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G.8 - CURSO FGTS em vídeo.

Curso
abordando os principais temas da ação,
em vídeo, o qual você pode assistir na
sua casa, no seu escritório, ou onde
quiser, e entender os principais temas
acerca da presente ação.
Temas abordados no curso:
1. Introdução e Aspectos Teóricos sobre o tema.
1.1 - FGTS: Introdução
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado na década de 60 para proteger o
trabalhador demitido sem justa causa. Sendo assim, no início de cada mês, os empregadores depositam,
em contas abertas na CAIXA, em nome dos seus empregados e vinculadas ao contrato de trabalho, o
valor correspondente a 8% do salário de cada funcionário.

Com o fundo, o trabalhador tem a chance de formar um patrimônio, bem como adquirir sua casa própria,
com os recursos da conta vinculada. Além de favorecer os trabalhadores, o FGTS financia programas de
habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana, que beneficiam a sociedade, em geral,
principalmente a de menor renda.

1.1 FGTS: trabalhador e a C.E.F.

1.2 FGTS e TR – Atualização monetária a partir de 1991.


A Taxa Referencial (TR) foi instituída na economia brasileira no bojo
da Lei Nº 8.177, de 31/03/1991 - que ficou conhecida como Plano
Collor II – e teve como objetivo estabelecer regras para a
desindexação da economia. À época, foi extinto um conjunto de
indexadores que corrigiam os valores de contratos, fundos
financeiros, fundos públicos, bem como as dívidas com a União, entre
outros.

Assim, foram extintos, a partir de 1º de fevereiro de 1991, o Bônus


do Tesouro Nacional (BTN) Fiscal, instituído pela Lei 7.799 de
10/07/89; o BTN referente à Lei 7.777, de 19/06/89; o Maior Valor
de Referência (MVR) e as “demais unidades de conta assemelhadas
que são atualizadas, direta ou indiretamente, por índice de preço”,
conforme o artigo 3º da Lei em questão.

Simultaneamente, o artigo 4º determinou que “a partir da vigência da


medida provisória que deu origem a esta lei, a Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística deixará de calcular o Índice de
Reajuste de Valores Fiscais (IRVF) e o Índice da Cesta Básica (ICB),
mantido o cálculo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor
(INPC).”

Alternativamente a estes indexadores extintos, o Banco Central


(Bacen) passou a ter a incumbência de divulgar a Taxa Referencial
(TR) sendo o seu cálculo referenciado na “...remuneração mensal
média líquida de impostos, dos depósitos a prazo fixo captados nos
bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos múltiplos com
carteira comercial ou de investimentos, caixas econômicas, ou dos
títulos públicos federais, estaduais e municipais, de acordo com
metodologia a ser aprovada pelo Conselho Monetário Nacional, no
prazo de 60 dias, e enviada ao conhecimento do Senado Federal.”

A Lei determinou o prazo de 60 dias para o desenvolvimento da


metodologia do cálculo da TR pelo Bacen. Durante este prazo, cabia
ao Bacen “fixar” e divulgar a TR para cada dia útil. A nova orientação
sobre os mecanismos de correção indicava o rompimento com os
índices baseados em preços, com os novos indicadores passando a
ser elaborados a partir da remuneração dos ativos financeiros
praticados por instituições bancárias conforme previsto na nova
metodologia de determinação da TR.

Particular importância teve a definição metodológica de criação de um


Redutor aplicado no cálculo para determinação da TR. A Resolução nº
1.805, de 27 de março de 1991, fixa o redutor em 2,0% e explicita
que: “A TR para o dia de referência será calculada deduzindo-se da
média móvel ajustada das taxas os efeitos decorrentes da tributação
e da taxa real histórica de juros da economia, representados por taxa
bruta mensal...” .

Desta forma, desde a sua origem, a fórmula de cálculo da TR


comporta um fator Redutor que é arbitrado pelo Bacen.

2. Fundamentos jurídicos da Ação para correção do FGTS.


2.1 A correção monetária.
Todo dia 10 as contas do FGTS recebem atualização monetária mensal mais juros de 3% a.a.

2.2 Da Perda das Características da TR durante o tempo.


O FGTS sofreu impactos negativos com a piora do mercado de
trabalho na década de 1990 e, de forma inversa, impactos positivos
com a melhora verificada no grande crescimento da geração de
postos de trabalho formais já na década de 2000, especialmente após
2003. Nos últimos anos, a arrecadação e o saldo líquido do fundo
mantiveram trajetória ascendente em ritmo superior à verificada para
os saques que, refletindo a alta rotatividade do mercado de trabalho,
também cresceram em ritmo elevado, ainda que inferior ao verificado
para o aumento da arrecadação. Desde 2000, a arrecadação líquida
foi de R$ 116,5 bilhões. Esse resultado foi administrado a partir da
aplicação dos recursos do FGTS em aplicações financeiras,
especialmente títulos públicos, que garantiram grande rentabilidade
ao fundo; deram segurança ao fornecimento de crédito habitacional
subsidiado e facilitaram a obtenção da recomposição das perdas de
inflação e os ganhos financeiros do fundo segundo as aplicações de
mercado.

Por sua vez, o cenário de queda das taxas de juros pós-1999 acabou
afetando diretamente a variação da TR. Isso teve impacto direto
sobre a rentabilidade do fundo e, por outro lado, afetou também a
remuneração dos cotistas. Se a composição da remuneração atual
das contas vinculadas do FGTS é de 3% (a título de capitalização)
acumulada à variação da TR (correção monetária), o movimento de
queda da taxa de juros e as modificações na fórmula do cálculo da TR
afetam negativamente a taxa, o que impacta também negativamente
a remuneração das contas vinculadas do FGTS.

