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IMPLANTAÇÃO DOS 5S X CULTURA ORGANIZACIONAL

Adriana Cirilo Pereira, Adriana Silva de Araújo, Aline Oliveira Ribeiro, Bruno Venturoti Mota,
Cecilia Veiga Soares da Cruz, Cristina Zacarias Vicente, Edimária Pereira Nunes, Edivânia
Vieira de Araújo, Eliete Jesus dos Santos, Eliseu Barreto da Silva, Elizânia Gomes Rodrigues,
Fábio Pessotti Piol, Fabricio Sales Araujo, Jamila Fabiane Constantino, Jocilei Alves de Moura,
Jucimar Cirilo Pereira, Júlio Ulisses Lima Fernandes, Keitte Rodrigues Moreira, Leonardo
Souza dos Santos, Lourdes Cesar, Luana de Jesus Monteiro, Ludmila Vieira de Freitas, Magno
Masao Gomes Noguchi, Mauro Angelico Santana, Mismana dos Santos Menezes, Monique
Araújo Pereira, Nebens de Andrade Franco, Rhaylane Ferreira Pinoto, Roberta Meireles
Gonçalves, Sheyany Meira Brito, Suelen Araújo Pereira, Talita Rampinelli Reuter Mota, Thais
Brito Silva, Tiago Moreira Santana.

FASB

Resumo

O presente estudo trata sobre o impacto da implantação de uma gestão de qualidade, neste
caso os 5S, sobre a cultura organizacional de uma empresa. Apresentamos o resultado de
pesquisas realizadas pelos acadêmicos do 6º período de Administração da FASB, inclusive
com aplicação prática em uma empresa do ramo de confecções da cidade de Teixeira de
Freitas – BAHIA. Deseja-se que o leitor conheça cada um dos 5S, e perceba como a
implantação do mesmo é benéfica tanto ao empregador, quanto ao empregado. A gestão da
qualidade representa hoje uma das principais estratégias competitivas, pois impacta com
grande peso sobre a excelência organizacional. Existem diversas ferramentas que auxiliam
a implantação da qualidade total, e o retorno sempre é positivo ao empresário. Após a
efetiva implantação, a racionalização dos recursos promove um estado de sustentabilidade,
que implica em maior competitividade para a empresa no mercado. Quando se implanta a
gestão de qualidade em uma empresa, espera-se atingir a máxima eficiência em seus
processos.
Palavras chave: Qualidade, processo, cultura, 5S’s, cliente-interno e externo, organização,
sustentabilidade.

Abstract

This study focuses on the impact of implementing a management quality, in this case the 5S
on the organizational culture of a company. We present the results of research conducted by
academics from the 6th period of Directors of the FASB, including practical application in a
company in the garment industry of the city of Teixeira de Freitas - Bahia. It is hoped that the
reader knows each of the 5S, and notice how the deployment of it is beneficial to both the
employer and the employee. The management of quality is now a major competitive
strategies, because with significant impacts on organizational excellence. There are several
tools that assist the implementation of total quality, and always return is positive to the
entrepreneur. After the effective deployment, streamlining the resources promotes a state of
sustainability, which implies higher competitiveness for the enterprise market. When you
deploy the management quality in a company expected to achieve maximum efficiency in its
processes.

Keywords: Quality, process, culture, 5S, customer-internal and external organization, and
sustainability.

Apresentação

Antes os recursos pareciam ilimitados, mas hoje o posicionamento é bem diferente a


respeito destes. Muitas empresas percebem que podem melhorar seus processos internos,
e obter assim, melhores resultados operacionais e financeiros. Fatores como desperdício,
falta de disciplina dos empregados e retrabalho, geralmente são ignorados por muitas
organizações, e acabam impactando negativamente o resultado financeiro destas muito
mais do que possam imaginar. Mas o primeiro passo é o empresário reconhecer que é
necessária uma mudança da rotina, reconhecendo que algo está errado, sendo que este é a
principal dificuldade, uma vez que é comum encontramos empresários que acreditam que
está tudo bem. Já sabemos que os recursos são limitados, portanto quem souber utilizá-los
com maior eficiência obterá melhores resultados. A implantação da qualidade total
demonstra aos colaboradores e aos clientes, que a empresa é bem organizada, e que deixa
implícito que seus produtos possuem boa qualidade.
O empreendedor é aquele que possui uma boa idéia, e força de vontade para colocá-
la em prática, mas nem sempre a mesma pessoa possui habilidades técnicas suficientes
para gerir de maneira eficiente o seu negócio, e este cenário é muito comum em micro e
pequenas empresas. Muitos têm resistência em contratar uma mão de obra especializada,
por acreditarem ser um gasto alto e desnecessário, mas quem já quebrou esse paradigma
reconhece que os resultados sofreram melhorias significativas, inclusive sobre o clima
organizacional.

