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9.

Operações Financeiras
9.1 Importância da Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC)1

A elaboração da Demonstração dos Fluxos de Caixa tornou-se obrigatória com a promulgação da Lei nº
11.638/07 em substituição à Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR).
O Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), por meio da divulgação do Pronunciamento Técnico –
CPC 03 (R2), estabeleceu os critérios de como as entidades devem elaborar e divulgar a DFC. O CPC 03 (R2)
foi elaborado de acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade – IAS (IASB – BV2010).
De forma condensada, a Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC) indica a origem de todo o dinheiro
que entrou no Caixa, bem como a aplicação de todo o dinheiro que saiu do Caixa em determinado período, e,
ainda, o Resultado do Fluxo Financeiro.
A DFC propicia ao gerente financeiro a elaboração de melhor planejamento financeiro. Por meio do
planejamento financeiro, o gerente saberá o momento certo em que contrairá empréstimos para cobrir a falta
(insuficiência) de fundos, bem como quando aplicar no mercado financeiro o excesso de dinheiro.
Somente por meio do conhecimento do passado, porém, será possível fazer boa projeção dos Fluxos de
Caixa para o futuro (próxima semana, próximo mês, próximo trimestre etc.). A comparação dos Fluxos
Projetados com o real vem indicar as variações que, quase sempre, demonstram as deficiências nas projeções.
Essas variações são excelentes subsídios para o aperfeiçoamento de novas projeções dos Fluxos de Caixa.

9.1.1 Principais transações que afetam o Caixa


A seguir relacionam-se, em dois grupos, as principais transações que afetam o Caixa.

A – TRANSAÇÕES QUE AUMENTAM O CAIXA (DISPONÍVEL)

Integralização do Capital pelos Sócios ou Acionistas

São os investimentos realizados pelos proprietários. Se a integralização não for em dinheiro, mas em bens
permanentes, estoques, títulos etc., não afetará o Caixa.

Empréstimos Bancários e Financeiros

São os recursos financeiros oriundos das Instituições Financeiras. Normalmente, os Empréstimos


Bancários são utilizados como Capital de Giro (Circulante) e os Financiamentos, para aquisição de Ativo
Permanente (Fixo).

Venda de Itens do Ativo Não Circulante

Embora não seja comum, a empresa pode vender itens do Ativo Fixo. Nesse caso, tem-se uma entrada de
recursos financeiros.

Vendas à Vista e Recebimento de Duplicatas a Receber

A principal fonte de recursos do Caixa, sem dúvida, é aquela resultante de vendas.

Outras Entradas

Juros recebidos, dividendos recebidos de outras empresas, indenizações de seguros recebidas etc.

B – TRANSAÇÕES QUE DIMINUEM O CAIXA (DISPONÍVEL)

Pagamentos de Dividendos aos Acionistas

Se os investimentos dos proprietários da empresa representam entrada em Caixa, os dividendos pagos, em


cada exercício, significam diminuição do Caixa.
Pagamento de Juros e Amortização da Dívida etc.

O resgate das obrigações junto às Instituições Financeiras, bem como os encargos financeiros (juros,
comissão, correção monetária etc.) significam saída de dinheiro do Caixa.

Aquisição de Item do Ativo Não Circulante

São as aquisições à vista de Imobilizado e de itens do subgrupo Investimentos (ações etc.)

Compras à Vista e Pagamentos de Fornecedores

São aquelas saídas de numerário referentes a matéria-prima e material secundário.

Pagamentos de Despesa/Custo, Contas a Pagar e Outros

São os desembolsos com despesas administrativas de vendas, com itens do custo e outros.

C – TRANSAÇÕES QUE NÃO AFETAM O CAIXA


Por meio dos itens relacionados no grupo A, observam-se os principais encaixes (entrada de dinheiro no
Caixa). Por meio dos itens relacionados no grupo B, observam-se os principais desembolsos (saída de dinheiro
do Caixa).
Agora, serão observadas algumas transações que não afetam o Caixa, isto é, não há encaixe, muito menos
desembolso:

• Depreciação, Amortização e Exaustão. São meras reduções de Ativo, sem afetar o caixa.
• Provisões. São estimativas de prováveis perdas com clientes que não representam desembolso para
a empresa.
• Tributos diferidos. Não serão recolhidos às autoridades fiscais.
• Ganhos e Perdas cambiais não realizados.
• Acréscimos (ou Diminuições) de itens de investimentos pelo método de equivalência patrimonial
quando aplicável.

