usuário poderá comandar os pagamentos e recebimentos, em modo "batch"
(programado) ou on-line, gerando automaticamente os documentos OB, NS, GPS ou DARF.

As possibilidades do SIAFI são diversas, portanto, vamos com calma assimilar uma informação de cada vez. Como são muitos assuntos
variados, o aprendizado será incremental, somando mais ingredientes a medida que avançarmos.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 4/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

2.1. Conceitos

Vamos conhecer alguns conceitos importantes que vão aparecer ao longo da apresentação dos procedimentos de execução financeira.

Documento de origem: é o suporte documental que fornece ao gestor subsídios concretos, tempestivos e suficientes para que o mesmo
proceda ao registro da informação patrimonial, financeira ou orçamentária no Sistema. Por exemplo: nota fiscal, recibo de pagamento ou
qualquer outro documento emitido pela unidade ou pelo fornecedor, que será cadastrado no sistema.

Documento hábil: é o documento cadastrado no sistema que gera compromissos de pagamento ou de recebimento, podendo ser de
previsão (Nota de Empenho, Contrato, etc.) ou de Realização (Nota Fiscal, Recibo, Folha de Pagamento, etc)

Documento contábil: é o documento gerado pelo Sistema a partir dos dados informados, direta ou indiretamente, pelo gestor quando do
registro da informação patrimonial, financeira ou orçamentária no Sistema. Ao registrar as informações o sistema gera o documento contábil
que contém os lançamentos contábeis nas respectivas contas contábeis a crédito ou a débito; Ex: NS (Nota de Sistema); DF, DR,
(Documentos Contábeis gerados quando o gestor procede a realização das retenções tributárias); OB (Documento Contábil gerado quando o
gestor procede por exemplo ao pagamento dos fornecedores) GR (Documento Contábil gerado quando o gestor procede a recolhimentos
diretamente à Conta Única via GRU).

Documento relacionado: é um documento hábil já incluído no sistema cujos dados fornecem suporte histórico documental para o
documento que está sendo incluído ou alterado; ex.: pode-se incluir um documento hábil de devolução de despesa (DD) que está relacionado
com um documento hábil que registrou a despesa.

Situação: é a indicação do fato que está sendo registrado quando do cadastramento do documento hábil, determinando os eventos
contábeis envolvidos. Ex.: a nota fiscal pode ter situações de despesas com serviço, material, obras, etc.

Dedução/Engargos: corresponde às retenções de impostos e contribuições, bem como de descontos, cujos valores serão deduzidos do
valor do documento, ou encargos decorrentes da emissão de documentos ficais.

UG Pagadora/Recebedora: é a unidade gestora responsável pelo pagamento/recebimento dos compromissos gerados pelo documento
hábil de realização, inclusive os decorrentes de retenções/encargos. (Obs.: O CPR permite que uma UG emita a nota de empenho, outra
cadastre o documento e uma terceira pague o compromisso. Quando as UG forem diferentes, os registros orçamentários sempre ocorrerão
na UG do Empenho, o registro contábil da liquidação da despesa sempre ocorrerá na UG emitente do documento hábil e, por fim, os
registros de pagamento sempre ocorrerão na UG Pagadora do compromisso.)

Credor/Devedor: identifica a entidade credora do compromisso, se documento de pagamento ou retenção/encargos, ou devedora, se


documento de recebimento;

Compromissos - são os valores a pagar ou a receber gerados a partir do cadastramento de um documento hábil, podendo ser também de
previsão (anterior à liquidação) ou de realização (já liquidado).

Para ter uma visão geral dos principais documentos utilizados no SIAFI, vejam a aula do Professor Pacelli, disponível em seu Canal do
YouTube:

Chamada 121 - SIAFI – Principais Documentos

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 5/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

2.2. Acesso e Funcionamento

Para realizar o login o usuário deverá acessar o SIAFI Web através do link https://siafi.tesouro.gov.br/senha/public/pages/security/login.jsf,
digitar o CPF, senha e caracteres da imagem.

O CPR está dividido em dois módulos: Documento hábil e Compromissos.

O módulo Documento Hábil possui as funcionalidades Incluir Documentos Hábil e Consultar Documento Hábil que poderão ser acionadas por
meio do menu geral ou através das transações: INCDH incluir documento hábil; e CONDH consultar documento hábil.

Para exemplificar o funcionamento, vamos acompanhar as telas para o registro de uma Liquidação.

A entrada de dados ocorre por meio da funcionalidade Incluir Documento Hábil - INCDH - onde serão informados todos os dados necessários
à formatação da NS de liquidação, do DARF, GPS e OB, entre outros.

Aba Dados Básicos

Essa aba do módulo CPR deve ser preenchida com as informações básicas contidas no documento a ser pago como: data de emissão, data
de vencimento, n° do processo, CNPJ do Credor, valor da nota.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 6/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Aba Principal Com Orçamento

Aba Dedução

A próxima aba a ser preenchida é a aba de “Deduções”. Nessa aba serão registradas todas as deduções referentes a impostos federais e
estaduais e municipais (ISS,INSS,etc.). A aba poderá ser acessada dando um clique sobre ela.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 7/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
Pré-Doc

Uma vez confirmada a “aba” será disponibilizada a opção para preenchimento do “Pré-doc”. O Pré-doc é do documento que contém as
instruções para o pagamento, como: vinculação do recurso, o período de apuração, a base de cálculo, o processo e as observações
referentes ao recolhimento dos impostos federais do documento hábil, conforme imagem abaixo.

Aba Dados de Pagamento

Incluídas todas as deduções e confirmadas, deverá ser acessada a aba “Dados de Pagamento”, dando um simples clique sobre a aba, que
abrirá a seguinte tela:

Nessa tela inicial da aba “Dados de Pagamento” não será necessário o preenchimento de nenhum campo, sendo necessário somente a
conferência dos valores e CNPJ do favorecido, se estiverem corretos, clique em confirmar para habilitar a opção do preenchimento do “Pré-
doc” referente a Ordem Bancária (OB), conforme tela abaixo.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 8/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Criação de Lista de Fatura

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 9/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Após preenchidas as informações necessárias, conforme acima, confirme a janela do “Pré-doc”.

Está é a última aba a ser preenchida, agora é necessário verificar a consistências das informações inseridas em todas as abas, janelas, Pré-
docs, etc. Para verificar se todos os dados necessários ao pagamento estão inseridos, para tanto, basta clicar no botão “Verificar
Consistências”, conforme imagem abaixo.

Pronto! Seu documento foi incluído com sucesso.

Função CONDH

A funcionalidade consultar documento hábil - CONDH - é utilizada para pesquisar e alterar documentos hábeis já lançados no CPR, a partir
de filtros pré-selecionados por exemplo: ano do documento; tipo de documento; credor/devedor. Permite, ainda, consultar o histórico de
alterações do documento e o respectivo estado do mesmo (Realizado, Cancelado, Não realizável, Pendente de realização, Pendente de Pré-
doc etc.)

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 10/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Função GERCOMP

O módulo COMPROMISSOS possui as funcionalidades GERENCIAR COMPROMISSOS e DEMONSTRATIVO DE COMPROMISSOS que


poderão ser acionadas por meio do menu geral ou através das transações: GERCOMP gerenciar compromissos; e DEMCOMP
demonstrativo de compromissos.

A funcionalidade GERENCIAR COMPROMISSOS – GERCOMP - corresponde à execução de compromissos. A partir dela, são comandados
os pagamentos e os registros de recebimento dos compromissos, gerando on-line os documentos OB, DARF, DAR, GPS, GRU, GFIP ou NS,
conforme o tipo de compromisso. É possível, ainda, o agendamento mediante comando específico que fará com que o documento de
realização seja gerado na data de pagamento prevista. Ressalta-se que o cancelamento desses documentos (transações >CANDARF,
>CANDAR, >CANGPS etc.) acarretará o restabelecimento dos compromissos baixados.

Função DEMCOMP

A funcionalidade Demonstrativo de compromissos (DEMCOMP) tem por objetivo possibilitar ao gestor a consulta consolidada aos
compromissos do órgão ou UG de acordo com as chaves de seleção e classificação informadas. As consultas são realizadas a partir de filtros
agrupados de forma mais gerencial possibilitando consultas, para um determinado período, de compromissos pendentes ou realizados, e
filtrando a informação por dados orçamentários ou financeiro, por período de pagamento ou vencimento, entre outras opções.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 11/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Para possibilitar uma maior flexibilidade quanto ao seu uso, o CPR se utiliza das seguintes tabelas de apoio que integram a estrutura do
subsistema DADOS DE APOIO: TIPO DE DOCUMENTO HÁBIL E DE TIPO DE SITUAÇÃO.

Essas foram as principais funcionalidade de navegação no SIAFI WEB direcionadas para o Registro da Liquidação.

Vamos conhecer agora os Tipos de Documentos Hábeis que podem ser gerados no sistema.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 12/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

2.3. Tipos de Documentos Hábeis

Existem diversos tipos de documentos hábeis, que serão utilizados conforme cada caso, cabendo ao Financeiro conhecer a aplicação de cada
um deles.

Nosso objetivo aqui não é listar informações ou decorar códigos, pois é melhor sabermos onde procurar a informação, se necessário, do que
gravar tudo na cabeça. Essas rotinas, com o tempo, serão assimiladas e não precisarão tanto das consultas.

Para identificar para que serve um documento hábil, consultaremos no próprio SIAFI-WEB, por meio da transação Consultar Tipo de
Documento Hábil - CONTIPDH.

A consulta pode ser realizada pelo menu lateral ou pela linha de comando (CONTIPDH).

É possível consultar um DH específico ou clicando em pesquisar, sem preencher nada, serão listados todos os tipos de DH.

É só clicar no DH e serão exibidas informações sobre ele. Vamos exemplificar consultando o DH "AV".

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 13/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Aqui verificamos a descrição do DH e vários outros atributos.

Na aba dependências, são listadas as SITUAÇÕES que podem ser utilizadas neste DH.

Com essa consulta não haverá problemas em selecionar o documento hábil adequado para qualquer caso.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 14/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

2.4. Pagamento da Despesa

O pagamento da despesa é a última fase da execução financeira, onde será realizada a entrega do numerário ao credor, liquidando
a obrigação.

Juntamente com os conceitos já apresentados no tópico sobre ciclo orçamentário e financeiro, e na exemplificação da liquidação, é
leitura obrigatória para total compreensão dessa fase:

Caderno de Orientação D Cont 1 - Gestão dos Recursos Financeiros

Manual de Ordem Bancária da STN

Nessas orientações, estão detalhados cada procedimento a ser realizado, com telas demonstrativas e passo a passo. Vamos
abordas os principais aspectos aqui, estes serão complementados pela leitura das orientações.

Emissão de Ordem Bancária

Regras Gerais

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 15/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
O processamento dos pagamentos por meio de OB é operacionalizado a partir do envio da ordem bancária para o Banco do Brasil
ou para Banco Central. Assim há um rol de OB cujas informações terão o Banco do Brasil como destinatário e outro rol que será
direcionado ao Banco Central.

Isso não significa que o favorecido terá conta bancária no BB ou Bacen, mas apenas que os recursos transitarão por essas
entidades, as quais serão responsáveis pelo encaminhamento dos valores a cada instituição financeira em que o credor possua
domicílio bancário.

Autorização de emissão da ordem bancária

O pagamento se efetiva por meio de autorização eletrônica do Ordenador de Despesas e do Gestor Financeiro. Essas autorizações
são realizadas no SIAFI, por meio da transação GEROP.

Fluxo Operacional de Ações:

• Um gerador automático fará a varredura das OP Assinadas e comandará a emissão das respectivas OB, de acordo com a Data de
Processamento gravada na OP;

• O horário de funcionamento do gerador automático dependerá do Banco Pagador ou do Tipo/Valor da OB a ser emitida, conforme
abaixo:

(*) Horário limite para processamento no mesmo dia do registro da segunda assinatura (horário de Brasília)

• Caso a segunda assinatura ocorra após o horário limite para processamento no mesmo dia, ela será emitida na primeira hora do
dia útil subsequente;

• Emitida a OB, esta não poderá ser cancelada pelo gestor (descontinuidade da transação >CANOB);

• Pode ser solicitado o cancelamento da OB ao banco, por meio da transação >SOLCANBB, o qual acatará ou não a solicitação, a
depender dos trâmites bancários;

• Toda OB será paga via SIAFI-Web (descontinuidade da transação >OB);

• Em caso de erro na emissão da OB, a OP será marcada com erro e o executor poderá resubmeter o pagamento, após a correção
do erro (nova Data de Processamento).

