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Auditoria Contábil – aula 10

Procedimentos de Auditoria em Itens


Específicos
Marcílio Nascimento de Farias – MSc.
Natureza das Contas
ATIVO – APLICAÇÃO PASSIVO – FONTE

Circulante---------------------------900 Dívida ---------- 700 – CREDOR

Não Circulante----------------- 1.100 P. Liquido ---- 1.300 – SÓCIO

TOTAL-----------------------------2.000 TOTAL-----------------------------2.000

Ativo - Natureza devedora


Convenção
Conta é devedora – saldo aumentam com débito
ATIVO
– Disponibilidades
– Antes de executar o exame do disponível, o
auditor deve avaliar os riscos das contas
envolvidas, além de testar o controle interno.
Interessa em especial, o exame dos seguintes
controles internos.
Ativo
– Disponível
– Sistemas de autorização
– Segregação de funções
– Controles de pagamentos e Recebimentos
– Conciliações
– Acesso aos ativos
ATIVO
– A Conta caixa e equivalentes normalmente
possuem um risco inerente maior, pois são ativos
de alta liquidez. Em razão disso, podem ser
facilmente desviados e usados para fins não
autorizados.
– No ativo testamos a superavaliação. O principal
procedimento relacionado ao caixa é efetuar a
contagem física do numerário, que deve ser
executada sem prévio aviso.
ATIVO
– Havendo mais de um caixa, que seja feita a
contagem de forma simultânea para evitar
transferência de numerário de um caixa para
outro.
– O auditor não deve permanecer sozinho de posse
do numerário
– O principal objetivo é concluir pela validade da
afirmação existência.
ATIVO
– Para realização da contagem de caixa, o auditor
deverá tomar os cuidados necessários para que o
resultado seja válido, resumidos nas sentenças
abaixo(AFTN/Esaf/1996):
• Realização de contagem sem prévio aviso
• Obtenção de declaração formal de devolução de
numerários contados
• Anotação de contagem em papel de trabalho
• Certificar-se do número de caixa existentes na empresa.
ATIVO
– Adicionalmente, podemos chamar a atenção para
os seguintes aspectos que podem induzir a
distorções:
• Cheques de pessoas ligadas- A firma não pode
financiar o empregado.
• Vales antigos ou do responsável pelo caixa
• Cheques antigos
O Cutoff- Corte
– Enquanto o auditor está realizando os testes de
auditoria, a empresa continua em plena operação,
recebendo recursos de sua atividade e efetuando
os pagamentos. Nessas condições é impossível
efetuar uma contagem do caixa. É preciso
determinar a data do corte (cutoff).
– Ao fazer o Cutoff, o auditor delimita o período
objeto da contagem e certifica-se de que tudo
esteja registrado.
O Cutoff
– É técnica empregada para várias espécies de
contas. Certamente lhe é familiar a expressão
“fechado para balanço”, que consiste em uma
espécie de cutoff, uma interrupção do fluxo de
atividades para que fosse possível contar o caixa,
estoques e apurar CMV [Ei+(C-Dc)-Ef] -para
empresa que não se utilizam do inventário
permanente.
O Cutoff
– Além de executar os testes substantivos mencionados,
o auditor pode se apoiar em testes de controle sobre a
referida conta. Embora seja possível destacar um ou
outro procedimento de auditoria em especial, ele terá
sempre a disposição os sete procedimentos já
estudados. Por exemplo: pode usar indagação
(funcionários), a inspeção (documentos), pode
observar a execução do controle sobre o caixa, pode
fazer a reexecução do controle e outros.
Saldo Credor de Caixa
– O caixa tem natureza devedora, jamais deveria ter
saldo credor. Tal fato é indícios que não foi
realizado alguma entrada (caixa 2). Se não for
decorrente de erro....fraude.
– Para praticar caixa 2, a firma deixa de registrar
entradas na conta caixa (mantendo um caixa
paralelo) provavelmente para sonegar impostos
ou burlar outros sistemas de controle e prestação
de contas.
Saldo credor de caixa
• No momento em que a entidade registra as
saídas de caixa ou o auditor identifica saídas
não registradas e reconstitui o saldo da conta,
verifica que há um desequilíbrio não
sustentado pela realidade, que é o caixa
negativo ou credor.
Teste Rápido
• (TJ –PI-FCC/2009) – pode ocorrer saldo credor das disponibilidades de
uma pessoa jurídica se:
• a) o volume de compras for maior do que o volume de venda a vista
• b) ocorreu omissão de registro de vendas já recebidas
• c) o volume de compras for maior que o volume de vendas a prazo