9.2 Aplicações financeiras

Em períodos, em que há ociosidade no caixa da empresa (mais entrada de dinheiro do que saída), é
saudável a aplicação desses recursos, objetivando gerar mais recursos, ou seja, mais dinheiro.
De acordo com o Pronunciamento Técnico – CPC 03 (R2), as aplicações financeiras de curto prazo, de
alta liquidez, também são consideradas como disponível pelo mercado financeiro. Por que são prontamente
conversíveis em um montante conhecido de caixa e por que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança
de valor, também são consideradas equivalentes de caixa.
Tais aplicações são realizadas de acordo com o número de dias em que o dinheiro fica disponível. As
aplicações mais comuns são:
• Mercado aberto:
– Aplicações de Liquidez Imediata (compra de títulos do governo);
– Fundos de Investimentos: Fundos Referências (DI) e Fundos de Renda Fixa (RF);
– Aplicações na BMF: aplicações por sete dias ou mais;
• Letras de Câmbio;
• Depósitos a Prazo Fixo;
• Certificado de Depósito Bancário – CDB.
Normalmente, essas aplicações têm seus valores nominais atualizados pela perda do poder aquisitivo da
moeda (vulgarmente, apesar de incorreto, se diz que elas “rendem correção monetária”) e sobre tais valores
atualizados rendem (aí sim, correto!) juros.
Esses “rendimentos” são, via de regra, tributados pelo imposto de renda, ocorrendo essa tributação já na
fonte pagadora e o IOF quando resgatados com menos de 30 dias. Se isso ocorrer, duas hipóteses ainda podem
se abrir. Em uma delas, o rendimento não precisa mais ser considerado tributável quando da elaboração da
“declaração do imposto de renda” (anual). Na outra, o “imposto de renda retido na fonte” é considerado uma
antecipação do imposto de renda a ser calculado na declaração.

9.2.1 Aplicação na BMF

Data Conta Débito Crédito


Junho/x4 02 Aplicações na BMF 1.01.01.03 10.000.000 –
Bancos c/ Movimento
histórico: pela aplicação a preço de custo na BMF 1.01.01.02 – 10.000.000
Bancos c/ Movimento 1.01.01.02 10.000.000 –
Aplicações na BMF 1.01.01.03 – 10.000.000
17 histórico: pelo resgate
Bancos c/ Movimento 1.01.01.02 500.000 –
Receitas Financeiras 3.01.04.08 – 500.000
17 histórico: pelo rendimento auferido
IR na Fonte a Compensar 1.01.03.05 50.000 –
17 Bancos c/ Movimento
histórico: 10% × $ 500.000 1.01.01.02 – 50.000

Tal contabilização deve obedecer rigidamente ao Regime de Competência. Se a aplicação passar de um


ano para outro, os juros proporcionais (bem como o IR na fonte) aos dias corridos no exercício em
encerramento devem ser computados, abrindo-se uma conta para Receitas Financeiras a Receber, como
contrapartida de Receitas Financeiras.

9.2.2 Aplicações em depósitos a prazo fixo

Existem as aplicações com rendimentos prefixados (fica-se sabendo no dia da aplicação seus rendimentos)
e pós-fixados (fica-se sabendo quanto ganhou só no dia do resgate).
Admita-se que determinada empresa faça aplicação a prazo fixo (o raciocínio seria o mesmo para a Letra
de Câmbio) em 1º-11-x4 para seis meses, com data de resgate marcada para 30-4-x5, com rendimento
prefixado.
O valor aplicado é de $ 50.000.000 e o total resgatado será de $ 80.000.000, havendo uma Receita
Financeira igual a $ 30.000.000.
O lançamento nesta oportunidade será:

Plano de
Data Débito Crédito
Contas
Nov./x4 01 Aplicações, Títulos e Valores Mobiliários 1.01.01.03 50.000.000 –
Bancos c/ Movimento 1.01.01.02 – 50.000.000
histórico: pela nossa aplicação em depósito a
Prazo Fixo conforme documento... 1.01.01.03 30.000.000 –
01 Aplicações, Títulos e Valores Mobiliários ver observação – 30.000.000
Receita Financeira a Apropriar
histórico: pelo rendimento bruto da aplicação em
depósito a Prazo Fixo conforme documento...
Observe-se que o rendimento indicado compete para o período de 20x4 (2/6) e parte para o período de
20x5 (4/6). Pelo Regime de Competência há necessidade de distribuir os juros proporcionalmente; por isso,
utiliza-se a conta Receita Financeira a Apropriar. Se a empresa não apropriar a Receita mensalmente, em 31-
12-x4, faz-se a apropriação que compete a 20x4.

Dez./x4 31 Receita Financ. a Apropriar 1.01.03.01 10.000.000 –


Receita Financeira 3.01.04.01 – 10.000.000
histórico: apropriação do rendimento proporcional até
esta data da aplicação a prazo...

Na data do resgate, em 30-4-x5, apropria-se o restante da Receita Financeira:

Abr./x5 30 Receita Financ. a Apropriar 1.01.03.01 20.000.000 –


Receita Financeira 3.01.04.01 – 20.000.000
histórico: apropriação do rendimento proporcional...