Cancelamento após a remessa ao banco

• SIAFI recebe arquivo de cancelamento do banco e gera a OB de Cancelamento;

• Duas possibilidades:

• Solicitadas pelo gestor (>SOLCANBB) e acatadas pelo BB => cancelamento total;

• Impossibilidade de crédito ao favorecido => cancelamento total ou parcial.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 16/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
• Cancelamentos Totais:

• Dados originais são recuperados e OB original é estornada;

• Saldos contábeis retornam aos valores antes da realização (conta de passivo, fonte e vinculação na conta limite de saque e
empenho liquidado a pagar);

• Compromisso é reestabelecido e DH pode ser editado.

• Cancelamentos Parciais:

• OB de cancelamento com roteiro contábil específico (passivo 21891.36.03 e conta limite de saque na fonte 0190980000 e
vinculação 990);

• Compromisso não é reestabelecido e empenho continua pago;

• Não existe mais cancelamento antes da remessa ao banco.

Essas são as situações mais comuns ao realizar os pagamentos, os casos específicos deverão ser analisados e consultadas
orientações citadas.

OB PIX

Em 2022, a Secretaria do Tesouro Nacional (STN) lançou a modalidade de pagamento OB PIX, que tem como objetivo
principal disponibilizar uma nova ferramenta de pagamentos que permitirá às Unidades Gestoras Integrantes do SIAFI
realizar pagamentos por meio do Sistema de Pagamentos Instantâneos – PIX com saque de recursos da Conta Única e
crédito direto ao beneficiário do pagamento.

Essa nova modalidade de pagamento ainda está em processo de implantação no Comando do Exército e quase não tem
sido utilizada por nossas UG, no entanto, a título de informação, segue a apresentação disponibilizada pela STN (clicar na
imagem):

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 17/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

3. Retenção de Tributos Federais na Fonte

Para compreensão deste tema é de extrema importância conhecer os conceitos que envolvem o processo de Retenção de Tributos
Federais.

A SEF disponibiliza o Caderno de Orientação sobre Retenção de Tributos na Fonte por Unidade Gestora do Comando do
Exército, que resume em um único documento as legislações tributárias que preveem a retenção na fonte de tributos federeis,
estaduais e municipais, documento este que facilita a consulta sobre o tema.

Conceitos

Retenção na Fonte

Consiste na obrigação de o tomador do serviço (a UG contratante) de reter o valor correspondente aos tributos devidos pelo
prestador do serviço e/ou fornecedor de material, no momento do pagamento ao contratado. Assim, o contratado receberá o preço
cobrado deduzido do valor do tributo devido na operação, que será recolhido aos cofres públicos pelo contratante (UG).

Hipótese de incidência tributária

É uma previsão legal de uma situação em que, quando ocorre, o contribuinte deve pagar um tributo previsto.

Fato gerador

É a concretização da hipótese de incidência tributária prevista em abstrato na lei, que faz nascer a obrigação tributária, como por
exemplo, prestar serviços (Imposto dobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS/ISSQN), fazer circular mercadorias (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestaduais, Intermunicipais e de Comunicações - ICMS),
receber renda (Imposto de Renda - IR / Contribuição ao Instituto Nacional de Seguridade Social - INSS); etc.

Base de cálculo

É o valor sobre o qual que é aplicada a alíquota (normalmente percentual) para saber o montante de tributo a pagar.

Alíquota

É um elemento complementar do tributo que deve ser definido em lei, constituindo-se em um valor, normalmente percentual, que
deve ser aplicado sobre uma base de cálculo, para determinar o montante de tributo a ser pago.

Obrigação principal

A partir da concretização do fato gerador nasce uma obrigação principal, que é sempre de natureza pecuniária, isto é, pagar um
tributo.

Obrigação acessória

Concretizando o fato gerador da obrigação principal, normalmente, haverá uma ou mais obrigações acessórias, que pode ser um
dever/ato administrativo. Por exemplo, emitir notas fiscais, escriturar livros fiscais, emitir Declaração de Débitos e Créditos
Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb); entregar a Escrituração Fiscal Digital de
retenções e outras informações fiscais (EFD-Reinf); preencher o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais,
Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) etc.

Os sujeitos envolvidos

Segundo as regras tributárias, os sujeitos envolvidos nas operações tributadas podem fazer o papel de contribuinte e/ou
responsável pela obrigação tributária (principal ou acessória), sendo que em qualquer situação todos os agentes envolvidos são
solidários à correta execução fiscal.

As UG Cmdo Ex, em decorrência de sua atividade ou forma de aquisição, podem fazer ambos os papéis, dessa forma, torna-se
imprescindível saber diferenciar os conceitos envolvidos.

Exemplo: ao reter tributos de um prestador de serviços, a UG é o agente responsável por recolher os tributos retidos da empresa
contribuinte. Caso a UG não realize a retenção, por erro, ela passa a ser o contribuinte principal do tributo não recolhido, em
virtude da situação de solidariedade.

Sujeito Ativo

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 18/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
É o credor da obrigação tributária, ou seja, o Estado, ou pessoa jurídica (PJ) de Direito Público, que impõe ao particular pagar o
tributo.

Sujeito Passivo

É o devedor da obrigação tributária, ou seja, o contribuinte (Pessoa Física ou Jurídica), que tem o dever de dar, fazer ou não fazer
alguma coisa em razão da concretização de uma situação (fato gerador) prevista em lei.

Contribuinte

É o sujeito passivo da obrigação tributária principal que tem relação pessoal e direta com o fato gerador.

Por exemplo, o proprietário de um imóvel é contribuinte do IPTU.

Responsável
É a pessoa que a lei escolher para responder pela obrigação tributária principal, em substituição ao contribuinte de fato, dada a
maior complexidade para alcançá-lo. Esta é a situação em que as UG EB se encontrarão quando da retenção na fonte de tributos,
objetivo principal deste trabalho.

O responsável não paga o tributo, somente faz o papel de agente arrecadador do Estado, cabendo-lhe recolher as importâncias
descontadas ou cobradas do contribuinte de fato, ao Fisco, nos prazos previstos em lei. Caso não o faça, o responsável será
declarado depositário infiel, sujeito à pena de prisão.

Duplicidade de Papéis (Contribuinte e Responsável)

Existem situações em que o agente faz os dois papéis ao mesmo tempo, fato que não é muito comum para a maioria das UG, mas
pela sua importância, cabe exemplificar algumas situações recorrentes.

Quando a UG contrata uma pessoa física (profissional autônomo), em alguns casos que serão comentados mais a frente, ela deve
reter e recolher como responsável o IR e o INSS do contratado e, como contribuinte, deve pagar a sua cota patronal de INSS (20%).
Da mesma forma acima poderá ser realizado o pagamento de um professor, ou palestrante, ou consultor contratado pelo órgão.

Quando a UG contrata uma pessoa jurídica (empresa, associação, etc.), em quaisquer dos casos, fará somente o papel de
responsável pela retenção tributária na fonte, quando houver previsão legal.

A não incidência, a imunidade e a isenção

Os benefícios fiscais concedidos pelos entes competentes (União, Estados e Municípios), no Brasil, só terão validade se concedido
por lei, como fonte primária da legislação tributária.

As UG devem estar atentas a essa limitação legal, pois não importa o que o fornecedor alegar para se furtar à retenção tributária na
fonte, caso não apresente o fundamento legal do ente competente que autorize a isenção, ou não incidência, o desconto deve ser
realizado.

São quatro as formas de incentivos fiscais existentes na legislação, a não incidência, a fixação de alíquota zero, a isenção e a
imunidade. É condição indispensável para a sua concessão, além de sua previsão legal, que as mesmas estejam destacadas no
respectivo documento fiscal.

Não Incidência

É quando o contribuinte não é alcançado pela regra de tributação, ou seja, o seu ato negocial não está previsto em lei como
tributável. Como exemplo, pode-se citar a propriedade de uma bicicleta comum, que é um veículo de transporte, mas não é
motorizado, dessa forma não incide sobre ela o IPVA.

Fixação de Alíquota Zero

É competência do ente tributante, nesse caso, o fato gerador ocorre realmente, pois o produto é tributável, no entanto por motivo de
cálculo o valor a pagar é zero.

Isenção

A isenção significa a possibilidade de a hipótese de incidência tributária não alcançar determinadas pessoas físicas ou jurídicas pelo
fato de se alterar parcialmente um ou mais de seus aspectos, por vontade política.

A concessão de isenção é de responsabilidade do poder legislativo da pessoa de direito público competente, ou seja, ele deve
definir em lei os casos que estão dispensados de recolher o tributo, caso contrário, por estar o bem/serviço incluído na hipótese de
incidência tributária legal, o mesmo seria tributado.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 19/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
Imunidade

A imunidade está prevista no texto constitucional, ou seja, independentemente de ocorrer o fato gerador tributário, o ente
competente não pode cobrar o tributo, pois está fora de sua competência. Destaca-se que a imunidade só se restringe a impostos,
estando fora desse benefício fiscal as contribuições e taxas.

Segundo a CF/1988, é vedado instituir impostos:

- sobre o patrimônio, renda ou serviços dos entes federados (uns dos outros), inclusive as autarquias e as fundações instituídas e
mantidas pelo poder público;

- sobre o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais dos templos de qualquer culto;

- sobre patrimônio, renda ou serviços relacionados com as finalidades essenciais dos partidos políticos, inclusive suas fundações,
das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os
requisitos da lei; e

- sobre livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.


Tributo

É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela possa exprimir, que não constitua sanção por ato ilícito,
instituído em lei e cobrado mediante atividade administrativa plenamente vinculada. É um termo genérico, pode ser usado para se
referir a qualquer cobrança compulsória realizada pelo Estado.

Imposto

Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador independentemente de qualquer atividade específica, relativa ao contribuinte
uma situação. Sua arrecadação pode ser utilizada para fazer frente a quaisquer despesas, independentemente do motivo pelo qual
foi arrecadado.

Os principais impostos existentes na estrutura tributária brasileira estão inseridos dentro da competência de cada ente da
Federação, ou seja, existem os tributos da União, os dos estados, os dos municípios e os do Distrito Federal.

Para melhor visualização a seguir serão relacionados os impostos de cada ente.

Taxas, Contribuição de Melhoria, Empréstimos Compulsórios e Impostos Extraordinários

As taxas têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia ou a utilização efetiva ou potencial do serviço público,
específico e divisível, prestado ou colocado à disposição do contribuinte.

A contribuição de melhoria é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo
como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que a obra resultar para cada imóvel beneficiado.

O empréstimo compulsório pode ser instituído pela União, por meio de lei complementar, para atender a despesas extraordinárias,
as decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência, bem como no caso de investimento público de caráter
urgente e de relevante interesse nacional.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 20/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
Os impostos extraordinários são de competência exclusiva da União e podem ser instituídos somente na iminência ou no caso de
guerra externa.

Contribuições Especiais de Competência da União (Federais):

Dentre as Contribuições Especiais da União estão as Contribuições Sociais, a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico
(CIDE) e a Contribuição de Interesse de Categorias Profissionais e Econômicas.

As Contribuições Sociais foram instituídas para financiamento dos sistemas oficiais de Previdência e Assistência Social e estão
presentes na maioria dos contextos negociais realizados dentro e fora do país.

Retenção tributária na fonte

A retenção na fonte consiste na obrigação atribuída ao contratante de reter o valor correspondente ao tributo, que é devido aos
fornecedores como contribuintes, no momento do pagamento. Assim, o fornecedor/prestador do serviço receberá o preço contratado
deduzido do valor do tributo devido na prestação, que será recolhido aos cofres públicos pelo comprador/tomador do serviço.