A respeito da implantação dos 5S, é fato que um observador externo consegue


imediatamente identificar distorções na estrutura de funcionamento da empresa, que
geralmente já foram tidas como normal pelos colaboradores, mas que para o sucesso da
implantação é necessário o envolvimento de toda a organização, uma vez que as melhorias
sugeridas irão direta ou indiretamente beneficiar a todos os envolvidos. Portanto, mas do
que um programa de gestão de qualidade, os 5S representam uma mudança de atitude,
onde os colaboradores podem inclusive levar para sua vida pessoal e familiar os conceitos
aplicados dentro da empresa, conseguindo assim uma melhoria generalizada de sua
qualidade de vida.

Comece hoje mesmo, a medida que for lendo este artigo, procure enumerar quais
atitudes suas poderiam ser mudadas, tanto no seu local de trabalho ou empresa, quanto na
sua vida pessoal, e depois de alguns dias faça uma auto-avaliação, e perceberá o quanto a
sua qualidade de vida terá melhorado.

A importância dos 5S’s na eficácia e eficiência da organização

O bem estar dos seus colaboradores passou a ser o grande diferencial competitivo
das empresas no século XXI, e a qualidade de vida das pessoas que trabalham e quando
estão efetivamente trabahando nas organizações está diretamente ligado a sobrevivência
das empresas no mercado de hoje, uma vez que os consumidores estão cada vez mais
exigentes e necessitam de eficiência nos produtos e serviços. E uma das maiores
dificuldades que as empresas encontram para a implantação da gestão da qualidade total é
a resistência à mudanças de paradigmas e de cultura em todos os seus níveis dentro da
cadeia de produção, ponto fundamental para a busca da excelência dos seus processos.
Conclui-se então que a qualidade começa pelas pessoas, como propõe o programa 5s,
sendo necessário desenvolver uma efetiva gestão do conhecimento e do capital humano
para explorar a capacidade intelectual de solucionar problemas e apresentar sugestões e
ideias dos colaboradores.
Cansaço, stress, mau humor e desânimo, são sintomas comuns de quem cumpre
horas rotineiras diariamente de trabalho em um local que não oferece o conforto que todo e
qualquer trabalhador espera quando se inicia no mercado de trabalho.

Por esta razão, a maneira como o funcionário lida com o trabalho deve mudar, e,
sobretudo, o modo como as empresas lidam com seus colaboradores. Se não pela causa
nobre de valorizar sua mão-de-obra, para evitar uma "estafa na produção".

Quando a empresa percebe a necessidade de mudanças em sua forma de produzir e


funcionar, poderá implantar o programa que consiste em cinco sensos (5S): de organização
(utilização, seleção, classificação e descarte), de ordenação (sistematização, arrumação e
organização), de limpeza (inspeção e zelo), de asseio (padronização, saúde,
aperfeiçoamento e higiene) e de autodisciplina (autocontrole, educação e harmonia) e é o
início da qualidade em qualquer empresa, além de ser um programa de baixo custo,
dependendo mais da motivação das pessoas que investimentos monetários.

O nome 5S provém da primeira letra de cinco palavras em japonês:

Seiri – senso de organização, onde organizar nada mais é do que separar o que é
necessário do que é desnecessário, dando um “destino” ao material considerado
desnecessário naquele momento.

Seiton – senso de ordenação, onde é feito o agrupamento do material necessário, de


acordo com a facilidade de acessá-las, levando-se em conta a freqüência lógica já praticada
ou de fácil assimilação.

