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BANCÁRIAS
Ficha técnica
Módulo 1.................................................................................................................. 4
Apresentação........................................................................................................... 4
1. Introdução............................................................................................................ 5
3.1. Emissão...............................................................................................................7
5. Autorização........................................................................................................ 14
6. Resumo.............................................................................................................. 19
Módulo 1
Apresentação
Olá!
Imagine que chegou pelo correio a fatura de telefone do órgão público federal em
que você trabalha e você se pergunta: como pagar essa fatura? Ou, mais ainda, como
são feitos os diversos pagamentos dos órgãos públicos federais a seus servidores,
fornecedores, beneficiários de programas sociais e outros?
Ao terminar este curso, esperamos que você seja capaz de compreender como são
realizados os principais tipos de pagamento do governo federal, qual o documento
utilizado para executar tais pagamentos e como preencher esse documento, de
acordo com o tipo de pagamento.
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1. Introdução
Ao fim deste módulo, esperamos que você seja capaz de entender a que fase da des-
pesa pertence o pagamento, que documento é utilizado para que seja realizado, que
características são comuns a todos os pagamentos e como são autorizados esses
pagamentos e enviados os recursos financeiros correspondentes.
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O Decreto nº 93.872/1986 prevê que o pagamento deve ser realizado por documento
próprio, assinado pelo ordenador de despesa e pelo agente responsável pelo setor
financeiro do órgão. Esse documento próprio é um documento contábil denominado
ordem bancária.
Assim, temos:
1ª fase – empenho
3ª fase – pagamento
Documento próprio
Ordem bancária
Lei nº 4.320/1964:
Art. 58. O empenho de despesa é o ato emanado de autoridade competente que
cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de
condição.
Art. 63. A liquidação da despesa consiste na verificação do direito adquirido pelo
credor tendo por base os títulos e documentos comprobatórios do respectivo cré-
dito.
§ 1° Essa verificação tem por fim apurar:
I – a origem e o objeto do que se deve pagar;
II – a importância exata a pagar;
III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir a obrigação.
Art. 64. A ordem de pagamento é o despacho exarado por autoridade competente,
determinando que a despesa seja paga.
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3. Características gerais das ordens bancárias
Você já sabe que o pagamento é a última fase da despesa pública e que é realizado
por meio de um documento chamado ordem bancária. Mas, como se faz, na prática,
um pagamento do governo federal?
Isso implica que, para que os pagamentos do governo federal sejam realizados, os
recursos financeiros devem sair da Conta Única no Banco Central e ser enviados ao
credor. Nesse sentido, a emissão de uma ordem bancária, em última análise, constitui
um comando para retirada de recursos da Conta Única e transferência para a conta
indicada pelo credor.
Decreto nº 93.872/1986:
3.1. Emissão
Mas você ainda pode questionar: como se faz esse comando para retirada de re-
cursos da Conta Única para transferência ao credor de um pagamento do governo
federal? Ou, em outras palavras, como se emite uma ordem bancária?
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A emissão da ordem bancária é realizada por meio do Sistema Integrado de Adminis-
tração Financeira do Governo Federal (Siafi).
O Siafi foi implantado em 1987 e vem sendo melhorado com o passar dos anos, com
as rotinas sendo migradas aos poucos para a sua versão web, o chamado Siafi Web:
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Saiba mais no site do Tesouro Direto.
Na medida em que o Siafi foi sofrendo melhorias, a emissão de ordens bancárias foi
ficando mais simples. Uma das melhorias do sistema que afetou a emissão de ordens
bancárias foi a criação do contas a pagar e receber (CPR). Antes da criação do CPR,
quem emitisse uma ordem bancária deveria informar eventos e contas contábeis na
própria ordem bancária. Com a criação do CPR, basta saber que tipo de pagamento
está sendo realizado e escolher uma situação. Uma vez escolhida a situação correta,
eventos e contas contábeis da ordem bancária são buscados automaticamente pelo
Siafi.
