Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PEDIDO DE AJG
I. PRELIMINARES:
1
(plausibilidade jurídica); (b) o julgamento do tema pelo
STJ e o não reconhecimento da repercussão geral pelo
Supremo, o que poderá ensejar o trânsito em julgado das
decisões já proferidas sobre o tema (perigo na demora);
(c) os múltiplos requerimentos de cautelar nestes autos; e
(d) a inclusão do feito em pauta para 12/12/2019, defiro
a cautelar, para determinar a suspensão de todos os
feitos que versem sobre a matéria, até julgamento do
mérito pelo Supremo Tribunal Federal. Publique-se.
Intime-se. Brasília, 6 de setembro de 2019. Ministro Luís
Roberto Barroso Relator”.
c) Da prescrição:
2
RECURSO ESPECIAL. TRIBUTÁRIO. FGTS. CORREÇÃO
DOS SALDOS DAS CONTAS VINCULADAS. DIFERENÇAS
DE EXPURGOS INFLACIONÁRIOS. TEMA JÁ JULGADO
PELO REGIME DO ART. 543-C DO CPC E DA RESOLUÇÃO
N. 8/08 DO STJ, QUE TRATAM DOS RECURSOS
REPRESENTATIVOS DE CONTROVÉRSIA.(...)3. No REsp n.
1.112.520 - PE, por seu turno, firmou-se o seguinte
entendimento: 4. Outrossim, não deve prevalecer a
interpretação da recorrente quanto à ocorrência de
prescrição quinquenal, pois este Tribunal já decidiu que é
trintenária a prescrição para cobrança de correção
monetária de contas vinculadas ao FGTS, nos termos das
Súmula 210/STJ: "A ação de cobrança das contribuições
para o FGTS prescreve em (30) trinta anos".(...)1.
1
STJ, REsp 1150446 RJ 2009/0143136-0, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
Julgamento: 10/08/2010, Órgão Julgador: T2 - SEGUNDA TURMA, Publicação: DJe
10/09/2010.
3
monetária e juros, de modo a assegurar a cobertura de
suas obrigações.
Art. 13. Os depósitos efetuados nas contas vinculadas serão
corrigidos monetariamente com base nos parâmetros fixados
para atualização dos saldos dos depósitos de poupança e
capitalização juros de (três) por cento ao ano.
4
Art. 1° O Banco Central do Brasil divulgará Taxa Referencial
(TR), calculada a partir da remuneração mensal média líquida
de impostos, dos depósitos a prazo fixo captados nos bancos
comerciais, bancos de investimentos, bancos múltiplos com
carteira comercial ou de investimentos, caixas econômicas, ou
dos títulos públicos federais, estaduais e municipais, de acordo
com metodologia a ser aprovada pelo Conselho Monetário
Nacional, no prazo de sessenta dias, e enviada ao
conhecimento do Senado Federal.§ 1° A TR será mensalmente
divulgada pelo Banco Central do Brasil, no máximo até o oitavo
dia útil do mês de referência. (Revogado pela Lei nº 8.660, de
1993)§ 2° As instituições que venham a ser utilizadas como
bancos de referência, dentre elas, necessariamente, as dez
maiores do País, classificadas pelo volume de depósitos a
prazo fixo, estão obrigadas a fornecer as informações de que
trata este artigo, segundo normas estabelecidas pelo Conselho
Monetário Nacional, sujeitando-se a instituição e seus
administradores, no caso de infração às referidas normas, às
penas estabelecidas no art. 44 da Lei n° 4.595, de 31 de
dezembro de 1964.§ 3° Enquanto não aprovada a metodologia
de cálculo de que trata este artigo, o Banco Central do Brasil
fixará a TR.
5
o trânsito em julgado deste processo (para reposição das perdas inflacionárias do
trabalhador nas contas do FGTS, inclusive nos meses em que a TR foi igual zero.
6
índice é justamente a TR - taxa referencial, a qual compõe a remuneração básica
daqueles depósitos.
7
Tanto é assim, que o Supremo, em diversos casos
semelhantes a este (ADIs nº 4357, 4372, 4400, 4425 e 5.348), não considerou a
aplicação da TR como índice de correção, por considerá-lo inadequado para recompor
a perder do poder de compra.
8
4357, 4372, 4400, 4425 e 5.348) no sentido de que a TR não alcança mais o processo
inflacionário, requer que, em observância ao art. 927 do CPC, seja seguida a atual
jurisprudência do Supremo.