Seiso – senso de limpeza, no qual é feita a eliminação da sujeira, inspecionando


para descobrir e atacar as fontes de problemas. A limpeza deve ser encarada como uma
oportunidade de inspeção e de reconhecimento do ambiente.

Seiketsu – senso de asseio, onde fazer o asseio é conservar a higiene, tendo o


cuidado para que os estágios de organização, ordem e limpeza já alcançados não
retrocedam. Isto é executado através da padronização de hábitos, normas e procedimentos.
Shitsuke – senso de autodisciplina, onde ser disciplinado significa cumprir
rigorosamente as normas e tudo o que for estabelecido pelo grupo. A disciplina é um sinal
de respeito ao próximo.

Grifo (1998), afirma que, os japoneses programaram seus processos de gestão da


qualidade começando pelo Programa 5S, que não se trata de um programa da qualidade e
sim de uma ferramenta a mais para se atingir o nível de qualidade, dentro de um esforço de
educação das pessoas na busca por um ambiente sadio e de educação continuada.

De acordo com Marshall Jr et al (2007), o Programa 5S nasceu no pós-guerra do


Japão, no final da década de 1960, como parte do esforço empreendido para reconstruir o
país, e muito contribuiu, em conjunto com outros métodos e técnicas, para o
reconhecimento da poderosa inscrição made in Japan.

Dinâmica de Implantação dos 5S

Introduzir programas de qualidade passou a ser a estratégia de muitas empresas na


busca de se diferenciar, ou seja, agregar valor nos produtos através da qualidade deles a
fim de se buscar vantagens competitivas.

Segundo Marshall Junior et al (2006), “qualidade é um termo que passou a fazer


parte do jargão das organizações, independentemente do ramo de atividade e abrangência
de atuação pública ou privada”.

Esse cenário de constantes mudanças, alta competitividade e a necessidade de


atender ao consumidor de maneira adequada, com produtos e serviços tem sido fatores
fundamentais para a inserção de programas de qualidade.

Os programas de gestão de qualidade total surgem com o objetivo de garantir a


satisfação do cliente de um determinado bem ou serviço, envolvendo dessa forma não só os
clientes, mas também os funcionários da instituição. Dessa forma, as unidades de
informação não podem ficar à margem deste contexto e necessitam ficar atentos às novas
formas de gerenciamento. A Gestão da Qualidade Total deixou de ser encarada como um
modismo e passou a ser vista como o caminho para garantir o sucesso das organizações,
sendo associado a ações internas e ao aumento da eficiência, da eficácia e da
produtividade.
A grande virtude do programa, além de ser uma introdução para outros programas
de qualidade, está na mudança de comportamento dos funcionários envolvidos, a busca de
um ambiente de trabalho agradável e mais organizado. Sendo assim, as empresas têm visto
no programa uma forma de integração dos funcionários e padronização das atividades, por
isso ele tem sido amplamente difundido (OSADA, 1992).

Gestão da qualidade

Nos anos mais recentes as organizações brasileiras vêm sofrendo profundas


mudanças, que se fazem notar por modificações nas relações sociais e políticas.

A qualidade é hoje uma das principais estratégias competitivas para as mais diversas
empresas de setores distintos, estando intimamente ligada à produtividade, melhoria de
resultados e aumento de lucros através de redução de perdas e do desperdício, do
envolvimento de todos na empresa e conseqüente motivação.

O conceito de qualidade foi primeiramente associado à definição de conformidade às


especificações. Posteriormente ele evoluiu para a visão de satisfação do cliente, ampliando
o horizonte de fatores para além das especificações. Paralelamente, surgiu a visão de que a
qualidade é fundamental no posicionamento estratégico da empresa perante o mercado.
Hoje, qualidade representa a busca da satisfação, não só do cliente, mas de todos os
públicos de uma empresa, e também de sua excelência organizacional.

A qualidade é hoje uma das principais estratégias competitivas para as mais diversas
empresas de setores distintos, estando intimamente ligada à produtividade, melhoria de
resultados e aumento de lucros através de redução de perdas e do desperdício, do
envolvimento de todos na empresa e conseqüente motivação.

