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1. PELIMINARMENTE
2. DOS FATOS
4. DA PRESCRIÇÃO
ANO
TR
INPC
IPCA
1991
335,51%
475,11%
472,69%
1992
1.156,22%
1.149,05%
1.119,09%
1993
2.474,73%
2.489,11%
2.477,15%
1994
951,19%
929,31%
916,43%
1995
31,6201%
21,98%
22,41%
1996
9,5551%
9,125%
9,56%
O panorama começa a mudar a partir de 1999, quando a TR se distancia
expressivamente do INPC e do IPCA, ao ponto de hoje a inflação
superar 6% ano e a TR ser igual a ZERO. Logo, ela não se presta para o
fim de manter o poder aquisitivo dos depósitos do FGTS, que são
patrimônio do trabalhador;
B) MANIPULAÇÃO DA TR – BACEN/CMN
Art. 5º Fica instituída Taxa Básica Financeira - TBF, para ser utilizada
exclusivamente como base de remuneração de operações realizadas no
mercado financeiro, de prazo de duração igual ou superior a sessenta
dias.
R = (a + b . TBF/100), onde:
a = 1,005;
TBF (% a.a.) b
ANO
TR
INPC
IPCA
1997
9,7849%
4,34%
5,22%
1998
7,7938%
2,49%
1,66%
1999
5,7295%
8,43%
8,94%
2000
2,0962%
5,27%
5,97%
2001
2,2852%
9,44%
7,67%
2002
2,8023%
14,74%
12,53%
2003
4,6485%
10,38%
9,30%
2004
1,8184%
6,13%
7,60%
2005
2,8335%
5,05%
5,69%
2006
2,0377%
2,81%
3,14%
2007
1,4452%
5,15%
4,45%
2008
1,6348%
6,48%
5,90%
2009
0,7090%
4,11%
4,31%
2010
0,6887%
6,46%
5,90%
2011
1,2079%
6,07%
6,50%
2012
0,2897%
6,19%
5,83%
0,0920%
3,61%
3,79%
O disparate é claro;
R = (a + b . TBF/100), onde:
TBF = TBF relativa ao dia de referência;
a = 1,005;
TBF (% a.a.) b
Como se vê, quando a TBF (taxa básica financeira – SELIC for inferior
a 11%), a variável “b” será determinada pelo Banco Central/ CMN, sem
critério técnico conhecido. Aí está o cerne da questão, posto que é esta
discricionariedade estipulada desde a Resolução 2.809/2000 e
reproduzida nas posteriores, que afetou o cálculo do redutor da TR e,
consequentemente, a conduziu de modo paulatino a ZERO.
D) OUTRAS PONDERAÇÕES
O alvitramento dos recursos do patrimônio do trabalhador traz
conseqüências para todos, individual e coletivamente.
A caixa empresta para o trabalhador aquilo que ela deixou de lhe pagar
a título de correção monetária na sua conta do FGTS, lhe vendo o
sonho da casa própria e às suas custas aufere lucros.
E) ULTERIORES APONTAMENTOS
A taxa referencial, enquanto índice de correção monetária – ao menos
segundo posição atual do STJ – não pode ser reduzida a ZERO, como
tem sido nos últimos meses. É uma afronta ao artigo 2º da Lei nº
8.036/1990, que garante a atualização monetária aos depósitos do
FGTS.
Como índice de correção monetária que supõe ser (e que para o STF
não o é), a TR deveria garantir o poder aquisitivo dos depósitos do
FGTS, o que seria possível levando em conta os índices da inflação. Só
que desde janeiro de 1999 a TR se distanciou sensivelmente dos
indicadores oficiais da inflação, com profundas perdas aos depósitos no
FGTS, transmudando-se em parâmetro inidôneo para garantir a
reposição das perdas monetárias.
Por fim, destacar que recente nota técnica divulgada pelo DIEESE
(nota técnica nº125, de junho de 2013) constata:
E também:
7. O ÍNDICE IPCA-E
8. DA DECLARAÇÃO DE INCONSTITUCIONALIDADE DA
APLICAÇÃO DA TR E REDUTOR PARA CORREÇÃO DAS
CONTAS DO FGTS
Pelo todo exposto, caso não seja acolhida de pronto a pretensão
principal de condenar a Ré Caixa Econômica Federal das
diferenças provenientes da aplicação indevida de índices de
correção das contas do FGTS, requer seja declarado judicialmente
a inconstitucionalidade do artigo de lei que prevê a aplicação da
TR para correção monetária do FGTS e requerer a substituição
por outro índice mais apropriado, INPC ou o IPCA, com a
condenação, ainda, da Caixa Econômica Federal a pagar a
diferença existente até atualidade.
Empresa
R$ 2.263,79
R$ 4,47
R$ 334,60
9. DOS PEDIDOS
OU AINDA
Termos em que,
pede deferimento.
(assinado digitalmente)
OAB/PR 64.819