• d) as receitas de vendas foram menores do que o custo das mercadorias
ou produtos vendidos
• e) ocorreu omissão do registro de vendas ainda não recebidas.
Bancos
– Também de alta liquidez. O principal procedimento
(circularização) ou confirmação externa.
– Em toda conta de grande fluxo é necessário estabelecer
cutoff (cheques, remuneração de aplicações, conciliação
bancária)
– O principal objetivo é concluir quanto a validade da
afirmação existência
– Também devemos avaliar os riscos (sistemas de
autorizações, limites de alçada e distribuição de senhas
de acesso.
Conciliação Bancária
– É um demonstrativo de controle elaborado pela empresa
em que são verificados se todos os lançamentos
constantes do extrato bancário estão registrados no razão
contábil da conta bancos. Ao se confrontar a contabilidade
(razão) com o documento externo (extrato bancário) ,
serão identificados eventualmente, lançamentos não
contabilizados e lançamentos contabilizados mas não
registrados ainda no extrato bancário. O saldo do razão
raramente coincide com o saldo do extrato bancário, mas
as diferenças devem estar identificadas. Por exemplo:
Conciliação Bancária
• Lançamentos que constam do extrato mas não
constam da contabilidade
• Taxas bancárias; saque fraudulento, outras despesas
que só se tem conhecimento pelo extrato
• Lançamentos que constam da contabilidade
mas não constam do extrato
• Cheque emitido e não sacado; cheque recebido e
devolvido por insuficiência de fundos
Conciliação bancária
• A conciliação lista essas pendências para que a
empresa adote as medidas cabíveis no caso de erro
ou identificação de fraudes.
• Uma dessas medidas cabíveis por exemplo seria o
lançamento contábil de ajuste do elemento que
consta em um (extrato) e não consta no outro
(contabilidade). Como procedimento de auditoria, o
auditor deve revisar as conciliações mensais feitas
pela empresa.
Questão
– O auditor constata que uma conciliação bancária
preparada pelo auditado está correta se, a partir
do saldo presente dos livros contábeis, Chega ao
saldo do extrato bancário mediante a soma dos
depósitos em trânsito e dos cheques sem fundos
(recebidos) e a subtração dos cheques (emitidos)
ainda não descontados.
– ( ) certo
– (x) errado
Solução e explicação da questão anterior
• Saldo conta bancos na contabilidade (razão)
• ( - ) Deposito em transito
• ( - ) cheques (recebido) sem fundos
• ( +) cheques (emitidos) ainda não descontados
• (=) Valor conforme extrato bancário
Dicas
– Uma forma didática de conciliação é separando os
lançamentos que constam apenas em um dos documentos
(razão ou extrato), dividindo-os em 4 grupos.
– SALDO DO RAZÃO
– a) nós debitamos e o banco não creditou
– b) o banco debitou e nós não creditamos
– c) nós creditamos e o banco não debitou
– d) o banco creditou e nós não debitamos
– SALDO DO RAZÃO (–) SOMA DOS DÉBITOS + SOMA DOS
CRÉDITOS = SALDO DO EXTRATO.
Exemplo de conciliação
• Em 31/12/2008, o extrato bancário da conta corrente
que a Cia. Delta mantém junto ao banco Épsilon
demonstrava um saldo credor de R$ 47.600,00. em sua
escrituração contábil o saldo da mesma conta corrente
era devedor em R$45.530,00. o auditor independente
por meio da análise do extrato bancário, apurou os
seguintes fatos não registrados na contabilidade.
• I – Aviso de lançamento a débito, efetuado pelo banco,
de 680 relativo a conta de luz
• II – aviso de lançamento a débito de 2.000, em virtude
de devolução de duplicata descontada por falta de
pagamento do sacado.
Exemplo de conciliação
• III – devolução de cheques de terceiros , depositados pela Cia. No
valor de 1.450 em virtude de insuficiência de fundos
• IV – aviso de crédito de duplicata de emissão da Cia. Em cobrança
no banco, no valor de R$4.500,00 mais os juros pelo atraso nos
pagamentos de R$200,00.
• No processo de conciliação bancária o auditor verificou que havia
cheques emitidos pela Cia. No valor de R$2.700,00 e depósitos
efetuados em cheques que ainda não tinha sido creditado na conta
da sociedade pelo banco em virtude de sua compensação no valor
de R$1.200,00. logo, o saldo correto da mencionada conta
corrente , em 31/12/2008, encontrado pelo auditor após a
conciliação bancária é ( em reais) a R$ ____________?
Solução e explicação da questão anterior
SALDO DO RAZÃO 45.530 A

