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I- DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
1. A parte Autora não pode suportar os ônus do processo
sem prejuízo do próprio sustento e de sua família, consoante declaração em
anexo, razão pela qual, requer que se digne Vossa Excelência de deferir-lhe os
benefícios da Justiça Gratuita, com arrimo na lei 1.060/1950.
IV- DO DIREITO
IV.I - O FGTS E A TR
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6. Está em debate, a questão referente à adequação da
forma de correção dos saldos das contas vinculadas do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço – FGTS. A correção mensal dos depósitos do FGTS
compreende a aplicação de duas taxas que correspondem a diferentes
objetivos:
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(TR) sendo o seu cálculo referenciado na “...remuneração mensal média líquida
de impostos, dos depósitos a prazo fixo captados nos bancos comerciais,
bancos de investimentos, bancos múltiplos com carteira comercial ou de
investimentos, caixas econômicas, ou dos títulos públicos federais, estaduais e
municipais, de acordo com metodologia a ser aprovada pelo Conselho
Monetário Nacional, no prazo de 60 dias, e enviada ao conhecimento do
Senado Federal.”
GRÁFICO 01
Relação entre TR e TBF – média anual
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Fonte: Bacen
Elaboração DIEESE
17. Por sua vez, o cenário de queda das taxas de juros pós-
1999 acabou afetando diretamente a variação da TR. Isso teve impacto direto
sobre a rentabilidade do fundo e, por outro lado, afetou também a remuneração
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dos cotistas. Se a composição da remuneração atual das contas vinculadas do
FGTS é de 3% (a título de capitalização) acumulada à variação da TR
(correção monetária), o movimento de queda da taxa de juros e as
modificações na fórmula do cálculo da TR afetam negativamente a taxa, o que
impacta também negativamente a remuneração das contas vinculadas do
FGTS.
GRÁFICO 2
Taxa Over/Selic: Taxa anualizada com o valor acumulado das taxas mensais,
Brasil, 1995 a 2012, em % ao ano.
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24. Como já foi dito, a redução na Taxa Selic, teve impacto na
Taxa Básica Financeira (TBF), que sofreu redução, e que, por sua vez,
impactou a TR que, consequentemente, também apresentou queda.
GRÁFICO 3
Variação acumulada no ano da TR, TBF e Taxa Selic,1996-
2013
GRÁFICO 4
Diferença da TR e do INPC, 1991-2013
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Fonte: IBGE, Bacen
Elaboração: DIEESE, 2013
GRÁFICO 4
INPC,TR e TR+3%. 1995-2012
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Fonte: IBGE, Bacen
Elaboração: DIEESE, 2013
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GRÁFICO 6
Evolução da arrecadação Real do FGTS (R$ bilhões de 2012)
QUADRO 1
FGTS: Patrimônio Líquido(*)
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34. No quadro 2, ficam evidentes as diferenças entre o
retorno das aplicações do FGTS, e o retorno dos cotistas indicando claramente
“que há uma forte discrepância entre o rendimento do Fundo e o rendimento
dos cotistas.” Ou seja, o rendimento das aplicações dos recursos do fundo é
bem superior ao rendimento pago aos titulares do fundo. Além disso, o quadro
mostra também que o rendimento dos cotistas (Juros +TR) tem sido inferior à
inflação no período.
V - CONCLUSÕES
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aplicáveis a créditos previdenciários, não se cogita de violação à
cláusula constitucional que assegura o direito de propriedade (art. 5º,
XXII, CF), ou mesmo àquela que protege o direito adquirido e o ato
jurídico perfeito (art. 5º, XXXVI, CF). Como não se cogita de violação
do princípio da isonomia, certo que situações díspares podem
receber tratamento diferenciado, de modo que a utilização de
indexadores diversos, mas idôneos, para atualização de créditos de
naturezas diversas, não contraria o artigo 5º, caput, da Constituição
Federal. Da mesma forma, como a norma produz efeitos para o
futuro, não está a ofender a coisa julgada (art. 5º, inciso XXXVI CF),
certo que a coisa julgada somente incide em relação às situações
especificamente na decisão judicial, de modo que a definição do
índice de correção monetária referente a período posterior não está
forrada ao advento de mudança normativa. Consigno, por fim, que a
norma que validamente dispõe sobre os acréscimos aplicáveis a
débito do poder público evidentemente não está a violar os princípios
da moralidade e da eficiência (art. 37 da CF). Oportuna a referência a
precedentes do Superior Tribunal de Justiça: (...). Segue em sentido
assemelhado precedente do Supremo Tribunal Federal que espelha a
posição daquela Corte: ‘Agravo regimental em agravo de instrumento.