Uma organização que se propõe a programar uma política de gestão voltada para a
"qualidade total" tem consciência de que a sua trajetória deve ser reavaliada
periodicamente.

A melhor forma de garantir a sobrevivência de uma empresa é por meio da


qualidade, entendida não como ausência de defeitos, mas como uma nova forma de valores
que conduz a gestão.
Colocar a qualidade como valor intrínseco é a melhor forma de sobrevivência. Ela
aponta para a preferência do consumidor, o que aumenta a produtividade, levando a uma
maior competitividade e assegurando a sobrevivência das empresas. “um produto ou serviço
com qualidade é aquele que atende sempre perfeitamente e de forma confiável, de forma
acessível, de forma segura e no tempo certo às necessidades do cliente”. Os princípios
básicos da qualidade total são:

• Produzir bens ou serviços que respondam concretamente às necessidades dos clientes;

• Garantir a sobrevivência da empresa por meio de um lucro continuo obtido com o domínio
da qualidade;

• Identificar o problema mais crítico e solucioná-lo pela mais elevada prioridade (Pareto);

• Falar, raciocinar e decidir com dados e com base em factos;

• Administrar a empresa ao longo do processo e não por resultados;

• Reduzir metodicamente as dispersões por meio do isolamento das causas fundamentais;

• O cliente é Rei. Não se permitir servi-lo se não com produtos de qualidade;

• A prevenção deve ser a tão montante quanto possível;

• Na lógia anglo-saxônica de “trial and error”, nunca permitir que um problema se repita;

Embora a qualidade sempre tenha sido adotada por uma questão de sobrevivência
seus princípios e técnicas promovem melhorias tais que, atualmente, as empresas de maior
sucesso, são aquelas que adotam as ferramentas de gestão da qualidade. A Gestão pela
Qualidade Total - GQT - é uma abordagem abrangente que visa melhorar a competitividade,
a eficácia e a flexibilidade de uma organização por meio de planejamento, organização e
compreensão de cada atividade, envolvendo cada indivíduo em cada nível. É útil em todos
os tipos de organização.
Ferramentas de gestão de qualidade

Em plena revolução da qualidade e da organização das empresas, não se verifica


ainda uma política intensiva dos conceitos da Qualidade Total, principalmente nas empresas
de pequeno e médio porte, normalmente por desinformação e não entendimento da
linguagem técnica a respeito da Qualidade Total.

Sobreviver em um mercado cada vez mais disputado representa o grande desafio


das pessoas e empresas nos dias de hoje. Todos nós sabemos que vai sobreviver somente
o melhor. Face às constantes mudanças no cenário, mais do que nunca, é necessário que
mudemos algum paradigma com absorção de novos conceitos em termos de gestão de
nossos negócios. Acreditamos que a prática intensiva de conceitos de qualidade nas
atividades do dia-a-dia, somará pontos a sobrevivência e crescimento dos negócios.

A Qualidade Total é uma filosofia de gestão baseada na satisfação dos clientes


internos e externos envolvidos na empresa, ou seja, é um meio para atingir os objetivos e
resultados desejados, e como tal, faz uso de um conjunto de técnicas e ferramentas
integradas ao modelo de gestão. Sendo assim a seguir mostraremos algumas ferramentas
para a Gestão de Qualidade.

Sustentabilidade como ferramenta de competitividade

Sustentabilidade é utilizar os recursos naturais de maneira responsável sem agredir


e de maneira que não comprometa o meio ambiente.

As organizações dependem de recursos naturais para produzir e por isso é preciso


ter seus processos voltados á questão ambiental e conscientes de seus impactos.

A sustentabilidade é uma forte ferramenta de competitividade na atualidade, o que


não ocorria há algum tempo atrás, na era na revolução industrial o objetivo das
organizações era produzir e vender seus produtos, já na era da tecnologia da informação o
objetivo era a satisfação e retenção dos consumidores, não existia uma preocupação com
ambiente, com a evolução do marketing, na nova onda da tecnologia, as empresas
passaram a enxergar o ser humano como pleno, com valores e o objetivo é fazer do mundo
um lugar melhor para viver.
Para que uma empresa seja sustentável é preciso que preocupe-se com três
aspectos: o humano, o econômico e o ambiental.