Nós debitamos e o banco não creditou

O banco debitou e nós não creditamos

SALDO DOS DÉBITOS B

Nós creditamos e o Banco não Debitou

O banco creditou e nós não debitamos

SOMA DOS CRÉDITOS C

SALDO DO EXTRATO A - B +C D
Conciliação Bancária
– Para termos certeza de que não erramos na
conciliação, veja que o total da planilha coincide
com o total do extrato bancário de (R$47.600).
Para justificar o saldo contábil, devemos identificar
o que ficou faltando contabilizar:
– Saldo ------------------------------------ 45.530
– ( - ) créditos ---------------------------- 4.130
– ( + ) débitos----------------------------- 4.700
– Saldo contábil -------------------------- 46.100
Conciliação Bancária
– Observe que R$2.700 e R$1.200 já estão lançados
na contabilidade, portanto não requerem ajustes.
– Por outro lado não foram contabilizados os
lançamentos a crédito de R$680, R$2.000 e
R$1.450; e os lançamentos a débito de R$4.500 e
R$200.
– Assim, após tais ajustes, o saldo que deverá
constar na contabilidade é de 46100.
Contas a Receber
– Principal procedimento é a confirmação externa.
Entretanto as duplicatas a receber desdobram-se
noutras direções. Assim, apenas a confirmação
externa talvez não seja suficiente para confirmar
todas as afirmações envolvidas. Exemplos de tais
desdobramentos: PPCLD,
PPCLD validade dos títulos,
gravames, valor presente e outros.
Contas a receber
– São procedimentos comumente aplicados às
contas a receber:
– Contagem de duplicatas a receber;
– confirmação externa,
– recálculo de juros e correções;
– revisão da classificação de curto e longo prazo;
– conferência de valores;
– correlação com vendas
Questão
• Nos trabalhos de auditoria, o procedimento de
circularização é INADEQUADO para a
confirmação do saldo de contas a receber.
• ( x ) certo
• ( ) errado
Contas a receber
– Algumas afirmações que o auditor precisa validar
são:
– Existência
– Avaliação
– Direitos e obrigações
– Apresentação e divulgação
Contas a receber
– Para obter conclusões para todas as afirmações
que precisam ser validadas, será necessário
selecionar o procedimento de auditoria adequado
as circunstâncias, por exemplo: a inspeção de
documento poderia confirmar a afirmação
existência das contas a receber.
– Entretanto nada poderíamos concluir a respeito de
eventuais gravames ou cessão de direitos a
terceiros como factoring e outros.
Contas a receber
– Indo mais além, não conseguiremos confirmar se o
devedor terá condições de efetuar o pagamento, o
que nos deixa em aberto a validação da afirmação
avaliação, conseqüentemente a afirmação
apresentação e divulgação no balanço, pode estar
distorcida, já que poderia haver necessidade de
registro de PPCLD ou despesas com créditos
incobráveis.
Contas a receber
– Note que há normalmente, mais de uma afirmação
a ser validada, o que pode exigir procedimentos
adicionais de auditoria. Ainda assim, podemos
destacar a confirmação como procedimento
básico.
– “em auditoria de contas a receber e a pagar,
utiliza-se comumente o teste substantivo de
confirmação.” (auditor/infraero/FCC – 2009)
Estoques
– Como toda conta de ativo, a maior preocupação é
saber se há risco de superavaliação. Avaliação:
custo ou valor realizável líquido ( o menor)
– Os pontos sensíveis do estoque estão associados
a sua respectiva realização.
Estoques
– Um importante teste nos estoques é a inspeção
mediante inventário (contagem). Como qualquer
conta, um determinado procedimento de auditoria
pode gerar evidencia sobre uma determinada
afirmação específica, deixando algumas
afirmações sem respostas, o que exige aplicações
de outros procedimentos.
Estoques
– Ao realizar o inventário, o auditor conclui que o
estoque existe, mas não pode concluir por sua
propriedade, ou gravames que tenham os