2. Execução contra a Fazenda Pública. Juros de mora. Art. 1º-F da
Lei n. 9.494/97, com redação dada pela MP n. 2.180-35/2001. 3.
Entendimento pacífico desta Corte no sentido de que a MP n. 2.180-
35/2001 tem natureza processual. Aplicação imediata aos processos
em curso. 4. Agravo regimental a que se nega provimento’ (AgR no AI
n. 776.497. Relator: Min. GILMAR MENDES Julgamento: 15/02/2011.
Órgão Julgador: Segunda Turma STF). Diante de todo o exposto,
defiro o pedido de efeito suspensivo’. Não havendo novos elementos
a ensejar a alteração do entendimento acima esboçado, deve o
mesmo ser mantido por seus próprios fundamentos, dada a sua
adequação ao caso concreto” (fls. 66-67 v. - grifos nossos). O
acórdão recorrido destoa da jurisprudência deste Supremo Tribunal,
que declarou a inconstitucionalidade da expressão “índice oficial de
remuneração básica da caderneta de poupança”, constante do § 12
do art. 100 da Constituição da República (acrescentado pela Emenda
Constitucional n. 62/2009): “o Tribunal julgou procedente a ação para
declarar a inconstitucionalidade da expressão ‘na data de expedição
do precatório’, contida no § 2º; os §§ 9º e 10; e das expressões
‘índice oficial de remuneração básica da caderneta de poupança’ e
‘independentemente de sua natureza’, constantes do § 12, todos
dispositivos do art. 100 da CF, com a redação dada pela EC n.
62/2009, vencidos os Ministros Gilmar Mendes, Teori Zavascki e Dias
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Toffoli. Votou o Presidente, Ministro Joaquim Barbosa” (ADI 4.357,
Relator o Ministro Luiz Fux, Plenário, DJe n. 59/2013, de 2.4.2013 –
grifos nossos). 4. Quanto à determinação do índice a ser aplicado na
correção monetária do precatório, trata-se de matéria a ser decidida
com base em norma infralegal (Resolução n. 122/2010 do Conselho
da Justiça Federal), não afeta a este Supremo Tribunal: “AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO. TRIBUTÁRIO.
PRECATÓRIO. ATUALIZAÇÃO. ÍNDICE DE CORREÇÃO. A
REPERCUSSÃO GERAL NÃO DISPENSA O PREENCHIMENTO
DOS DEMAIS REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE DOS
RECURSOS. ART. 323 DO RISTF C.C. ART. 102, III, § 3º, DA
CONSTITUIÇÃO FEDERAL. MATÉRIA INFRACONSTITUCIONAL.
OFENSA REFLEXA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICO-
PROBATÓRIA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA N. 279 DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. INVIABILIDADE DO RECURSO
EXTRAORDINÁRIO. (...). 3. Deveras, entendimento diverso do
adotado pelo acórdão recorrido – como deseja o recorrente – quanto
ao índice de correção monetária adequado para a atualização do
valor do presente precatório, demandaria a análise da legislação
infraconstitucional que disciplina a espécie (Resolução n. 115/2010,
do CNJ), bem como o reexame do contexto fático-probatório
engendrado nos autos, o que inviabiliza o extraordinário, a teor do
Enunciado da Súmula n. 279 do Supremo Tribunal Federal, que
interdita a esta Corte, em sede de recurso extraordinário, sindicar
matéria fática, ‘verbis’: (...). (Precedentes: RE n 404.801-AgR, Relator
o Ministro Cezar Peluso, 1ª Turma, Dj de 04.03.05; AI n. 466.584-
AgR, Relator o Ministro Nelson Jobim, 2ª Turma, DJ de 21.05.04,
entre outros). 4. ‘In casu’, o acórdão originariamente recorrido
assentou: ‘AGRAVO DE INSTRUMENTO – PRECATÓRIO – NÃO
INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA – INTELIGÊNCIA DA SÚMULA
17, DO STF – ATUALIZAÇÃO – ÍNDICE DE REMUNERAÇÃO DA
CADERNETA DE POUPANÇA – RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. 1) É vedada a incidência de juros no cálculo da
atualização dos valores de precatórios, exceto se houver mora no seu
pagamento (STF: Súmula Vinculante n. 17). 2) Após o advento da
emenda Constitucional n. 62/2009, a atualização de valores de
precatórios, após sua expedição, até o efetivo pagamento,
independentemente de sua natureza, passou a ser feita pelo índice
oficial de remuneração básica da caderneta de poupança (CF/88: art.