Os tributos que devem ser retidos na fonte pelos órgãos da administração pública federal nas suas aquisições de pessoas
jurídicas (PJ) são o IRPJ, a CSLL, o PIS, a COFINS, a Contribuição ao INSS e, quando for o caso, o ICMS (estadual) e o
ISS/ISSQN (municipal), sendo que os três últimos tributos citados possuem legislação específica.

Quando da contratação de serviços de pessoas físicas (PF), os tributos que, a princípio, devem ser retidos na fonte são o IRPF, a
contribuição ao INSS e, quando for o caso, o ISS/ISSQN.

Considerando o escopo deste Estágio, será estudado somente a retenção na fonte dos tributos cobrados pela União, das pessoas
físicas e jurídicas, ficando de fora os tributos estaduais e municipais.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 21/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

3.1. Retenção na Fonte do IR, PIS, COFINS e CSLL da Pessoa Jurídica

Retenção na fonte do IRPJ, da CSLL, do PIS e da COFINS

A retenção na fonte do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), do
Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS) nos pagamentos
efetuados pelas UG às pessoas jurídicas que forneçam materiais ou prestem serviços é regulamentada pelas Leis nº 9.430, de 27
de dezembro 1996 e nº 10.833, de 29 de dezembro de 2003, as quais foram detalhadas pela Instrução Normativa da Receita
Federal do Brasil (RFB) nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012 (IN RFB 1.234/2012).

Responsável

As UG que recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar sua execução no Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), são responsáveis pela retenção tributária na fonte nas compras e
contratações realizadas.

Os gestores devem estar muito atentos à sua obrigação de reter, pois no caso da não retenção pelo responsável, falta de
recolhimento, recolhimento após o vencimento do prazo sem o acréscimo de multa moratória, de falta de declaração e nos casos de
declaração inexata, serão aplicadas as penalidades e demais acréscimos previstos na legislação do Imposto de Renda (IN RFB
1.234/2012, art. 8).

Fato Gerador

A obrigação tributária passa a existir no momento dos pagamentos efetuados às pessoas jurídicas, pelo fornecimento de bens ou
prestação de serviços em geral, inclusive obras.

Impostos a Serem Retidos na Fonte

O IRPJ, a CSLL, a COFINS e a contribuição para o PIS.

As retenções serão efetuadas sobre qualquer forma de pagamento, inclusive os pagamentos antecipados por conta de fornecimento
de bens ou de prestação de serviços, para entrega futura.

O valor do imposto e das contribuições sociais retido será considerado como antecipação do que for devido pelo contribuinte em
relação ao mesmo imposto e as mesmas contribuições.

É importante destacar o que segue:

- a PJ fornecedora do bem ou prestadora do serviço deverá informar no documento fiscal o valor do IR e das Contribuições a
serem retidos na operação;

- se a empresa for amparada por isenção, não incidência, ou alíquota zero de algum desses tributos, desde que destacado em nota
fiscal, a UG deverá efetuar a retenção de cada tributo não alcançado pelo benefício fiscal, de forma individual;

- só serão considerados serviços com emprego de materiais fornecidos pelo prestador contratado, se tal fato estiver inserido no
contrato e destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços;

- só serão consideradas obras com emprego de materiais, se a construção for contratada por empreitada na modalidade total,
sendo os materiais totalmente incorporados à obra;

- no caso de pagamento com glosa de valores constantes da nota fiscal, o tributo incidirá sobre o valor original da nota; e

- no caso de pagamento com atraso e houver incidência de juros e multa, o tributo incidirá sobre o valor da nota com os referidos
acréscimos.

Base de Cálculo e Alíquotas

A retenção será efetuada aplicando-se, sobre o valor a ser pago, o percentual constante da tabela a seguir (Anexo I, da IN SRF nº
1.234/2012). Caso o pagamento se refira a contratos distintos de uma mesma PJ pelo fornecimento de bens e de serviços com
percentuais diferenciados, será aplicado o percentual correspondente a cada fornecimento contratado.

Exemplo Prático:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 22/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
Uma UG compra mercadorias e recebe uma nota fiscal com o valor bruto de R$ 10.000,00.

Escolha das Alíquotas: Mercadoria e Bens em Geral (Código 6147 da tabela).

Cálculo dos tributos: Total da Nota Fiscal: 10.000,00 (Esta é a Base de Cálculo).

IR: 10.000 x 1,2% = 120,00 CSLL: 10.000 x 1% = 100,00

COFINS: 10.000 x 3% = 300,00 PIS/PASEP: 10.000 x 0,65% = 65,00

Total a reter na fonte: 585,00 (Código da Tabela 6147 - DARF)

Total a pagar ao fornecedor: 9.415,00 (10.000 - 120 - 100 - 300 - 65)

Tabela de Retenção na Fonte: IRPJ, CSLL, COFINS e PIS/PASEP

A parte operacional do lançamento das retenções é bem simples, como puderam ver, mas a pesquisa e interpretação das
informações até a obtenção desses valores é mais complicada.

A principal referência para determinação da alíquota a ser utilizada é o Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 1.234, de 11 de
janeiro de 2012, que apresenta uma tabela com a natureza do bem fornecido ou do serviço prestado, as alíquotas para cada tributo,
o percentual a ser aplicado (soma das alíquotas) e o código da receita. Veja a seguir:

Anexo I - IN 1.234/2012

ALÍQUOTAS % PERCENTUAL CÓDIGO


NATUREZA DO BEM FORNECIDO OU
A SER DA
DO SERVIÇO PRESTADO
IR CSLLCOFINSPIS/PASEP APLICADO RECEITA

- Alimentação;

- Energia elétrica;

- Serviços prestados com emprego de


materiais;

- Construção Civil por empreitada com


emprego de materiais;

- Serviços hospitalares de que trata o


art. 30;

- Serviços de auxílio diagnóstico e


terapia, patologia clínica, imagenologia,
anatomia patológica e citopatológia, 1,2 1,0 3,0 0,65 5,85 6147
medicina nuclear e análises e patologias
clínicas de que trata o art. 31;

- Transporte de cargas, exceto os


relacionados no código 8767;

- Produtos farmacêuticos, de
perfumaria, de toucador ou de higiene
pessoal adquiridos de produtor,
importador, distribuidor ou varejista,
exceto os relacionados no código 8767;
e

- Mercadorias e bens em geral.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 23/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

ALÍQUOTAS % PERCENTUAL CÓDIGO


NATUREZA DO BEM FORNECIDO OU
A SER DA
DO SERVIÇO PRESTADO
IR CSLLCOFINSPIS/PASEP APLICADO RECEITA

- Gasolina, inclusive de aviação, óleo


diesel, gás liquefeito de petróleo
(GLP), combustíveis derivados de
petróleo ou de gás natural, querosene
de
aviação (QAV), e demais produtos
derivados de petróleo, adquiridos de
refinarias de petróleo, de demais
produtores, de importadores, de
distribuidor ou varejista, pelos órgãos da 0,24 1,0 3,0 0,65 4,89 9060
administração pública de que trata
o caput do art. 19;

- Álcool etílico hidratado, inclusive para


fins carburantes, adquirido
diretamente de produtor, importador ou
distribuidor de que trata o art. 20; e

- Biodiesel adquirido de produtor ou


importador, de que trata o art. 21.

- Gasolina, exceto gasolina de aviação,


óleo diesel, gás liquefeito de petróleo
(GLP), derivados de petróleo ou de gás
natural e querosene de aviação
adquiridos de distribuidores e
comerciantes varejistas;

- Álcool etílico hidratado nacional,


inclusive para fins carburantes adquirido
de comerciante varejista;

- Biodiesel adquirido de distribuidores e 0,24 1,0 0,0 0,0 1,24 8739


comerciantes varejistas; e

- Biodiesel adquirido de produtor


detentor regular do selo “Combustível
Social”, fabricado a partir de mamona
ou fruto, caroço ou amêndoa de palma
produzidos nas regiões norte e nordeste
e no semiárido, por agricultor familiar
enquadrado no Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar
(Pronaf).

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 24/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

ALÍQUOTAS % PERCENTUAL CÓDIGO


NATUREZA DO BEM FORNECIDO OU
A SER DA
DO SERVIÇO PRESTADO
IR CSLLCOFINSPIS/PASEP APLICADO RECEITA

- Transporte internacional de cargas


efetuado por empresas nacionais;

- Estaleiros navais brasileiros nas


atividades de construção, conservação,
modernização, conversão e reparo de
embarcações pré-registradas ou
registradas no Registro Especial
Brasileiro (REB) Lei 9.432, de 1997;

- Produtos farmacêuticos, de
perfumaria, de toucador e de higiene
pessoal (§ 1º/art. 22), adquiridos de 1,2 1,0 0,0 0,0 2,2 8767
distribuidores e de Com. Varejistas;

- Produtos a que se refere o § 2º/art. 22;

- Produtos de que tratam às alíneas “c”


a “k”do inciso I do art. 5º; e

- Outros produtos ou Serviços


beneficiados com isenção, não
incidência ou alíquotas zero da COFINS
e do PIS/PASEP, observado o § 5º/art.
2º.

Passagens aéreas, rodoviárias e


demais serviços de transporte de
passageiros, inclusive, tarifa de 2,40 1,0 3,0 0,65 7,05 6175
embarque, exceto as relacionadas no
código 8850.

Transporte internacional de passageiros


2,40 1,0 0,0 0,0 3,40 8850
efetuado por empresas nacionais.

Serviços prestados por associações


profissionais ou assemelhadas e 0,0 1,0 3,0 0,65 4,65 8863
cooperativas.

- Serviços prestados por bancos


comerciais, bancos de investimento,
bancos de desenvolvimento, caixas
econômicas, sociedades de crédito,
financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, e
câmbio, distribuidoras de títulos e
2,40 1,0 3,0 0,65 7,05 6188
valores mobiliários, empresas de
arrendamento mercantil, cooperativas
de crédito, empresas de seguros
privados e de capitalização e entidades
abertas de previdência complementar; e

- Seguro saúde.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 25/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

ALÍQUOTAS % PERCENTUAL CÓDIGO


NATUREZA DO BEM FORNECIDO OU
A SER DA
DO SERVIÇO PRESTADO
IR CSLLCOFINSPIS/PASEP APLICADO RECEITA

- Serviços de abastecimento de água;

- Telefone;

- Correio e telégrafos;

- Vigilância;

- Limpeza;

- Locação de mão de obra;

- Intermediação de negócios;
4,80 1,0 3,0 0,65 9,45 6190
- Administração, locação ou cessão de
bens imóveis, móveis e direitos de
qualquer natureza;

- Factoring;

- Plano de saúde humano, veterinário


ou odontológico com valores fixos por
servidor, por empregado ou por animal;
e

- Demais serviços.

Hipóteses em que Não Haverá Retenção

A IN RFB 1.234/2012 é ampla no detalhamento das situações em que não serão retidos os tributos, destacando os casos de
dispensa da retenção do IRPJ e de todas as contribuições. A fim de tornar este estudo mais objetivo, serão citados somente os
incisos considerados mais importantes para o público de interesse.

O art. 4º, da IN RFB 1.234/2012, destaca os casos em que as UG estão dispensadas de reter todos os tributos previstos, dentre os
quais se destacam:

instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos;


instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e às associações civis;
serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
fundações de direito privado e as fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;
pessoas jurídicas optantes pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional);
pessoas jurídicas exclusivamente distribuidoras de jornais e revistas;
órgãos da administração direta, autarquias e fundações do Governo Federal, Estadual ou Municipal; e
título de aquisição de gasolina, gás natural, óleo diesel, gás liquefeito de petróleo, querosene de aviação e demais derivados de
petróleo e gás natural efetuados pelas empresas públicas, sociedades de economia mista, e demais entidades em que a União,
direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, e que dela recebam recursos do Tesouro Nacional
e estejam obrigadas a registrar sua execução orçamentária e financeira na modalidade total no Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI).