Observações:
1. A Conta “Receita Financeira a Apropriar” é classificada no próprio Ativo Circulante, reduzindo a
conta “Aplicações, Títulos e Valores Mobiliários” (Código 1.01.03.01). Somos favoráveis à segunda
corrente. Dessa forma, em 31-12-x4 a situação seria a seguinte:

2. Em alguns casos o Imposto de Renda na Fonte pode ser retido na data da aplicação; em outros casos,
na data do resgate (suponha-se Imposto de Renda na Fonte igual a 10%). Tanto na data da aplicação
como na do resgate, o lançamento seria:

Plano de
Data Débito Crédito
Contas
– – Imposto de Renda na Fonte 1.01.03.05 3.000.000 –
Bancos c/ Movimento 1.01.01.02 – 3.000.000
histórico: valor retido do IR conf. documento (10% ×
30.000.000)

9.3 Financiamentos

As operações de Financiamentos são recursos atrelados às necessidades de caixa das empresas para
manutenção ou para que elas possam executar algum investimento específico previamente acordado.

9.3.1 Empréstimos com juros prefixados


São empréstimos em que os encargos financeiros não variam proporcionalmente à inflação do período,
mas já são conhecidos no momento da concessão do empréstimo.
Suponha-se que uma empresa solicite um empréstimo em 1-12-x1 de $ 50.000.000, devendo pagar, em 90
dias (28-2-x2), $ 65.000.000; há, portanto, um encargo financeiro total de $ 15.000.000, ou seja, $ 5.000.000
por mês (Regime de Competência).
A contabilização recomendada em 1-12-x1 é:
Data Conta Débito Crédito
Dez./x1 31 Bancos c/ Movimento (Disponível) 1.01.01.02 50.000.000 –
Empréstimos a Pagar 2.01.05.01 – 50.000.000
histórico: (pela contabilização do principal)
Desp. Juros a Apropriar 3.01.04.01 15.000 –
31 Empréstimos a Pagar 2.01.05.01 – 15.000.000
histórico: (pela contabilização dos juros)

BALANÇO PATRIMONIAL 1-12-X1 Em $ mil


Ativo Circulante Passivo Circulante
Disponível 50.000 Emprést. Pagar 65.000
(–) Desp. Juros Aprop. (15.000)
50.000

Dessa forma, à medida que for passando o tempo, a Despesa de Juros a Apropriar será baixada como
despesa financeira. Em 31-12-x1 ter-se-á:

Por ocasião do pagamento, a conta Empréstimos a Pagar será baixada.


Muitas vezes, a empresa não tem recursos suficientes para cobrir suas obrigações geradas no processo
operacional. Então recorre a Empréstimos Bancários e utiliza parte de suas duplicatas, oferecendo-a como
garantia ao banco. Como remuneração ao capital de terceiros, a empresa pagará juros à instituição financeira
que estiver concedendo o empréstimo.

9.3.2 Desconto de duplicatas

Outra maneira de obter recursos financeiros com duplicatas é o Desconto de Duplicatas. A empresa
transfere (através de um endosso no verso do título) a propriedade das duplicatas ao banco (ou outro
financiador). Como contrapartida, a empresa recebe do banco o valor constante nas duplicatas menos os juros
(daí o título Desconto de Duplicatas) contados até seus vencimentos (das duplicatas). O banco, por sua vez,
receberá o valor total da duplicata do cliente da empresa. Todavia, se, no vencimento da duplicata, não houver
a sua liquidação (o banco não receber), a empresa deverá reembolsar ao banco (ela é corresponsável) o valor
total da duplicata descontada.

A Cia. Socialista, após sua primeira venda a prazo, de posse de uma duplicata emitida contra seu cliente,
Cia. Prestes, no valor de $ 80.000, encontra reais dificuldades para liquidar suas dívidas.
Uma saída é propor ao Banco General o desconto de sua duplicata, que vencerá daqui a 30 dias. O
gerente do banco concorda com o desconto, à base de uma taxa de juros de 4% ao mês.
Dessa forma, a Cia. Socialista endossa a duplicata, transferindo a propriedade desta para o Banco
General. O Banco General, por sua vez, libera $ 76.800 para a Cia. Socialista ($ 80.000 – 4% = 76.800) e
mais a alíquota do IOF.
A Cia. Prestes recebe um aviso de que deve liquidar a duplicata, na data do seu vencimento, em favor do
Banco General.
Observe-se que se a Cia. Prestes não liquidar junto ao banco a referida duplicata, estará a Cia. Socialista
obrigada a repor os $ 80.000 ao Banco General.