estoques, por exemplo.
– Podemos indicar ainda inspeção e observação para
detectar estoques morosos e deteriorados.
Estoques
– Procedimentos comumente usados nos estoques,
segundo Araújo (2012):
– Contagem física; revisão do inventário; exame de
NF entrada e saída, exame de estoques de baixa
rotatividade, exame de estoques obsoletos;
confirmação de estoques em poder de terceiros
Estoques
• Antes de iniciar o trabalho, o auditor deve proceder ao
corte, que consiste em verificar os controles sobre os
estoques que vão ser inventariados, anotando as
últimas entradas e as últimas saídas. Esse processo
tem por finalidade assegurar que a movimentação de
última hora dos estoques não afete a integridade do
inventário.
• (analista / Sebrae / cespe /2008)
Estoques
– O cutoff nos estoques visa evitar que itens ainda
não contabilizados entrem e saiam dos estoques .
Merecem atenção especial as compras e vendas
de estoques nas últimas semanas que antecedem
ao final do exercício social.
– A contagem de itens é executada pela entidade, o
auditor apenas acompanha e faz os testes.
Estoques
• O auditor deve acompanhar e observar pessoalmente a
contagem do estoque, embora a responsabilidade pela
execução do inventário seja da companhia.
• (analista TJ-PI/FCC/2009)
• Deve ser observado ainda os seguintes aspectos:
• a) se há itens em consignação
• b)Se as normas de inventário são cumpridas pelos
funcionários
• c)Se todo o estoque foi inventariado
Estoques
– Como a contabilidade utiliza um sistema de
débitos e créditos e sabendo que os débitos na
conta estoque tem como contrapartida créditos
em contas a pagar e, por sua vez, créditos na conta
estoque tem como contrapartida débitos na conta
CMV, é provável que por meio destes testes sejam
gerados evidências sobre CMV (custos) e contas a
pagar (passivo) .
Estoques
– Chamamos de teste principal e secundário. O teste
principal (em estoques) é um teste secundário para
CMV e contas a pagar. Como conseqüência do teste
principal , alguma evidência secundária é gerada.
– Aproveitando-se do sistema de débito e crédito e a
correlação entre contas, é possível utilizar ainda
alguns procedimentos analíticos, como:
• Correlação dos estoques com a conta fornecedores
• Correlação dos estoques com a conta CMV
Estoques
– Partindo-se do princípio de que para cada débito
houve um crédito no mesmo valor, constatamos
que ao analisar uma conta estamos indiretamente
avaliando outras. No caso de estoques, temos
relações com a juste a valor justo, fornecedores e
CMV.
Estoques em poder de Terceiros
• A empresa pode manter estoques em poder de
terceiros, situação comum na industrialização por
encomenda e na consignação. Na industrialização por
encomenda, o estoque sai para ser beneficiado e depois
retorna ao encomendante; na consignação, o estoque
sai para ser vendido, pelo consignatário, retornando ao
proprietário, se não vendido. É possível que haja
estoques em recintos alfandegados, armazéns, etc.
Estoques em poder de Terceiros
– O auditor deve obter a confirmação da existência
desses estoques, sendo recomendável, segundo a
boa prática e a doutrina, que se faça inspeção em
vez de mera confirmação, por essa razão foi
considerada errada a seguinte assertiva.
• No caso de estoques da Cia em poder de terceiros,
mesmo que seja relevante o seu valor, uma simples
confirmação do fornecedor é suficiente para assegurar
a exatidão do seu montante. (Analista TJ-PI/FCC/2009)
Realizável a Longo Prazo
– Especial atenção a classificação dos itens, especialmente quanto a
créditos de acionistas, diretoria e demais pessoas ligadas decorrente
de operações não usuais. São bastante semelhantes aos itens do
circulante quanto aos critérios de avaliação e testes empregados.

– Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:    


– No ativo realizável a longo prazo:
prazo os direitos realizáveis
após o término do exercício seguinte, assim como os
derivados de vendas, adiantamentos ou empréstimos a
sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores,
acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da
companhia;
Investimentos
– Segundo Araújo (2012), os principais
procedimentos de auditoria de investimentos
são:
a) Inspeção física de títulos
b) Recálculo de provisões
c) Recálculo de equivalência patrimonial
d) Confirmação externa
Imobilizado
– A principal preocupação na auditoria do
imobilizado é quanto a superavaliação. O auditor
deve avaliar quanto a razoabilidade das
estimativas da administração, depreciações e
presença de bens obsoletos e inservíveis.
– São nos critérios de reconhecimento que se
pontuam os principais pontos de atenção.
Imobilizado
– Um item deve ser reconhecido como imobilizado se,
simultaneamente:
a) For provável que futuros benefícios econômicos
associados ao item fluirão para entidade e;
b) O custo do item poder ser confiavelmente mensurado
segundo o CPC 27.
Deve-se ficar atento a classificação de itens como
equipamentos para uso e peças de reposição, cuja
classificação no imobilizado depende de sua expectativa de
vida útil.
Imobilizado
– Resume os objetivos dessa auditoria o
pensamento de Franco e Marra (2000), utilizado
como enunciado de questão discursiva na prova
Sebrae/Cespe/2008.
• Os exames referentes ao ativo imobilizado tangível tem
como objetivos principais: a verificação da existência,
propriedade e posse desses bens, assim como de ônus
sobre eles; sua contabilização, inclusive classificação; os
critérios de avaliação adotados, compreendidas
atualizações, acréscimos, reavaliações, depreciações e
baixas.
Imobilizado
• Posse é a exteriorização da propriedade, o possuidor é aquele que age
como se fosse proprietário. O artigo 1196 trata da posse no Código Civil e
diz que: Possuidor é aquele que exerce, de fato ou não, algum (qualquer
um) dos poderes inerentes à propriedade. O artigo 1228 diz que o
proprietário é aquele que pode usar, gozar, dispor ou pode reaver a coisa.
• Usar é servir-se das utilidades da coisa, direito de uso; Gozar a coisa é
receber os frutos; Dispor em regra é o direito de se desfazer da coisa:
vender, doar, destruir, abandonar, dar em garantia ou pagamento e
Reaver é o direito de ir atrás, o direito de retomar a coisa.
Imobilizado
• A Propriedade é plena quando o proprietário possui os três poderes nas
mãos usar, gozar e dispor, um exemplo de propriedade limitada é o
usufruto. São duas pessoas exercendo o direito: o usufrutuário tem o
direito de usar e gozar da coisa e o nu-proprietário que só tem o direito de
dispor da coisa. Usufruto é temporário.
• Propriedade precisa de ato solene e a Posse é situação de fato. Como
características do direito de propriedade a principal é a Faculdade de usar,
gozar, a disposição e ainda o direito de reaver a coisa de quem
injustamente a detenha. Direito absoluto, mas com as devidas ressalvas
como exemplo a Função social e as limitações como o direito de
vizinhança, servidões administrativas, parcelamento do solo, rodízio de
veículos entre outros.
Imobilizado
– São procedimentos
– Inspeção física e documental
– Recalculo de ajustes (impairment)
– Recálculo de depreciações
• Na verificação de eventuais ônus sobre imóveis de
propriedade da entidade auditada, consultam-se dentre
outros documentos, certidões atualizadas do registro de
imóveis, contrato de compra e venda ou de
financiamento desses bens, assim como contratos de
financiamento e parcelamento de dívidas.
(ACE/TCU/Cespe/2008).
Imobilizado
– O auditor deve ficar atento a capitalização das
contas, pois dispêndio de manutenção podem
estar sendo alocados em vez de nas contas de
despesas, gerando superavaliação do ativo.
– Despesas que aumentam a vida útil dos ativos,
em geral são capitalizadas e passam a compor o
próprio bem, sofrendo depreciação com este.
Imobilizado
• Exemplo
• Os dispêndios com trocas de fluidos, filtros e velas de
um veículo, classificados como imobilizados seriam
corretamente lançados na conta de despesas, desse
modo:
• D – despesas com manutenção
• C – caixa/bancos
Imobilizado
• Exemplo
• Por sua vez a substituição do motor do veículo seria
corretamente lançada debitando-se o próprio ativo em
função da durabilidade, aumento de vida útil,
sujeitando-se a diluição das despesas por meio de cotas
mensais de depreciação, sem prejuízo da avaliação por
valor justo, caso essa soma resulte em valor demasiado,
conforme teste de impairment.
• D – veículos
• C – Caixa/bancos
Imobilizado
– Observe que, no 1º caso, o valor transita
imediatamente, por despesas, reduzindo o
resultado. No 2º, há um aumento do valor do ativo
e diluição da despesa via depreciação por
competência.
– Assim, fica claro como um apolítica da empresa ou
erro quanto a um critério contábil pode distorcer
uma demonstração contábil.
Imobilizado
– Outro ponto de atenção do auditor é no sentido
inverso, ou seja: alguns bens podem não estar
sendo ativados e sendo lançados diretamente
como despesas.
Passivo
– Os passivos são mais testados para subavaliação.
Ocorrência, classificação, valoração, integridade
são algumas das afirmações a serem validadas.