No caso do art. 5º, da IN RFB 1.234/2012, são dispensados de reter Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS, cabendo,
nessa hipótese, a retenção somente do IR e da CSLL nos pagamentos efetuados a diversos tipos de atividades empresariais, dentre
as quais se destacam:

transporte internacional de cargas efetuado por empresas nacionais; pela aquisição no mercado interno de hortícolas, frutas,
ovos, sêmens, embriões e livros;
pela aquisição a varejo de unidades de processamento digital;
pela aquisição no mercado interno de aeronaves e embarcações e todo o material necessário à suas montagem e manutenção;
pela aquisição no mercado interno de veículos e carros blindados de combate, novos, armados ou não, e suas partes, produzidos
no Brasil, bem como de material de defesa, além de partes, peças, componentes, ferramentais, insumos, equipamentos e

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 26/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
matérias-primas a serem empregados na sua industrialização, montagem, manutenção, modernização e conversão;
pela aquisição no mercado interno de produtos destinados ao uso em hospitais e campanhas de saúde realizadas pelo poder
público;

Observações:

- as empresas interessadas no benefício fiscal devem apresentar à UG, declaração que comprove a sua fruição, conforme o caso,
em duas vias, assinadas pelo seu representante legal.

- no caso das empresas enquadradas no Simples Nacional, além da declaração, a UG pode consultar a sua situação junto a
RFB no SIAFI, com a transação “>CONCREDOR", e ainda através do
site http://www8.receita.fazenda.gov.br/simplesnacional/aplicacoes.aspx?id=21.

Operações com Cartão de Crédito ou de Débito

Nos pagamentos correspondentes ao fornecimento de bens ou pela prestação de serviços efetuados por meio de Cartão de
Pagamento do Governo Federal (CPGF), pelas UG, a retenção será efetuada sobre o total a ser pago ao fornecedor do bem ou
prestador do serviço, devendo o pagamento com o cartão ser realizado pelo valor líquido, depois de deduzidos os valores dos
tributos retidos, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destes ao agente adquirente do bem ou tomador dos serviços.

Neste caso, quando a aquisição for realizada por meio de suprimento de fundos não haverá retenção, conforme destaca o Parágrafo
único, do art. 10, da IN RFB nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012.

Retenção no caso de Suprimento de Fundos

No caso dos tributos de que trata a IN RFB nº 1.234, de 11 de janeiro de 2012 (IRPJ, PIS-PASEP, COFINS e CSLL), não haverá
retenção para as despesas efetuadas com suprimentos de fundos e em relação aos adiantamentos efetuados a empregados
para despesas miúdas de pronto pagamento.

Cobrança com Código de Barra Exceto Cartão de Crédito

Nas notas fiscais, nas faturas, nos boletos bancários ou em quaisquer outros documentos de cobrança dos bens ou dos serviços
que contenham código de barras, deverão ser informados o valor bruto do preço do bem fornecido ou do serviço prestado e os
valores do IR e das contribuições a serem retidas na operação, devendo o seu pagamento ser efetuado pelo valor líquido deduzido
das respectivas retenções, cabendo a responsabilidade pelo recolhimento destas à UG adquirente do bem ou tomador dos serviços.

As situações em que o agente da administração responsável pela retenção tributária na fonte deve ter atenção especial
são:

das Agências de Viagens e Turismo;


dos Seguros;
do Telefone;
da Propaganda e Da Publicidade;
do Consórcio;
da Refeição-Convênio, do Vale-Transporte e do Vale-Combustível;
dos Combustíveis, dos demais Derivados de Petróleo, do Álcool Hidratado e do Biodiesel;
dos Produtos Farmacêuticos, de Perfumaria, de Toucador e de Higiene Pessoal;
dos Bens Imóveis;
das Cooperativas e das Associações de Profissionais ou Assemelhadas;
dos Serviços Hospitalares e Outros Serviços de Saúde;
dos Planos Privados de Assistência à Saúde e Odontológica;
do Aluguel de Imóveis; Da PJ Sediada ou Domiciliada no Exterior; e
da PJ Amparada por Medida Judicial.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 27/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

3.2. Retenção na Fonte do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF)

A retenção do IRPF está prevista no Regulamento do Imposto de Renda (RIR/2018), aprovado pelo Decreto 9.580, de 22 NOV 18.

Quando houver a necessidade de contratar uma PF, a UG deve se preocupar com uma série de obrigações tributárias, pelas quais
responde tanto como contribuinte e como responsável, além da obrigatoriedade de o contratado estar regularizado junto ao INSS.

É importante destacar neste momento que a contratação de PF, geralmente, faz nascer a necessidade de reter tributos a seguir, os
quais serão tratados neste estudo oportunamente:

- Retenção para a Previdência Social de até 11% de INSS, adicionado do Encargo Patronal de 20%;

- Retenção do ISSQN, se for o caso, dependendo da legislação Municipal; e

- Retenção do IRPF.

Fato gerador

É fato gerador da retenção na fonte do IRPF o pagamento pela UG à PF pela prestação de qualquer serviço sem vínculo
empregatício.

Contribuinte

Pessoa física prestadora de serviços.

Alíquota e base de cálculo

Como regra geral, todos os rendimentos auferidos por pessoas físicas de pessoas jurídicas são submetidos a retenção na fonte,
pela aplicação da Tabela Progressiva Mensal (art. 620 do RIR/99 - Decreto 9.580, 22 de novembro de 2018).

Tabela: IRRF a partir de 01 MAIO 2023.

Base de Cálculo Mensal (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)

Até 2.112,00 - -

De 2.112,01 até 2.826,65 7,5 158,40

De 2.826,66 até 3.751,05 15,0 370,40

De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 651,73

Acima de 4.664,68 27,5 884,96

Fonte: RIR/2018.

Deduções da base de cálculo

Para efeito de determinação da base de cálculo sujeita à incidência do imposto na fonte, poderão ser deduzidas do rendimento
bruto:

- as importâncias pagas em dinheiro a título de pensão alimentícia em face das normas do Direito de Família, quando em
cumprimento de decisão judicial;

- a quantia de R$ 189,59 por dependente; e

- as contribuições para a Previdência Social da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Observação:

- no caso de pagamento a beneficiário não identificado (sem CPF), a tributação será exclusiva na fonte, mediante a aplicação de
35% (trinta e cinco por cento) sobre o rendimento reajustado, utilizando, para efeito de recolhimento, o código 2063 ou 5217,
conforme o caso.

Atenção! As UG devem, sempre que possível, evitar contratar PF sem cadastro de pessoa física (CPF).

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 28/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
Responsabilidade e prazo de recolhimento

Compete à fonte pagadora, utilizando o código de receita de pessoa física (0588 – IRRF, referente a trabalho sem vínculo
empregatício, como no caso do PSA).

A UG deve realizar o recolhimento até o último dia útil do primeiro decêndio do mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos
geradores.

A UG deverá utilizar o número do CPF do credor no campo recolhedor do DARF.

Exemplo prático

Uma UG contrata serviços de assessoria de um profissional autônomo, comprometendo-se a pagar honorários de R$


10.500,00 (ISSQN 5% já incluído). Ele declara possuir 02 dependentes (apresentando a documentação devida).

RPA nº 0002

Serviços de Assessoria.......... 10.500,00

ISS: R$ 500,00

Cálculo dos tributos: Total do “RPA” R$ 10.500,00.

Contribuição ao INSS a ser retido na fonte: 10.500,00 x 11% = 1.155,00; nesse caso a UG descontará o limite máximo de retenção
permitido pela legislação do INSS, que no corrente ano (2023) é de R$ 876,97 (Portaria MPS/MF nº 27, de 2023).

INSS da Contratante (UG): 10.500 x 20% = 2.100,00 (INSS Patronal a cargo da UG, será estudado mais adiante).

Levantamento da Base de Cálculo do IRPF (a partir de 2015): 10.500,00 - (189,59 x 2 dependentes = 379,18) - 876,97 (INSS) =
R$ 9.243,85 (este valor está acima do limite mínimo que seria isento, pois na tabela do IRPF a partir de 2023 é de R$ 2.112,00,
dessa forma, é tributável e se enquadra na alíquota de 27,5%).

Cálculo do IR a ser Retido na Fonte (ver tabela): 9.243,85 x 27,5% - 876,97 = R$ 1.665,09 (arredondado de R$ 1.665,08875).

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Valor a pagar ao contratado: 10.500,00 - 1.665,09 (IRPF) – 876,97 (INSS) = 7.957,94

----------------------------------------------------------------------------------------------------------

Observações:

- se o interessado (Prestador de Serviço Autônomo /Contribuinte Individual - PSA) não apresentar a documentação comprobatória
necessária para efetivação das deduções autorizadas em lei, a UG deverá aplicar a alíquota prevista na tabela progressiva do IRPF
sobre o montante bruto pago;

- a UG deverá verificar na legislação municipal se é o caso reter na fonte o ISS/ISSQN; e

- o cálculo da Retenção do IRPF a partir de 2015 do PSA poderá ser realizado por meio de um simulador disponível na página de
internet da RFB no link: <https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/servicos/declaracoes-e-escrituracoes/calculos>.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 29/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

3.3. Retenção na Fonte da Contribuição ao INSS

A retenção na fonte da contribuição ao INSS nos pagamentos efetuados pelas UG deve ser efetuada tanto nas contratações de
pessoas jurídicas, como de pessoas físicas que prestem serviço mediante cessão de mão de obra ou empreitada.

O instrumento legal da contribuição previdenciária é a Lei no 8.212, de 24 de julho de 1991, que foi regulamentada pelo Decreto no
3.048, de 6 de maio de 1999 (Regulamento do INSS) e detalhada pela Instrução Normativa RFB nº 2.110, de 17 de outubro de
2022 (IN RFB 2.110/2022).

Os elementos tributários

A legislação do INSS é extremamente complexa, extensa e detalhada, desmembrando os mínimos detalhes das diversas hipóteses
de incidência tributária, das obrigações fiscais e da solidariedade dos agentes. Nesse sentido, avocam-se, mais uma vez, os
objetivos deste estudo para manter o foco nos assuntos de interesse das UG.

Responsável

São responsáveis as UG que contratarem PJ prestadora de serviço com cessão de mão-de-obra ou empreitada, inclusive em
regime de trabalho temporário, ou PF prestadora de serviços especializados ou não.

Presunção da retenção

A retenção sempre se presumirá feita pela contratante, não havendo alegação para qualquer omissão para se eximir do
recolhimento, ficando diretamente responsável pelas importâncias que deixar de reter ou tiver retido em desacordo com a legislação.

Ainda que a atividade principal da contratada não seja, especificamente, de execução de serviços mediante cessão de mão-de-obra
ou empreitada, a sua contratação nessa forma estará sujeita à retenção.

Destaque da retenção

Na emissão da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, a contratada deverá destacar o valor da
retenção no que se refere a obrigação previdenciária, se for constatada a obrigatoriedade de retenção, com o título de "RETENÇÃO
PARA A PREVIDÊNCIA SOCIAL".

O destaque do valor retido deverá ser identificado logo após a descrição dos serviços prestados, apenas para produzir efeito como
parcela dedutível no ato da quitação da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços, sem alteração do valor bruto da
nota, fatura ou recibo de prestação de serviços.

ATENÇÃO - A falta do destaque do valor da retenção caracteriza infração.

Fato gerador da retenção

A obrigação de reter na fonte surge para a UG no momento da liquidação do empenho realizado para contratação dos serviços a
serem prestados por pessoa física ou jurídica, nas condições previstas na IN RFB 2.110/2022, porém, a retenção será realizada no
dia do pagamento das notas fiscais e faturas referentes aos serviços.

Atentar para a escrituração da EFD-Reinf, da DCTFWeb e, no caso de pessoa física, do eSocial, bem como do recolhimento do
DARF Numerado, dentro dos prazos legais. O link da Receita Federal descreve:

“A EFD-Reinf é um dos módulos do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), que deve ser utilizado, em complemento ao
Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial), para informar rendimentos pagos e
retenções de imposto de renda e contribuições sociais, exceto aquelas relacionadas ao trabalho (informadas pelo eSocial).

Depois de enviar os eventos de informação com o fechamento do período e também enviar o fechamento do eSocial (PF), a
Declaração de Créditos e Débitos Tributários (DCTFWeb) ficará disponível no e-CAC para ser editada e transmitida, liberando o
DARF para o pagamento dos tributos (impostos, taxas e contribuições).”