9
Art. 772. A mora do segurador em pagar o sinistro obriga à
atualização monetária da indenização devida segundo índices
oficiais regularmente estabelecidos, sem prejuízo dos juros
moratórios.
10
Ao contrário de outros investimentos, o FGTS não é um
fundo de livre disposição por parte do trabalhador, não podendo ele decidir sponte
própria quais as aplicações que lhe são mais convenientes ou rentáveis. O trabalhador
tem que se submeter a políticas econômicas e sociais que lhe são altamente
prejudiciais.
11
Embora seja prevista em lei, a metodologia de cálculo da
TR é estipulada por ato infralegal. Essa metodologia variou ao longo do tempo, mas
sempre abrangeu dois passos: calcula-se uma média das taxas de juros praticadas
pelas maiores instituições financeiras, geralmente na captação de CDB e RDB; aplica-
se sobre esta média um redutor.
12
1) calcula-se a Taxa Básica Financeira (TBF) da
economia a partir da remuneração mensal média dos Certificados e Recibos de
Depósitos Bancários emitidos a taxas de mercado prefixadas, com prazo de 30 a 35
dias corridos, praticados pelas 20 maiores instituições financeiras captadoras de tais
recursos (até a Res/CMN 4.240/2013 a amostra era composta pelas 30 maiores
instituições);
13
Analisando as séries históricas da TR e da TBF, desde
julho de 1997, extraídas do sítio do Bacen na
internet(https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?
method=prepararTelaLocalizarSeries), vê-se que, a partir do ano de 1999, o redutor
sempre representou mais de 75% da TBF, chegando ao patamar de 100% na maioria
dos dias desde julho de 2012 (a TBF e a TR são calculadas diariamente, embora os
veículos de comunicação costumem divulgar apenas seus valores mensais).
14
dos títulos públicos federais, estaduais e municipais, de acordo
com metodologia a ser aprovada pelo Conselho Monetário
Nacional, no prazo de sessenta dias, e enviada ao
conhecimento do Senado Federal. . (Lei nº 8177/91)
Artigo 5º Fica instituída Taxa Básica Financeira – TBF, para ser
utilizada exclusivamente como base de remuneração de
operações realizadas no mercado financeiro, de prazo de
duração igual ou superior a sessenta dias.
Parágrafo único. O Conselho Monetário Nacional expedirá as
instruções necessárias ao cumprimento do disposto neste
artigo, podendo inclusive, ampliar o prazo mínimo previsto no
caput. (Lei nº 10.192/01)
15
prefixadas, com prazo de 30 a 35 dias corridos, inclusive, com
base em informações prestadas pelas instituições integrantes
da amostra de que trata o art. 1º, na forma a ser determinada
pelo Banco Central do Brasil.
Art. 4º Para cada dia do mês - dia de referência -, o Banco
Central do Brasil deve calcular a TBF, para o período de um
mês, com início no próprio dia de referência e término no dia
correspondente ao dia de referência no mês seguinte,
considerada a hipótese prevista no § 2º, inciso IV. (...)
Art. 5º Para cada TBF obtida, segundo a metodologia descrita
no art. 4º, deve ser calculada a correspondente TR, pela
aplicação de um redutor "R", de acordo com a seguinte
fórmula:
TR = max {0,100 {[ (1 + TBF/100) / R ] - 1}} (em %).
§ 1º O valor do redutor 'R' deve ser calculado para todos os
dias, inclusive não-úteis, de acordo com a seguinte fórmula:
R = (a + b . TBF/100), onde:Resolução nº 3354, de 31 de
março de 2006.
TBF = TBF relativa ao dia de referência;
a = 1,005;
b = valor determinado de acordo com a tabela abaixo, em
função da TBF obtida, segundo a metodologia descrita no art.
4º, em termos percentuais ao ano:
TBF (% a.a.) b
TBF maior que 16 0,48
TBF menor ou igual a 16 e maior que 15 0,44
TBF menor ou igual a 15 e maior que 14 0,40
TBF menor ou igual a 14 e maior que 13 0,36
TBF menor ou igual a 13 e maior ou igual a 11 0,32
Redação dada pela Resolução 3.446, de 05/03/2007.
§ 2º Fica o Banco Central do Brasil autorizado a determinar
o valor do parâmetro "b" no caso de a TBF obtida ser
inferior a 11% a.a. (onze por cento ao ano).