– A confirmação externa será sempre um


importante procedimento, especialmente por ser
externo a entidade, para confirmar informações
de conhecimento de terceiros.
Passivo
• A circularização de fornecedores é um procedimento
empregado na auditoria de contas do passivo para
confirmar a existência da obrigação. (Analista de
controle interno/Funpresp-Jud/Cespe/2016)

• A circularização de passivo é considerada muito eficaz


para detectar a omissão de passivo. O auditor não deve
restringir o pedido de confirmação aos credores em
aberto, mas incluir também outros com os quais a
empresa tenha transacionado.
(analista/Cesp-TJ-CE/2008)
Passivo
– A advertência da assertiva tem sua razão: no caso
da empresa não escriturar a totalidade das contas
a pagar (passivo omitido) com fornecedores, e
considerando que o maior risco do passivo é a
subavaliação, a ausência do registro poderá levar o
auditor a concluir que não existe o fornecedor ou
o passivo.
Passivo
– Para minimizar esse risco, ao solicitar confirmação
aos fornecedores, é recomendável que o auditor
também o faça, para outros fornecedores
recentes, ainda que os saldos contábeis sejam
zero.
• A circularização deve abranger o maior percentual
possível de valores combinado com o menor
percentual possível dos credores correspondente a
esses credores. (analista/TJ-CE/Cespe/2008/adaptada)
Passivo
– Franco e Marra (2000)recomendam que a circularização de
credores contemplem pelo menos 80% do saldo da conta e
pelo menos 10% dos fornecedores.
– Isso não é regra, na verdade esse julgamento é feito à luz
das circunstâncias, mas já foi objeto de prova nos seguintes
termos da assertiva correta:
• Recomenda-se, usualmente, que o procedimento de
circularização da conta fornecedores abranja, pelo menos: 80%
do valor da conta e 10% dos fornecedores. (Auditor
Jr./Itaipu/UFPR/2012)
Passivo
– O auditor não deve se limitar a confirmação
externa. Procedimentos adicionais como análise
da correlação com estoques e compras, exames
das duplicatas e faturas, boletins de contas a pagar
e recálculo de juros podem gerar evidências
adicionais.
Passivo
– Uma das questões mais sensíveis é o
reconhecimento das provisões. Provisões são uma
obrigações presentes e é provável que seja
necessário uma saída de recursos para liquidar a
obrigação. Uma provisão é reconhecida quando:
• A entidade tem uma obrigação presente (legal ou não
formalizada) como resultado de um evento passado;
• Seja provável que será necessária uma saída de recursos que
incorporam benefícios econômicos para liquidar uma obrigação.
• Possa ser feita uma estimativa confiável do valor da obrigação.
Passivo
– Nos termos do CPC 25 provisão é passivo de prazo
ou valor incertos.
– Passivos contingentes – que não são reconhecidos
como passivo (CPC 25-13)
Passivo
– Passivo fictício
• O auditor pode se deparar com passivo fictício que,
como o nome sugere, é um passivo registrado, mas que
não existe de fato. A manutenção do passivo fictício
está associada, geralmente a omissão de receitas.
• A entidade, para burlar terceiros, geralmente o fisco,
deixa de reconhecer parte de suas receitas na
contabilidade, mantendo caixa paralelo. Em razão da
insuficiência do registro de receitas na contabilidade,
não há saldo no caixa (caixa oficial) da entidade....
Passivo
– Passivo Fictício
• ....Para formalmente registrar o pagamento do passivo