100, § 12º). 3) Recurso conhecido e parcialmente provido’. 5. Agravo
regimental a que se nega provimento” (RE 684.571-AgR, Relator o
Ministro Luiz Fux, Primeira Turma, DJe 30.10.2012 – grifos nossos).
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5. Pelo exposto, dou parcial provimento a este recurso extraordinário
(art. 557, § 1º-A, do Código de Processo Civil e art. 21, § 2º, do
Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal) para reafirmar a
inconstitucionalidade da expressão “índice oficial de remuneração
básica da caderneta de poupança”, constante do § 12 do art. 100 da
Constituição da República e determinar que o Tribunal de origem
julgue como de direito quanto à aplicação de outro índice que não a
taxa referencial (TR). Publique-se. Brasília, 13 de junho de 2013.
Ministra CÁRMEN LÚCIA Relatora (RE 747706, Relator(a): Min.
CÁRMEN LÚCIA, julgado em 13/06/2013, publicado em DJe-124
DIVULG 27/06/2013 PUBLIC 28/06/2013)
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que estendeu-se a utilização do IPCA-E para atualização da conta até
a data corrente, tendo em vista ter sido esse o índice empregado na
conta homologada e, ainda, porque o Supremo Tribunal Federal, no
julgamento da ADI 4357, acórdão pendente de publicação, julgou
parcialmente inconstitucional o § 12 no tocante às expressões "índice
oficial de remuneração básica da caderneta de poupança" e
"independentemente de sua natureza" e, por arrastamento, essas
mesmas expressões constantes no art. 1°-F da lei n. 9.494/1997,
alterado pelo art. 5° da lei n. 11.960/2009 (Ata n° 5, de 14/3/2013,
publicada no DJe n. 59, de 1/4/2013), excluindo, desse modo, a Taxa
Referencial - TR como fator de atualização das condenações
impostas à Fazenda Pública.Registre-se, ainda, que nessa ADI
também foi declarada a inconstitucionalidade dos §§ 9° e 10 do art.
100 da Constituição Federal, que tratam da compensação de débitos
dos beneficiários de precatórios junto á Fazenda Pública
devedora.Diante do exposto, submetemos estes autos à
consideração de Vossa Excelência com a proposição de que sejam
intimadas as partes para se manifestarem sobre o cálculo atualizado
por esta Unidade para expedição do respectivo precatório (e-STJ fl.
343).Instadas, as partes manifestaram-se. A exequente aprovou os
cálculos (e-STJ fl. 352), enquanto a União discordou no ponto em que
"foi considerada a variação do IPCA-e para correção monetária para
todo o período quanto o correto seria aplicar a variação da TR a partir
de julho de 2009, nos termos da Lei 11.960/2009 e Manual de
Cálculos da Justiça Federal" (e-STJ fl. 355).É o relatório.
Decido.Corretos são os cálculos apresentados pela CEJU, porquanto,
além de ter sido o IPCA-E o índice empregado na conta homologada,
olvida-se a União de que o Supremo Tribunal Federal, na ADI
4.357/DF, em 14.3.2013, declarou a inconstitucionalidade, por
arrasto, das expressões "independentemente de sua natureza" (para
efeito de correção monetária) e "índices oficiais de remuneração
básica", contidos no art. 1º F da Lei 9.494/97, com a redação da Lei
11.960/2009. Significa dizer que, no tocante à correção monetária,
mesmo a partir de julho/2009, continuará sendo adotado o IPCA-
E/IBGE, e não mais o índice previsto no Manual de Orientação de
Procedimentos para os Cálculos na Justiça Federal.Ante o exposto,
expeça o precatório nos termos da planilha de cálculos elaborada
pela CEJU às e-STJ fls. 343-344.(Ministro CASTRO MEIRA,
31/05/2013)
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44. Sendo assim, Excelência, é pacífico nos Tribunais
Superiores que não se aplica a TR como índice de correção. Após o
julgamento da ADIN 4357 do STF, todos os julgamentos nos Tribunais
Superiores sobre o tema, estão sendo feitos monocraticamente.