O período pós-1999 é um marco importante no que diz respeito à TR,


porque no campo macroeconômico houve o fim do regime de câmbio
administrado e a adoção da taxa de câmbio flutuante. Essa alteração
tem impacto nas taxas de juros (e por consequência na TR) porque,
com o fim da necessidade de “defender” a taxa de câmbio pré-
determinada pela equipe econômica, houve uma redução importante
no patamar da taxa de juros Selic (a taxa básica da economia
brasileira).

2.3 Dos Índices que de correção monetária.

3. Análise dos Pedidos do Processo.


Como a tese é nova é recomendável que se faça um pedido
subsidiário buscando evitar o risco de indeferimento de um pedido e
por conseqüência da ação como um todo.

Por isso, recomendamos o pedido de que a TR seja substituída pelo


INPC, subsidiariamente pelo IPCA ou qualquer outro corretor
monetário.

4. Aspectos processuais da Ação para correção do FGTS.


4.1.Documentos para distribuição da ação, legitimidade e
competência;
Os documentos necessários para o ajuizamento da ação são:
- Procuração;
- Comprovante de endereço;
- Documentos pessoais;
- Extrato do FGTS;
- Planilha;
- Perícia contábil.

4.1.1 Legitimidade ativa/passiva e Prescrição/Decadência.


Legitimidade ativa:
Pessoa física, sindicato e litisconsórcio de pessoas físicas.
Legitimidade passiva:
Caixa Economica Federal.

Prescrição de 30 anos, conforme súmula 210 do STJ.

4.1.2 Litisconsórcio Ativo.


Pode ser uma alternativa, porém deve-se tomar cuidado pois há
possibilidade de complicação na hora da execução.

4.1.3 Competência: JEF ou Justiça comum?.


Depende do valor da causa.

4.2. Valor da causa e Cálculos por meio da planilha.


O valor da causa deve corresponder ao valor devido ao autor,
apontado na planilha.

4.2.1 Pedido de gratuidade,agravo, recolhimento de custas;


Como a maioria das ações estão sendo protocoladas no JEF, não há
muita dificuldade com custas.

Já as ações que foram para Justiça Federal comum, seguem as regras


de pedido de justiça gratuita, caso não seja deferido, há necessidade
de interpor o recurso que faz parte do material.

4.2.3 Preenchimento da planilha de cálculos e questões


correlatas;

Preenchimento da planilha é tratado em arquivo escrito e outro em


vídeo separados que fazem parte do material.

4.3 Reflexão analógica e expansiva sobre a causa de pedir do tema


em debate.

4.3.1 Breve comparação dos expurgos do FGTS (1989-1990) com a


nova tese da correção do FGTS (1999-2013).
***********

4.3.2 Data para retroação do pedido: 1991? 1999? 2000...?.


Como demonstrado na petição inicial, a partir de 1999 a TR deixou de
cumprir a sua função, passando a ficar abaixo do índice de inflação.

[ 4.3.3 Risco processual caso seja concedida o direito à correção


a partir do momento em que a TR alcançou índice 0.
******
4.3.4 Risco do depósito em conta vinculada do FGTS..
Quando a pessoa tem conta vinculada, o valor da revisão certamente
será depositado na conta. Agora, quando ele não tem mais conta
ativa, por ter se aposentado, por exemplo, o valor da revisão deverá
ser pago diretamente, através de RPV ou precatórios.

4.3.5 Qual Melhor caminho a ser adotado? Varas ou JEF?.


Não há muita escolha aqui, pois, depende do valor da causa. As
pessoas parecem ter medo dos Juizados, mas não vejo problemas,
pois, há caminhos para se levar um processo do Juizado para os
Tribunais Superiores, onde a tese tem tido aceitação, seja através de
Recurso Extraordinário ou Reclamação para o STJ.

5. Honorários advocatícios - como contratar?.


Nesse ponto recomenda-se a juntada do contrato e o pedido de que o
valor contratado seja pago por alvará, antes do valor da condenação
seja depositado na conta do cliente.

6. Clientes em potencial (nos termos do código de ética da


OAB) das Ações de Correção do FGTS por meio da carteira de
clientes do seu escritório.
Como o público alvo dessa ação é grande, certamente a grande
maioria dos clientes do escritório terão direito a revisão. Basta entrar
em contato, informar do direito a revisão e que estão promovendo a
ação.

7. Análise da sentença proferida em 22/08/2013 - nos


juizados federais;
A referida sentença deixa claro que o valor do FGTS precisa ser
corrigido monetariamente.

No entanto, ela não analisa o ponto principal da nosa tese que é: a


TR não serve de índice de correção desde 1999.

Ademais, o uso de jurisprudência de 2009 não corresponde a


realidade atual.

Portanto, tal entendimento ficou no passado e deve ser superado.

8. Discussão sobre os fundamentos constitucionais da NOVA


AÇÃO DO FGTS (e que será enviada com outros materiais ao
aluno);
9. Estudo dos embargos de declaração, envio de modelo,
possibilidade de embargos com efeitos infringentes (com
modelo). Importância dos embargos;

10. DISCUSSÃO SOBRE A COMPETÊNCIA - SÚMULA DO STJ


SOBRE O TEMA. Competência do domicílio do autor pode estar
errada.

11. Procedimento administrativo para obtenção dos extratos


analíticos do FGTS.

12. Debate de Repercussão Geral quanto a honorários


advocatícios - já favorável no STF. EM CASO ESPECÍFICO DE
DISCUSSÃO EM AÇÕES DO FGTS.

13. Clientes em potencial (nos termos do código de ética da


OAB).

14. Dúvidas respondidas aos advogados.

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