O aspecto humano refere-se a salários justos e boas condições de trabalho, o


econômico é a questão dos custos baixos e bons lucros e o ambiental que está ligado á aos
impactos e benefícios da natureza.

As organizações competitivas da atualidade perceberam que além de ter bons


preços é preciso manter práticas e atitudes que beneficiem o meio ambiente. O
desenvolvimento de projetos sociais em: meio ambiente, esporte, educação, cultura, apoio à
criança, voluntariado, são algumas sugestões para estas organizações utilizarem a
sustentabilidade para tornarem-se competitivas.

O mercado ideal é o que chamamos de concorrência perfeita, onde existe uma


grande quantidade de vendedores e também de compradores. Vale relembrar a existência
dos oligopólios, mercado onde existe um pequeno numero de vendedores e o monopólio
onde existe somente um vendedor. No artigo em questão tratamos das organizações do
mercado de concorrência perfeita. Nele os diferenciais são extremamente importantes para
cativarmos o cliente.

As empresas, na sua maioria, seguem o modelo Schumpeteriano. Competem pela


inovação. Segundo Michael Porter em seu livro Competitive Strategy, uma das principais
estratégias para as empresas enfrentarem a concorrência é a diferenciação, tornando o seu
produto especial naquele ramo. Desta forma fazendo com que o consumidor sinta-se
interessado em comprá-lo e até mesmo pagar mais por ele.

Um conceito moderno trazido por Kotler sobre o marketing é o que ele intitula por
“marketing 3.0” onde as empresas se diferenciam por valores. O objetivo das organizações
deve ser fazer do mundo um lugar melhor pra se viver e as organizações que se posicionam
desta forma tem colhido bons frutos. Neste mesmo livro parte-se do pressuposto de que as
organizações devem tratar os consumidores como seres humanos plenos e para tanto
podem adotar o modelo dos 3IS: identidade, integridade e imagem da marca. É preciso que
as empresas coloquem na mente dos clientes que são organizações sustentáveis e
preocupadas com o desenvolvimento da humanidade.

É interessante ressaltar que as empresas precisam basear seus valores na


consciência ambiental. Os benefícios deste posicionamento são grandiosos, a redução de
custos, melhor reputação e maior motivação dos empregados. Conseqüentemente, a
competitividade da empresa que adote o movimento verde como forma de sustentação, será
privilegiada, pois este conceito está intimamente ligado a imagem e os valores que a
organização entrega a todos os seus stakeholders.

Resultados dos 5S’s para a organização

A intenção de se aplicar os 5S’s dentro da organização é a de buscar a máxima


eficiência em sua qualidade, mantendo sempre a cultura da mesma.

Os 5S’s visam à mudança de atitudes, pensamentos e comportamentos, a fim de


melhorar o ambiente de trabalho, a saúde física e mental de seus colaboradores, já que
sabemos que o mercado nos tempos atuais se torna mais e mais competitivo, e esse
programa auxilia justamente as empresas a atender melhor a essa demanda, com mais
qualidade, satisfazendo as necessidades do mercado consumidor com menos custos e
prazos adequados.