O CPR foi o primeiro módulo do Siafi a migrar para o Siafi Web, em 2012. A partir desse
momento, as ordens bancárias passaram a ser emitidas a partir do Siafi Web. Nessa
nova configuração, as informações relativas às três fases da despesa (empenho,
liquidação e pagamento) são inseridas no CPR no que se chama documento hábil:
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O documento hábil é incluído por meio de uma transação do Siafi Web chamada
>INCDH e possui várias abas para inserção de informações:
Entre as partes a serem preenchidas no documento hábil está o “Pré-Doc”, que fica, na
maior parte das vezes, na aba “Dados de Pagamento” do documento hábil. É no “Pré-
Doc” que são informados os dados necessários à emissão de uma ordem bancária,
após a inserção das informações relativas às outras duas fases da despesa:
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Abas dados de pagamento - parte
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Módulo CPR – GERCOMP
Ao realizar o compromisso, ainda não é gerada a ordem bancária em si, mas sim
uma ordem de pagamento (OP) e uma NS que reserva os recursos financeiros para
a geração da ordem bancária. Após a autorização da OP pelo ordenador de despesa
(ou seu substituto) e do gestor financeiro (ou seu substituto), por meio da transação
Gerenciar Ordens de Pagamento (GEROP) no Siafi Web, a ordem bancária é gerada no
Siafi Operacional. Ou seja, apesar do comando para geração da ordem bancária ser
realizado por meio do Siafi Web, a ordem bancária, por ser um documento contábil, é
gerada no Siafi Operacional, já que a parte relativa à contabilidade do Siafi não migrou
para o Siafi Web:
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Ordem de pagamento no Siafi Operacional
A Lei nº 4.595/1964, em seu art. 19, inciso I, prevê o Banco do Brasil como agente
financeiro do Tesouro Nacional. Desse modo, por muito tempo os pagamentos do
governo federal eram realizados com a intermediação do Banco do Brasil.
Mas como isso funcionava? O Banco do Brasil recebia arquivos com ordens bancá-
rias emitidas no Siafi com os dados para pagamentos de credores e efetuava tais
pagamentos. Ao mesmo tempo, recebia recursos relativos à arrecadação de tributos
e outras receitas federais. Se, ao fim do dia, o Banco do Brasil tivesse recebido mais
recursos do que realizado pagamentos do governo federal, transferia o excedente
para a Conta Única. Se, ao contrário, houvesse mais pagamentos do que recebimen-
tos, retirava os recursos correspondentes a esse excesso da Conta Única.
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Nessa nova configuração, o Banco do Brasil continuou a figurar como agente financeiro
para alguns tipos de ordem bancária, recebendo arquivos de ordens bancárias e
operacionalizando os pagamentos correspondentes, mas, no caso de outros tipos de
OB, os recursos passaram a ser enviados ao banco indicado pelo credor diretamente,
via Banco Central, sem a intermediação do Banco do Brasil.
Saiba mais sobre o Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB) no site do Banco Cen-
tral do Brasil.
5. Autorização
Como você já viu, a legislação exige que a ordem bancária seja assinada pelo orde-
nador de despesa e pelo agente responsável pelo setor financeiro do órgão (também
chamado de gestor financeiro). Mas como é feita essa autorização?
Até 2018, todas as ordens bancárias eram assinadas por meio do Siafi Operacional.
Assim, para que um pagamento fosse autorizado, o ordenador de despesa e o gestor
financeiro deveriam entrar, cada um com a sua senha, no Siafi Operacional e acessar
a transação >ATUREMOB. A partir de 2019, essa autorização passou a ocorrer em
ordens de pagamento (OPs) no Siafi Web por meio da transação GEROP com a posterior
geração automática das ordens bancárias correspondentes no Siafi Operacional.
Para autorizar uma ordem de pagamento, o ordenador (ou o gestor financeiro) deverá
entrar na transação GEROP no Siafi Web, escolher a opção de assinatura correspon-
dente ao seu cargo e, se desejar, filtrar as ordens de pagamento que deseja assinar,
conforme as opções de filtro disponíveis:
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Transação GEROP do Siafi Web
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Resultado da operação de assinatura e a lista de OP’s assinadas
A transação GEROP também pode ser utilizada para verificar se uma ordem de paga-
mento foi autorizada ou não pelo ordenador de despesa e pelo gestor financeiro:
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Tela de detalhamento da ordem de pagamento
Se a ordem de pagamento já houver sido emitida, mas a ordem bancária ainda não
houver sido gerada, e se desejar alterar o documento hábil correspondente, é preciso
retirar a(s) assinatura(s) da OP e cancelá-la por meio da transação GEROP:
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Cancelamento de assinatura
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6. Resumo
Até agora você já aprendeu:
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