Contabilização
Pelo fato de a empresa que desconta duplicatas ser responsável pelo pagamento delas ao banco, na hipótese
de seu cliente não liquidar no vencimento, não se pode dar baixa nas duplicatas negociadas ao banco, por
ocasião do desconto, devendo, portanto, ser evidenciadas no balanço.
O critério de contabilização das Duplicatas Descontadas, no Ativo, foi reformulado, por ser ultrapassado.
Essa reformulação ocorreu após a criação do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), que editou o
Pronunciamento Técnico – CPC 38, mudando, sobremaneira, a forma de contabilização dessa operação.
Anteriormente, as Duplicatas Descontadas eram consideradas uma conta redutora da conta Clientes.
Com um novo estudo, essa reformulação adotou um novo critério, ou seja, o valor dessa conta não deve
fazer parte da composição do total do Ativo, tampouco reduzido da Conta Cliente. Conta Duplicata
Descontada, após a reformulação, passou a pertencer ao Passivo, não mais como conta Retificadora/Redutora
de Ativo.
Quando houver, por uma instituição financeira, a antecipação do valor, pois é essa a finalidade da operação
de desconto de duplicatas, o risco da cobrança, por parte da empresa junto aos seus clientes, permanece com a
entidade que descontou as duplicatas. Nesse momento surge a obrigação. Por conseguinte, a correta
contabilização das duplicatas passa a ser no Passivo.
Quando a Cia. Socialista desconta o título:

Data Conta Débito Crédito


xxxx xx Bancos c/ Movimento 1.01.01.02 76.800 –
Duplicatas Descontadas 2.01.05.04 – 76.800
histórico: ...
xx Encargos Financeiros a Apropriar 1.01.05.03 3.200 –
Duplicatas Descontadas
histórico: ... 2.01.05.04 – 3.200
80.000 80.000

Observe-se que os encargos financeiros, basicamente, as despesas bancárias e/ou financeiras, Imposto
sobre Operações de Crédito (IOF-Crédito) e os juros a que tem direito pelo período a transcorrer entre a data
do desconto e a data do vencimento das duplicatas. Assim, a conta Encargos Financeiros a Apropriar fica
classificada no Ativo Circulante – Despesas do Exercício Seguinte pagas antecipadamente até a sua baixa pro
rata tempore (proporcional ao tempo decorrido).
Admita-se que o final do mês seja 15 dias após o desconto. Para apurar o resultado mensal, metade dos
encargos seria baixada como despesa:

Por ocasião do aviso bancário pela liquidação do título, faz-se o seguinte lançamento:

Na hipótese de o título não ser liquidado pelo cliente, o banco deve debitá-lo automaticamente na conta da
Cia. Socialista. O lançamento na empresa seria o seguinte:

9.3.2.1 Factoring

Há empresas que compram os direitos (títulos) resultantes de vendas a prazo, pagando pelos títulos um
valor abaixo do valor face.
A empresa de factoring assume integralmente o risco do crédito (ao contrário do desconto de duplicata),
não havendo regresso do título (por exemplo, duplicatas), por isso, há um custo maior.
9.3.3 Empréstimos com juros pós-fixados (variações monetárias)

Em virtude da inflação do período, os índices para cálculo dos encargos financeiros são conhecidos após
a data do empréstimo.
Neste tópico, a rigor, pode-se tratar de forma individualizada da variação monetária e dos juros.

A – VARIAÇÃO MONETÁRIA
Entende-se como variação monetária a atualização de uma dívida (ou de um direito) em virtude da taxa de
câmbio. Essa variação é denominada variação cambial.
Conforme exigência da Lei das Sociedades por Ações, as obrigações em moeda estrangeira, com cláusula
de paridade cambial, classificadas no passivo, serão convertidas em moeda nacional à taxa de câmbio em vigor
na data do balanço.

B – JUROS
Além da variação monetária, há os juros que efetivamente remuneram o financiador. Normalmente, os
juros, no caso de correção monetária da dívida, incidem sobre o valor atualizado.
No caso de empréstimos em moeda estrangeira, normalmente são calculados sobre o valor da dívida
original e multiplicados pela taxa de câmbio do dia para a conversão em reais.
Os juros são calculados considerando-se o Regime de Competência. Então, periodicamente serão
apropriados, mesmo que não liquidados (não houve ainda a remessa).
As variações monetárias devem ser segregadas dos juros. Dessa forma, embora compondo o grupo
Despesas/Receitas Financeiras, as variações monetárias serão classificadas em conta distinta da dos juros.

Exemplo:

Se uma empresa contrai empréstimo, em moeda estrangeira, por exemplo, de 10.000 dólares, no início do
ano, com o dólar cotado a $ 1,60, sua dívida corresponde a $ 16.000 mil (10.000 dólares × 1,60).
Todavia, com a desvalorização do real, um dólar pode estar cotado a $ 1,90 no final do período. Dessa
forma, a dívida corresponde a $ 19.000 mil (10.000 dólares × $ 1,90) no fim do exercício, havendo
uma variação cambial de $ 3.000 mil (estes $ 3.000 mil são despesas para a empresa).