A UG deverá recolher, em nome da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente
ao da emissão da respectiva nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário
naquele dia, informando, no campo identificador do documento de arrecadação, o CNPJ do estabelecimento da empresa contratada
ou a matrícula do CEI da obra de construção civil, conforme o caso e, no campo nome ou denominação social, a denominação
social desta, seguida da denominação social da contratante.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 30/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
Tipos de contratação de Mão-de-Obra

Cessão de Mão de Obra

É a disponibilização de trabalhadores nas dependências da UG ou nas de terceiros, que realizem serviços contínuos relacionados
ou não com a atividade-fim da unidade, independentemente da natureza e da forma de contratação, inclusive por meio de trabalho
temporário.

São serviços realizados mediante cessão de mão-de-obra:

limpeza, conservação e zeladoria; vigilância e segurança;


construção civil; serviços rurais;
digitação e preparação de dados para processamento;
acabamento, embalagem e acondicionamento de produtos;
cobrança;
coleta e reciclagem de lixo e resíduos;
copa e hotelaria;
corte e ligação de serviços públicos;
distribuição;
treinamento e ensino;
entrega de contas e documentos;
ligação e leitura de medidores;
manutenção de instalações, de máquinas e equipamentos;
montagem;
operação de máquinas, equipamentos e veículos;
operação de pedágios e terminais de transporte;
operação de transporte de passageiros;
portaria, recepção e ascensorista;
recepção, triagem e movimentação de materiais;
promoção de vendas e eventos;
secretaria e expediente;
saúde; e
telefonia, inclusive telemarketing.
Empreitada

É a execução, contratualmente estabelecida, de tarefa, de obra ou de serviço, por preço ajustado, com ou sem fornecimento de
material ou uso de equipamentos, que podem ou não ser utilizados, realizada nas dependências da unidade contratante, nas de
terceiros ou nas da empresa contratada, tendo como objeto um resultado pretendido.

Enquadram-se:

limpeza, conservação e zeladoria;


vigilância e segurança;
construção civil;
serviços rurais; e
digitação e preparação de dados para processamento.

Empresa de Trabalho Temporário

É a PJ urbana cuja atividade consiste em colocar à disposição de outras empresas, em suas dependências ou nas de terceiros,
temporariamente, trabalhadores devidamente qualificados, por ela remunerados e assistidos, na forma da Lei nº 6.019, de 3 de
janeiro de 1974.

Dependências de Terceiros

São aquelas indicadas pela empresa contratante, que não sejam as suas próprias e que não pertençam à empresa prestadora dos
serviços.

Serviços Contínuos

São aqueles que constituem necessidade permanente da contratante, que se repetem periódica ou sistematicamente, ligados ou
não a sua atividade fim, ainda que sua execução seja realizada de forma intermitente ou por diferentes trabalhadores.

Colocação à Disposição da Empresa Contratante

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 31/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
Deve ser entendido como a cessão do trabalhador, em caráter não eventual, respeitados os limites do contrato.
Tributo a ser retido na fonte

Contribuição para a Seguridade Social (INSS) do contratado (PJ 11%, PF-tabela e do empregador 20%).

Responsabilidade Solidária

O art. 135, da IN RFB 2.110/2022, determina que todos os envolvidos e interessados na negociação que gere a obrigação
previdenciária são solidários no cumprimento das obrigações fiscais como contribuinte e responsável.

No entanto, há casos em que não se aplica a solidariedade, dentre os quais se destacam:

- quando as UG realizaram a retenção tributária na fonte, conforme o previsto no art. 112;

- na da contratação, qualquer que seja a forma, de serviços, inclusive de obra de construção civil, reforma ou acréscimo, por órgão
público da administração direta, por autarquia e por fundação de direito público; e

- na contratação por órgão público da administração direta, autarquias e fundações da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios na forma da Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, observado o disposto no § 3º. (Lei nº 14.133, de 2021, art. 1º, e art.
121, caput e § 1º), exceto quando comprovada falha na fiscalização do cumprimento das obrigações do contratado nas contratações
regidas pela Lei nº 14.133, de 2021, de que sejam objeto serviços contínuos com regime de dedicação exclusiva de mão de obra.

É muito importante destacar que as UG devem exigir da contratada as documentações citadas no art. 115 da IN RFB 2.110, de
2022, para assegurarem a dispensa e elisão da solidariedade nas contratações. Nesse caso, as unidades ficam obrigadas a manter
em arquivo, por empresa contratada, em ordem cronológica, durante o prazo de 10 (dez) anos os respectivos documentos
comprobatórios.

No entanto, devido à complexidade da legislação previdenciária, quando houver dúvidas quanto à obrigatoriedade de reter ou não o
tributo, a UG deverá fazer a retenção, pois, nesse caso, exime-se da responsabilidade solidária.

O fato de reter o tributo na fonte não causará prejuízo à contratada, já que de acordo com o § 1º, do art. 31, da Lei 8.212/1991, a
empresa poderá compensá-lo por ocasião do recolhimento das contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha
de pagamento dos seus empregados.

Dispensa de retenção na contratação de PJ

O art. 115, da IN 2.110/2022, determina que a contratante esteja dispensada de efetuar a retenção e a contratada de registrar o
destaque da retenção na nota fiscal, na fatura ou no recibo, desde que esteja devidamente comprovado por declaração assinada
pelo representante legal da empresa contratada, quando:

a. o valor correspondente a onze por cento a ser retido dos serviços contidos em cada nota fiscal, fatura ou recibo for inferior ao
limite mínimo permitido para recolhimento, que em 2023 é de R$ 10,00;

b. a contratada não possuir empregados, o serviço for prestado pessoalmente pelo titular ou sócio e o seu faturamento do mês
anterior for igual ou inferior a 2 (duas) vezes o limite máximo do salário de contribuição [em 2023 é R$ 15.014,98 (2 x
7.507,49)], cumulativamente; ou

c. a contratação envolver somente serviços profissionais relativos ao exercício de profissão regulamentada por legislação federal, ou
serviços de treinamento e ensino definidos no inciso X do caput do art. 112, desde que prestados pessoalmente pelos sócios, sem o
concurso de empregados ou de outros contribuintes individuais; e

d. destaca-se que são serviços profissionais regulamentados pela legislação federal (§ 3º do art. 115 da IN SRF 2.110, de 2022),
dentre outros: os prestados por administradores, advogados, aeronautas, aeroviários, agenciadores de propaganda, agrônomos,
arquitetos, arquivistas, assistentes sociais, atuários, auxiliares de laboratório, bibliotecários, biólogos, biomédicos, cirurgiões
dentistas, contabilistas, economistas domésticos, economistas, enfermeiros, engenheiros, estatísticos, farmacêuticos,
fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, geógrafos, geólogos, guias de turismo, jornalistas profissionais, leiloeiros
rurais, leiloeiros, massagistas, médicos, meteorologistas, nutricionistas, psicólogos, publicitários, químicos, radialistas, secretárias,
taquígrafos, técnicos de arquivos, técnicos em biblioteconomia, técnicos em radiologia e tecnólogos.

Não se aplica o instituto da retenção

O art. 114 da IN RFB 2.110, de 2022, determina que não deve ser aplicada a retenção nos seguintes casos:

"I - prestados por trabalhadores avulsos por intermédio de sindicato da categoria ou de Órgão Gestor de Mão-de-Obra (OGMO);

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 32/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
II - mediante contrato de empreitada total, conforme definição estabelecida no inciso III do caput e no § 1º do art. 7º da Instrução
Normativa RFB nº 2.021, de 16 de abril de 2021;

III - de entidade beneficente de assistência social isenta de contribuições sociais;

IV - prestados por contribuinte individual, ainda que equiparado a empresa;

V - de transporte de cargas;

VI - por meio de empreitada realizada nas dependências da contratada;

VII - por órgãos públicos da administração direta, autarquias e fundações de direito público, quando contratantes de obra de
construção civil, reforma ou acréscimo, por meio de empreitada total, observado o disposto no inciso II do § 2º do art. 135."

Apuração da base de cálculo da retenção

Em regra, a base de cálculo da retenção é o valor bruto da nota fiscal (NF), da fatura ou do recibo de prestação de serviço emitido
pela empresa contratada. Porém, quando a empresa prestadora de serviços fornecer materiais e/ou equipamentos para a execução
do serviço, esta base de cálculo poderá ser reduzida, conforme os itens a seguir:

Valores de Materiais ou de Equipamentos Discriminados no Contrato e em NF

O valor do material fornecido ao contratante ou o de locação de equipamento de terceiros, utilizado na execução do serviço, não
poderá ser superior ao valor de aquisição ou de locação para fins de apuração da base de cálculo da retenção. Neste caso, a
contratada manterá em seu poder, para apresentar à fiscalização da RFB, os documentos fiscais de aquisição do material ou o
contrato de locação de equipamentos, conforme o caso, relativos a material ou equipamentos cujos valores foram discriminados na
nota fiscal ou fatura.
Segundo a IN, considera-se discriminação no contrato os valores nele consignados, relativos a material ou equipamentos, ou os
previstos em planilha à parte, desde que esta seja parte integrante do contrato mediante cláusula nele expressa.

Valores de Materiais ou de Equipamentos Previstos em Contrato e com Discriminação em NF


Os valores de materiais ou de equipamentos, próprios ou de terceiros, exceto os equipamentos manuais, cujo fornecimento esteja
previsto em contrato, sem a respectiva discriminação de valores, contanto que estejam discriminados na nota fiscal ou fatura, não
integram a base de cálculo da retenção, que deve corresponder no mínimo aos seguintes percentuais do valor bruto da nota fiscal
ou fatura::

a. 30% (trinta por cento), para os serviços de transporte de passageiros, cujas despesas de combustível e de manutenção dos
veículos corram por conta da contratada;
b. 65% (sessenta e cinco por cento), quando se referir a limpeza hospitalar;
c. 80% (oitenta por cento), quando se referir a serviço de limpeza não mencionado no inciso II; e
d. 50% (cinquenta por cento), nos demais casos.

Utilização de Equipamento Inerente à Execução dos Serviço com Discriminação em NF

Se a utilização de equipamento for inerente à execução dos serviços contratados, desde que haja a discriminação de valores na
nota fiscal, na fatura ou no recibo de prestação de serviços e, além disso, não haja discriminação de valores em contrato,
independentemente da previsão contratual do fornecimento de equipamento, a base de cálculo da retenção corresponderá, no
mínimo, para a prestação de serviços em geral, a 50% (cinquenta por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de
prestação de serviços.

a. se houver o fornecimento de equipamento e os respectivos valores constarem em contrato, aplica-se o disposto no art. 116; ou
b. se não houver a discriminação de valores em contrato, independentemente da previsão contratual do fornecimento de
equipamento, a base de cálculo da retenção de que trata o art. 110 corresponderá, no mínimo, aos seguintes percentuais do valor
bruto da nota fiscal ou fatura:
1) 50% (cinquenta por cento), para a prestação de serviços em geral; e
2) no caso da prestação de serviços na área da construção civil:
a) 10% (dez por cento), para pavimentação asfáltica;
b) 15% (quinze por cento), para terraplenagem, aterro sanitário e dragagem;
c) 45% (quarenta e cinco por cento), para obras de arte (pontes ou viadutos);
d) 50% (cinquenta por cento), para drenagem; e
e) 35% (trinta e cinco por cento), para os demais serviços realizados com a utilização de equipamentos, exceto os manuais.

Utilização de Material ou Equipamento Não Inerente à Execução do Serviço

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 33/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
Se não existir previsão contratual de fornecimento de material ou de utilização de equipamento, e o uso desse equipamento não for
inerente ao serviço, mesmo se houver a discriminação de valores na nota fiscal ou fatura, a base de cálculo da retenção será o valor
bruto da nota fiscal ou fatura, exceto no caso do serviço de transporte de passageiros, para o qual a base de cálculo da retenção
corresponderá, no mínimo, à prevista no inciso I do caput do art. 117 da IN 2.110/2022.
Na falta de discriminação de valores na nota fiscal ou fatura, a base de cálculo da retenção será o seu valor bruto, ainda que exista
previsão contratual para o fornecimento de material ou a utilização de equipamento, com ou sem discriminação de valores em
contrato.