Visualizando os resultados da implantação dos 5S’s nas empresas individualmente,


podemos definir que o primeiro senso, o Seiri, se identifica pelo descarte, ou seja, separa o
necessário do desnecessário, trazendo resultados tais como: desocupando espaços, torna
mais visíveis os materiais realmente utilizados, torna o ambiente mais claro, confortável e
fácil de limpar e evita a compra desnecessária de materiais. O Seiton é o senso da
arrumação ou organização, racionaliza os espaços facilitando o acesso aos materiais e
equipamentos, reduzindo o tempo de busca; evita estoque em duplicidade e racionaliza a
execução das tarefas. Seisso é o senso da higiene e limpeza, sua aplicação resulta na
conscientização das necessidades de manter o local de trabalho limpo e arrumado, criando
um ambiente mais saudável e agradável, incrementando a qualidade de vida na
organização, melhorando assim a imagem do setor. O Seiketsu que é o senso da saúde
foca a redução de acidentes no ambiente de trabalho, melhorando a saúde geral de seus
colaboradores. E por fim o senso da disciplina, o Shitsuke, que tem por lema “manter e
praticar de forma correta e continua tudo aquilo que está determinado, transformando o 5S
num modo de vida”, seu objetivo é em eliminar a necessidade do controle autoritário e
imediato, facilitar a execução das tarefas, possibilitando obter resultados de acordo com o
planejado, por fim, prepara a organização e os seus colaboradores para a implantação de
programas de qualidade mais abrangentes.
Com isso, podemos notar que a aplicação dos 5S’s numa organização podem trazer
resultados favoráveis dentro da mesma, melhorando o ambiente de trabalho, reduzindo o
esforço físico e metal de seus colaboradores, facilitando as relações humanas e elevando
seu nível de satisfação, assim a organização atinge seus resultados esperados,
aumentando sua produtividade e conseqüentemente seus lucros.

Estabelecendo algumas conclusões

O primeiro item para o sucesso de um processo de melhoria sempre será a


identificação dos problemas e dificuldades de determinado processo ou rotina. Quando um
indivíduo está na chamada zona de conforto, geralmente passa a ignorar qualquer anomalia,
por entender que aquilo é normal, uma vez que convive diariamente com esta ou aquela
determinada situação. Se você conheceu os conceitos dos 5S, e mesmo assim não
consegue visualizar alguma anomalia dentro de sua organização, ou até mesmo na sua vida
pessoal, procure uma opinião de um terceiro, que pode ser inclusive seu colaborador, mas o
importante é tentar enxergar a situação através de outros pontos de vista. Por exemplo,
como parte de um trabalho acadêmico, no segundo semestre de 2010, alunos do 6º período
de administração da FASB (Faculdade do Sul da Bahia) escolheram uma empresa do ramo
de confecções na cidade de Teixeira de Freitas, no estado da Bahia, para que fosse
implantado nesta os 5S. Os responsáveis pela visita inicial ficaram impressionados com a
situação encontrada, como insumos e materiais de trabalho desorganizados, insalubridade
aos colaboradores, instalações físicas inadequadas, dentre outras situações. Acontece que
se observou que todos os colaboradores já haviam se habituado ao meio em que estavam,
e foi unanime a negativa quando eram indagados se aquilo não os incomodava. Quando o
proprietário foi informado sobre os pontos críticos observados, percebeu-se certa surpresa
da sua parte, uma vez que o próprio reconheceu que nunca havia parado para se atentar a
estes detalhes. No caso em questão, seriam necessários investimentos em melhoria da
infra-estrutura, mas alguns itens independem de dispêndios financeiros, pois se trata de
simples e puras mudanças de atitudes. Manter o ambiente limpo e organizado e guardar as
ferramentas/utensílios após o uso é exemplo destas atitudes que irão fazer toda a diferença
para tornar o local muito mais agradável e organizado.

Torne o seu ambiente mais agradável e organizado, seja na sua empresa, no seu
trabalho ou na sua casa, veja o que pode ser melhorado, envolva todos os colaboradores,
familiares e amigos, e colha os bons frutos que isso lhe trará no futuro.
Agradecimentos

Agradecemos ao Professor Paulo Oliveira da Silva pelo incentivo e a oportunidade


de podermos vivenciar na prática a implantação dos 5S em uma empresa real, além de ter
nos mostrado a importância do trabalho em equipe, uma vez que todos os acadêmicos do 6º
período de administração da FASB estiveram envolvidos na elaboração deste artigo e no
processo de implantação do programa de qualidade 5S.

Referencias

KOTLER, Philip; KARTAJAYA, Hermawan; SETIAWAN, Iwan. Markenting 3.0 – As forças


que estão definindo o novo marketing centrado no ser humano. São Paulo: Elsevier, 2010.

PALADINI, Edson Pacheco. Gestão da qualidade: teoria e prática. 2. ed. São Paulo: Atlas,
2004.

TACHIZAWA, Takeshy; ANDRADE, Rui Otávio Bernardes de. Gestão socioambiental. Rio
de Janeiro: Campus, 2008.

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