16
Não há na Lei da TR previsão de aplicação de redutor,
assim como não há na Lei que criou a TBF. Todavia, causa estranheza que diante
de um comando aberto como o do art. 5º da MP nº 1.503/95 (Lei nº 10.192/01), o
Banco Central/CMN, com amplos poderes para regulamentar o assunto, não tenha
instituído um redutor, mas o tenha feito ao regulamentar o artigo 1º da lei nº 8.177/91,
que não era tão flexível.
17
Ainda que se argumente que a aplicação do Redutor pelo
Banco Central/CMN seja legal, sua redução a zero em um cenário de inflação superior
a 6% ao ano, configura flagrante afronta ao artigo 2º da Lei nº 8.036/90, que determina
a atualização monetária, bem como ao artigo 233 do Código Civil, quando sonega os
acessórios da obrigação de dar.
18
inferiores à inflação, mesmo levando em conta a remuneração dos juros de 3%
ao ano.
19
A lei 8036/90, no art. 2º e no § 2º do art. 9º entre outros
tem um fim social indiscutível, proteger o trabalhador e constituir um patrimônio
que lhe sirva de arrimo em várias situações de sua vida.
20
verificamos que até a Resolução 2.437, de 30/10/1997, essa regulamentação incluía
no redutor a “taxa real de juros da economia”, parcela não prevista na lei de
regência, que permite apenas o expurgo dos tributos (“impostos”, no dizer do art. 1º da
Lei 8.177/1991). O expurgo dessas duas parcelas (tanto dos tributos como da taxa real
de juros) até seria razoável, já que, extraindo tais fatores da taxa média praticada, ter-
se-ia apenas a correção monetária arbitrada pelo mercado financeiro.
21
(...) a correção monetária, é instituto jurídico-
constitucional, porque tema específico ou a própria matéria de algumas normas
figurantes do nosso Magno Texto, tracejadoras de um peculiar regime jurídico para
ela. Instituto que tem o pagamento em dinheiro como fato-condição de sua incidência
e, como objeto, a agravação quantitativa desse mesmo pagamento. Agravação,
porém, que não corresponde a uma sobrepaga, no sentido de constituir obrigação
nova que se adiciona à primeira, com o fito de favorecer uma das partes da relação
jurídica e desfavorecer a outra. Não é isso. Ao menos no plano dos fins a que visa a
Constituição, na matéria, ninguém enriquece e ninguém empobrece por efeito de
correção monetária, porque a dívida que tem o seu valor nominal atualizado ainda é a
mesma dívida (...)
22
somente se satisfazendo com o índice que de fato reflita a recomposição do
poder de compra de um valor perdido com a inflação.
23
E então, nada obsta que o juiz considere índices previsto
em outra legislação.
24
aplicado o percentual equivalente à taxa de crescimento real
do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de 2012; e IV - em
2015, será aplicado o percentual equivalente à taxa de
crescimento real do PIB, apurada pelo IBGE, para o ano de
2013.
§ 5o Para fins do disposto no § 4o, será utilizada a taxa de
crescimento real do PIB para o ano de referência, divulgada
pelo IBGE até o último dia útil do ano imediatamente anterior
ao de aplicação do respectivo aumento real.
25
correção monetária plena é mecanismo mediante o qual se empreende a
recomposição da efetiva desvalorização da moeda, com o escopo de se
preservar o poder aquisitivo original, sendo certo que independe de pedido
expresso da parte interessada, não constituindo um plus que se acrescenta ao
crédito, mas um minus que se evita”.
26
ou alterados por lei específica, respeitada a iniciativa privativa em cada caso,
assegurada a revisão geral anual, sempre na mesma base e sem distinção de índices.
27
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos
danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o
responsável nos casos de dolo ou culpa
V. AUDIÊNCIA DE CONCILIAÇÃO:
28
VI. DOS PEDIDOS:
29
d.4) Subsidiariamente, pugna pelo recálculo da T.R,
requerendo-se desde já perícia técnica contábil. Ainda, requer seja realizado os
cálculos sem a aplicação do referido redutor (da fórmula de cálculo da T.R) ou no caso
de aplicação, que os cálculos sejam realizados com o redutor para expurgar do cálculo
os efeitos da tributação e a taxa real de juros da economia – enfim, requer seja
utilizado a forma que mais se aproxime/recomponha as perdas inflacionárias
(pela utilização da T.R como índice de correção do FGTS) entre janeiro de 1999
até o data do efetivo pagamento;
30
d) A realização de perícia técnica judicial para
comprovar o disposto nos pedidos;
Nestes termos,
Pede deferimento.
Cidade/data
advogado
OAB
31