Gastos Gerais da Contratada

Poderão ser deduzidos da base de cálculo da retenção, desde que estejam discriminados no documento fiscal de prestação de
serviços, os seguintes gastos:

- o custo da alimentação in natura fornecida pela contratada e, a partir de 11 NOV 17, ao custo do auxílio alimentação, desde que
este não seja pago em dinheiro; e

- o fornecimento de vale-transporte, ainda que pago em dinheiro, limitado ao valor equivalente ao necessário para o custeio do
deslocamento em transporte coletivo de passageiros.

Não poderá ser deduzido da base de cálculo da retenção o valor relativo à taxa de administração ou de agenciamento, ainda que o
valor seja discriminado no documento fiscal.

Base de cálculo e alíquotas

A legislação do INSS criou obrigações fiscais diferenciadas, a serem cumpridas pelo agente contratante (UG), diferenciando a
contratação de serviços de PJ dos serviços contratados de PF.

Nesse contexto, com o intuito de facilitar o entendimento, os casos previstos serão estudados separadamente.

RETENÇÃO NA FONTE DO INSS NA CONTRATAÇÃO DE PESSOA JURÍDICA (PJ)

A UG ao contratar serviços executados mediante cessão de mão de obra ou empreitada, inclusive em regime de trabalho
temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços e
recolher à Previdência Social a importância retida, em documento de arrecadação identificado com a denominação social e o CNPJ
da empresa contratada.

A UG deverá exigir que a empresa contratada emita documento fiscal para os serviços prestados, na qual deverá destacar o tributo
a reter na fonte pelo contratante. Destaca-se que o valor retido poderá ser compensado com as contribuições devidas à Previdência
Social ou ser objeto de pedido de restituição por qualquer estabelecimento da empresa contratada.

No caso da construção civil, a UG deverá fazer a retenção quando a prestação de serviços for realizada mediante contrato de
empreitada parcial ou de subempreitada, nas reformas de pequeno valor e nos serviços semelhantes aos discriminados no Anexo
VI, da IN RFB 2.110/2022.

A retenção na fonte e recolhimento pela tomadora do serviço da contribuição previdenciária está regulamentada no art. 31, da Lei
8.212/1991, que dispõe sobre a organização da seguridade social e determina:

"Art. 31. A empresa contratante de serviços executados mediante cessão de mão de obra, inclusive em regime de trabalho
temporário, deverá reter 11% (onze por cento) do valor bruto da nota fiscal ou fatura de prestação de serviços e recolher, em nome
da empresa cedente da mão de obra, a importância retida até o dia 20 (vinte) do mês subsequente ao da emissão da respectiva
nota fiscal ou fatura, ou até o dia útil imediatamente anterior se não houver expediente bancário naquele dia, observado o disposto
no § 5º do art. 33 desta Lei.

§ 5º, art. 33. O desconto de contribuição e de consignação legalmente autorizadas sempre se presume feito oportuna e
regularmente pela empresa a isso obrigada, não lhe sendo lícito alegar omissão para se eximir do recolhimento, ficando diretamente
responsável pela importância que deixou de receber ou arrecadou em desacordo com o disposto nesta Lei.

§ 1º O valor retido de que trata o caput deste artigo, que deverá ser destacado na nota fiscal ou fatura de prestação de serviços,
poderá ser compensado por qualquer estabelecimento da empresa cedente da mão de obra, por ocasião do recolhimento das
contribuições destinadas à Seguridade Social devidas sobre a folha de pagamento dos seus segurados.

[...]

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 34/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
§ 4º Enquadram-se na situação prevista no parágrafo anterior (cessão de mão-de-obra), além de outros estabelecidos em
regulamento, os seguintes serviços:

I - limpeza, conservação e zeladoria;

II - vigilância e segurança;

III - empreitada de mão-de-obra;

IV - contratação de trabalho temporário na forma da Lei no 6.019/1974."

A Empresa Optante pelo Simples Nacional (LC 123/2006)

Segundo o art. 166, da IN RFB 2.110, de 2022, as ME e EPP optantes pelo Simples Nacional que prestarem serviços mediante
cessão de mão-de-obra ou empreitada, elencadas no Anexo IV da Lei Complementar nº 123, de 2006, e nos arts. 111 e 112 desta
mesma Instrução Normativa, estão sujeitas à retenção na fonte. São elas:

1) de construção de imóveis e obras de engenharia em geral, inclusive sob a forma de subempreitada, execução de projetos e
serviços de paisagismo, bem como decoração de interiores (§ 5º-C, do art. 18, da LC 123/2006 – Anexo IV);

2) de vigilância, limpeza ou conservação (§ 5o-C, do art. 18, da LC 123/2006); e

3) os serviços de administração e locação de imóveis de terceiros (cumulativamente); academias de dança, de capoeira, de ioga e
de artes marciais; academias de atividades físicas, desportivas, de natação e escolas de esportes; elaboração de programas de
computadores, inclusive jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em estabelecimento do optante; licenciamento ou cessão de
direito de uso de programas de computação; planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas, desde que
realizados em estabelecimento do optante; empresas montadoras de estandes para feiras; laboratórios de análises clínicas ou de
patologia clínica; serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como
ressonância magnética; e serviços de prótese em geral (§ 5º-D, do art. 18, da LC 123/2006 – Anexo V).

No entanto, o art. 167 determina que as ME e as EPP optantes pelo Simples Nacional que prestarem serviços mediante cessão de
mão de obra ou empreitada, exceto nos casos previstos no art. 166 citado acima, não estão sujeitas à retenção da contribuição
social previdenciária incidente sobre o valor da nota fiscal, da fatura ou do recibo da prestação de serviços. (STJ, Súmula nº 425).

O Micro-Empreendedor Individual (MEI)

Não se aplica o instituto da retenção na fonte nas contratações de MEI, no entanto, a UG que contratar serviços de hidráulica,
eletricidade, pintura, alvenaria, carpintaria e de manutenção ou reparo de veículos, a serem executados por MEI, deverá recolher
como contribuinte, ao INSS, o percentual de 20% (vinte por cento) sobre o total pago ao contratado.

Exemplo de Cálculo na Contratação de PJ

Uma UG contrata serviços de pintura de uma empresa especializada, não enquadrada no SIMPLES NACIONAL, com materiais
inclusos, comprometendo-se a pagar o valor de R$ 3.000,00 (ISSQN 5% já incluído).

Nota Fiscal nº 0001

Serviços de Pintura................. 3.000,00

ISS: R$ 150,00

Cálculo do INSS: Total da Nota Fiscal: 3.000,00 (Base de Cálculo)

Contribuição ao INSS a reter na fonte: 3.000 x 11% = 330,00

Cálculo do IR/CSLL/PIS/COFINS: Total da Nota Fiscal: 3.000,00 (Base de Cálculo).

Escolha das Alíquotas: Serviços prestados com emprego de materiais - Código 6147 (Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 1.234,
de 2012).

IR: 3.000 x 1,2% = 36,00 CSLL: 3.000 x 1% = 30,00

COFINS: 3.000 x 3% = 90,00 PIS/PASEP: 3.000 x 0,65% = 19,50

Total a reter na fonte: 175,50 (Código da Tabela 6147 - DARF)

Valor a pagar ao contratado: 3.000,00 - 330,00 - 175,50 = 2.494,50

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 35/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

RETENÇÃO NA FONTE DO INSS NA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA (PF)

Ao contratar PF para lhe prestar serviço a UG arcará com dupla obrigação fiscal, fazendo papel simultaneamente de contribuinte
(pela contribuição patronal) e responsável tributário (pela retenção na fonte do INSS e o devido recolhimento).

Alíquota e Cálculo do Tributo da PF tendo a UG como Responsável


A UG é obrigada a reter na fonte a contribuição previdenciária da PF que lhe prestar serviço (autônomo), mediante a aplicação da
alíquota de retenção de 11% (onze por cento) sobre o total pago, no decorrer do mês, ao contratado.

Deve-se observar que o valor da retenção é limitado a no máximo, em 2023, a R$ 876,97, conforme demonstra a Tabela III abaixo e
que haverá, concomitantemente, o recolhimento da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) de 20% sobre o total do documento
fiscal, além da retenção, na fonte, da Contribuição Previdenciária do PSA.

Tabela: Contribuição INSS dos Segurados Empregado, Empregado Doméstico e Trabalhador Avulso, vigente
em 2023 (conforme a Portaria MPS/MF nº 27, de 2023):

Salário de Contribuição ajustado Cálculo do INSS Valor a Reter na Fonte e


Salário de Alíquota
(salário teto da faixa menos caso ganhe o teto Recolher ao INSS,
Contribuição Progressiva
salário teto da faixa anterior) da faixa na faixa salarial.

até 1.320,00 R$ 1.320,00 7,5% R$ 99,00 R$ 99,00

de 1.320,01 até 2.571,29 R$ 1.251,29 9,0% R$ 112,62 R$ 211,62

de 2.571,30 até 3.856,94 R$ 1.285,65 12,0% R$ 154,28 R$ 365,89

de 3.856,95 até 7.507,49 R$ 3.650,55 14,0% R$ 511,08 R$ 876,97

Valor limite de contribuição (teto INSS) R$ 876,97

Como é mostrado ne tabela, o valor limite de contribuição (teto do INSS) é, em 2023, de R$ 876,97, ou seja, caso o montante a ser
retido na fonte do PSA ultrapasse este valor, a UG reterá na fonte e recolherá somente de contribuição ao INSS exatamente a
importância citada.

Alíquota e Cálculo da Contribuição Previdenciária Patronal (CPP) tendo a UG como Contribuinte

No caso da contratação de PF a UG é contribuinte da previdência, a título de contribuição previdenciária patronal, devendo aplicar a
alíquota de 20% (vinte por cento) sobre o total pago ao contratado, durante o mês, e recolher ao INSS.

Documentação a ser Exigida na Contratação de PF


Quando se trata da contribuição previdenciária, a contratação de PF é bem mais complexa, pois as UG deverão cumprir com uma
série de obrigações acessórias inerentes a esse e outros tributos, além de fazer papel de contribuinte e responsável tributário,
simultaneamente.

Nesse sentido é extremamente importante antes de assinar o contrato, ato que é imprescindível neste caso, verificar se o contratado
é contribuinte individual autônomo do INSS, consta no eSocial e se possui toda documentação pessoal em dia.

Segundo o art. 216-A, do Decreto nº 3.048, de 6 MAI 1999, Regulamento da Previdência Social (RPS), a UG deve estar atenta à
inscrição do contratado no INSS e às contribuições já realizadas pelo mesmo, pois a retenção é complementar até o limite
estabelecido.

Caso o contratado comprove por meio do carnê, ou documento equivalente, que está em dia com a contribuição previdenciária e
que já contribui com a cota máxima mensal (R$ 876,97, em 2023), não se deve reter na fonte o referido tributo. Nesse caso, a UG
deve manter uma cópia da referida documentação para arquivo.

Antes de se contratar uma pessoa física, é necessário exigir do prestador do serviço os seguintes documentos:

- cópia do CPF e RG;

- cópia da Inscrição no INSS/PIS-PASEP;

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 36/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
- cópia de Inscrição no ISSQN (opcional) ou ainda Nota Fiscal Avulsa. Quando da apresentação desses documentos, em regra, não
há retenção do ISS;

- cópia do Comprovante de Residência ou Estabelecimento Comercial;

- declaração de dependentes com cópia de certidão de nascimento ou casamento dos mesmos;

- emitir RPA no valor correspondente e calcular os tributos discriminados abaixo;

- escriturar Reinf EFD, DCTFWebr, eSocial e DARF Numerado no valor do INSS (20%) Encargo Social e (11%) Retenção até o limite
máximo;

- emitir, quando for o caso, guia de recolhimento tributário municipal, no valor do ISSQN (variável); e

- Emitir DARF/DARF Numerado no valor do IRRF, conforme tabela progressiva.

É muito importante destacar que a unidade que contratar serviços de PF sujeitos à contribuição ao INSS deverá informar os valores
retidos a título de contribuição previdenciária, mensalmente, por meio de DCTFWeb.