Contabilização
CIA. SIDERBRÁS
No momento do financiamento:
Contabilização de Juros (ainda não pagos):

9.3.4 Aspectos contábeis e tributários

As Normas Brasileiras de Contabilidade NBC-TG.25 determinam que devem ser constituídas provisões
sobre crédito de liquidação duvidosa ou sobre devedores com base em estimativas baseadas na ocorrência de
Riscos de Crédito. Já o Comitê de Supervisão Bancária sediado na Basileia estabeleceu regras para a
constituição de provisões para devedores duvidosos a serem seguidas pelos estabelecimentos bancários de todo
o mundo, que também podem ser adotadas pelas demais empresas.
A legislação tributária brasileira não considera essas provisões dedutíveis para efeito do cálculo do Imposto
de Renda, razão pela qual devem ser contabilizadas como Ajustes de Avaliação Patrimonial.
Em relação às Perdas no Recebimento de Créditos, a legislação tributária permite que os créditos contra
clientes inadimplentes, segundo determinadas regras legais, constantes no RIR/1999 – Lucro Real, sejam
deduzidas como despesas para efeito do cálculo do Imposto de Renda da PJ e da CSLL (Contribuição Social
sobre Lucro Líquido).

9.4 Descontos financeiros (condicionais)

Os descontos financeiros são os prêmios oferecidos pelo vendedor ao comprador, por um pagamento
antecipado de dívidas assumidas com transação de mercadorias. Normalmente, o vendedor indica, na nota
fiscal, ou na duplicata, que o valor da dívida é “X”, e que será cobrada, dentro de 90 dias, pelo seu próprio
valor; se for paga dentro de 60 dias, o comprador gozará de um desconto de 3%, e, se dentro de 30 dias, de
5%. Essas porcentagens variam segundo as condições; há, inclusive, os que concedem desconto a favor dos
que fazem o pagamento no próprio dia do vencimento.
Se o valor da venda for de $ 20.000.000 para pagamento em 60 dias, com 5% de desconto se o pagamento
for feito em 30 dias, e o cliente aproveitar tal prêmio, a contabilização ficará assim:
No Comprador:

No Vendedor:

Devem ser abertas contas especiais para os descontos financeiros obtidos e concedidos. Quanto ao
tratamento para elas, há grandes divergências. Para muitos autores, tais descontos devem ser deduzidos dos
valores de Vendas e de Compras, exatamente como foi feito com Devoluções, Abatimentos e Descontos
Comerciais.
Muitas críticas, entretanto, podem ser levantadas com relação a esse procedimento: tais descontos são
fornecidos não em função direta da transação da mercadoria, como no caso dos descontos comerciais;
tampouco decorrem de variações com as próprias mercadorias, como danos, avarias etc., que provocam
devoluções ou abatimentos; antes, dependem do pagamento da dívida assumida. São em função, pois, do
interesse e da possibilidade de a empresa efetuar o pagamento adiantadamente ou não, e não da transação
efetivamente realizada.
Além disso, há sempre o problema da apropriação: se a empresa efetua o encerramento do resultado em
31/12 de cada ano, por exemplo, as compras efetuadas no dia 10/12, cujo desconto seja para pagamento até
10/1 do ano seguinte, serão pagas com o aproveitamento do prêmio? Nem sempre a empresa tem conhecimento
de tal fato, e essa informação é de grande importância para a apropriação ao ano dos descontos financeiros de
tais compras. O mesmo sucede com as vendas. A empresa não sabe se seus clientes farão o pagamento
antecipadamente, e tais descontos não poderão ser deduzidos das vendas do ano seguinte.
Considerando os argumentos quanto à ligação do desconto financeiro com a própria venda, e quanto à
dificuldade e até impossibilidade de sua apropriação ao período, conclui-se que devem ser omitidos na
apuração do Resultado com Mercadorias.
Como melhor procedimento para o caso, conclui-se que este é a apropriação de todos os Descontos
Financeiros Obtidos e Concedidos como receitas e despesas que alteram o resultado, porém considerados
depois da apuração do Resultado Bruto.
Seus saldos serão transferidos diretamente para a conta de Resultado, e a demonstração dedutiva ficará:

Vendas 20.000.000
(–) CMV (14.000.000)
Resultado com Mercadorias (Lucro Bruto) 6.000.000
(+) Descontos Financeiros Obtidos 680.000
Soma 6.680.000
Menos:
Descontos Financeiros Concedidos (100.000)
Despesas Diversas (380.000) (480.000)
Lucro Líquido 6.200.000

Esse tratamento é o mais utilizado no Brasil e está de acordo com a Lei das Sociedades por Ações.

