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Processo nº : 0501364-30.2019.4.05.8205
Autor (es) : NEUSA DE SOUSA JUSTO
Ré : CAIXA ECONÔMICA FEDERAL
CONTESTAÇÃO
DOS FATOS
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DO DIREITO
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das contas vinculadas, de acordo como valor a ser recebido pelo titular que firmar o
acordo administrativo.
Desse modo, enquanto não composta a fonte de custeio, a
determinação de recomposição das contas vinculadas do FGTS, deverá observar o prazo
estabelecido na LC 110/01, pois, do contrário, estar-se-ia violando expressamente o
disposto no art. 195, § 5º, da Constituição da República.
Note-se que essa composição dos recursos necessários para o
pagamento da correção das contas vinculadas, o que se dará basicamente com o ingresso
nos cofres do Fundo dos recursos provenientes das majorações das contribuições sociais
referidas, é matéria não apenas pertinente aos titulares das contas que firmaram o acordo
administrativo previsto no art. 4o a 6o. da LC 110/01. Atinge, também, todos os
titulares que preferiram ingressar na via judicial, tendo em vista a total impossibilidade
do FGTS saldar estas obrigações de forma imediata, visto que os recursos necessários
para esta composição ainda não foram incorporados ao patrimônio do Fundo, o que
somente se dará de forma diferida, nos moldes do art. 13 da LC 110/01.
A Lei Complementar 110/01, embora não obrigue o titular da
conta vinculada a firmar o Termo de Adesão para a composição administrativa das
perdas inflacionárias, aplica-se obrigatoriamente a todos os titulares das contas
vinculadas, mesmo os que ingressaram em juízo, ao menos no que toca à forma de
pagamento diferido preconizada implicitamente em seu art. 13. Tal dispositivo, diga-se,
aplica-se não somente em relação à composição administrativa das contas, mas
principalmente no tocante às questões submetidas ao crivo do Poder Judiciário.
Trata-se, como se pode observar, de verdadeira mudança no
regime jurídico do FGTS, que se deu por meio de lei, o que é plenamente possível, dada
a natureza institucional do FGTS. A Lei Complementar veio regular, para o futuro, duas
situações verificadas no passado, relativamente aos planos econômicos reconhecidos
pela jurisprudência do STF e do STJ.
Dessa forma, não há como proceder o pagamento das diferenças
dos Planos Verão (42,72% - jan/89) e Collor I (44,80% - abr/90), em desobediência aos
termos da LC 110/01. Entendimento diverso viola frontalmente dispositivos dessa Lei
Complementar e da própria Constituição.
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das contas FGTS passariam a ser corrigidas pelos mesmos índices de remuneração das
cadernetas de poupança que, por sua vez, seriam reajustados pela TR-D (art. 12, I).
No caso, a mudança do critério de correção das contas do FGTS
ocorreu em 31-01-91, quando ainda não havia sequer iniciado o período de apuração do
índice (01-02-91 a 28-02-91, para crédito na conta em MAR/1991), valendo frisar que a
correção era mensal. Logo, a MP 294/91 produziu efeitos antes de iniciado o período de
apuração, donde exsurge a inexistência do direito a índice outro diverso daquele
previsto na legislação de regência.
Também quanto a este plano econômico não têm os fundistas
direito adquirido ao índice deferido, sendo a pretensão do autor uma afronta à legislação
acima e ao art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal, vigentes anteriormente à formação
do direito à correção monetária deferida.
No que tange a esse plano econômico, o eminente Ministro
MOREIRA ALVES, ao relatar o RE nº. 226855-RS, deixou consignada a lisura da
aplicação da TR para as cadernetas de poupança e, também, para as contas vinculadas
do FGTS.
Desta maneira, não há como sustentar a existência de direito
adquirido a índice diverso da TR, porque não existe direito adquirido a regime jurídico,
eis que o FGTS é de natureza institucional, e não contratual.
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Congresso Nacional.
II – Não se há alegar a vedação material de que trata a alínea
"b", do inc. I, § 1º, do art. 62 da Constituição Republicana de
1988, com redação dada pela EC no. 32, de 11.09.2001, para
imputar de inconstitucionalidade medida provisória anterior à
publicação da sobredita Emenda, vez que esta, em seu artigo 2º
estatuiu que "as medidas provisórias editadas em data anterior
à da publicação desta emenda continuam em vigor até que
medida provisória ulterior as revogue explicitamente ou até
deliberação definitiva do Congresso Nacional" sem que se
cogitasse de óbice material.
III – É de integral aplicação o art. 29-C da Lei 8.036, de
11.05.1990, com a redação dada pela Medida Provisória nº
2.164-41, de 24.08.2001, nos feitos entre o FGTS e os titulares
de contas vinculadas, afastando-se a condenação, de qualquer
parte, aos honorários de advogado.
(TRF 2ª Região, AGTAC 295055/RJ, DJU 30/04/2003, pág.
218/219, documento TRF200096983, Relator Juiz Sérgio
Schwaitzer) (Original sem grifos)
DOS PEDIDOS
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