Ao término do contrato, no mês seguinte ao último pagamento, deverá ser elaborada a DCTFWeb com negativa de contribuição,
informando a ausência de movimento no referido mês, encerrando a necessidade de novas emissões.

Retenção da Contribuição Previdenciária de PF no caso de Suprimento de Fundos

No caso de contratação de um serviço a ser executado por pessoa física, com previsão de pagamento por meio de suprimento de
fundos, a contribuição ao INSS do prestador deve ser retida pelo agente suprido e recolhida por meio de DARF Numerado,
diretamente no Portal E-Cac da RFB, juntamente com a contribuição patronal, seguindo os mesmos prazos e procedimentos
definidos no regulamento da previdência social e destacados nesta orientação. As informações do prestador de serviço devem ser
discriminadas no DARF Numerado e eSocial, observando o mesmo prazo de recolhimento legal.

Deve-se, ainda, observar a legislação municipal quanto à necessidade de retenção na fonte do ISS/ISSQN e recolhimento por meio
de documento eletrônico próprio.

Primeiro Exemplo Prático de Cálculo na Contratação de PF

Uma UG contrata serviços de marcenaria de uma PF, assinando contrato comprometendo-se a pagar o valor de R$ 8.000,00. O
contratado apresenta documentação comprovando que já contribui com o INSS na cota mínima, que corresponde ao valor de R$
99,00 (em 2023 - Tabela III: 7,5% de R$ 1.320,00).

Base de Cálculo do INSS (RPA): 8.000,00

Cálculo da retenção de INSS: 11% x 8.000 = R$ 880,00.

Limite máximo de retenção permitido pelo INSS (PF): R$ 876,97 (2023).

Valor a ser retido pela UG: R$ 876,97 - R$ 99,00 (cota mínima paga, informada pelo contratado) = R$ 777,97

A UG deverá pagar como contribuinte do INSS, a título de contribuição patronal, o valor de: 8.000 x 20% = R$ 1.600,00.

A DARF Numerado será de R$ 777,97 de retenção e de R$ 1.600,00 de contribuição patronal ao INSS.

Cálculo da retenção do IRPF (RPA): 8.000,00.

Levantamento da Base de Cálculo do IRPF (a partir de 2023): 8.000,00 - 777,97 (INSS) = R$ 7.222,03 (este valor está acima do
limite mínimo que seria isento, pois na tabela do IRPF a partir de 2023 é de R$ 2.112,00, dessa forma, é tributável e se enquadra na
alíquota de 27,5%).

Cálculo do IRRF (ver tabela): 7.222,03 x 27,5% - 884,96 = R$ 1.101,10

Valor a pagar ao contratado: 8.000,00 - 777,97 – 1.101,10 = 6.120,93

Observação: Verificar na legislação municipal se é o caso também da retenção na fonte do ISS/ISSQN.

Tabela: IRRF a partir de 01 MAIO 2023.

Base de Cálculo Mensal (R$) Alíquota (%) Parcela a Deduzir do IR (R$)

Até 2.112,00 - -

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 37/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
De 2.112,01 até 2.826,65 7,5 158,40

De 2.826,66 até 3.751,05 15,0 370,40

De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 651,73

Acima de 4.664,68 27,5 884,96

Fonte: RIR/2018.

Segundo Exemplo Prático de Cálculo na Contratação de PF


Uma UG contrata serviços de marcenaria de uma PF, assinando contrato comprometendo-se a pagar o valor de R$ 1.100,00. O
contratado não apresenta documentação comprovando que já contribui com o INSS.

Base de Cálculo do INSS (RPA): R$ 1.100,00.

Cálculo da retenção de INSS: 11% x 1.100,00 = R$ 121,00.

Limite máximo de retenção permitido pelo INSS (PF): R$ 876,97 (2023).

Valor a ser retido pela UG: R$ 121,00.

A UG deverá pagar como contribuinte do INSS, a título de contribuição patronal, o valor de: 1.100 x 20% = R$ 220,00.

A escrituração tributária será de R$ 121,00 de retenção e de R$ 200,00 de contribuição patronal ao INSS.

Cálculo da retenção do IRPF (RPA): 1.100,00.

Levantamento da Base de Cálculo do IRPF (a partir de 2023): 1.100,00 - 121,00 (INSS) = R$ 979,00 (este valor está abaixo do limite
mínimo que de isenção, já que tabela do IRPF a partir de 2023 o limite é de R$ 2.112,00, dessa forma, não é tributável).

Valor a pagar ao contratado: 1.100,00 - 121,00 = 979,00.

Observação: Verificar na legislação municipal se é o caso também da retenção na fonte do ISS/ISSQN.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 38/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

3.4. A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de


Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb)

Implantação do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED)

A implantação do SPED e do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas (eSocial) teve
como consequência a substituição da Declaração do Imposto de Renda Retido na Fonte (DIRF) e da Guia de Recolhimento de
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e de Informações à Previdência Social (GFIP), pela escrituração das obrigações
fiscais, previdenciárias e trabalhistas no sistema eSocial, no Sistema de Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras
Informações Fiscais (EFD-Reinf) e na Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades
e Fundos (DCTFWeb).

DCTFWeb

Trata-se da obrigação tributária acessória por meio da qual a UG confessa débitos de contribuições previdenciárias da Únião, de
contribuições destinadas a terceiros e de tributos federais retidos na fonte.

A informação prestada na DCTFWeb tem caráter declaratório, constituindo confissão de dívida, sendo assim, em caso de não
liquidação dos débitos declarados, os saldos poderão ser encaminhados à Procuradoria da Fazenda Nacional para inscrição em
Dívida Ativa da União e cobrança judicial.

O sistema DCTFWeb recebe, automaticamente, os respectivos débitos e créditos escriturados no eSocial e na EFD-Reinf, realiza
vinculações, calcula o saldo a pagar e, após o envio da declaração, possibilita a emissão do documento de arrecadação (DARF
Numerado).

A aplicação fica disponível no Atendimento Virtual (e-CAC) da Receita Federal, acessível pelo endereço e-CAC — Receita Federal
(www.gov.br).

Veja as imagens:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 39/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Contribuições Previdenciárias da União

eSocial - Pessoa Física

As informações enviadas pelo eSocial abrangem as pessoas físicas, sendo relativas às seguintes situações:

a. cadastro de trabalhadores estatutários e celetistas, com ou sem vínculo, e da folha de pagamento mensal;

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 40/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
b. pagamento a Prestadores de Serviços Autônomos (PSA), pelas Unidades Gestoras (UG). Neste caso, é importante salientar que
para o cadastro no eSocial, o PSA deverá estar inscrito no Cadastro de Atividades Econômicas da Pessoa Física (CAEPF);

c. contribuições previdenciárias, retenções e encargos patronais, FGTS, Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e contribuições
sociais para terceiros (Sistema “S”); e

d. importante salientar que o eSocial possui portal próprio na internet <https://login.esocial.gov.br/Login.aspx>.

Veja o Portal do eSocial:

EFD-Reinf - Pessoa Jurídica

As informações a serem enviadas por meio da EFD-Reinf, abrangem as pessoas jurídicas e se referem, principalmente, ao
preenchimento dos seguintes eventos de sistema:

a. Evento R-1000 – Informações do Contribuinte: é o primeiro evento a ser transmitido à EFD-Reinf, uma vez que identifica o sujeito
passivo, contendo os dados básicos de sua classificação fiscal;

b. Evento R-2010 – Retenção de Contribuição Previdenciária – Serviços Tomados: serviços tomados pelas UG (prestação de
serviços com cessão de mão-de-obra e empreitada, que tiveram a retenção de contribuição social previdenciária;

c. Evento R-2098 – Reabertura dos Eventos Periódicos: caso seja necessário o envio de retificações ou de novos eventos,
referentes a um movimento já encerrado; e

d. Evento R-2099 – Fechamento dos Eventos Periódicos: cuja finalidade é viabilizar a apuração dos tributos e posterior integração
com a DCTFWeb, sendo necessário fechar o movimento do período de apuração desejado.

e. Mês que não houver fato gerador de contribuição social, ou o dever de efetuar a retenção na fonte da contribuição previdenciária
ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), sobre serviços executados mediante cessão de mão de obra (art. 31 da Lei nº
8.212, de 24 JUL 1991 - 11% do valor bruto da nota fiscal ou fatura), situação esta caracterizada como “sem movimento”, a UG
deverá informar o fato na EFD-Reinf (evento R-2099 - Fechamento de Eventos Periódicos), na primeira competência do ano em que
essa situação ocorrer e repetir este procedimento na competência janeiro de cada ano.

Impostos e Contribuições Federais

Além dos tributos previdenciários é obrigatório escriturar no Sistema EFD-Reinf, as retenções na fonte (IR, CSLL,COFINS,
PIS/PASEP), previstas na IN nº 1.234/RFB, de 12 JAN 12, incidentes sobre pagamentos diversos efetuados a pessoas físicas e
jurídicas, por meio dos eventos da série R-4000, tendo como principais o Evento R-4020 – Pagamentos/créditos a beneficiário
pessoa jurídica e o evento R-4010 - Pagamentos/créditos a beneficiário pessoa física.

Transmissão

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 41/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
A transmissão da EFD-Reinf e DCTFWeb será realizada pelo Portal e-CAC da Receita Federal do Brasil (RFB), mediante
certificação digital (tipo A1 ou A3), com utilização de tokem e procuração especifica no sítio eletrônico
<http://cav.receita.fazenda.gov.br/autenticacao/login>.

Recolhimento

Os tributos escriturados na DCTFWeb serão recolhidos por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF)
Numerado emitido automaticamente pelo citado sistema, com o carregamento das informações prestadas na escrituração do e-
social e EFD-Reinf.

É obrigatória a assinatura digital da declaração, mediante utilização de certificado digital válido, devendo ser enviada mensalmente,
até o dia 15 do mês seguinte ao da ocorrência dos fatos geradores, ou dia útil posterior.

Como já comentado, a DCTFWeb é elaborada com base nas informações prestadas na escrituração do Sistema Simplificado de
Escrituração Digital das Obrigações Previdenciárias, Trabalhistas e Fiscais (eSocial), voltado para relação de trabalho com Pessoa
Física (PF) e/ou na Escrituração Fiscal Digital de Retenções e Outras Informações Fiscais (EFD-Reinf), voltado para aquisições e
contratações de Pessoa Jurídica (PJ), ambos são módulos integrantes do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped). Veja a
imagem a seguir com o Fluxo de Funcionamento.

Assista o vídeo a seguir que corresponde a uma verdadeira aula sobre o tema ministrada pelo Professor Gilvan Dantas, da Secretaria do
Tesouro Nacional.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 42/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 43/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

4. Suprimento de Fundos

Este tópico terá o objetivo de descrever alguns procedimentos práticos na gestão de suprimento de fundos, uma vez que os
conceitos já foram abordados na Unidade Didática II.

O Processo de Suprimento de Fundos segue, normalmente, os seguintes passos:

Antes de mais nada, vamos relembrar os limites para as despesas de pequeno vulto.

A Macrofunção 021121 - SUPRIMENTO DE FUNDOS, indica esses limites relacionando-os com a Lei 8.666/93, que em 2020 foi
parcialmente revogada pela Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021, a nova Lei de Licitações e Contratos, mas que entrará totalmente
em vigor à partir de janeiro de 2024.

Maior atenção deve ser dispensada no decorrer do processo de implementação da nova lei e revogação total da antiga, pois as
concessões de suprimento de fundos baseadas na antiga (8.666/96) devem seguir os valores vinculados a esta. Ao vincularmos a
Macrofunção sobre Suprimento de Fundos à Lei nº 14.133/21, os valores passarão a ser:

Outro detalhe importante é o conceito de item de despesa, para o devido controle dos limites

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 44/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Proposta de Concessão do SF

Com esses conceitos e limites bem definidos, podemos falar da Proposta de Concessão do SF, que nada mais é do que um
documento que detalha os requisitos e características do adiantamento que será concedido.