mediante crédito na conta caixa e débito na conta de
passivo. Se fosse realizado o lançamento, o caixa seria
credor, o que não é possível.
• Assim, a empresa mantém o passivo na contabilidade,
ainda que haja quitado com recursos do caixa 2,pela
simples impossibilidade de se fazer o registro oficial de
baixa sob pena de estourar a conta caixa.
Patrimônio Líquido
– Alguns dos procedimentos aplicados no PL,
segundo Araújo (2012) são:

a) Contagem de cautelas de ações ;


b) confirmação de participação acionária;
c) Recálculo de reservas e dividendos;
d) correlação com a área de resultados
Patrimônio Líquido
– Segundo Franco e Marra, é recomendável que a
auditoria do PL seja feita mediante censo (todos
os itens) e não amostragem.

– Segundo os autores, isso se deve à sua


importância e também ao fato de as contas do PL
serem em número reduzido.
Auditoria por Ciclos Operacionais
– Além de separa a auditoria por itens específicos do
patrimônio, como fizemos nos tópicos anteriores, uma
forma prática de executá-la é separar as atividades por
ciclos operacionais. Essa noção já apareceu em provas,
confira:
• A segregação das atividades da empresa auditada por ciclos
operacionais, tais como compras e desembolsos, vendas e
contas a receber e outros, é um recurso utilizado pelo
auditor independente de demonstrações contábeis para
aplicação dos procedimentos de auditoria de avaliação dos
sistemas de controles internos (Agente Fiscal / Teresina –
PI/2001)
Auditoria por Ciclos Operacionais
– Devemos considerar como termos equivalentes
“processos de negócios”, “ciclos operacionais” e
até mesmo “contas correlatas”.
– Recentemente o Cespe trouxe o tema no concurso
da Funpresp/2016, abordando-o com a
denominação “contas correlatas”.
– Analisemos a seguir o que vem a ser os ciclos de
negócios.
Auditoria por Ciclos Operacionais
– Auditoria por ciclos de negócios é separar em
grupos de contas e operações inter-relacionadas,
organizando-a de modo a permitir verificar e
documentar os procedimentos específicos de
controle aplicados nas contas pertencentes aos
respectivo processo de negócio.
Auditoria por Ciclos Operacionais
– A auditoria por processos de negócios (ou por
ciclos operacionais), consiste, basicamente, em se
verificar cada passo necessário para capturar e
registrar uma transação pertencente a uma
determinada área do processo de negócio.
Auditoria por Ciclos Operacionais
– Por reunir informações por afinidade, permite a
análise isolada do segmento e também a visão do
todo, uma vez que todas as informações
convergem para as demonstrações contábeis.
Nada mais é do que reunir contas correlatas.
Auditoria por Ciclos Operacionais
– O principal enfoque é avaliar a suficiência dos
controles internos, embora não se limite a isso.
– Segundo Gramling et al (2012), “o conceito de
ciclo ou processo ajuda o auditor a visualizar as
contas de resultado e balanço associadas à
maioria das transações e oferece uma maneira
conveniente de pensar a respeito do teste de
auditoria de controles internos e dos saldos das
contas correlacionadas”.
Auditoria por Ciclos Operacionais
– Há diversas formas de segregar os ciclos
operacionais da entidade, sua premissa é que
reúna operações que pertençam a um mesmo
segmento.
– Stuart (2014), por exemplo, sugere a divisão nos
seguintes processos de negócios para execução
de auditoria.
Auditoria por Ciclos Operacionais
RECEITAS