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Assim, qualquer que fosse a natureza da condenação imposta à
Fazenda Pública, a dívida fazendária estaria sujeita a incidência, uma
única vez, para fins de atualização monetária juros de mora, dos
índices oficiais de remuneração básica e juros aplicados à caderneta
de poupança. A partir da declaração de inconstitucionalidade parcial do
art. 5º da Lei 11.960/09:(a) a correção monetária das dívidas
fazendárias deve observar índices que reflitam a inflação acumulada do
período, a ela não se aplicando os índices de remuneração básica da
caderneta de poupança; e(b) os juros moratórios serão equivalentes
aos índices oficiais de remuneração básica e juros aplicáveis à
caderneta de poupança, exceto quando a dívida ostentar natureza
tributária, para a qual prevalecerão as regras específicas.Vale ressaltar
que o Relator da ADIn no Supremo, Min. Ayres Britto, não especificou
qual deveria ser o índice de correção monetária adotado.Todavia, há
importante referência no voto vista do Min. Luiz Fux, quando Sua
Excelência aponta para o IPCA (Índice de Preços Documento:
30836174 - Despacho / Decisão - Site certificado - DJe: 06/09/2013
Página 13 de 15 Superior Tribunal de Justiçaao Consumidor Amplo),
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, e para o IPC (Índice
de Preços ao Consumidor) da Fundação Getúlio Vargas.Por sua
pertinência, destaca-se o seguinte fragmento do voto vista:A inflação,
por outro lado, é fenômeno econômico insuscetível de captação
apriorística. O máximo que se consegue é estimá-la para certo período,
mas jamais fixá-la de antemão. Daí por que os índices criados
especialmente para captar o fenômeno inflacionário são sempre
definidos em momentos posteriores ao período analisado, como ocorre
com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e o Índice de
Preços ao Consumidor (IPC), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas
(FGV). A razão disso é clara: a inflação é sempre constatada em
apuração ex post, de sorte que todo índice definido ex ante é incapaz
de refletir a efetiva variação de preços que caracteriza a inflação. É o
que ocorre na hipótese dos autos. A prevalecer o critério adotado pela
EC nº 62/09, os créditos inscritos em precatórios seriam atualizados
por índices pré-fixados e independentes da real flutuação de preços
apurada no período de referência. Assim, o índice oficial de
remuneração da caderneta de poupança não é critério adequado para
refletir o fenômeno inflacionário.Creio que o IPCA, por ser mais
abrangente que o IPC, melhor reflete a inflação acumulada do período
e serve de norte seguro para a atualização das condenações impostas
à Fazenda Pública.Assim, no caso concreto, como a condenação
imposta à Fazenda não é de natureza tributária – o crédito reclamado
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tem origem na incorporação de quintos pelo exercício de função de
confiança entre abril de 1998 e setembro de 2001 –, os juros
moratórios devem ser calculados com base no índice oficial de
remuneração básica e juros aplicados à caderneta de poupança, nos
termos da regra do art. 1º-F da Lei 9.494/99, com redação da Lei
11.960/09.Já a correção monetária, por força da declaração de
inconstitucionalidade parcial do art. 5º da Lei 11.960/09, deverá ser
calculada com base no IPCA, índice que melhor reflete a inflação
acumulada do período. Ante o exposto, com fundamento no art. 544, §
4º, II, "c", do CPC, conheço do agravo e dou parcial provimento ao
recurso especial, a fim de consignar que Documento: 30836174 -
Despacho / Decisão - Site certificado - DJe: 06/09/2013 Página 14 de
15 Superior Tribunal de Justiça o art. 1º-F da Lei 9.494/97, com a
redação dada pela Lei 11.960/2009, deve ser aplicado sem distinção a
todas as demandas judiciais em trâmite, a partir de sua vigência,
ressaltando-se que a correção monetária deve ser calculada com base
no IPCA. AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 1.423.183 - SC
(2011/0153560-4) RELATOR : MINISTRO HUMBERTO MARTINS -
STJ
VI - DOS PEDIDOS
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planilha de cálculos em anexo, ou sucessivamente, IPCA-e, ou algum outro
índice que efetivamente recomponha o valor monetário, perdido pela inflação.
Requerimentos:
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VI - DAS PROVAS
Pede deferimento.
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