A Macro função 02.11.21 - SUPRIMENTO DE FUNDOS prevê que:

"5.1 A proposta de concessão de suprimento de fundos deverá conter:

5.1.1 a finalidade;

5.1.2 a justificativa da excepcionalidade da despesa por suprimento de fundos, indicando fundamento normativo: deverá
ser indicado apenas um inciso do Decreto 93.872/96, que será indicado também na(s) Nota(s) de Empenho;

5.1.3 indicação do meio de concessão: cartão de pagamento do governo federal ou depósito em conta corrente bancária;

5.1.4 a especificação da ND Natureza da Despesa e do PI Plano Interno, quando for o caso;

5.1.5 indicação do valor total e por cada natureza de despesa;

5.1.6 quando do uso do CPGF, deve-se indicar, sempre que houver, o valor indicado para saque;

5.1.7 indicação do período de aplicação e data para prestação de contas.” g.n

A Proposta de Concessão seguirá o seguinte modelo:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 45/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Empenho da Despesa
O empenho não será realizado pelo Financeiro, mas é essencial que este conheça os detalhes de sua confecção para possa ser
identificado uma eventual inconsistência.

Importante verificar as seguintes informações:

Empenho será feito no SIASG (Ordinário ou Estimativo)


Favorecido é o agente Suprido
ND Natureza da Despesa conforme Proposta
Modalidade: 09 – Suprimento de Fundos
Amparo: Art. 45, Decreto 93872/86
Inciso:
01 – Despesas eventuais (inclusive viagens)
02 – Despesas em caráter sigiloso
03 – Despesas de pequeno vulto
Subitem: 96 (Pagamento Antecipado).
Tipo de Empenho: Ordinário ou Estimativo

Veja os exemplos:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 46/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Vejam que neste exemplo foi utilizado um Tipo de Empenho incorreto, que se verificado pelo Financeiro pode evitar uma
impropriedade.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 47/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Liquidação da Despesa

Agora, a etapa de responsabilidade do Financeiro, a LIQUIDAÇÃO, que requer máxima atenção nos elementos a serem utilizados e
na ordem dos fatos.

A Macro função 02.11.21 - SUPRIMENTO DE FUNDOS prevê que:

“(...) 7.2.1 A entrega do numerário ao suprido será mediante definição de limite de utilização no Cartão de Pagamento do
Governo Federal no Autoatendimento Setor Público do Banco do Brasil, após a liquidação do empenho. (...)

(...) 9.10.2 - A liquidação da despesa deverá ser anterior ao lançamento de limite de utilização no cartão no
Autoatendimento Setor Público do Banco do Brasil, tanto para a sistemática de saques como para a de fatura."

Na liquidação, o Financeiro de posse do Ato de Concessão (publicação) do SF e do Empenho registrará o adiantamento concedido,
por meio de:

Inclusão de doc. hábil – SIAFI WEB – (INCDH)


Tipo de Documento Hábil: SF – Suprimento de Fundos
Dados Básicos:
Código do Credor: CPF do Suprido
Observação: Todas as informações da Concessão e outras relevantes
Principal com Orçamento:
Situação: Quadros I e II, da MF 02.11.21 (Suprimento de Fundos)
Número da NE
Subitem: 96 – Pagamento Antecipado

As situações são observadas nos Quadros I e II, da MF 02.11.21 (Suprimento de Fundos):

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 48/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Segue exemplo de Liquidação de Suprimento de Fundos, com CPGF, SAQUE e FATURA:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 49/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

É importante o Financeiro entender os reflexos da liquidação nas contas contábeis, para que o acompanhamento da execução seja
eficaz.

Com a Liquidação (SPF003 – SAQUE e FATURA), a conta aumentou seu saldo (D), para registrar que o suprimento foi concedido
(adiantado) ao suprido:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 50/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Com a Liquidação (SPF003 – SAQUE e FATURA), em contrapartida ao lançamento na conta 11311200 – Suprimento de Fundos
Adiantamento, a conta aumentou seu saldo (C), para registrar uma Obrigação referente ao recurso “adiantado” ao suprido:

Liquidação SF – Saque e Fatura

D - 11311.02.00 – SUPRIMENTO DE FUNDOS - ADIANTAMENTO

C - 21891.36.09 – SAQUE – CPGF

Segue exemplo de Liquidação de Suprimento de Fundos, com CPGF, somente FATURA:

Com a Liquidação (SPF006 – SOMENTE FATURA), a conta 11311200 – Suprimento de Fundos Adiantamento tem o mesmo
reflexo da liquidação utilizando a Situação para SAQUE e FATURA:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 51/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Com a Liquidação (SPF006 – SOMENTE FATURA), em contrapartida ao lançamento na conta 113110200 – Suprimento de Fundos
Adiantamento, a conta aumentou seu saldo (C), para registrar uma Obrigação referente ao recurso “adiantado” ao suprido.

Liquidação SF – somente Fatura

D - 11311.02.00 – SUPRIMENTO DE FUNDOS – ADIANTAMENTO

C - 21891.36.10 – FATURA – CPGF

Recebimento do Numerário

A DCONT fará o sub-repasse (envio do numerário), por meio de PF, aumentando (D) o saldo da conta Limite de Saque.

Pagamento

Recebimento da Fatura do CPGF:

Vencimento será, geralmente, até o dia 10 de cada mês;


Fatura, geralmente, estará disponível até o dia 04;
Pagamento da fatura por OB Fatura (OBD);
Consultar o doc hábil da Liquidação – SIAFI WEB – (CONDH); e
Preencher aba DEDUÇÃO: situação DOB029 – PAGAMENTO DE FATURA - CGPF.

Na data do pagamento, incluir Lista de Fatura - (ATULF) SIAFI “tela preta”:

Tipo de Lista: 2 – Extra-SIAFI

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 52/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
Opção de Pagamento: 2 – Títulos
Entrada de Dados: 1 – Manual
Banco: 001 – Banco do Brasil

Nos casos em que existir Retenção de Tributos, preencher a aba "DEDUÇÃO"

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 53/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Com a Pagamento (DOB029) e Realização no GERCOMP, a conta recebeu os seguinte lançamentos:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 54/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG
C - 21891.36.10 – FATURA – CPGF (ao registrar a DOB029)

D - 21891.36.10 – FATURA – CPGF (ao realizar o pagamento no GERCOMP)

Com a Realização no GERCOMP, a conta recebeu os seguinte lançamentos:

D - 21891.36.10 – FATURA – CPGF (ao realizar o pagamento no GERCOMP)

C - 111122001 – LIMITE DE SAQUE C VINC PGTO - OFSS

Multas e Juros

Os valores pagos referentes à multa/juros por atraso no pagamento da fatura deverão ser ressarcidos ao erário público pelo
Ordenador de Despesas ou por quem der causa, após apuração das responsabilidades.
O ressarcimento ocorrerá por meio de emissão/pagamento de GRU, CÓDIIGO 688088 – Devolução Suprimento de Fundos.

Prestação de Contas

Nesta etapa o Suprido presta contas de seus gastos, apresentando os comprovantes ou outras informações necessárias.

A apuração resultará em três situações possíveis:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 55/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Reclassificação

Anulação - Despesa Não Utilizada

Devolução de Despesas

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 56/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Após o pagamento da GRU, pelo suprido, o saldo da conta LIMITE DE SAQUE é aumentado (D), por meio de uma RA (Registro de
Arrecadação).

Após o pagamento da GRU, pelo suprido, o saldo da conta GRU – VALORES EM TRANSITO P ESTORNO DE DESPESA é
aumentado (C), por meio de uma RA (Registro de Arrecadação)

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 57/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Procedimento para estorno de despesa orçamentária, após recebimento da GRU (CÓDIIGO 688088):

Emitir documento hábil “DU” DEVOLUÇÃO DE DESPESAS – SUPRIMENTO DE FUNDOS;


Informar a vinculação da PF (400 ou 412) - NUNCA 987.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 58/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Suprimentos de Fundos do Exercício Anterior

No mês de DEZEMBRO, os SF seguirão as Normas de Encerramento do Exercício, para a contagem dos prazos de Prestação de
Contas.
Não será possível RECLASSIFICAR os SF de Exercícios Encerrados, a despesa ficará no subitem 96. ATENÇÃO
Para PAGAR, a UG deve emitir no ano corrente, um novo Documento Hábil do tipo “NP”, com a situação: PSO047 – BB
CARTÕES - PAGAMENTO DE FATURA DO EXERCÍCIO ANTERIOR - SUPRIMENTO DE FUNDOS

Segue exemplo:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 59/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Suprimentos de Fundos Conta Tipo “B”

Reflexo da SPF002 é nas contas:

D – SUPRIMENTO DE FUNDOS – ADIANTAMENTO

C – SUPRIMENTO DE FUNDOS A PAGAR

Reflexo na conta SUPRIMENTO DE FUNDOS – ADIANTAMENTO:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 60/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Reflexo na conta SUPRIMENTO DE FUNDOS A PAGAR:

Foram abordados os principais procedimentos práticos na execução do processo de Suprimento de Fundo.

Seguiremos para o próximo tópico.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 61/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

5. Solicitação e Devolução de Recursos

Em diversas situações na execução financeira será necessário solicitar ou devolver recursos (NUMERÁRIO) à Setorial Financeira.
Vamos verificar os principais aspectos desses procedimentos.

Devolução de Recurso Financeiro (Numerário)

O Caderno de Orientação aos Agentes da Administração D Cont 1 - Gestão dos Recursos Financeiros, em seu item 10, padroniza o
processo de devolução para os recursos do Tesouro.

São 3 (três) cenários possíveis descritos, caso exista saldo residual na conta 11112.20.01 (Limite de Saque com vinculação de
Pagamento), de valor sub-repassado:

O Caderno apresenta, em seu item 10.2, algumas regras para a devolução:

Devolução de recurso na UGE primária (160xxx): Encaminhar à 160075 (Subdiretor de Contabilidade);


Devolução de recurso na UGE secundária (167xxx): Encaminhar à 167086 (Subdiretor de Contabilidade);
Devoluções de numerário sem a respectiva autorização serão devolvidas à UG;
Mensagens SIAFI fora do padrão não serão atendidas;
Autorizações para devolução de numerário deverão ser atendidas de IMEDIATO pela UG; e
Utilizar somente a transação DEVRECFIN para devolução de PF. Não usar a transação TRANRECFIN sem a devida
autorização.

MODELO DE MSG:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 62/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

Solicitação de Numerário

A rotina normal de envio de numerário ocorre por meio da verificação das respectivas liquidações.

As solicitações de sub-repasse de necessidades emergenciais, PROVENIENTES DOS RECURSOS DA GESTÃO TESOURO (UG
PRIMÁRIA) E DA GESTÃO FUNDO DO EXÉRCITO (UG SECUNDÁRIA), deverão ser feitas por mensagem SIAFI à UG
160075/167086, observando o preenchimento obrigatório de justificativas detalhadas e das possíveis consequências no caso de um
maior atraso nos pagamentos.

A Cartilha apresenta, em seu item 11, algumas regras para a solicitação de numerário:

a. Solicitação de recurso na UGE primária (160xxx): Encaminhar à 160075 (Subdiretor de Contabilidade);

b. Solicitação de recurso na UGE secundária (167xxx): Encaminhar à 167086 (Subdiretor de Contabilidade);

c. A UG não deverá duplicar as solicitações, por meio de DIEx, pois todas as MSG SIAFI serão analisadas, diariamente, e
respondidas de acordo com a complexidade do assunto. A duplicação de documentos, com a mesma demanda, poderá causar
atraso na resposta; e

d. Não há a necessidade de o agente da administração realizar ligação telefônica para a D Cont.

MODELO DE MSG:

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 63/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 64/65
12/03/2024, 15:32 Assunto III - Execução Orçamentária e Financeira dos Recursos da UG

6. Conclusão

Nesta Unidade Didática, foram apresentados os principais procedimentos da execução financeira da UG, desde os conceitos
iniciais, passando pela aplicação prática, onde foram demonstrados exemplos de registros no SIAFI.

Façam a revisão dos pontos com mais dúvidas e consultem os materiais recomendados para melhor compreensão. Seguiremos
para outros tópicos da execução financeira nas UG.

https://ebaula.eb.mil.br/mod/book/tool/print/index.php?id=360972 65/65

Você também pode gostar