9.5 Instrumentos financeiros

Caracteriza-se como instrumento financeiro, conforme Instrução CVM nº 235/95, todo contrato que dá
origem a um ativo financeiro em uma entidade e a um passivo financeiro ou título representativo do patrimônio
em outra entidade. O Pronunciamento Técnico CPC 14 entende que:

Considerando-se a complexidade inerente aos instrumentos financeiros e ao processo de seu


reconhecimento, mensuração e divulgação nas demonstrações contábeis de acordo com as normas
internacionais de contabilidade, o CPC entende que o processo para migração das normas contábeis
brasileiras aplicáveis aos instrumentos financeiros deve ser realizado em duas etapas.
A primeira etapa constitui-se na emissão do presente Pronunciamento, que tem como objetivo
estabelecer os principais conceitos relativos ao reconhecimento e mensuração dos ativos e passivos
financeiros. [...]
A segunda etapa consistirá na convergência completa às normas internacionais de contabilidade
aplicáveis aos instrumentos financeiros, incluindo os tratamentos detalhados dos itens que não foram
considerados neste Pronunciamento, mas que estão presentes nas normas internacionais de
contabilidade aplicáveis a instrumentos financeiros.
Objetivo
O objetivo deste Pronunciamento é estabelecer princípios para o reconhecimento e a mensuração
de ativos e passivos financeiros e de alguns contratos de compra e venda de itens não financeiros e
para a divulgação de instrumentos financeiros derivativos.
[...]
Definições
Os termos a seguir são usados neste Pronunciamento com os seguintes significados:
Instrumento financeiro é qualquer contrato que origine um ativo financeiro para uma entidade e
um passivo financeiro ou título patrimonial para outra entidade.
Ativo financeiro é qualquer ativo que seja:
a) caixa;
b) título patrimonial de outra entidade;
c) direito contratual:
I)de receber caixa ou outro ativo financeiro de outra entidade; ou
II)de trocar ativos ou passivos financeiros com outra entidade sob condições
potencialmente favoráveis para a entidade;
d) contrato que será ou poderá vir a ser liquidado em títulos patrimoniais da própria entidade
e que seja:
I) um instrumento financeiro não derivativo no qual a entidade é ou pode ser obrigada a
receber um número variável dos seus próprios títulos patrimoniais; ou
II) um instrumento financeiro derivativo que será ou poderá ser liquidado por outro meio
que não a troca de montante fixo em caixa ou outro ativo financeiro, por número fixo de
seus próprios títulos patrimoniais. Para esse propósito os títulos patrimoniais da própria
entidade não incluem instrumentos que são contratos para recebimento ou entrega futura
de títulos patrimoniais da própria entidade.

Passivo financeiro é qualquer passivo que seja:


a) obrigação contratual:
I) de entregar caixa ou outro ativo financeiro para outra entidade; ou
II) de trocar ativos ou passivos financeiros com outra entidade sob condições
potencialmente desfavoráveis para a entidade; ou
b) contrato que será ou poderá ser liquidado com títulos patrimoniais da própria entidade e
que seja:
I) um não derivativo no qual a entidade é ou pode ser obrigada a entregar um número
variável de seus próprios títulos patrimoniais; ou
II) um derivativo que será ou poderá ser liquidado por outro meio que não a troca de
montante fixo de caixa ou outro ativo financeiro por número fixo de títulos patrimoniais
da própria entidade. Para esse propósito os títulos patrimoniais da própria entidade não
incluem instrumentos que são contratos para recebimento ou entrega futura de títulos
patrimoniais da própria entidade.

Título patrimonial é qualquer contrato que estabeleça um interesse residual nos ativos de uma
entidade após a dedução de todos os seus passivos.
Contrato de garantia financeira é um contrato que requer que o emissor faça pagamentos pré-
especificados ao detentor para reembolsá-lo de perda ocasionada pela inadimplência de credor
específico de acordo com os termos do instrumento de dívida.

9.5.1 Derivativos

O Pronunciamento Técnico CPC 14 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento, Mensuração e


Evidenciação define Derivativos como:

um instrumento financeiro ou outro contrato dentro do escopo deste Pronunciamento que possui
todas as três características seguintes:
a) seu valor se altera em resposta a mudanças na taxa de juros específica, no preço de
instrumento financeiro, preço de commodity, taxa de câmbio, índice de preços ou de
taxas, avaliação (rating) de crédito ou índice de crédito, ou outra variável, às vezes
denominada “ativo subjacente”, desde que, no caso de variável não financeira, a variável
não seja específica a uma parte do contrato;
b) não é necessário qualquer desembolso inicial ou o desembolso inicial é menor do que
seria exigido para outros tipos de contratos onde seria esperada resposta semelhante às
mudanças nos fatores de mercado; e
c) deve ser liquidado em data futura.
Os Derivativos são ativos financeiros que derivam de outro ativo. Em outras palavras, são ativos
financeiros que estão amarrados aos ativos que lhes servem de referências. Podem ser negociados em Mercado
de Balcão ou em Bolsa. Contratos de swap, a termo ou produtos negociados diretamente em bancos ou fora da
bolsa de valores são conhecidos como mercado de Balcão. Operações a Termo, Futuro e de opções são
negociadas em bolsa (de Valores e de Mercadoria e Futuro). São exemplos de
derivativos: commodities (matérias-primas), câmbio, ouro e até mesmo índices da Bolsa de Valores.
De maneira geral, o mercado classifica diversas abordagens de derivativos: derivativos financeiros
(operação de hedge, mercado de opções, swaps etc.), derivativos de crédito, derivativos agropecuários, fundos
de derivativos etc.
Hedge quer dizer “cerca”, proteção. Visa compensar os riscos que poderão afetar o fluxo de caixa. Se a
empresa tem uma dívida em dólar, poderá negociar um contrato de dólar futuro, por exemplo, com a
BM&FBovespa para garantir uma cotação estabelecida no momento do pagamento. Qualquer que seja a
oscilação da cotação do dólar (para cima ou para baixo), a empresa fica garantida na cotação negociada.
Contrato de swap significa um contrato de troca. Uma empresa comercial exportadora que
consequentemente tem receita em dólar poderá garantir certas obrigações com taxas de juros fixos, atrelando
um contrato que se comprometa a pagar a oscilação se o dólar cair.
Mercado de opções caracteriza-se por negociações de valores (ações, commodities) com preços e prazos
preestabelecidos em contrato.

9.5.2 Contabilização dos instrumentos financeiros derivativos

Estas operações são contabilizadas a valor de mercado. Entenda-se como valor de mercado o valor que se
pode obter com a negociação do instrumento financeiro em um mercado ativo, em que comprador e vendedor
possuam conhecimento do assunto e independência entre si, sem que corresponda a uma transação compulsória
ou decorrente de um processo de liquidação.

Exemplo 1. Conforme a alínea a do inciso I do art. 183 da Lei das Sociedades por Ações: aplicações
destinadas à negociação ou disponíveis para venda.

Vamos admitir a compra de um título governamental por R$ 100.000, com um rendimento de R$ 20.000
e com um valor de mercado de R$ 130.000 no encerramento do Balanço e rendimento de R$ 15.000 no ano
seguinte até o momento do resgate de R$ 135.000:

a. Compra

b. Reconhecimento dos Recebimentos

c. Ajuste do título a valor de mercado


(os administradores têm a intenção de vender este título no final do ano seguinte)
d. Resgate de aplicação

Serão classificadas como Ajuste de Avaliação Patrimonial (PL), enquanto não computadas no resultado,
em obediência ao Regime de Competência, as contrapartidas de aumento ou diminuições de valor atribuído a
elementos ativo e passivo, em decorrência da sua avaliação a Preço de Mercado (§ 3º do art. 182 da Lei nº
11.638/07).

Exemplo 2. A empresa Realce exportadora de café assinou um contrato em 2-12-20x8 para venda de
10.000 sacas de café para dezembro de 20x9 (entrega). Para maior segurança, a exportadora faz um derivativo
para proteger o preço na data da entrega. Adquiriu um contrato de venda no Mercado Futuro da BM&FBovespa
com vencimento para dez./20x9 em R$ 950,00 por saca, com valor nocional de R$ 9.500.000,00 (R$ 950,00
× 10.000 sacas). Poderia efetuar qualquer outro derivativo como compra de dólar futuro, swap etc.
Vamos admitir que em 2-12-20x8 o valor de mercado por saca seja de R$ 800,00. Se este preço
permanecesse até a data da entrega, a empresa exportadora receberia R$ 150,00 por saca (R$ 950,00 – R$
800,00). A oscilação diária dos preços deste contrato dá origem à chamada margem de garantia, ou seja, quando
o preço varia para cima de R$ 950,00 a saca, a empresa é obrigada a depositar a diferença em dinheiro na
Custódia da BM&FBovespa; se o preço variar para baixo de R$ 950,00 a saca, a empresa recebe a diferença
em dinheiro da Custódia da BM&FBovespa.
Na contabilização, é possível reconhecer a exportação de mercadorias, quando a conta é a receber, como
ocorre em contrato firme; já quando a conta é a pagar (passivo), a ocorrência desse reconhecimento de
exportação de mercadoria é durante a venda no mercado futuro. A diferença entre o valor a receber e o valor
a pagar será lançada em conta de variação patrimonial. Em contas a receber, será registrada a variação cambial
mensal; a contrapartida será a conta de variação patrimonial. Em contas a pagar, será registrada a margem de
garantia; e a contrapartida será a conta caixa. Veja as seguintes tabelas:

Tabela 1 Contrato firme de exportação de mercadorias.