AQUISIÇÕES E DESPESAS

ESTOQUES

CAIXA E INVESTIMENTOS

DÍVIDAS DE LONGO PRAZO E PL


Auditoria por Ciclos Operacionais
– Ao se avaliar o processo de negócios de receitas,
por exemplo, o auditor estaria atento ás contas e
operações que são movimentadas nesse
segmento: contas a receber, baixa de duplicatas,
recebimento a vista e a prazo, devedores
duvidosos, devolução de vendas, autorizações,
emissão de documentos, etc.
Auditoria por Ciclos Operacionais
– No processo de aquisições e despesas, temos
compras de terrenos, apropriações de passivos por
competência etc.
– No processo de estoques, temos apropriação de
custos de vendas de produtos, compras de
estoques, fornecedores, etc.
– No processo de caixa e investimentos, temos os
títulos negociáveis, provisões, caixa, etc.
Auditoria por Ciclos Operacionais
– No processo de dívidas de longo prazo e PL, temos
as contas de reservas, capital social e passivos de
longo prazo.
– A ideia é aproveitar a inter-relação e afinidade
dos elementos que compõem os ciclos.
– P. Ex. no ciclo de receitas avaliamos ao mesmo tempo a conta de
receita de vendas, clientes, PPCLD, descontos concedidos, etc. Uma
vez que correspondem as movimentações pertinentes em termos de
débitos e créditos. Observe que é possível analisar o ciclo
operacional em sua integralidade.
Obrigado!
• Ralph Waldo Emerson – “A felicidade é um perfume
que você não pode derramar sobre os outros sem
receber algumas gotas sobre si mesmo”.
Questão 08
• 10.000 vida 5 anos (soma dígitos = 15)
• (5/15) x 10.000 = 3.333,00 essa é a
depreciação anual.
• No dia 31/12/19 foi usado 11 meses!!!!!
• (3.333/12) x 11 = 3.055,56
Questão 09
• (700.000 + 80.000 + 200.000) = 980.000
• 980.000/5 = 196.000/ano
• 980.000 depois de 2 anos vale (980.000 –
(2x196.000) = 588.000
• Venda 600.000 – 588.000 (vr contábil)
• Ganho de capital de 12.000
• IR = 12.000 x 15% = 1.800
Questão 12
• 70.000 – 10.500 = 59.500 valor contábil do
bem
• Valor recuperável é 52.500. A diferença é
7.000
Questão 20
• Bem 681.000 – ago /98 depreciação =
681.000/10 = 68.100/ano ou 5.675/mês
• 1998 (5x5.675) = 28.375
• 1999, 2000, 2001, 2002,2003, 2004, 2005, 2006,
2007 (todos tem depreciação de 61.800)
• No ano de 2008 faltaram 7 meses, logo a
depreciação será (7x5.675) = 39.725 é a resposta

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