US$ R$
Mês Sacas café Valor Unitário Total Cotação US$ Valor Unitário Total Variação Cambial
1 10.000 683,7607 6.837.607 1,1700 800,000 8.000.000 0
2 10.000 683,7607 6.837.607 1,1723 801,600 8.016.000 16.000
3 10.000 683,7607 6.837.607 1,1616 794,225 7.942.253 (73.747)
4 10.000 683,7607 6.837.607 1,1639 795,814 7.958.137 15.885
12 10.000 683,7607 6.837.607 1,5829 1.082,307 10.823.067 2.864.929

Valor em US$
Neste exemplo, o contrato é de venda de 10.000 sacas de café a US$ 683,7607 a saca, gerando um total de
US$ 6.837.607.

Valor em R$
Demonstra os valores em reais no decorrer dos meses levando-se em consideração a flutuação do dólar até
o 12º mês, com valor de R$ 10.823.067 e variação cambial de R$ 2.864.929.
Tabela 2 Contrato no mercado futuro de mercadorias na BM&FBovespa.
Margem de garantia
Mês Quantidade Valor unitário Total A receber A pagar
1 10.000 950,0000 9.500.000
2 10.000 951,9000 9.519.000 19.000
3 10.000 943,1425 9.431.425 (87.575)
4 10.000 945,0288 9.450.288 18.863
12 10.000 1.082,3067 10.823.067 1.372.779
Total (87.575) 1.410.642

Nesta tabela é demonstrada a variação das cotações do mercado futuro das sacas de café; no momento da
liquidação o valor unitário em dólar é igual ao valor do contrato. Cabe ressaltar que a contabilização da margem
de garantia faz com que o instrumento esteja a valor de mercado.

Resumo da operação:
Total em R$ que a empresa vai receber na exportação (Tabela 1) = R$ 10.823.067
Total líquido das margens de garantias pagas à BM&FBovespa (Recebeu R$ 87.575 e pagou R$ 1.410.642) = (R$ 1.323.067)
Valor líquido = R$ 9.500.000

Se o dólar variasse para baixo fazendo com que o preço da saca de café ficasse abaixo de R$ 950,00, a
empresa receberia da BM&FBovespa a diferença e igualaria a R$ 9.500.000.

Contabilização:

1. (Mês 1) Na contratação do Mercado Futuro:


D - Conta a receber
Valor do contrato firme R$ 8.000.000
C - Contas a pagar
Contrato de venda mercado futuro R$ 9.500.000
D - Ajustes de Variação Patrimonial
pela diferença R$ 1.500.000

2. (Mês 2) Variação cambial e chamada de margem de garantia:


Variação cambial
D - Contas a receber R$ 16.000
C - Ajustes de Variação Patrimonial R$ 16.000
Chamada de margem
D - Ajustes de Variação Patrimonial R$ 19.000
C - Caixa R$ 19.000
3. (Mês 3) Variação cambial e chamada de margem de garantia:
Variação cambial
D - Ajustes de Variação Patrimonial R$ 73.747
C - Contas a receber R$ 73.747
Chamada de margem
D - Caixa R$ 87.535
C - Ajustes de Variação Patrimonial R$ 87.535
4. (Mês 4) Variação cambial e chamada de margem de garantia:
Variação cambial
D - Contas a receber R$ 15.885
C - Ajustes de Variação Patrimonial R$ 15.885

Chamada de margem
D - Ajustes de Variação Patrimonial R$ 18.863
C – Caixa R$ 18.863
5. (Mês 12) Variação cambial e chamada de margem de garantia e liquidação dos contratos:
Variação cambial
D - Contas a receber R$ 2.864.929
C - Ajustes de Variação Patrimonial R$ 2.864.929
Chamada de margem
D - Ajustes de Variação Patrimonial R$ 1.372.779
C – Caixa R$ 1.372.779
Exportação de mercadorias recebimento à vista
D – Caixa R$ 10.823.067
C - Contas a receber R$ 10.823.067
D - Contas a pagar
(Mercado Futuro) R$ 10.823.067
C - Receitas de vendas R$ 10.823.067

Tabela 3 Resumo das contas contábeis.

9.5.3 Aspectos gerais – Efeitos de ceder créditos contra clientes inadimplentes

As operações lastreadas por derivativos de crédito são aquelas em que determinada pessoa física ou
jurídica adquire títulos emitidos por inadimplentes e, assim, assume o risco de cobrar esses vencidos e não
liquidados diretamente do devedor.
As operações com derivativos também podem ocultar uma eventual falência em razão de inadimplência
generalizada, que muitas vezes resulta no risco sistêmico que se explica como ocorrência de falência em cadeia.

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